Abertura do Ano Jubilar 2025 “Peregrinos de Esperança” na Diocese de Erexim
Arcebispos e Bispos das Arquidioceses e Dioceses de todo mundo, por indicação do Papa Francisco, realizaram o rito de abertura do Jubileu 2025-“Peregrinos de Esperança” no último domingo, dia 29, festa da Sagrada Família, no âmbito de seu respectivo território.
Na Diocese de Erexim, Dom Adimir Antonio Mazali presidiu a celebração às 16h, com início em frente à Prefeitura Municipal e procissão até a Catedral São José. Participaram 33 Padres, 16 Diáconos, ministros, religiosas, expressivo número de fiéis, entre eles delegações das Paroquias da Diocese, diversos coroinhas. Pe. Lucas André Stein foi o cerimoniário.
O rito inicial
Foi em frente à Prefeitura de Erexim, onde o Bispo, seguindo o roteiro preparado pela organização e promoção do Jubileu em nível universal, fez a saudação litúrgica, motivou louvação, natureza do momento e fez a oração inicial. Em seguida, foi proclamada passagem do Evangelho de São João, na qual Cristo exorta os discípulos a não se perturbarem e a confiarem na sua Palavra, assegurando-lhes que lhes iria preparar um lugar junto do Pai e assegurando-lhes que Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Foi lida também breve parte da Documento do Papa Francisco de proclamação do Jubileu, intitulada “A Esperança não decepciona”.
A procissão
Cantando Jesus Cristo, ontem, hoje e sempre, todos seguiram processionalmente até a porta da Catedral, diante da qual houve a veneração da Cruz com o Bispo proclamando “Salve, Cruz de Cristo, única esperança!” e a resposta da assembleia “Vós sois a nossa esperança, não seremos confundidos eternamente”.
Memória do Batismo
Tendo entrado na Catedral, Dom Adimir com alguns padres dirigiu-se para a pia batismal, onde convidou a assembleia a invocar o Senhor Deus, para que abençoasse a água a ser aspergida sobre todos. Após a oração, ele e alguns padres fizeram aspersão, enquanto o coral N. Sra. de Fátima, com a assembleia, cantou “derramarei sobre vós uma água pura. Sereis purificados de todas as faltas. Eu vos darei um coração novo, diz o Senhor”. Concluída a aspersão, houve o canto solene do glória e a oração inicial da missa.
A liturgia da Palavra e eucarística
Na sequência, passou-se para a proclamação da palavra própria da festa da Sagrada Família. Ressaltava as virtudes as serem cultivadas na vida familiar, a honra e o respeito dos filhos para com os pais, o zelo dos pais para com os filhos, a misericórdia, a bondade, o perdão, a humildade, a paciência, o relacionamento amoroso entre os esposos. A participação da Família de Nazaré na vida comunitária do povo, indo ao Templo todos os anos e quando o Menino Jesus completou 12 anos ficou lá e os pais, depois de 3 dias, o procuraram aflitos.
A homilia do Bispo
Na saudação introdutória aos participantes, padres, diáconos, religiosas, seminaristas, ministros, leigos e leigas, dirigiu-se especialmente às famílias em situação de doença e aos que perderam o ânimo e a esperança na vida. Depois, ressaltou que a festa da Sagrada Família aapresesnta o modelo para todas as famílias. Observou que o contexto de mudança de época, conforme o Documento de Aparecida, tem inúmeras consequências na vida e nas relações entre as pessoas. Por isso, é de fundamental importância contemplar o Lar de Nazaré. Continuou sua reflexão fazendo referência aos textos bíblicos proclamados. A primeira leitura apresentou uma meditação sobre o mandamento “Honrar pai e mãe”. O Evangelho relatou a assídua participação da Família de Nazaré nas tradições religiosas de seu povo. Nelas, a partir dos 12 anos, o menino devia cumprir os preceitos da Lei. Maria e José o introduziram na vida adulta. Quando Jesus chegou àquela idade, ficou no Templo. Os pais o procuraram e Maria, como verdadeira mãe, preocupada com ele, lhe perguntou por que havia agido daquela forma que os deixou aflitos. Ele respondeu que devia ocupar-se das coisas do Pai. Na hora, não entenderam aquelas palavras. Mas ela as conservava no coração. O Bispo passou a comentar a segunda leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses com orientação segura para a vida em família. O Apóstolo dirige-se às esposas, aos maridos, aos filhos e aos pais. Num segundo momento de sua homilia, Dom Adimir ressaltou aspectos do Jubileu 2025-Peregrinos de Esperança. Citou parte da homilia do Papa Francisco na noite de Natal, quando deu início ao Jubileu em âmbito universal, abrindo a Porta Santa da Basílica Papal de São Pedro. Disse ele: “Este é o Jubileu, este é o tempo da esperança! E ele convida-nos a redescobrir a alegria do encontro com o Senhor, chama-nos a uma renovação espiritual e compromete-nos na transformação do mundo, para que este se torne verdadeiramente um tempo jubilar: que seja assim para a nossa mãe Terra, desfigurada pela lógica do lucro; que seja assim para os países mais pobres, sobrecarregados de dívidas injustas; que seja assim para todos aqueles que são prisioneiros de antigas e novas escravidões. A nós, a todos nós, o dom e o compromisso de levar a esperança onde ela se perdeu: onde a vida está ferida, nas expectativas traídas, nos sonhos desfeitos, nos fracassos que despedaçam o coração; no cansaço de quem já não aguenta mais, na solidão amarga de quem se sente derrotado, no sofrimento que consome a alma; nos dias longos e vazios dos encarcerados, nos aposentos estreitos e frios dos pobres, nos lugares profanados pela guerra e pela violência. Levar esperança nestes lugares, semear esperança nesses locais. O Jubileu abre-se para que a todos seja dada a esperança, a esperança do Evangelho, a esperança do amor, a esperança do perdão. Votemos ao presépio, olhemos para o presépio, observemos a ternura de Deus manifestada no rosto do Menino Jesus, perguntemo-nos: ‘Há no nosso coração esta expectativa? Há no nosso coração esta esperança? […] Ao contemplar a bondade de Deus que vence a nossa desconfiança e os nossos medos, contemplemos também a grandeza da esperança que nos aguarda. […] Que esta visão da esperança ilumine o nosso caminho quotidiano’ (C. M. Martini, Homilia de Natal, 1980). Nesta noite, irmã, irmão, é para ti que se abre a ‘porta santa’ do coração de Deus. Jesus, Deus-conosco, nasce para ti, para mim, para nós, para cada homem e mulher. E, sabes, com Ele a alegria floresce, com Ele a vida muda, com Ele a esperança não desilude.”
A Indulgência Plenária e entrega de símbolos do Jubileu às Paróquias e aos Santuários
Antes da bênção conclusiva da missa, Dom Adimir lembrou, conforme seu Decreto sobre a obtenção da indulgência plenária durante o Ano Santo, as igrejas de peregrinação jubilar na Diocese, a Catedral e o Santuário de Fátima em Erechim e o da Salette em Marcelino Ramos. Recordou datas especiais de celebrações jubilares e as condições para se obter a Indulgência. Remeteu à leitura do Decreto, enviado aos padres, diáconos, paróquias, coordenadores das pastorais e publicado no site da Diocese e redes sociais. Em seguida, passou a entregar a cada Paróquia e aos Santuários vela e banner, símbolos do Jubileu na Diocese. (a seguir, o Decreto de Dom Adimir sobre a concessão da Indulgência Plenária na Diocese de Erexim e no arquivo em PDF abaixo)
***********************************.
Dom Adimir Antonio Mazali
Por Graça de Deus
e da Santa Sé Apostólica,
Bispo Diocesano de Erexim
D E C R E T O – Nº 10/2024
Concessão da Indulgência Durante o Jubileu Ordinário do Ano 2025 – “Peregrinos de Esperança” na Diocese de Erexim
Considerando que o Decreto da Penitenciaria Apostólica de 13 de maio do corrente ano faculta aos Bispos diocesanos e àqueles que pelo direito lhes são equiparados designar igrejas e lugares de peregrinação para a obtenção da Indulgência durante o Jubileu 2025 – “Peregrinos de Esperança”, no âmbito da respectiva Circunscrição Eclesiástica, por este nosso Decreto, designamos como tais:
– A Catedral Diocesana São José, Erechim;
– O Santuário Diocesano N. Sra. de Fátima, Erechim;
– O Santuário N. Sra. da Salette, Marcelino Ramos.
Recordamos as condições ordinárias para a Indulgência Plenária: confissão recente, participação na Eucaristia com a Sagrada Comunhão, renovação da fé, oração nas intenções do Santo Padre o Papa. Nessas disposições, os fiéis “poderão obter remissão e perdão dos pecados, que se pode aplicar às almas do Purgatório sob a forma de sufrágio”.
Lembramos também que, em nível universal, o Jubileu será aberto pelo Papa Francisco na missa na noite de Natal deste ano e terminará com o fechamento da Porta Santa da Basílica Papal de São Pedro, no Vaticano, na solenidade da Epifania do Senhor, no dia 6 de janeiro de 2026.
Celebrações jubilares com indulgência na Diocese:
– Abertura do Jubileu, no dia 29 deste mês de dezembro, festa da Sagrada Família: Jesus, Maria e José, em missa na Catedral Diocesana, às 16h, com a participação dos padres, diáconos e delegação de cada Paróquia;
– “24 horas para o Senhor” com confissões no Santuário N. Sra. de Fátima, dias 28 e 29 de março, em horários a serem definidos;
– Missa do Crisma, dia 16 de abril, às 19h, na Catedral, Jubileu dos ministérios ordenados e da vida consagrada;
– Tempo Pascal, celebração do Jubileu nas comunidades;
– 90ª Romaria de N. Sra. da Salette, em 27 e 28 de setembro, Marcelino Ramos;
– 74ª Romaria de N. Sra. de Fátima, no Santuário Diocesano, 12 de outubro;
– Celebração diocesana do Jubileu das lideranças, dia 23 de novembro, às 14h30, na Catedral São José;
– Encerramento do Jubileu na Diocese, dia 28 de dezembro de 2025.
A Indulgência do Jubileu pode ser obtida igualmente:
– pela prática das obras de misericórdia corporais e espirituais;
– pela abstenção de distrações fúteis (reais, mas também virtuais – redes sociais) e de consumo supérfluo (dando aos pobres uma soma proporcional em dinheiro);
– pelo apoio a obras de caráter religioso ou social, especialmente em favor da defesa e da proteção da vida em todas as suas fases e da própria qualidade de vida das crianças abandonadas, dos jovens em dificuldade, dos idosos necessitados ou sós, dos migrantes;
– pela dedicação de parte do próprio tempo livre a atividade de voluntariado.
Recomendamos a leitura do Documento do Papa de proclamação do Jubileu 2025 e do Decreto da Penitenciaria Apostólica sobre a Concessão da Indulgência durante o mesmo, disponíveis em vários sites, também no da Diocese de Erexim.
Exortamos os presbíteros, conforme o Decreto da Penitenciaria Apostólica, a oferecerem aos fiéis generosa disponibilidade e dedicação mais ampla possível para a confissão.
Dado e passado sob o sinal do nosso selo em nossa Cúria Diocesana.
Erechim, 16 de dezembro de 2024.
Dom Adimir Antonio Mazali
Bispo Diocesano de Erexim
Pe. Antonio Valentini Neto
Chanceler da Cúria Diocesana
Reg: Lv. 07, fl. 44, n. 234



