Reunião do
Conselho Permanente é encerrada com celebração pelos 60 anos do documento sobre
o Ecumenismo
Os
bispos do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB) encerraram sua última reunião do ano com um momento celebrativo de
oração pelos 60 anos do decreto sobre o Ecumenismo Unitatis Redintegratio, do
Concílio Vaticano II. O final da reunião também foi marcado pelas partilhas das
Comissões Episcopais, dos regionais e de organismos, além de homenagem ao novo
cardeal brasileiro eleito pelo Papa Francisco, dom Jaime Spengler.
Unidade
dos Cristãos
Considerado
o documento que marcou a entrada oficial da Igreja Católica no movimento
ecumênico, o decreto sobre o ecumenismo do Concílio Vaticano II, Unitatis
Redintegratio, completou seis décadas. O bispo de Ponta de Pedras (PA) e
presidente da Comissão para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso da CNBB,
dom Teodoro Mendes Tavares, deu graças a Deus “por tantas realizações” no campo
ecumênico e disse ser um dia muito importante para o trabalho da Comissão.
“Este decreto conciliar continua sendo
muito importante para nós e tem produzido incalculáveis frutos pastorais e
espirituais no âmbito do diálogo ecumênico e da busca da reconciliação e da
unidade entre os cristãos”, destacou dom Teodoro.
Partilhas
As
duas últimas sessões do Conselho também foram marcadas pelas partilhas das
atividades realizadas nos últimos três meses pelas Comissões Episcopais, pelos
Regionais e pelas pastorais e organismos. Assembleias, encontros, eventos,
assessorias, preparação de materiais e subsídios para aprofundamento foram os
destaques desse período de atuação. O momento também foi oportunidade para os
bispos partilharem algumas preocupações que estão dentro do campo de atuação do
regional ou da comissão que presidem.
Novo
cardeal do Brasil
A
poucas semanas de receber o barrete cardinalício das mãos do Papa Francisco, o
arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da CNBB, dom Jaime Spengler, foi
homenageado pelos bispos do Conselho Permanente. O secretário-geral da CNBB,
dom Ricardo Hoepers, agradeceu a dom Jaime pela disponibilidade no serviço à
Igreja.
Dom
Jaime, por sua vez, quis encerrar o encontro desta semana com um trecho do
documento final do Sínodo sobre a Sinodalidade, no qual é destacada a pertença
ao Povo de Deus, reunido de todas as tribos, línguas, povos e nações, vivendo
em contextos e culturas diversas.
“Nunca é a simples soma dos Batizados, mas
o sujeito comunitário e histórico da sinodalidade e da missão, ainda peregrino
no tempo e já em comunhão com a Igreja do céu. Nos diversos contextos em que se
enraízam as Igrejas particulares, o Povo de Deus anuncia e testemunha a Boa
Nova da salvação; vivendo no mundo e para o mundo, caminha juntamente com todos
os povos da terra, dialoga com as suas religiões e as suas culturas,
reconhecendo nelas as sementes do Verbo, e avança em direção ao Reino.
Incorporados neste Povo pela fé e o Batismo, somos apoiados e acompanhados pela
Virgem Maria, “sinal de esperança segura e de consolação” (LG 68), pelos
Apóstolos, por aqueles que testemunharam a sua fé até dar a vida, pelos santos
de todos os tempos e lugares.”
Sobre
o cardinalato, dom Jaime quis partilhar uma reflexão sugerida pelo Papa aos que
serão admitidos no Colégio Cardinalício no próximo dia 8 de dezembro: “Olhos
erguidos, para olhar mais longe e amar mais universalmente e com maior
intensidade; mãos unidas, pois a oração é o que mais a Igreja necessita; pés
descalços, para pisar lá onde a vida é talvez mais machucada, ferida,
necessitada de atenção”.
A
próxima reunião do Conselho Permanente será de 18 a 20 de março de 2025, em
Brasília (DF). O encontro reúne os membros da Presidência, os presidentes das
Comissões Episcopais, os representantes dos Regionais e convidados. Fonte: CNBB