Reflexão para o
XXXIII Domingo do Tempo Comum
Se
somos adeptos do Filho do Homem, ou seja, de Jesus Cristo, deveremos em nossa
vida praticar a justiça e lutar pela paz e pela verdade.
Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News
O tema da liturgia deste domingo é o senhorio de Deus
sobre a História. Muitas vezes pensamos, influenciados por inúmeros
acontecimentos, que a vida corre seu rumo, independentemente da ação de Deus e
que o Senhor nos olha, quando olha, de modo indiferente, ou até não se
importando com o que fazemos ou sofremos.
A
leitura do Livro de Daniel e o Evangelho de Marcos falam-nos exatamente o
contrário e com uma linguagem um pouco incomum para nós, a linguagem
apocalíptica.
A primeira leitura, a de Daniel, pretende insistir com
o povo que enfrente as opressões, as resista, venham de onde vierem. Ele diz
que serão salvos os que tiverem seus nomes escritos no Livro. Mas que livro é
esse? Não se trata de um livro, mas a linguagem apocalíptica quer no informar
que Deus é o Senhor da História, tudo é de seu conhecimento e tudo, não importa
o que seja, será transformado em benefício de seus filhos.
Evidentemente, aqueles que foram seguidores do Bem,
ao morrerem irão para a Vida, os demais, os que foram opressores de seus
irmãos, irão para a vergonha eterna.
O Evangelho apresenta Jesus nos falando sobre
discernimento, sobre como discernir o momento de Deus em nossa vida. No relato
de hoje somos levados ao discernimento quando acontecem situações catastróficas
em nossa vida.
Marcos também nos fala que Deus é o Senhor da
História. Ele se refere ao Filho do Homem, sobre sua vinda. Seu desejo é nos
animar com o poder de Deus que age na História para nos salvar e julgar aqueles
que se opõe ao seu Reino de justiça, de paz e de verdade.
Se somos adeptos do Filho do Homem, ou seja, de Jesus
Cristo, deveremos em nossa vida praticar a justiça e lutar pela paz e pela
verdade. Enfim, nos é pedido sermos homens e mulheres que amam seus
semelhantes, que os tratam como irmãos.
O texto nos fala de realidades que serão passado,
como o sol, a lua, as estrelas e as forças do céu; ao mesmo tempo nos apresenta
as futuras, representadas pelos ramos verdes da figueira, sinais de que o Reino
de Deus já está em nosso meio, acontecendo, se realizando!
Não nos deixemos perturbar por problemas e por
aflições, mas saibamos que ao vivenciarmos essas experiências difíceis e
dolorosas, estamos sob o olhar carinhoso de Deus, que vela por nós, que nos dá
Sua graça para superarmos tudo isso. Será dentro dessas vicissitudes, que
seremos salvos, se nelas nos portarmos como Seus filhos, tratando os demais
como irmãos.
Fonte:
Vatican News