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Notre Dame de Paris é iluminada de vermelho para conscientizar sobre a perseguição aos cristãos

A Catedral de Notre-Dame de Paris será iluminada na noite desta quarta-feira, 20 de novembro, para conscientizar sobre a perseguição sofrida por milhares de cristãos ao redor do mundo

Vitrais modernos serao instalados na Catedral de Notre Dame em Paris

Na noite desta quarta-feira, 20 de novembro, a Catedral de Notre-Dame de Paris será iluminada de vermelho, juntando-se a centenas de outros edifícios religiosos em todo o mundo para chamar a atenção sobre a perseguição que sofrem milhares de cristãos no mundo. O evento faz parte da Red Week (Semana Vermelha), organizada anualmente pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AED).

A iluminação da catedral de Paris é particularmente simbólica neste ano, já que Notre Dame se prepara para ser reaberta nos próximos dias 7 e 8 de dezembro, após os longos trabalhos de restauração. Benoît de Blanpré, diretor da AED na França, destacou o caráter “excepcional” do evento. “Celebramos a proximidade da reabertura da catedral, mas também lembramos todos os cristãos que vivem sua fé sob risco de vida e os templos que são profanados, destruídos e vandalizados”, declarou ele.

Além de Notre-Dame, outros marcos religiosos na França, como a basílica do Sacré-Cœur de Montmartre e o santuário de Lourdes, também serão iluminados de rubro. A cor vermelha simboliza o sangue dos mártires que, ainda hoje, perdem suas vidas por sua fé.

A Semana vermelha: um movimento global

A iniciativa da Semana Vermelha que teve início em 2015, se estende por diversos países, incluindo Alemanha, Espanha, Áustria, Reino Unido, Canadá, México e Chile. Este ano, edifícios importantes da Catolicismo a Sagrada Família, em Barcelona, e a Catedral de Viena, na Áustria, também participarão do movimento.

Além da iluminação em vermelho da Red Week, a AED promove igualmente na França a Nuit des Témoins (Noite das Testemunhas) em cinco cidades: Rennes, Bayonne, Ajaccio, Versalhes e Paris. Durante essas noites de vigília, convidados especiais são convidados a compartilham relatos sobre a difícil situação dos cristãos em seus países. Entre os participantes deste ano estão o padre Laurent Balma, de Burkina Faso, o padre Hamazasp Kéchichian, da Armênia, e Monsenhor Shukardin, do Paquistão.

Os relatos destacam as diferentes formas de perseguição enfrentadas por cristãos ao redor do mundo. No Burkina Faso, ataques de terroristas fazem dos cristãos alvos frequentes, enquanto na Armênia, a comunidade vive sob constante ameaça após o conflito no Artsakh. No Paquistão, acusações de blasfêmia têm levado à morte cristãos que já enfrentam discriminação e exclusão social.

A AED convida o público a participar das vigílias e das iluminações, em um gesto de solidariedade com aqueles que sofrem pela fé cristã: “De nossos dias, cristãos ainda morrem como mártires por sua fidelidade a Cristo. Este evento é uma oportunidade de mostrar que não os esquecemos e que os carregamos em nossas orações”, afirma a organização. (FM)

Fonte: Gaudium Press

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