“Não tem a nossa aprovação e
bênção”, diz bispo de Sinop sobre convite para missa em latim
Por
Nathália Queiroz
Missa
tridentina que será celebrada em Alta Floresta (MT) nestes dias 19, 20 e 21 de
novembro “não tem a nossa aprovação e bênção”, disse em carta o bispo de Sinop,
dom Canísio Klaus, diocese que abarca Alta Floresta.
Na carta,
dom Canísio diz que a celebração dessa missa não está em “plena comunhão com o
magistério da Igreja” e que não atesta a “validade da ordenação do celebrante e
nem a autoridade eclesiástica que o envia”.
O convite que circula nas redes sociais diz
que a missa tridentina será celebrada pelo reverendo padre Divino, não diz o
local e os interessados precisam se inscrever entrando em contato por telefone.
A carta
do bispo, assinada também pelo chanceler, padre Gilson Cristiano Tardivos, pede
que os fiéis tenham “atenção com relação àqueles que não estão em plena
comunhão de fé, de sacramentos e de governo” com a Igreja Católica e querem
“confundir a fé”.
A missa
em latim, também conhecida como a missa tridentina por ter sido codificada pelo
concílio de Trento no século XVI, é rezada segundo os livros litúrgicos
anteriores à reforma do Concílio Vaticano II. O papa Francisco publicou o motu
próprio Traditionis custodes que impôs severas restrições às missas
tradicionais em julho de 2021, revertendo a liberação do uso da liturgia
tradicional que os papas são João Paulo II e Bento XVI iniciaram.
A carta
cita as orientações da Traditionis custodes como a necessidade da autorização
do bispo diocesano para a celebração da missa em latim, pois ele deve antes
consultar a Santa Sé. Também diz que deve ser nomeado um padre qualificado para
a celebração e para a cura pastoral dos que frequentam a missa que deve ser
rezada em dia e local determinados. Por fim, diz que as leituras devem ser na
língua vernácula e o grupo que celebra não pode negar a autoridade do Concílio
Vaticano II.
Toda
pessoa é livre para aderir conscientemente o credo que desejar”, continua a
carta, “mas um católico que participa de celebração realizada por grupos que
não estão em plena comunhão com Igreja Católica cometem um ato de apostasia,
heresia e cisma, ferindo assim a unidade e a comunhão plena com a igreja de
Cristo”.
“Rogamos
a todo o povo”, conclui a carta”, que “procure sempre certificar-se da
veracidade da informação frente ao pastor local para não perdermos a unidade
como Igreja Povo de Deus”.
Fonte:
ACIDigital