Arcebispo de São
Paulo publica diretrizes para instituição de ministros da catequese
Por
Natalia Zimbrão
O
arcebispo de São Paulo (SP), cardeal Odilo Pedro Scherer, publicou “diretrizes
e critérios” para a instituição de ministros da catequese na arquidiocese.
O
documento aborda “a importância da catequese, a formação dos catequistas e a
responsabilidade dos párocos no processo catequético”, disse dom Odilo em carta
a toda a arquidiocese. O documento também traz os “critérios para a escolha dos
candidatos ao ministério de catequista e sobre o processo de sua indicação e
escolha, bem como a preparação próxima para a recepção do ministério de
catequista”. As diretrizes dispõem ainda “sobre o exercício do ministério de
catequista e o acompanhamento dos catequistas na sua formação permanente”.
Nas
diretrizes, o arcebispo recorda que o ministério de catequista foi instituído
pelo papa Francisco em 2021, com o motu proprio Antiquum Ministerium e que,
neste documento, o papa diz que o catequista “é chamado antes de mais nada, a
exprimir a sua competência no serviço pastoral da transmissão da fé, que se
desenvolve nas suas diferentes etapas” e “é, ao mesmo tempo, testemunha da fé,
mestre e mistagogo, acompanhador e pedagogo que instrui em nome da Igreja. Uma
identidade que só mediante a oração, o estudo e a participação direta na vida
da comunidade é que se pode desenvolver com coerência e responsabilidade.
“Por ser um ministério com forte valor
vocacional”, diz dom Odilo, “demanda criterioso discernimento por parte dos
bispos para ser conferido”. Segundo ele, “o ministério não é conferido como uma
espécie de ‘diploma de conclusão de um curso’, mas como reconhecimento e
confirmação a quem já deu provas de maturidade humana e cristã e de
perseverança no serviço da catequese”.
“Todos
os catequistas podem ser candidatos a receber, oportunamente, o ministério
instituído de catequista, observador alguns critérios e práticas”, acrescenta.
As
diretrizes estabelecem que os candidatos ao ministério de catequista “tenham
idade mínima de 30 anos, exerçam o ofício de catequista há, pelo menos, 10
anos; sejam iniciados plenamente na fé, tendo recebido todos os sacramentos da
Iniciação cristã; tenham feito o devido acompanhamento vocacional; tenham fé
profunda e maturidade humana; participem ativamente na vida da comunidade;
tenham uma vida coerente com a fé que professam e bom testemunho de vida”.
Também
determina que “sejam capazes de acolhimento, generosidade e vida de comunhão
fraterna; sejam colaboradores fiéis dos presbíteros e diáconos; sejam
disponíveis para exercer o ministério de catequista onde for necessário e
animados por verdadeiro entusiasmo apostólico”.
Estabelece
ainda que “tenham formação básica e estejam comprometidos com a formação
permanente oferecida pela arquidiocese aos catequistas; participem da formação
próxima oferecida pela arquidiocese, antes da recepção do ministério, por 6
meses, ao menos; estejam comprometidos em observar as diretrizes arquidiocesanas
para a catequese e da Pastoral dos Sacramentos, incluindo a adoção do material
pedagógico-catequético indicado pela arquidiocese de São Paulo; comprometam-se
com as diretrizes arquidiocesanas para proteção de menores e adultos
vulneráveis contra quaisquer abusos”.
Os
candidatos a receber o ministério de catequista deverão ser escolhidos e
indicados pelo pároco, “mediante a consulta à comunidade de pertença ou de
exercício prolongado da catequese; consulta à coordenação paroquial da catequese
e do serviço de Iniciação à Vida Cristã, bem como a outros grupos presentes na
paróquia”.
Depois
da indicação e apresentação de documentos solicitados, o candidato passará por
um escrutínio que será feito “oportunamente nas regiões” episcopais. Além disso,
“o rito de instituição deve ser precedido por um retiro espiritual para os
candidatos”, estabelecem as diretrizes.
Na
carta à arquidiocese, dom Odilo informou que os primeiros ministros de
catequese serão instituídos durante o Ano Jubilar de 2025, nas ocasiões em que
acontecerão “dois momentos de peregrinação dos catequistas da arquidiocese para
a catedral metropolitana”, nos dias 22 de março e 30 de anos. “Serão
instituídos dois ministros catequistas por paróquia de cada vez”, completou.
Fonte:
ACIDigital