Informativo Diocesanos

Informativo Diocesano Semanal - 14 de julho de 2024
12/07/2024

ASSESSORIA DIOCESANA DE COMUNICAÇÃO

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ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Ano 28 – nº. 1.456– 14 de julho de 2024


Visita Pastoral e crismas: Neste sábado, às 19h, Dom Adimir, encerramento da visita pastoral na Paróquia São Pedro, Sede Dourado; quarta-feira próxima, às 19h, conclusão da visita na Paróquia São Luiz Gonzagaa, Gaurama, com missa e reunião na comunidade São Pedro que fora adiada; de quinta-feira a sábado, o Bispos fará visita pastoral nas comunidades do Município de Ipiiranga, Paróqia Santa Teresinha, Estação. Domingo, às 09h, terá missa e crismas na igreja Santa Isabel da Hungria, Três Arroios. 

Encontro Vocacional Feminino: O Serviço de Animação Vocacional da Diocese de Erexim realizará encontro vocacional feminino no dia 27 deste mês, das 08h30 às 12h, no Auditório São José. O encontro é para meninas do último ano da catequese, de grupos de coroinhas e acólitos, dos grupos de adolescentes e jovens, de grupos vocacionais das paróquias. Pe. Lucas solicita a confirmação de presença com ele até o dia 25.

Equipe de revisão das Diretrizes dos Sacramentos da Diocese de Erexim propõe cronograma de atividades: Constituída recentemente por Dom Adimir Antonio Mazali, a equipe de revisão das Diretrizes Diocesanas dos Sacramentos da Diocese de Erexim realizou sua segunda reunião terça-feira, dia 09, no Centro Diocesano de Pastoral. Na oportunidade, definiu cronograma de atividades para o segundo semestre deste ano, a ser apresentado na terceira reunião anual dos padres, dia 13 de agosto, com os seguintes passos: 1º) em cada Paróquia, padre(s) com secretária paroquial, coordenação de catequese e catequistas, ministros, diácono(s), agentes de pastoral e outras lideranças, fazer a leitura do texto sobre os Sacramentos da Iniciação Cristã, ou seja, Batismo, Eucaristia e Crisma; 2º) responder a duas questões a cada sacramento: uma referente às dificuldades encontradas na preparação e na celebração dos sacramentos e outra referente a sugestões em relação ao que deve ser melhorado, especialmente sobre os aspectos práticos. Este trabalho deve ser feito e entregue à equipe diocesana até o dia 5 de novembro, data da quarta reunião anual dos padres e os diáconos; 3º) com as sínteses paroquiais, a equipe diocesana fará uma síntese das indicações vindas de toda a Diocese e no dia 30 de novembro, na segunda reunião anual do Conselho Diocesano da Ação Evangelizadora, apresentará aos membros do Conselho e se definirá os próximos encaminhamentos. A equipe é constituída por Dom Adimir Antonio Mazali, Monsenhor Agostinho Dors, Padres Jair Carlesso, Clair Favreto, Maicon Malacarne, Leonardo Fávero, os leigos Paulo Fassina e Tânia Madalosso.

Paróquia São Cristóvão de Erechim inicia novena da festa de seu padroeiro: No contexto deste ano dedicado à oração em preparação ao Jubileu 2025 “Peregrinos de Esperança”, a Paróquia São Cristóvão de Erechim iniciará a novena preparatória à festa do padroeiro na próxima sexta-feira, 19. Terá como enfoque “Com São Cristóvão, pedimos: Senhor, ensina-nos a rezar na vida da comunidade”. Pelo fato de o Santo ser também o padroeiro dos motoristas, a festa tem abrangência regional, com inúmeros condutores de motos, automóveis, caminhões, vãs e ônibus acorrendo para a bênção para si e para suas conduções.

A novena da festa: Diariamente, terço e missa com um símbolo, contemplando um aspecto e diversos padres presidindo a celebração e a participação de comunidades, pastorais e grupos, sempre às 19h, com a seguinte sequência: o enfoque geral, “com São Cristóvão, pedimos: Senhor, ensina-nos a rezar na comunidade”, Pe. Edegar Passaglia; na escola da Sagrada Escritura,  Pe. Renoir Dalpizol; no encontro com a Eucaristia, Pe. Jean Carlos Demboski; na experiência da amizade, Pe. Paulo Bernardi; nas relações familiares, Pe. Valtuir Bolzan; no cuidado com a criação, Pe. André Lopes; na vida dos agricultores, Pe. Valter Girelli e presença do Coral N. Sra. de Fátima; na fé dos motoristas, Pe. Leonardo Fávero; na fidelidade de Maria e dos Santos, Pe. Alvise Follador. 

Celebrações na festa, dia 28: Presidência, Pe. Maicon André Malacarne, Pároco, às 06h, Missa com os trabalhadores; 08h30, Procissão motorizada saindo em frente à igreja São Pedro; 10h, Missa festiva na igreja São Cristóvão; 14h, Bênção com o Santíssimo Sacramento no mesmo local.

Bênção de veículos e motoristas:  dia 27 de julho, sábado das 13h30 às 17h, em 13 locais; dia 28 de julho, domingo: das 08h às 12h: na BR 153, em frente à Construtora Viero e no Posto Nonemacher; das 07h às 15h, em frente à igreja São Cristóvão.

Programação social: Haverá venda de bolachas cucas, pães, assados e fichas de churrasco para o dia 28;  jantar do motorista, dia 26/07, sexta-feira, às 20h30, com animação do Musical Luvi. 

Missa em honra do Beato Carlo Acutis:No dia 12 de cada mês, às 19h30, na igreja São Cristóvão, que conserva relíquia dele. A celebração é no dia 12 porque foi num dia 12, o de outubro de 2006, que ele faleceu, com 15 anos e seis meses. Considerado primeiro santo “millennial”, apóstolo da Internet, será declarado santo durante o Jubileu 2025.

Publicado Instrumento de trabalho para a segunda sessão da Assembleia do Sínodo sobre Sinodalidade: A Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos apresentou, quarta-feira, dia 09, o instrumento de trabalho para a segunda sessão da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos 2021-2024, a ser realizada de 02 a 27 de outubro próximo em Roma. ele tem por título “Como ser Igreja sinodal missionária” dentro do tema geral desta Assembleia: “Para uma Igreja Sinodal: Comunhão, Participação e Missão”. O Instrumento tem uma introdução orientadora, definição dos fundamentos de uma Igreja Sinodal Missionária e três partes com elementos essenciais da dinâmica sinodal: Relações, Percursos e Lugares. Ele é a base consolidada de três anos de um caminho de reflexão, de escuta e de discernimento nas comunidades eclesiais de todo o mundo. O texto sinodal recorda as “etapas diocesanas, nacionais e continentais, num diálogo contínuo impulsionado pela Secretaria Geral do Sínodo através de documentos de síntese e de trabalho”. Destaca especialmente a importância da metodologia sinodal da Conversação no Espírito, no caminho percorrido até ao momento. No seu penúltimo ponto, o Documento nos convida a refletir sobre como nos empenharmos numa escuta e num diálogo profundos; como sermos corresponsáveis à luz do dinamismo da nossa vocação batismal pessoal e comunitária; como transformarmos estruturas e processos de modo a que todos possam participar e partilhar os carismas que o Espírito infunde em cada um para benefício comum; como exercer poder e autoridade como serviço, na possibilidade de curar as feridas mais profundas do nosso tempo.

Pobreza, um escândalo a ser eliminado com ações radicais: O observador permanente da Santa Sé na Organização das Nações Unidas (ONU) falou no Fórum político de alto nível sobre desenvolvimento sustentável promovido em Nova York pelo Conselho Econômico e Social: estratégias de reestruturação da dívida devem ser implementadas para dar aos países em desenvolvimento o espaço fiscal de que precisam para investir em suas populações. Observou que se as tendências atuais continuarem, apenas um terço dos países do mundo terá reduzido a pobreza nacional pela metade nos próximos seis anos, conforme previsto pelas metas da Agenda 2030 da própria ONU para o desenvolvimento sustentável. E a "realidade escandalosa" é que o compromisso de enfrentar os aspectos "multidimensionais" da pobreza está "fora do alcance" de muitos países em desenvolvimento, que são forçados a "desviar recursos preciosos para o pagamento de dívidas insustentáveis". Reiterou que a pobreza continua sendo "o maior desafio global que devemos enfrentar"; ressaltou que esse flagelo "em uma variedade de formas que exigem uma abordagem integral", para enfrentar as privações experimentadas diariamente por milhões de pessoas em níveis alarmantes de fome e desnutrição no mundo inteiro.

Papa: proibir armas autônomas letais e proteger a dignidade humana: Em mensagem enviada quaarta-feira aos participantes do encontro de líderes religiosos em Hiroshima, Japão, denominado "Ética da Inteligência Artificial para a Paz", Papa Francisco destacou a necessidade de um compromisso proativo para proteger a dignidade humana nesta nova época de utilização das máquinas, bem como é urgente repensar o desenvolvimento e a utilização de dispositivos como as chamadas “armas autônomas letais”, que devem ser proibidas. São mais de 150 participantes de 13 diferentes nações e de 11 religiões.

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Informações da semana

Do dia 11/7/2024

Papa Francisco nomeia novo bispo para a diocese de Juazeiro (BA)

O Papa Francisco nomeou como bispo da diocese de Juazeiro (BA) nesta quinta-feira, 11 de julho, dom Valdemir Vicente Andrade dos Santos. Até então, o prelado era titular de “Castabala” e auxiliar na arquidiocese de Fortaleza (CE). A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou saudação.

Saudação a Dom Valdemir Vicente Andrade dos Santos

 Renovamos hoje nossa saudação ao senhor, desta vez pela nova missão que assumirá a partir desta nomeação como Bispo da diocese de Juazeiro, na Bahia. Que a exemplo de São Bento, de quem a Igreja celebra a memória neste dia, tenha um frutuoso ministério nesta bela diocese.

Sob a intercessão de Nossa Senhora das Grotas, padroeira da diocese de Juazeiro, rogamos que seja sempre renovado o seu sim à Igreja e ao anúncio do Evangelho nestas terras banhadas pelo Rio São Francisco.

Em Cristo,

Dom Jaime Spengler - Arcebispo de Porto Alegre (RS), Presidente da CNBB

Dom João Justino de Medeiros Silva - Arcebispo de Goiânia (GO), Primeiro Vice-presidente da CNBB

Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa - Arcebispo de Olinda e Recife (PE), Segundo Vice-presidente da CNBB

Dom Ricardo Hoepers - Bispo Auxiliar de Brasília (DF), Secretário-geral da CNBB

Biografia e trajetória eclesial

Dom Valdemir Vicente Andrade dos Santos nasceu em 5 de janeiro de 1973, em Aracajú, Sergipe. Completou seus estudos em Filosofia no Seminário Maior de Aracaju (1997). Foi então enviado à Roma, onde obteve a Licenciatura (2001) e Licença (2003) em Teologia no Ateneu Regina Apostolorum dos Legionários de Cristo.

Ele foi ordenado sacerdote dia 24 de agosto de 2001 e foi incardinado na Arquidiocese de Aracaju, no qual ocupou os seguintes cargos: pároco em Aracaju nas paróquia de “São Francisco de Assis” (2003-2006) e “Nossa Senhora de Fátima “(2010-2013), administrador Paroquial de” Nossa Senhora da Soledade ” em Aracaju (2004), professor no Seminário Maior (2004), reitor do Seminário Menor (2006-2010), representante clero local (2010-2014) e, finalmente, chanceler (2014-2016). Além disso, foi vigário paroquial na paróquia de São José esposo de Maria na diocese de Albano, Itália (2001-2003). E vigário geral e pároco da “Nossa Senhora de Lourdes” em Aracaju.

Em 11 de julho de 2018 foi nomeado pelo Papa Francisco como bispo auxiliar de Fortaleza e titular de Castabala. Seu lema episcopal é “Fazei tudo para a glória de Deus” (2Cor 10,31).

Fonte: CNBB

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“O coordenador de pastoral é um mediador da graça de Deus e promove a cooperação na comunidade”, disse Núncio Apostólico

O Núncio Apostólico no Brasil, dom Giambattista Diquattro, celebrou na quarta-feira, 10 de julho, durante o Encontro Nacional de Coordenadores de Pastoral, promovido pelo secretariado geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). 203 coordenadores e coordenadoras de pastoral de todo o país participam do encontro que acontece na Casa dom Luciano, em Brasília, desde segunda, 8, até a sexta, 12 de julho.

Em sua homilia, relacionada ao Evangelho do dia, o Núncio Apostólico refletiu que a coordenação de pastoral não é apenas uma tarefa administrativa mas um serviço comunitário e espiritual inspirado no exemplo de Jesus Cristo.

    “A coordenação de pastoral deve ser entendida com um ministério de comunhão e serviço. Um chamado de Jesus para ser presença viva do Evangelho no meio do povo”, disse.

Mediadores da graça de Deus

De acordo com ele, o coordenador de pastoral deve procurar unir as diversas realidade eclesiais e humanas em um esforço conjunto de evangelização de modo que a mensagem de Cristo possar transformar vidas.

Para dom Giambattista, a tarefa do coordenação pastoral exige uma profunda espiritualidade e abertura à ação do Espírito Santo. Cabe ao coordenador de pastoral, segundo o representante do Papa, discernir os sinais dos tempos, compreender as necessidades da comunidade e, com sabedoria e amor, orientar as ações pastorais.

O coordenador de pastoral, segundo o Núncio, é chamado a ser um mediador da graça de Deus, que promove a solidariedade e a cooperação entre todos os membros da comunidade. Outro aspecto destacado na homilia foi o papel do coordenador como agente de reconciliação e agente da paz, na promoção da cura dos corações feridos e no restabelecimento de relações interrompidas.

 Íntegra da homilia do Núncio

Homília na Missa dos Coordenadores diocesanos de Pastorais

Casa Dom Luciano – 10.07.2024 – às 18h

Evangelho de São Mateus 10,1-7

Caríssimos irmãos em Cristo,

O Evangelho nos relata que Jesus chamou os doze discípulos e deu- lhes poder para expulsar os espíritos malignos e para curar todo tipo de doença e enfermidade. Esta passagem nos revela a essência do ministério pastoral e a missão que todos nós, como membros da Igreja, somos chamados a desempenhar.

A missão dada por Jesus aos seus discípulos é um chamado ao serviço, à cura e à libertação. No contexto diocesano, essa missão se manifesta de maneira especial através do ministério de coordenação pastoral. A coordenação pastoral não é apenas uma tarefa administrativa; é, acima de tudo, um serviço espiritual e comunitário, inspirado no exemplo de Cristo.

A coordenação pastoral deve ser entendida como um ministério de comunhão e serviço. É uma resposta ao chamado de Jesus para ser presença viva do Evangelho no meio do povo de Deus. A coordenação pastoral visa unir as diversas realidades eclesiais e humanas em um esforço conjunto de evangelização, de modo que a mensagem de Cristo possa alcançar todos os corações e transformar vidas1.

A tarefa de coordenação pastoral exige uma profunda espiritualidade e uma constante abertura à ação do Espírito Santo. É preciso discernir os sinais dos tempos, compreender as necessidades da comunidade e, com sabedoria e amor, orientar as ações pastorais. O coordenador de pastoral é chamado a ser um mediador da graça de Deus, promovendo a solidariedade e a cooperação entre todos os membros da comunidade2.

Este ministério de coordenação é também um apelo à humildade e ao serviço desinteressado. O coordenador de pastoral deve ser um verdadeiro servo, que não busca os próprios interesses, mas sim o bem da comunidade. Assim como Jesus lavou os pés dos seus discípulos, sois chamados a servir com humildade, colocando-vos a serviço dos irmãos e irmãs3.

A coordenação pastoral é também um exercício de amor. O amor é a força motriz que impulsiona todo o trabalho pastoral. É através do amor que nos tornamos verdadeiros pastores, capazes de cuidar do rebanho que nos foi confiado. Esse amor deve ser inclusivo, acolhedor e compassivo, capaz de abraçar a todos, especialmente os mais necessitados e marginalizados4.

A coordenação pastoral também deve ser um testemunho de esperança. Vivemos em um mundo marcado por tantas dificuldades e desafios, e é precisamente neste contexto que somos chamados a ser luz e sal. A vossa ação pastoral deve levar a esperança do Evangelho a todos os cantos, mostrando que, em Cristo, há sempre um caminho de vida, de cura e de salvação5.

Finalmente, a coordenação pastoral deve ser uma manifestação concreta da misericórdia de Deus. O coordenador de pastoral é chamado a ser um agente de reconciliação e de paz, promovendo a cura dos corações feridos e a restauração das relações interrompidas. A misericórdia é o coração da mensagem de Cristo e deve ser o guia de toda a ação pastoral6.

Em síntese, o ministério de coordenação pastoral, inspirado na missão confiada por Jesus aos seus discípulos, é um chamado ao serviço, à comunhão, à humildade, ao amor, à esperança e à misericórdia7. Que possais, à luz deste Evangelho, renovar o vosso compromisso com esta missão e trabalhar incansavelmente para que a mensagem de Cristo seja cada vez mais viva e presente em vossas dioceses.

Que Deus vos abençoe e vos fortaleça neste serviço. Amém.

1 Papa Francisco, Homilia na Missa da Solenidade de São Pedro e São Paulo, Basílica de São Pedro, 29 de junho de 2013.

2 Papa Francisco, Angelus, Praça de São Pedro, 11 de agosto de 2013.

3 Papa Francisco, Discurso aos participantes da Plenária do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova

Evangelização, Sala Clementina, 14 de outubro de 2013.

4 Papa Francisco, Homilia na Missa da Ceia do Senhor, Casa Santa Marta, 28 de março de 2013.

5 Papa Francisco, Homilia na Santa Missa do Jubileu dos Diáconos, Praça de São Pedro, 29 de maio de 2016.

6 Papa Francisco, Homilia na Vigília Pascal, Basílica de São Pedro, 19 de abril de 2014.

7 Papa Francisco, Homilia na Santa Missa do Jubileu dos Presbíteros, Praça de São Pedro, 3 de junho de

2016. 

Fonte: CNBB

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Secretário-geral da CNBB recebe representantes de sindicatos da educação

O bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers, recebeu na quinta-feira, 11 de julho, representantes dos sindicatos de professores de universidade e institutos federais do Brasil.

Entre os temas levantados pelos representantes dos sindicatos, estavam as demandas para melhorais na educação pública. O secretário-geral da CNBB reforçou, na reunião, o esforço da Igreja no Brasil na defesa e promoção da educação.

Participaram da reunião, o representante do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino (ANDES-SN), Gustavo Seferian, os integrantes do Sindicato Nacional de Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE), Felipe Olive,  Andréa Moraes e Maria Leda Costa Silveira, e o membro  da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), Wagner Vieira Araújo.

Também participaram da reunião, os assessores da Comissão Episcopal para a Cultura e a Educação da CNBB, os padres Luciano da Silva Roberto e João Paulo dos Santos Silva.

Fonte: CNBB

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Participantes de encontro destacam proposta de sinodalidade na ação pastoral da Igreja

Mais de 200 pessoas participam do Encontro Nacional de Coordenadores Diocesanos de Pastoral, realizado nesta semana, em Brasília (DF), pelo Secretariado Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O encontro tem como proposta favorecer o estudo dos principais temas ligados à evangelização na Igreja no Brasil, como o processo de atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da CNBB, o Sínodo sobre a sinodalidade e o Jubileu da Esperança, em 2025.

Alguns participantes do encontro partilharam suas impressões sobre o evento e como as temáticas tratadas podem ajudar em suas missões nas dioceses. Eles destacam a possibilidade de aprimorar o trabalho pastoral e missionário da Igreja a partir das reflexões sobre a sinodalidade, identidade que diz respeito à caminhada de todos os cristãos juntos para realizar a missão de evangelizar.

Padre Frenilson Conceição Brito, Coordenador arquidiocesano de Pastoral de Vitória da Conquista (BA)

    Na condição de coordenador arquidiocesano de Pastoral, participar de um encontro como esse é o momento de encontrar com os demais colegas, com os demais irmãos, que trabalham o mesmo ministério como o meu nas suas dioceses, nas suas arquidioceses.

    Então, neste primeiro momento, encontrar com as realidades. Depois os aprofundamentos, as reflexões vão nos oferecer a capacidade de agregar conhecimento, fortalecendo o nosso agir pastoral em nossas dioceses, em nossas arquidioceses. Então, verdadeiramente é um momento oportuno de crescimento, de avanço, temas oportunos que agregam nosso conhecimento no acompanhamento, na metodologia, no formato como trabalhar com o nosso clero. Então, toda a temática é, de fato, muito importante para os coordenadores de pastoral.

Padre Antônio Madeira

Presbítero da diocese de Criciúma e secretário-executivo do Regional Sul 4, em Santa Catarina

    O encontro é o momento em que nós temos a possibilidade de nos enriquecermos mutuamente a partir da diversidade das igrejas particulares de todo o Brasil. Com as reflexões dos assessores, isso abre horizontes. E a partir de novos horizontes, nós temos elementos para intensificar sempre mais a proposta que a Igreja vem insistindo tanto de uma igreja da proximidade, da comunhão e da sinodalidade. Então, é o momento em que nós somos convidados a intensificar a dinâmica sinodal da Igreja.

Lady Anne de Souza

Coordenadora diocesana de Pastoral da diocese de Marabá (PA)

    Primeiramente, estar aqui, trazendo o protagonismo das mulheres leigas, que é um apelo do Papa Francisco para que a Igreja possa também dar esse espaço às mulheres, nesse dinamismo missionário e espiritual, para mim é uma alegria imensa poder estar aqui, enquanto mulher missionária, leiga, poder contribuir mais com a minha Igreja Particular.

    E ter essa reflexão tão importante que a Igreja do Brasil proporciona a cada uma de nós aqui presente, para que nós possamos mergulhar mais no que está no coração da Igreja, do que vem do Espírito Santo para a Igreja do Brasil, para o mundo, ouvindo também os apelos do Papa Francisco, que nos dá indicativos muito importantes para nossa ação evangelizadora por meio da reflexão, por meio da oração, por meio da Palavra de Deus – porque a nossa missão pastoral é à luz da Palavra de Deus – mas também com um planejamento que possa de fato organizar e sermos cada vez mais uma Igreja missionária no âmbito também sinodal.

Padre Carlos Marçal Lima

Coordenador diocesano de Pastoral da diocese de Ruy Barbosa (BA)

    Esse encontro nos ajuda a ver a comunhão de que, nas nossas Igrejas particulares, a gente caminha junto com a Igreja no Brasil e de acordo com o magistério do Papa Francisco. Então, na verdade, é a confirmação de que o que nós estamos fazendo nas nossas dioceses é o que Deus espera da Igreja no tempo de hoje. Uma igreja de fato sinodal, uma igreja que caminha junto, uma igreja de comunhão, de participação.

    Experiências sinodais: Primeiro, os conselhos, que graças a Deus funcionam muito bem, o conselho de Pastoral, tanto da diocese quanto das paróquias, os conselhos caminham bem. E estamos vivendo agora um tempo de Santas Missões, então isso mostra um objetivo comum, onde a gente tenta trabalhar um pouquinho em comunhão com os leigos, os padres, as religiosas. Então, isso mostra, de fato, na prática que não é uma ideia, mas tem muitas experiências bonitas e concretas.

Por Luiz Lopes Jr.

Fonte: CNBB

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Representante da Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB toma posse no Conselho Nacional de Juventude

A nova gestão do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) para o período de 2024/2026 tomou posse na quarta-feira, 10 de julho, no auditório do Anexo I do Palácio do Planalto, em Brasília (DF). O Conselho desempenha um papel fundamental na promoção e no fortalecimento das políticas voltadas para a juventude brasileira. A Sarah Susan, de Minas Gerais, membro da Pastoral da Juventude, representará a pastoral juvenil e a Igreja Católica  no espaço.

    De acordo com a jovem, marcar presença neste lugar enquanto jovens, de diversos locais e cantos do país, é histórico porque representa a diversidade e a pluralidade da juventude brasileira. “Nós enquanto membros da Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB, queremos também nos fazer presentes na vida dos nossos jovens. Um dos princípios mais fortes da minha atuação é pensar a defesa da vida em sua totalidade para todos os meninos e meninas.

A representante da Pastoral Juvenil entende que a defesa da vida passa também pela defesa de políticas públicas, de cultura, lazer, educação e saúde com qualidade para os jovens de todo o país. “Dá um frio na barriga porque é muita reponsabilidade estar num espaço como este. Mas, ao mesmo tempo, é muito positivo porque o grupo aprovado para o Conjuve como um tudo é muito responsável e coerente com as necessidades das juventudes”, afirmou.

A posse foi acompanhada pelo assessor da Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB, padre Antônio Gomes.

Entenda a nova composição do Conselho

A nova gestão do Conjuve conta com 40 membros da sociedade civil, representando uma ampla diversidade de organizações e entidades ligadas aos 11 eixos do Estatuto Nacional da Juventude. Além disso, o Conselho incluirá 20 membros de 19 ministérios e a Secretaria Nacional da Juventude vinculada à Secretaria-Geral da Presidência da República. Os 60 membros receberam, na solenidade,  diplomas simbólicos.

A posse aconteceu na primeira sessão da 60ª Reunião Ordinária do Conjuve. Também tomou posse a nova presidência do Conselho eleita durante a reunião do dia 9 de julho do Conselho: Bruna Brelaz como presidente, Cristina Paiva como vice-presidente e Rodrigo Vanderlei como secretário-geral.

No dia 11 de julho, as eleições das comissões permanentes e grupos de trabalho terão espaço na continuidade às atividades, promovendo debates sobre as políticas de juventude no Brasil e reforçando o compromisso do Conjuve com a representatividade e os direitos da juventude no país.

Por Willian Bonfim

Fonte: CNBB

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Encontro dos padres da Diocese de Caxias do Sul reflete sobre o cenário atual e caminhos saudáveis para o clero no Brasil

 Desde a manhã da terça-feira, 09 de julho, até a tarde de quarta-feira, dia 10, o padre José Carlos Pereira, da congregação dos Padres Passionistas, assessorou a atividade promovida pela Pastoral Presbiteral

    "Cuidar dos cuidadores" é algo que se tem ouvido muito na atualidade. É neste sentido que a Pastoral Presbiteral da Diocese de Caxias do Sul propôs ao clero um encontro para aprofundar caminhos saudáveis diante do cenário atual. Desde a manhã da terça-feira, 09 de julho, até a tarde desta quarta-feira, dia 10, o padre passionista José Carlos Pereira assessora a atividade que tem como tema: "Cenário atual e caminhos saudáveis para o clero do Brasil".

José Carlos Pereira é padre passionista, tem pós-doutorado em Antropologia Social, doutorado em Sociologia, mestrado em Ciência da Religião, bacharelado em Teologia e licenciatura plena em Filosofia. É autor de mais de 70 livros, em diversas áreas, publicados no Brasil e no exterior, além de algumas traduções.

O encontro conta com a presença de padres diocesanos e religiosos e do bispo de Caxias do Sul, Dom José Gislon. Ao longo da atividade, aconteceram momentos de reflexão e partilha de cada uma das três faixas etárias do clero. Fonte: Site da Diocese de Caxias do Sul

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Papa: o problema é o egoísmo que cria injustiças, e não mais crianças no mundo

No Dia Mundial da População celebrado nesta quinta-feira, 11 de julho, Francisco volta a bater na tecla do 'inverno demográfico', a sua preocupação constante com a taxa de natalidade em declílio. Na rede social X, o Papa relançou a mensagem de maio quando, em discurso sobre natalidade em Roma, foi categórico: "o problema não é quantos de nós há no mundo, mas que tipo de mundo estamos construindo; não são as crianças, mas o egoísmo, que cria injustiças e estruturas de pecado".

Andressa Collet - Vatican News

“O problema do nosso mundo não é o nascimento de crianças: é o egoísmo, o consumismo e o individualismo, que tornam as pessoas saciadas, sozinhas e infelizes.”

A mensagem foi divulgada pelo Papa Francisco na rede social X nesta quinta-feira, 11 de julho, Dia Mundial da População (#WorldPopulationDay), criado há 35 anos pelo Conselho de Governo do Programa de Desenvolvimento das Nações Uniões. A data foi instituída para sensibilizar sobre as questões relacionadas à população - como crescimento, envelhecimento, migração e urbanismo - e para reconhecer a importância de políticas demográficas no desenvolvimento socioeconômico dos países. 

Vários são os alertas identificados mundialmente, como a questão do "inverno demográfico" na Itália, como tem preocupado o Papa Francisco quando trata sobre da taxa de natalidade em declínio no país. Em maio deste ano, por exemplo, o Pontífice participou de mais uma edição em Roma dos Estados Gerais da Natalidade, um evento promovido pelo Fórum das Associações Familiares e que visa sensibilizar o público sobre os problemas e soluções ligados ao declínio da natalidade na Itália. Um tema que "está muito próximo do meu coração", disse ele em discurso, ressaltando que "os filhos são dons que recebemos, e isso nos faz lembrar que Deus tem fé na humanidade".

No passado, ainda recordou o Papa naquela oportunidade, alguns estudos e teorias alertavam sobre o número de habitantes da Terra, pois o nascimento de muitas crianças criaria desequilíbrios econômicos, falta de recursos e poluição:

"Sempre me chamou a atenção o fato de que essas teses, já ultrapassadas, falavam dos seres humanos como se fossem problemas. Mas a vida humana não é um problema, é uma dádiva. E na raiz da poluição e da fome no mundo não estão as crianças que nascem, mas as escolhas daqueles que só pensam em si mesmos, o delírio de um materialismo desenfreado, cego e desmedido, de um consumismo que, como um vírus maligno, mina a existência das pessoas e da sociedade pela raiz."

Ao denunciar o egoísmo presente no coração de tantas pessoas, o Papa sublinhou que "o problema não é quantos de nós há no mundo, mas que tipo de mundo estamos construindo; não são as crianças, mas o egoísmo, que cria injustiças e estruturas de pecado, a ponto de tecer interdependências doentias entre sistemas sociais, econômicos e políticos". Os lares, observou ainda Francisco, "estão cheios de objetos e vazios de crianças, tornando-se lugares muito tristes. Não faltam cachorrinhos, gatos...O que está faltando são crianças".

Dia Mundial da População de 2024

O tema de 2024 do Dia Mundial da População, porém, procura alertar para a importância de também se investir na coleta de dados, apurando quem ainda não foi contato e porquê: «Para não deixar ninguém para trás, conte com todos». A diretora executiva do Fundo da ONU para População, Unfpa, Natalia Kanem, aponta que “para que a humanidade progrida, as pessoas devem ser contadas, onde quer que estejam e quem quer que sejam, em toda a sua diversidade". Ela afirma que dados confiáveis ajudam a impulsionar os avanços globais no acesso das mulheres aos cuidados reprodutivos, reduções na morte materna e melhorias na igualdade de gênero. Fonte: Vatican News

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"Nossa Senhora de todos os povos" em Amsterdã, Paulo VI aprovou juízo negativo

O Dicastério para a Doutrina da Fé tornou conhecida a decisão unânime aprovada pelo Papa Montini, que sancionou a constatação de "não sobrenaturalidade" para as presumidas aparições holandesas

Vatican News

O Dicastério para a Doutrina da Fé tornou público o juízo negativo e definitivo dos cardeais membros, que em 1974 concordaram unanimemente em declarar as presumidas aparições de "Nossa Senhora de todos os povos" em Amsterdã como não sobrenaturais. Uma decisão aprovada por Paulo VI.

"Nos anos passados, o Dicastério normalmente", lê-se no comunicado emitido na quinta-feira, 11 de julho, "não tornava públicas as decisões acerca dos presumidos fenômenos sobrenaturais, mas diante das persistentes dúvidas levantadas sobre as presumidas aparições e revelações que teriam acontecido em Amsterdam nos anos 1945-1959, ligadas à devoção à “Senhora de todos os povos”, o Dicastério para a Doutrina da Fé torna conhecido o êxito da Sessão Ordinária da então Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, realizada em 27 de março de 1974".

Com os seguintes juízos:

1. Quanto ao juízo doutrinal: OMNES "constat de non supernaturalitate" (TODOS – consta a não sobrenaturalidade).

2. Quanto a investigar ulteriormente sobre o fenômeno: OMNES: "negative" (TODOS – negativamente).

Tais decisões, continua o comunicado, "foram aprovadas pelo Santo Padre Paulo VI durante a Audiência concedida ao Prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, Card. F. Šeper, em 5 de abril de 1974. Comunica-se quanto acima a fim de que o santo Povo de Deus e os seus Pastores possam tirar as devidas consequências".

Antes das novas Normas, que entraram em vigor em maio passado, o Dicastério comunicava somente ao bispo o que era formalmente decidido e, no máximo, publicava uma notícia mais geral. Agora, ao invés, para esclarecer qualquer confusão, a decisão aprovada pelo Papa é tornada pública e, nesse caso, é o juízo mais negativo, que constata a não sobrenaturalidade, e que ainda é previsto pelas novas Normas. Um juízo que "deve ser baseado em fatos e evidências concretas e comprovadas" que atestam a não autenticidade do suposto fenômeno.

Em 25 de março de 1945, no 600º aniversário do milagre eucarístico em Amsterdã, Ida Peederman contou que tinha visto Nossa Senhora apresentando-se a ela com o título de "Senhora de todos os povos". Nascida em Alkmaar em 1905, a última de cinco filhos, Ida ficou órfã de mãe aos oito anos de idade e, pouco tempo depois, mudou-se com a família para Amsterdã, onde permaneceu até sua morte em 1996. A presumida aparição de 25 de março foi seguida por mais 55 aparições, que continuaram até 1959. No espaço de 14 anos, Nossa Senhora, de acordo com o relato de Ida, revelou-lhe antecipadamente vários eventos, entre eles a morte de Pio XII, e mostrou-lhe sua própria imagem, que mais tarde foi pintada pelo pintor Heinrich Repke com base na descrição da suposta vidente. Hoje, essa imagem é conservada em uma capela construída em 1973 no número 3 da Diepenbrockstraat, em um bairro residencial na zona sul de Amsterdã.

Em 1956, o então bispo de Haarlem-Amsterdã, Johannes Petrus Huibers, declarou, com relação às aparições marianas, que "non constat de supernaturalitate". Um juízo que ganhou mais peso em maio de 1974 pela então Congregação para a Doutrina da Fé (CDF), que sancionou o juízo negativo definitivo 'constat de non supernaturalitate' com a aprovação pessoal do Papa Paulo VI. Em 1996, o sucessor de Huibers, Henny Bomers, em consulta com a Santa Sé, consentiu o culto à "Senhora de todos os povos", mas sem reconhecer as presumidas aparições. Contrariamente, seu sucessor, dom Jos Punt, reconheceu a autenticidade em 2002, mas sem consultar a Santa Sé. Três anos depois, em 2005, a CDF removeu algumas palavras da oração que a Virgem Maria teria deixado para Ida Peerdeman, pois elas não estavam em conformidade com a doutrina católica. Por fim, em 30 de dezembro de 2020, o novo bispo de Haarlem, Johannes Hendriks, "depois de ter consultado a Congregação para a Doutrina da Fé e de acordo com ela", afirma que "o uso do título Senhora de todos os povos para Maria é em si mesmo teologicamente lícito"; no entanto, "o reconhecimento desse título não pode ser entendido como um reconhecimento, mesmo implícito, da sobrenaturalidade de certos fenômenos", uma vez que a Congregação a esse respeito havia dado "um juízo negativo", que foi "aprovado por Paulo VI" em 1974.        Entre as várias mensagens que a Virgem teria deixado a Ida, estaria um pedido para que a Igreja reconhecesse o dogma de Maria como "co-redentora". O pedido dataria de 8 de dezembro de 1952. A esse respeito, pode-se lembrar o que o Papa Francisco disse em pelo menos duas ocasiões: em 3 de abril de 2020, na homilia da missa matutina presidida na Casa Santa Marta, o Pontífice disse: "Nossa Senhora não quis tirar nenhum título de Jesus... Ela não pediu para ser uma quase-redentora ou uma co-redentora: não. O Redentor é um só e esse título não é duplicado". Afirmação reiterada na audiência geral de 24 de março de 2021: "Cristo é o único Redentor: não há co-redentores com Cristo".

Fonte: Vatican News

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Papa participa de celebração em 5 de agosto que recorda "milagre da neve" em Roma

A presença de Francisco foi confirmada pela Basílica de Santa Maria Maior para as Segundas Vésperas do dia 5 de agosto, aniversário de Dedicação e Solenidade de Nossa Senhora das Neves. Durante a celebração, presidida pelo arcebispo Rolandas Makrickas, arcipreste coadjutor da basílica, o Papa vai presenciar a tradicional chuva de flores que recorda o “milagre da neve” em pleno verão do ano de 358.

Andressa Collet - Vatican News

O Papa Francisco vai participar da edição deste ano, a de número 41, da evocação do milagre de Nossa Senhora das Neves na Basílica de Santa Maria Maior, uma das quatro basílicas papais de Roma, local onde Bergoglio decidiu que será sepultado devido sua grande devoção a Nossa Senhora. Tudo reforça o vínculo do Pontífice com Santa Maria Maior que ele costuma visitar antes e depois de cada viagem internacional, mas também ainda antes de ser Papa já que, como Francisco mesmo contou em entrevista a uma emitente mexicana de TV em dezembro de 2023, "quando estava em Roma, sempre ia lá nas manhãs de domingo e ficava lá por um tempo".

Festa da Dedicação da Basílica

Por ocasião do aniversário deste ano de Dedicação e Solenidade de Nossa Senhora das Neves, o Papa estará presente nas Solenes Segundas Vésperas do dia 5 de agosto, às 17h30 locais, presididas pelo arcebispo Rolandas Makrickas, arcipreste coadjutor da basílica. Francisco vai presenciar a tradicional chuva de flores que recorda o “milagre da neve” em pleno verão do ano de 358, evento que também será proposto pela parte da manhã do dia 5 durante a celebração eucarística presidida pelo arcipreste da basílica, cardeal Stanislaw Rylko. Ao final do dia, às 19h locais, a missa de encerramento da Festa será presidida pelo arcebispo Emilio Nappa, presidente das Pontifícias Obras Missionárias.

O milagre da neve

O aniversário de 5 de agosto se tornou um evento importante para os fiéis desde o ano 358, quando, segundo a tradição, a Virgem Maria teria aparecido num sonho ao Papa Libério pedindo para erguer uma basílica onde encontraria neve fresca no dia seguinte. Na manhã seguinte, o bairro do Esquilino acordou com neve – em pleno verão italiano – e Libério traçou o perímetro do local para construir a primeira basílica do Ocidente dedicada a Nossa Senhora das Neves. 

O evento permaneceu na história como "o milagre da neve". Assim, todos os anos, no dia 5 de agosto, realiza-se uma festa em memória desse aniversário e celebrações solenes em homenagem à Virgem Maria.

Programe-se!

O tríduo de preparação à Festa começa com celebração eucarística no fim da tarde de 2 de agosto. Para a celebração do dia 5 de Solenidade de Dedicação da Basílica que vai contar com a presença do Papa Francisco, o acesso é permitido somente a quem tiver o bilhete gratuito que poderá ser retirado na sacristia da Basílica de Santa Maria Maior nos dias 2 e 3 de agosto, das 10h ao meio-dia e das 15h às 17h.

Fonte: Vatican News

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Substituto Peña Parra em Honduras para a reabertura da Nunciatura

O arcebispo presidirá a cerimônia em 12 de julho. Encontro programado com a presidente Castro e o ministro das Relações Exteriores Reina García e com os bispos da Conferência Episcopal

Vatican News

O substituto para Assuntos Gerais da Secretaria de Estado, arcebispo Edgar Peña Parra, estará em Honduras até este sábado para a reabertura da Nunciatura Apostólica. A visita do prelado ao país centro-americano tem início esta quinta-feira e se estenderá até 13 de julho.

Na sexta-feira, 12 - como consta no programa divulgado pela conta no X @TerzaLoggia -, Peña Parra preside a cerimônia de reabertura. Em seguida, tem lugar o encontro com a presidente da República, Xiomara Castro, e com o ministro das Relações Exteriores, Eduardo Enrique Reina García.

O substituto também se reúne na sexta-feira com membros da Conferência Episcopal Hondurenha (C.E.H.). Por fim, com os bispos, no sábado, dia 13, celebrará a Missa na Basílica de Suyapa.

Fonte: Vatican News

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O Papa em Papua encontrará uma Igreja forte e multicolorida

“A origem da missão na Papua Nova Guiné, as dificuldades do primeiro anúncio do Evangelho, os desafios atuais da comunidade cristã na ilha, o surgimento de vocações autóctones e o primeiro beato da Papua”, são alguns dos temas tratados na entrevista com o padre Mario Abzalón Alvarado Tovar, Superior Geral dos Missionários do Sagrado Coração, em vista da Viagem Apostólica do Santo Padre à Ásia e à Oceania no próximo mês de setembro.

Renato Martinez – Cidade do Vaticano

“O Papa Francisco vai encontrar uma Igreja com muita prática de fé, mas ao estilo da Papua Nova Guiné, são povos muito ancestrais, com tradições muito antigas. Para eles, a presença do Papa é uma confirmação do seu caminho como Igreja, como povo de Deus”, diz o padre Mario Abzalón Alvarado Tovar, Superior Geral dos Missionários do Sagrado Coração (MSC), ao falar das expectativas dos fiéis papuas em vista da já próxima Viagem Apostólica do Papa Francisco à Ásia e Oceania, a ser realizada de 2 a 13 de setembro de 2024.

Origem da missão em Papua Nova Guiné 

O Superior Geral dos Missionários do Sagrado Coração recordou que eles foram enviados à Papua Nova Guiné desde os tempos em que o seu fundador, Pe. Julius Chevalier, ainda estava vivo, e receberam o mandato missionário no final de 1878-1879. Depois de uma primeira tentativa de estabelecer-se na Ilha a partir de 1881, no dia 4 de julho de 1885 celebraram a primeira Missa e estabeleceram algumas missões no litoral sul, entre as tribos Roro e Mekeo:

O fato é que, a partir de 1881, chegamos à Papua Nova Guiné e é o início da era moderna da Igreja. Há muitos séculos houve algumas presenças, mas muito mínimas em tempos muito, muito antigos, mas de 1881 para cá estivemos presentes, somos, digamos, os pioneiros do crescimento eclesial em Papua Nova Guiné.

Papua Nova Guiné, “a terra do inesperado” 

Da mesma forma, o missionário guatemalteco descreveu a realidade de Papua Nova Guiné como um mundo multicultural, e a Igreja presente nestas terras como uma Igreja multicolorida, multilíngue, multiétnica, em todos os sentidos.

“Há um ditado que define Papua Nova Guiné – enfatizou padre Alvarado para descrever Papua – que é 'a terra do inesperado'”. Depois, disse que é um país com uma tradição cultural muito antiga, mas com um ritmo de vida muito diferente do Ocidente.

O Papa Francisco encontrará uma Igreja com muita prática de fé, mas ao estilo da Papua Nova Guiné, das ilhas da Nova Guiné, da terra firme, das terras altas, das terras costeiras, são povos muito ancestrais com tradições muito antigas que temos que mudar o Sim Card em nossas cabeças quando chegamos em Papua Nova Guiné.

O Papa encontrará uma Igreja multicultural 

E referindo-se à realidade eclesial presente em Papua Nova Guiné e que o Papa Francisco encontrará na sua chegada no mês de setembro, o Superior Geral dos Missionários do Sagrado Coração indicou que se trata de uma Igreja de muitos rituais, de muitas danças, que nasce de um mundo rural, da selva, dos rios, da pesca, da caça, ou seja, esse é o ritmo do povo e aí  foi sendo semeada a fé.

Nós, missionários, temos uma província com mais de 115 missionários, todos nativos, e por isso existem várias Congregações na Igreja de Papua Nova Guiné, porém é um povo muito sensível nesse sentido, mas muito multicultural, multilingue, multicolorido. É difícil descrevê-lo em palavras, mas há um ritmo de tempo em que se verifica o que dizemos nas missões: as pessoas têm o tempo e nós temos os relógios, porque para elas o tempo sempre está sendo. Então, essa é a grande povo de Nova Guiné.

As dificuldades no primeiro anúncio do Evangelho 

Neste sentido, o padre Alvarado indicou que, entre as dificuldades que os missionários encontraram durante o primeiro anúncio do Evangelho estava a cultura da Papua, que era difícil de compreender, como o canibalismo, a saúde, a falta de infra-estruturas e, sobretudo,, o mundo cultural e religioso dos papuas.

No início devemos reconhecer que existiam práticas de canibalismo, o que já não existe, praticamente desapareceu e esse foi um dos desafios iniciais. Também um dos desafios muito grandes em toda a área da saúde, eram tempos de malária, eram tempos de enfermidades, porque eram povos com quase nenhum contacto com o Ocidente. A dificuldade física de não haver estradas, nem rodovias. Também o mundo cultural, os nossos missionários no início não entendiam bem o seu mundo religioso e eles tinham as suas práticas, as suas maneiras, mas o Evangelho estava presente, as sementes do Reino estão sempre presentes, e Jesus está alí, mas no início foi difícil concordar com algumas práticas.

Os desafios atuais de uma Igreja em caminho 

Atualmente, o missionário latino-americano sublinhou que foi percorrido um longo caminho em Papua Nova Guiné, e que existe uma Igreja muito forte na ilha, mas que tem que enfrentar os desafios que  estamos enfrentando em todo o mundo, como mudanças climáticas, mineração sem um rosto humano e pobreza.

Há uma pobreza muito sistêmica em Papua Nova Guiné, sendo um país com recursos naturais incrivelmente grandes, há a presença de muitas empresas internacionais que estão explorando o país. As mudanças climáticas afetam muito, por ser um país que depende muito dos seus recursos naturais, o fato de haver muito corte de árvores ou monoculturas em grande escala acaba afetando as pessoas. A mineração sem um rosto humano está afetando, afetando muito a Igreja hoje e tentamos prosseguir com ela ao lado dos mais necessitados. E claro, o mundo de tribos para os estrangeiros ou para a própria Igreja é um desafio, como respeitar a estrutura tribal ou de clã e como evangelizar a partir de dentro das estruturas tribais, respeitando e tentando curar os antivalores que existem dentro de cada estrutura social, eclesial, é um desafio muito grande porque são estruturas, são visões de mundo muito diferentes no mundo das tribos, dos grupos étnicos, e isso representa um desafio para a Igreja, para a sinodalidade, para as dioceses, para as congregações.

O primeiro beato de Papua e vocações autóctones 

Padre Alvarado também explicou que, como resultado do anúncio do Evangelho, surgiram entre os papuas diversas vocações autóctones, inclusive estão acompanhando a causa de canonização do primeiro beato da Papua Nova Guiné, Peter ToRot, missionário leigo do Sagrado Coração martirizado nos anos 45, além de pessoas muito comprometidas.

O Papa Francisco encontrará os bispos, os sacerdotes nativos, há cada vez menos estrangeiros que fizeram um grande trabalho, porém ainda há desafios. Estou certo de que o Papa Francisco os sentirá no seu coração, porque se mostra muito claramente na Papua Nova Guiné. E temos Peter ToRot, o primeiro beato de Papua Nova Guiné que é um missionário leigo do Sagrado Coração que foi martirizado nos anos 45, mais ou menos, e que é muito seguido pelo povo, temos essa causa aí e ele foi beatificado no ano de 1995. Temos casas de formação com vocações religiosa nativas, religiosos, diocesanos, muitos leigos comprometidos e não é impossível, mas exige um “tirar os calçados” diante de uma terra tão sagrada como Papua Nova Guiné e mudar os nossos próprios esquemas com que chegaram os missionários, tem que entrar na cultura e a partir daí promover o Evangelho e essa é uma das propostas mais seguras do Papa, que ele sempre faz a nós, missionários.

Rezemos pela Viagem do Papa à Ásia e à Oceania 

Por fim, o Superior Geral dos Missionários do Sagrado Coração convidou a  estarmos abertos para conhecer outras realidades como a de Papua Nova Guiné e a rezar pela próxima Viagem Apostólica do Papa Francisco à Ásia e à Oceania.

É preciso ver também o outro lado do mundo, onde há pessoas que sofrem, pessoas que são felizes, pessoas que são indígenas, pessoas que têm valores com os quais os latino-americanos podem aprender e que podemos compartilhar com eles também, ser um latinoamericano aberto a essas outras partes da Oceania, da Ásia, da África, por onde caminha o povo de Deus, assim como na América Latina, assim como na Espanha. Que possamos rezar muito por esta viagem do Papa, as pessoas da Papua Nova Guiné, da Indonésia, de Timor, de Singapura esperam por ele de coração aberto, para eles a presença do Papa Francisco é uma confirmação de seu caminho como Igreja, como povo de Deus em Papua Nova Guiné, especificamente. Que continuemos caminhando em sinodalidade, as duas partes do mundo, isso seria para mim a graça, o mistério da missão, da vocação da Igreja, é Jesus quem nos une, nossa Mãe Santíssima também caminha conosco.

Fonte: Vatican News

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Argentina: nova investigação sobre a morte de dom Ponce de León, durante a ditadura

O então bispo de San Nicolás, dom Carlos Ponce de León, sofreu ameaças contínuas e, apesar de estar ciente do risco que corria, não mudou sua atitude de apoiar os familiares dos desaparecidos e denunciar as autoridades militares da cidade argentina. Em um novo julgamento, será possível processar as autoridades militares que serviram em San Nicolás, por terem causado a morte do bispo no contexto do terrorismo de Estado

Vatican News

A Comissão executiva da Conferência Episcopal Argentina (CEA) comunicou aos bispos a confirmação do início de uma nova investigação sobre a morte do falecido bispo de San Nicolás, dom Carlos Ponce de León, em 1977, durante a ditadura militar, que na época foi apressadamente arquivada como um acidente de carro. A nota traz as assinaturas do presidente da CEA, dom Oscar Ojea, dos vice-presidentes, dom Marcelo Colombo e dom Carlos Azpiroz Costa, e do secretário-geral, dom Alberto Bochatey.

Depois de relembrar uma resolução do Tribunal Federal de Rosário, datada de 23 de fevereiro de 2023, enfatiza que "uma nova investigação pode ser iniciada para esclarecer a morte do bispo de San Nicolás, que foi recordado. Ao se aproximar a data da morte de nosso irmão no episcopado, o bispo Carlos Horacio Ponce de León, elevemos uma oração a Deus por seu descanso eterno e desejamos que a justiça alcance toda a verdade sobre o que aconteceu em 11 de julho de 1977".

Bispo de San Nicolás havia sofrido ameaças contínuas

Uma recente decisão da Suprema Corte da Argentina anulou a primeira sentença que declarou como "acidente" a circunstância em que o então bispo de San Nicolás foi encontrado morto, deixando em aberto a investigação para esclarecer a causa da morte. Na prática, o Tribunal Federal manteve a anulação do julgamento apressado que havia decidido em 1978 que o bispo tinha morrido acidentalmente em um acidente de carro.

Em um novo julgamento, será possível processar as autoridades militares que serviram em San Nicolás, por terem causado a morte do bispo no contexto de terrorismo de Estado. Também será possível usar o novo material probatório reunido no processo investigativo iniciado em 2004. Está provado, de fato, que o bispo de San Nicolás sofreu ameaças contínuas e que, apesar de estar ciente do risco que corria, não mudou sua atitude de apoiar os familiares dos desaparecidos e denunciar as autoridades militares de San Nicolás.

(com Sir)

Fonte: Vatican News

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Em Seul, iniciado processo de canonização do cardeal Kim

O purpurado foi o décimo primeiro arcebispo da Arquidiocese de Seul e o primeiro cardeal coreano. Serviu a Igreja como arcebispo de Seul por 30 anos, de 1968 a 1998. Foi muito amado pela sua vida e virtudes exemplares. A sua contribuição para o desenvolvimento da Arquidiocese de Seul, para o movimento democrático sob o regime da ditadura militar e para a promoção dos direitos humanos é bem conhecida pelos católicos e por todo o povo coreano.

A Arquidiocese de Seul informou em comunicado  que recebeu o "nulla osta" do Dicastério para as Causas dos Santos para iniciar o processo de beatificação e canonização do cardeal Stephen Kim Sou-hwan

O purpurado, que já foi declarado Servo de Deus, foi o décimo primeiro arcebispo da Arquidiocese de Seul e o primeiro cardeal coreano. Serviu a Igreja como arcebispo de Seul por 30 anos, de 1968 a 1998. Foi muito amado pela sua vida e virtudes exemplares. A sua contribuição para o desenvolvimento da Arquidiocese de Seul, para o movimento democrático sob o regime da ditadura militar e para a promoção dos direitos humanos é bem conhecida pelos católicos e por todo o povo coreano.

Em particular, o cardeal Kim, que era chamado de “amigo dos pobres e dos marginalizados”, tratava os mais marginalizados da nossa sociedade como Jesus Cristo, com base na sua compaixão fundamental pelos seres humanos. Ele deixou este mundo após ter praticado seu amor incondicional até o fim, dando instruções para doar suas córneas após a morte.

Na Igreja, seguiram-se as  petições para sua beatificação e canonização. Em 2023, Peter Soon-taick Chung, arcebispo de Seul, aceitou o pedido e expressou a sua intenção de prosseguir o processo de beatificação. Agora chegou  “nulla osta” do Dicastério para as Causas dos Santos para iniciar o processo.

A comissão diocesana para a beatificação e canonização (dirigida por Job Yobi Koo, vigário geral de Seul) formou um comitê histórico de especialistas que darão a sua contribuição à investigação sobre a vida do cardeal Kim, para atestar o seu exercício heróico das virtudes e a sua fama de santidade.

Às 16h (horário de Seul) do dia 10 de julho de 2024, o arcebispo Peter Soon-taick Chung nomeou o presidente e os membros do Comitê histórico de peritos. O presidente da comissão diocesana para a beatificação e canonização, Job Yobi Koo, agradecendo os esforços de todos aqueles que contribuíram para iniciar o processo, acrescentou: “Acredito que o trabalho dos membros especialistas da Comissão favorecerá uma renovação espiritual, alimentando o zelo pastoral pelo anúncio do Evangelho entre o clero, os religiosos e os fiéis leigos". - *Agência Fides Fonte: Vatican News

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Alemanha: rumo a uma "Igreja dos pequenos"?

"Em 1969, Joseph Ratzinger, que mais tarde se tornou Papa Bento XVI, falava neste contexto de uma "Igreja dos pequenos" internalizada e de uma "igreja da fé", isto é, uma Igreja apoiada por um número cada vez menor de pessoas particularmente comprometidas."

por Michael Hermann*

Somente 25% das pessoas na Alemanha ainda pertencem à Igreja Católica. Outros 23% são membros da Igreja Protestante. É o que emerge dos últimos dados do Serviço Federal de Estatística relativos à última sondagem pública de 2022. No entanto, estes dados não dizem muito sobre a orientação religiosa dos alemães.

Os dados refletem a pertença às duas principais Igrejas cristãs como corporações públicas, conforme registado pelos cartórios de registo de residentes. Aliás, o número de muçulmanos na Alemanha não é registado nos cartórios, porque o Islã não é uma corporação pública. No entanto, estima-se que existam de 4 a 5 milhões de muçulmanos na Alemanha. No total, cerca de 83 milhões de pessoas vivem no país mais populoso da Europa.

Há duas razões pelas quais o percentual de fiéis das principais Igrejas em relação à população total está diminuindo: primeiro, a queda na taxa de natalidade e, segundo, o abandono das igrejas pelos fiéis. De fato, na Alemanha, os fiéis podem declarar o seu abandono da Igreja perante as autoridades estatais (o que lhes nega o acesso aos sacramentos, mas não anula o batismo).

Segundo dados da Igreja, 402 mil católicos e 387 mil protestantes deram este passo no ano passado. Em 2022 foram ainda mais. No geral, muito mais pessoas saem ou morrem do que entram na Igreja.

De longe, a razão mais comum apresentada pelos que saem está o horror face à crise dos abusos no seio das igrejas. Em vez disso, novamente de acordo com as pesquisas, as assim chamadas "taxas de culto", ou seja, a cota de adesão que o Estado cobra em nome das Igrejas, é apenas uma fraca razão para a saída. Na Alemanha, a "taxa de culto" (uma espécie de imposto) equivale a 8% do imposto de renda dos membros individuais.

Contudo, a sociologia da religião na Alemanha também relata que a orientação religiosa das pessoas não está diminuindo na mesma medida. Muitos daqueles que abandonam a Igreja continuam a considerar-se cristãos e a praticar a sua fé. De forma geral, assistimos na Alemanha a uma pluralização do panorama religioso, que se manifesta também no número crescente de comunidades cristãs livres, não filiadas às duas grandes Igrejas.

De acordo com os resultados, a secularização, a pluralização e a individualização continuarão a avançar na Alemanha. O desafio para as Igrejas Católica e Protestante na Alemanha será como financiar os seus serviços pastorais e de caridade nestas condições. A médio e longo prazo, muitas dioceses alemãs terão de lidar com um buraco no orçamento. Isto também terá impacto na fisionomia da Igreja Católica.

Já em 1969, Joseph Ratzinger, que mais tarde se tornou Papa Bento XVI, falava neste contexto de uma "Igreja dos pequenos" internalizada e de uma "igreja da fé", isto é, uma Igreja apoiada por um número cada vez menor de pessoas particularmente comprometidas.

*Michael Hermann é professor de Sociologia da Universidade de Educação de Weingarten (Alemanha) e colaborador do Vatican News - Fonte: Vatican News

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Missão Universitária da PUCPR promove o engajamento evangelizador e social das juventudes

Grupo de estudantes e ex-alunos/as vivenciam semana de experiência missionária junto às comunidades do município de Itapejara d´Oeste, ao sudoeste do estado do Paraná.

Por Diego Henrique da Silva Alves*

Entre os dias 06 e 13 de julho acontece a 13ª Edição da Missão Universitária Ir. Henri Vergès, promovida pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) em parceria com a Organização Religiosa da Província Marista Brasil Centro-Sul (PMBCS). A atividade tem mobilizado 25 jovens estudantes e egressos da Universidade a participarem de atividades evangelizadoras, solidárias, culturais, esportivas e comunitárias nas diversas localidades da cidade de Itapejara d´Oeste, situada no interior do estado paranaense e pertencente ao território da Diocese de Palmas-Francisco Beltrão.

Após o reconhecimento do território e o estabelecimento dos primeiros vínculos com as famílias com as quais ficariam hospedados, os jovens missionários foram organizados em grupos para o início das atividades.

Os primeiros dias de Missão 

Até o dia 10 de julho, os missionários já haviam avançado na revitalização de uma importante praça pública da cidade, espaço que leva o nome do Fundador do Instituto dos Irmãos Maristas, São Marcelino Champagnat. A praça homenageia a presença de mais de meio século dos Irmãos Maristas em Itapejara d´Oeste. Pintura dos bancos, escadarias e calçadas, além de serviços de jardinagem e instalação de novo mobiliário foram as atividades realizadas pelos missionários.

O Centro Marista de Juventudes (CMJ) abraçou a Missão Universitária, disponibilizando seu espaço para a realização de grande parte das atividades formativas mediadas pelos missionários. O Diretor do CMJ, Ir. Bruno Marcondes, destaca que o local, recém-reinaugurado (março de 2024), será altamente beneficiado pela Missão no contexto da retomada das ações junto às juventudes do território: “O fato de várias atividades da Missão acontecerem internamente no CMJ contribui para que a gente possa mostrar à comunidade local que este espaço está funcionando com as portas abertas novamente”.

A Capela do CMJ tem sido o espaço para os momentos diários de oração e de partilha das vivências dos grupos missionários. O pátio e a quadra esportiva têm acolhido diversas atividades com as crianças e os adolescentes do território. A sala de jogos e o salão de espelhos tornaram-se verdadeiros “ateliês” para as atividades culturais e para a partilha da vida. O auditório foi ocupado pelas pessoas idosas e pelas mulheres da comunidade itapejarense, que participaram das oficinas formativas propostas pelos missionários.

O Centro Catequético do Bairro Fênix, que também abriga reuniões de organização popular e comunitária, recebeu diversos reparos como pintura das paredes interna e externa, lixamento de pinturas antigas e descascadas, jardinagem na entrada, estações de brincadeiras pintadas no chão, além da retirada de entulhos e de ações preventivas à proliferação do mosquito da dengue e da chikungunya, como retirada do mato e nivelamento de terreno para evitar o acúmulo de água.

A estudante de Engenharia Química da PUCPR, Helena Linero, participa de sua segunda Missão Universitária. Em 2023, ela esteve na cidade de São Paulo, onde pôde ter contato com a Comunidade do Jardim Peri, bairro periférico da zona norte, mediante vivências e oficinas junto à população em situação de rua e à comunidade dos Franciscanos Menores que atuam no SEFRAS (Serviço Franciscano de Assistência Social). “Para quem foi à Missão em São Paulo, na capital, aquela cidade gigantesca, tudo já foi completamente diferente por si só. E estar nas casas das famílias de Itapejara, formar esse laço mais próximo da comunidade, por ser uma cidade pequena, é algo que eu nunca tinha experimentado antes. É muito significativo receber esse acolhimento, coisa que em outros lugares podemos não sentir com mais força”, afirma Helena.

Novas formas de anunciar a Boa-Nova   

O Evangelho de Mateus, em seu Capítulo 10º, apresenta-nos Jesus fazendo uma série de recomendações sobre como os apóstolos deveriam anunciar a chegada do Reino de Deus. Na Missão Universitária Ir. Henri Vergès, os missionários procuram atualizar as recomendações evangélicas, priorizando a missão como saída, encontro, anúncio e fraternidade, de tal modo que o querigma (anúncio) dimensiona e é dimensionado pela diaconia (serviço) em vista da promoção da dignidade humana e do bem comum.

O Irmão Marista que integra a Equipe Organizadora da Missão Universitária, José Augusto Wendler, acredita que o desafio de promover a missão nos tempos atuais é, justamente, a atualização do Evangelho para os nossos dias. “Hoje, provocar os jovens, num período de férias universitárias, a saírem de suas zonas de conforto, motivados pela Fratelli Tutti do Papa Francisco, é promover encontros. A grande maravilha do Evangelho hoje é encontrar, promover o encontro entre as pessoas, pessoas que sonham diferente, pessoas que pensam diferente, mas que desejam construir um mundo diferente também”.

A missão como paixão pelos irmãos e irmãs 

A Equipe Organizadora da Missão Universitária é formada por representantes da Diretoria de Identidade Institucional da PUCPR e da Província Marista Brasil Centro-Sul (PMBCS). Laura Ferraz é uma das integrantes desta Equipe, que contribuiu com a ideação, concepção, planejamento e execução das atividades. Ela afirma que, desde jovem, gostava de trabalhar com as juventudes. “Essa experiência de encontro com a comunidade para mim faz muito sentido. Porque quando a gente lida com gente é que começamos a reconhecer os nossos próprios desafios, a aprender a se conectar com o outro, a compreender que as pessoas vivem de formas diferentes, que elas são de formas diferentes... Então, para mim, a Missão é bem importante, inclusive, enquanto projeto de vida”, comenta.

Quem foi o Irmão que dá nome à Missão Universitária? 

Ir. Henri Vergès nasceu na França e foi beatificado em 8 de dezembro de 2018, junto a outros 18 mártires. Atuou na Escola São Boaventura, na capital da Argélia, local de seu martírio, em 1994, após 25 anos de serviços prestados naquele território. Teve reconhecida atuação como professor de matemática, diretor de escola e evangelizador, sempre nutrindo um fecundo diálogo junto às tradições islâmicas do país em que residiu. Mantinha uma biblioteca em sua casa, local frequentado por mais de mil estudantes, onde também teve sua vida ceifada num ataque armado de extremistas.

Todas as etapas da Missão Universitária têm sido divulgadas através de postagens no Instagram da Identidade PUCPR e da Província Marista Brasil Centro-Sul.

*Diego Henrique da Silva Alves, Diretoria de Identidade Institucional da PUCPR

Fonte: Vatican News

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Pós-doutorado no Instituto de Direito Canônico de Londrina

"Não há dúvida de que a ciência jurídica enriquece sobremaneira com o Direito Comparado, notadamente no diálogo entre o Direito Canônico e o Direito Estatal."

Prof. Dr. Edson Luiz Sampel*

Firmou-se em 10 de julho de 2024, em Vitória, um convênio entre o Instituto Superior de Direito Canônico de Londrina, agregado à Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma, e a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Algo inédito no Brasil no âmbito dos estudos de Direito Canônico!

No ato de assinatura do protocolo de intenções, o Prof. Dr. Pe. Márcio Fernando França proferiu brilhante palestra intitulada “O papel do advogado no Tribunal Eclesiástico”. Representando a UFES, entre outras autoridades acadêmicas, fez-se presente o Prof. Dr. Gilberto Fachetti Silvestre, autor da proposta de convênio.

O objeto do acordo celebrado entre as duas instituições de ensino superior consiste na realização de atividades didáticas e acadêmicas conjuntas, ofertando-se disciplinas de estudos comparados entre Direito Civil, Direito Processual Civil e Direito Canônico e Direito Processual Canônico para o bacharelado e o mestrado em Direito da UFES. Em contrapartida, a UFES oferecerá o pós-doutorado a candidatos doutores indicados pelo Instituto de Londrina.

Não há dúvida de que a ciência jurídica enriquece sobremaneira com o Direito Comparado, notadamente no diálogo entre o Direito Canônico e o Direito Estatal. Recentemente, escreveu Dom Denilson Geraldo, bispo auxiliar de Brasília: “(...) a proposta que permeia o paralelismo entre o Direito Canônico e o Direito Civil funda-se no ‘humanismo jurídico’, na medida em que analisa as normas e os atos humanos sob o dúplice prisma de cidadão-crente, de ser social, com necessidades urgentes, mas com vistas à eternidade” (Prefácio do “Glossário de Direito Canônico Comparado”, Editora Santuário, 2024).

Dentro em breve, haverá informações específicas no site do Instituto londrinense.

Estão de parabéns o Prof. Dr. Pe. Márcio e Sua Exa. Redma., Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina, pois ambos revelaram visão científica macroscópica, essencialmente benéfica para o desenvolvimento dos estudos de Direito Canônico no Brasil.

*Docente do Instituto Superior de Direito Canônico de Londrina

Fonte: Vatican News

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Governo da Nicarágua fecha a Rádio María

Depois do bloqueio das contas bancárias em abril, o executivo de Manágua anulou nesta terça-feira (9) o status jurídico da emissora, que desapareceu das ondas de rádio do país após mais de 40 décadas de transmissões.

L'Osservatore Romano

Na última terça-feira, 9 de julho, o status jurídico da Rádio María, uma emissora que transmite no país centro-americano há mais de 40 anos, foi anulado na Nicarágua. A notícia foi dada pelo site independente Noticias. 

A dissolução da Rádio María, juntamente com a de outras 12 entidades, foi aprovada pela ministra do Interior, María Amelia Coronel, e publicada no jornal oficial do governo 'La Gaceta de Nicaragua'. 

Para justificar a medida, o executivo alegou que a Rádio María não elaborou o balanço do período entre 2019-2023 e que o seu comitê de gestão havia expirado em 8 de novembro de 2021.  A disposição ocorre depois que a emissora anunciou a redução das suas horas de programação, de 24 para 14 horas, após o congelamento das suas duas contas bancárias, o que a impediu de receber doações. 

Fonte: Vatican News

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Vislumbres de trégua entre Israel e Hamas: otimismo cauteloso dos Estados Unidos

As armas continuam a ser disparadas na Faixa de Gaza enquanto continuam as esperanças de uma trégua, ainda que temporária, do conflito. O exército israelense anunciou que concluiu ontem, quarta-feira, 10 de julho, uma operação militar no bairro de Shujaiya, na cidade de Gaza, que resultou na morte de dezenas de milicianos. Entretanto, aguarda-se o resultado das negociações ainda em curso em Doha, em relação às quais os Estados Unidos manifestam um otimismo cauteloso.

Silvia Giovanrosa - Cidade do Vaticano

A delegação de mediadores, composta por representantes do Egito, Qatar, Estados Unidos e Israel, trabalha desde ontem para tentar chegar a um acordo de trégua dos combates na Faixa de Gaza. Segundo fontes egípcias, parecem ter sido alcançados acordos em alguns pontos, em particular no cessar-fogo e na troca de prisioneiros, mas prevê-se que as negociações sejam longas e complexas.

Netanyahu: acordo sim, mas não a todo custo

Sobre o assunto, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ao encontrar em Jerusalém o enviado do presidente dos EUA para o Oriente Médio, Brett McGurk, disse estar interessado em trabalhar no acordo, contanto que sejam mantidos alguns pontos dos quais não está disposto a ceder: impedir o contrabando de armas do Egito para Gaza, permitir que Israel retome os combates até que todos os "objetivos de guerra" sejam alcançados, não permitir "o regresso de milhares de terroristas armados ao norte de Gaza e maximizar o número de reféns vivos que o Hamas se comprometa em restituir. O porta-voz da segurança nacional dos EUA, John Kirby, expressou  um cauteloso otimismo quanto ao resultado das negociações em Doha. Segundo o diplomata estadunidense, ainda existem diferenças entre as partes, mas podem ser reduzidas.

Novos combates no campo de batalha

O exército israelense anunciou ter concluído ontem uma operação militar que levou à destruição de numerosas posições do Hamas, descobertas em novos túneis subterrâneos e à morte de cerca de uma centena de milicianos.  Armas, laptops e equipamentos de comunicação foram encontrados dentro dos túneis. Além disso, foram encontrados equipamentos que permitem estadias prolongadas e infraestruturas de eletricidade e gás. Também ontem, as Forças de Defesa Israelenses anunciaram que bombardearam posições militares sírias construídas nas Colinas de Golã, o que o Estado judeu considerou uma violação do acordo de retirada de 1974 que pôs fim à guerra do Yom Kippur.

O pedido para evacuar a cidade de Gaza

O anúncio das Forças de Defesa Israelenses que ontem ordenaram aos cidadãos da Cidade de Gaza que desocupassem a área lançando panfletos sobre a cidade continua a causar preocupação. O pedido é para que a população se desloque para sul, para zonas humanitárias, dado o perigo da zona que ainda é palco de fortes confrontos.

A última unidade de saúde dos Médicos Sem Fronteiras no norte de Gaza foi forçada a fechar temporariamente depois que as forças israelenses emitiram uma ordem de evacuação. Com repetidas ordens de despejo e destruição de instalações de saúde, as pessoas no norte de Gaza quase não têm chance de obter cuidados de saúde essenciais, disse MSF em um comunicado. A maioria das instalações médicas no norte de Gaza já não funcionam ou enfrentam uma escassez crítica de abastecimentos.

Fonte: Vatican News

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Na Itália, 5 milhões de famílias e empresas estão endividadas

Segundo Michela Di Trani e Maurizio Fiasco, especialistas do setor, cada vez mais pessoas caem na usura para fazer face à exposição financeira, enquanto outras caem no jogo. A inflação e o aumento das taxas bancárias são muitas vezes os culpados. Para ajudar as vítimas, a ajuda do Sert e de outras Fundações é essencial.

Alessandro Guarasci - Cidade do Vaticano

As famílias italianas estão cada vez mais endividadas. Estima-se que em um ano as dívidas com bancos e sociedades financeiras tenham aumentado em média 3,5%. Os números são impiedosos e falam de um fenômeno que cresce a um ritmo vertiginoso. Devido ao agravamento da crise política e econômica internacional, hoje existem 5 milhões de famílias e pequenas empresas que estão em condições de um endividamento patológico. Sobre este tema Michela Di Trani e Maurizio Fiasco escreveram o livro “Livre de dívidas”.

Quem está endividado corre o risco de usura

“Uma questão, portanto, não só econômica, financeira e política, mas também cultural e moral” porque, dizem os dois autores, “a consequência” é “um recurso cada vez mais frequente a empréstimos usurários, porta de entrada para o crime organizado na ‘economia legal’”.

Maurizio Fiasco é consultor das fundações anti-usura e estuda esse fenômeno há décadas. “As famílias são obrigadas a endividar-se devido a uma forte redução dos seus rendimentos – afirma –. Isto deve-se ao efeito combinado de alguns fatores: a inflação que reduziu o poder de compra das famílias com rendimentos limitados, obviamente o 'aumento dos preços e o crescimento dos juros para as famílias mutuárias, o que pode levar a uma dívida superior ao valor do imóvel adquirido. Segundo alguns estudos, cada cidadão italiano, incluindo os recém-nascidos, estava endividado em média cerca de 9.949 euros no final de 2023.

Reconhecimento de dívidas útil para combater o fenômeno

Maurizio Fiasco sustenta que isto “não implica necessariamente o uso da usura, ainda que a usura aumente proporcionalmente à expansão da área de famílias e pequenos negócios em dificuldade. Mas isto envolve estar sujeito a condições para o desembolso de dinheiro e empréstimos. Trata-se de financiamentos em condições não de usura, tecnicamente não de usura, mas muito onerosos e que causam dificuldades que se somam a um forte transtorno já vivido diariamente pelas famílias”. As instituições vêm tentando combater o fenômeno com um fundo específico, que em 2023 desembolsou cerca de 15 milhões de euros às vítimas da usura. Em suma, é necessário um verdadeiro reconhecimento da dívida para entender como agir.

Jogos de azar para enfrentar as dívidas

E um aspecto que vem crescendo, e preocupa cada vez mais, é o recurso aos jogos de azar para saldar as dívidas. No ano passado, na Itália, cerca de 150 mil milhões foram gastos em jogos, contra 136 em 2022, enquanto cerca de um milhão de pessoas sofrem de dependência do jogo.

Para Michela Di Trani, porta-voz do conselho nacional anti-usura ‘San Giovanni Paolo II’, “dívida e jogo de azar são duas faces da mesma moeda. Na verdade, as fundações anti-usura apostam fortemente na educação financeira que deve começar nas escolas, já no primeiro nível. É porque a dívida é muitas vezes considerada uma forma de rendimento, consequentemente entra-se nesta espiral, digamos viciosa, em que as dívidas se somam a outras dívidas, e vemos isso nas sessões de escuta que fazemos com pessoas superendividadas ou vítimas de usura".

Os Sert para tratar viciados em jogos de azar

O tempo “biológico” para o conjunto da população de jogadores cresceu significativamente: eram cerca de 90 milhões de dias úteis há quatro anos e hoje atingiu pelo menos 140 milhões.

Na Itália existem 200 centros para o tratamento da dependência do jogo, localizados em toda a Itália, mas com uma presença maior, como na Toscana e no Piemonte. O custo ronda os 10 milhões para o Estado. Trani diz que para tratar os viciados em jogo existem “centros que geralmente reportam ao Serviço para as Dependências Patológicas (SERT), porque em qualquer caso o jogo também é considerado um vício, embora sem substância. Esta é uma primeira frente, a outra frente é o apoio econômico e financeiro, que pode advir de fundações anti-usura. Em suma, há voluntários disponíveis para ouvir as vítimas e apoiá-las do ponto de vista psicológico e econômico”. Fonte: Vatican News

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Reunião de cúpula da OTAN em Washington, Ucrânia em destaque

Com a cerimónia do 75º aniversário da Aliança Atlântica, a reunião de cúpula começou no dia 9 de julho, e prolonga-se até 11 de julho. Entre os temas discutidos no primeiro dia estava o apoio a Kiev: “Vamos deter Putin”, disse o presidente dos EUA, Biden.

Gianmarco Murroni - Cidade do Vaticano

Novos sistemas de defesa aérea em Kiev: no primeiro dia da cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em Washington, que começou no dia 9 de julho e se prolongará até dia 11, os trabalhos centraram-se principalmente na situação na Ucrânia, após o ataque com mísseis russos que afetou várias regiões do país e destruiu inúmeras estruturas, incluindo um hospital pediátrico, causando pelo menos 43 vítimas. Presente na capital estadunidense o presidente ucraniano Zelensky, que apelou aos líderes internacionais para que ajudem o seu país e “não esperem por novembro”, referindo-se à data das próximas eleições nos EUA. “É hora de sair das sombras e agir. Para fazer isso, devemos ser fortes e intransigentes”, declarou Zelensky.

Ajudas a Kiev

Em resposta, os Estados Unidos, a Alemanha, os Países Baixos, a Romênia e a Itália anunciaram a entrega mais cinco sistemas estratégicos de defesa aérea a Kiev. Com o apoio da OTAN, Biden reiterou: “A Ucrânia pode e irá deter Putin”. Especificamente, os Estados Unidos, a Alemanha e a Romênia enviarão baterias Patriot, a Holanda, em cooperação com outras nações, enviará os componentes necessários ao seu funcionamento, e a Itália fornecerá o seu sistema Samp-T, desenvolvido em conjunto com a França. O apoio não é apenas militar, mas também econômico: o secretário-geral cessante da OTAN, Stoltenberg, destacou como os aliados estão se mobilizando "investindo e desenvolvendo novos projetos para a Ucrânia para aumentar a produção de armas e munições no seu território".

A cautela da Turquia

Por outro lado, o presidente turco Erdogan alertou os aliados da OTAN contra a adoção de medidas que pudessem arrastá-los para um confronto com a Rússia. "Enquanto definimos as medidas a serem tomadas para apoiar Kiev, também mantemos a nossa posição de princípio de não tornar a OTAN parte da guerra", disse Erdogan antes de voar para o encontro da aliança em Washington. O presidente turco prometeu então o apoio do seu país à integridade territorial, à soberania e à independência da Ucrânia. Erdogan instou então os líderes da OTAN a levantarem as restrições ao comércio da indústria de defesa com a Turquia.

Aniversário da OTAN

A Cúpula de Washington serviu também para celebrar os 75 anos da OTAN, um “clube” que nasceu na cidade estadunidense no dia 4 de abril de 1949. Na verdade, a cúpula começou com uma cerimônia para comemorar este importante marco, que este ano também marcou a entrada na Aliança da Suécia, o 32.º país membro, juntamente com a Finlândia, que aderiu à OTAN em 2023.

Fonte: Vatican News

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Europa: Cáritas, JRS e dezenas de organizações contestam práticas de externalização e «outsourcing» do asilo

Apelo conjunto fala em «sinal perigoso» por parte da União Europeia, em termos de proteção dos Direitos Humanos

A Cáritas Europa e o Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) assinaram um apelo conjunto de cerca de uma centena de organizações cristãs e da sociedade civil, contestando práticas de externalização e de “outsourcing “do asilo, na União Europeia.

“As tentativas de externalizar o asilo para países terceiros são uma manifestação da flagrante fuga dos Estados à sua responsabilidade legal pelas pessoas que necessitam de proteção”, refere o documento, divulgado pelos signatários, um mês após as eleições para o Parlamento Europeu.

Dirigindo-se aos responsáveis da UE, as várias organizações sustentam que a externalização do tratamento do asilo para países terceiros, “que não podem proporcionar uma proteção eficaz ou que já acolhem refugiados de forma desproporcionada”, é “incompatível com o objetivo e o espírito da Convenção relativa ao Estatuto dos Refugiados”.

A declaração exige que os Estados-Membros da UE garantam o direito de asilo territorial na Europa.

“Juntamente com quase 100 signatários, instamos os governos da UE a garantir o direito de procurar e usufruir de asilo e a respeitar os seus compromissos para com o sistema internacional de proteção dos refugiados, a fim de assegurar que estes possam ter acesso à proteção”, refere uma nota da Cáritas Europa.

A organização católica mostra-se preocupada com “as recentes e crescentes tentativas da UE e dos seus Estados-Membros de fugir às suas responsabilidades em matéria de asilo”.

“Numa altura em que 75% dos refugiados em todo o mundo são acolhidos por países de baixo e médio rendimento, estas propostas enviam um sinal perigoso sobre a falta de compromisso dos países da UE para com o Estado de direito, os tratados internacionais e o sistema global de proteção dos refugiados”.

Um grupo de 15 Estados-Membros, liderado pela Dinamarca – no qual não se incluía Portugal – lançou em maio um apelo conjunto para desenvolver a externalização da política de migração e asilo, argumentando que o aumento “insustentável” das chegadas irregulares registado nos últimos anos.

As organizações humanitárias e de direitos humanos mostram-se “alarmadas” com estes desenvolvimentos, sublinhando que “as discussões sobre a externalização do asilo não são novas e têm sido constantemente criticadas, contestadas e rejeitadas ao longo dos anos”.

“Estas tentativas devem ser vistas no contexto de esforços paralelos de contenção que procuram travar as partidas e impedir a chegada de requerentes de asilo ao território da UE através de acordos de parceria com países terceiros, com pouca ou nenhuma atenção aos registos de direitos humanos dessas autoridades”, acrescenta o documento.

As várias organizações sustentam que, após uma década de trabalho a tentar reformar o sistema de asilo da UE, os Estados-Membros “não devem, poucas semanas após a aprovação da reforma, desperdiçar mais tempo e recursos em propostas incompatíveis com o direito europeu e internacional”.

Fonte: Agência  Ecclesia

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Sudão: Fundação AIS alerta para «uma das guerras mais esquecidas no mundo» que já causou milhares de mortes e milhões de deslocados e refugiados

«Dramaticamente para estas populações, quase não se fala desta situação», lamenta

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (FAIS) alertou para crise humanitária que o conflito no Sudão está a provocar, deixando um rasto de milhares de mortos e milhões de refugiados e deslocados.

“É uma das guerras esquecidas no mundo. O conflito armado no Sudão, que começou em abril do ano passado e que é, na verdade, uma guerra entre dois generais, já causou milhares de mortos e milhões de deslocados e refugiados”, escreve o jornalista Paulo Aido, elemento do secretariado português da AIS, no artigo semanal, publicado na Agência ECCLESIA.

Estima-se que já poderão ter morrido cerca de 15 mil pessoas e cerca 10,7 milhões estejam na condição de deslocados e refugiados, “o que significa uma das maiores crises humanitárias no planetas”, assinala a organização pontifícia.

“Dramaticamente para estas populações, quase não se fala desta situação pelo que esta é, de facto, uma das guerras esquecidas no mundo”, sublinha.

Apesar de estar fora do âmbito mediático, o conflito tem recebido o olhar do Papa, que no dia 2 de junho, no final da recitação do ângelus, pediu para rezar pelo Sudão, “onde a guerra que dura há mais de um ano ainda não encontrou uma solução de paz”.

“Silenciem as armas e, com o empenho das autoridades locais e da comunidade internacional, levem ajuda à população e aos muitos deslocados; que os refugiados sudaneses encontrem acolhimento e proteção nos países vizinhos”, pediu Francisco.

“Um cenário de pesadelo”, diz o Comité Permanente Interagência da ONU, citado pelo Vatican News, que vai alastrar a fome por toda a região.

De acordo com o portal de informação da Santa Sé, “cada vez mais pessoas fugirão para os países vizinhos em busca de meios de subsistência e segurança”, pelo que “muitas crianças sofrerão com doenças e desnutrição”.

No país, “18 milhões de pessoas passam fome e 3,6 milhões de crianças sofrem de desnutrição”, informa.

O Sudão do Sul é um dos países que mais tem acolhido refugiados, na sequência da guerra e da fuga de populações, destaca a FAIS, que acrescenta que este “é também um país muito pobre e que precisa agora de ajuda para acolher o elevado número de pessoas que cruzam a fronteira”.

De modo a contribuir para fazer face à situação e aos apelos da Igreja do Sudão do Sul, a AIS lançou uma campanha de sensibilização aos benfeitores e amigos em Portugal “para a necessidade de ajuda de emergência para todas estas vítimas da guerra”.

“A guerra no vizinho Sudão está a provocar uma crise humanitária sem precedentes, obrigando milhares de pessoas a fugir. Estas famílias, despojadas de tudo, procuram agora refúgio e esperança no Sudão do Sul, país onde falta quase tudo. E é aqui que a Igreja e a Fundação AIS entram em ação”, refere a diretora do secretariado português da AIS na carta enviada aos benfeitores, salientando esta “como uma das fases mais desafiantes” da “curta história” do país.

O arcebispo de Juba, diocese da capital do Sudão do Sul, dá conta de “necessidades gigantescas”.

“Por favor, venham em ajuda destas pessoas deslocadas que não têm comida, não têm água, não têm tendas nem bens de primeira necessidade”, apelou D. Stephan Ameyu, mencionando ainda que todos os refugiados que cruzaram a fronteira “deixaram tudo para trás, fugindo para salvar a vida.”

A organização pontifícia realça que “muitos destes refugiados estão agora em campos de acolhimento onde as necessidades são enormes”, justificando assim o lançamento da campanha.

“Um dos campos de refugiados está situado em Malakal e a Fundação AIS procura auxiliar a sobrevivência imediata de cerca de 500 famílias, o que significa, na prática, aproximadamente 3 mil pessoas, na sua maioria mulheres e crianças”.

Segundo o boletim enviado aos benfeitores portugueses da organização, “este projeto é mais do que uma resposta humanitária. Pode ser mesmo a última oportunidade para oferecer esperança, dignidade e a possibilidade de um recomeço de vida a todos estes refugiados”.

Preocupada com a situação no Sudão, a comunidade católica de Santo Egídio promoveu hoje, em Roma, uma conferência de imprensa para denunciar a catástrofe humanitária.

Marco Impagliazzo, presidente da Comunidade de Sant’Egidio, alertou para a grave situação “política e humanitária”, após um “longo período de instabilidade” e dois golpes de Estado, nos anos passados.

“Desde 15 de abril de 2023, o Sudão mergulhou na crise mais grave da sua história, uma guerra civil em todo o seu território”, indicou aos jornalistas, apelando a um “cessar-fogo humanitário imediato”.

O responsável apelou à comunidade internacional, para que intervenha junto dos beligerantes, visando a distribuição de ajuda humanitária “sem restrições, em todo o território nacional”.

“Estamos aqui também para incentivar a recolha de fundos para ajuda humanitário, destinada à população que sofre, particularmente para quem hoje passa fome, um dos maiores problemas desta crise humana”, indicou.

O padre Angelo Giorgetti, ecónomo-geral dos Missionários Combonianos; Vittorio Oppizzi, chefe dos programas no Sudão dos Médicos Sem Fronteiras; Pietro Parrino, diretor do Departamento de Projetos de Emergência de Sant’Egidio; e a irmã Ruth del Pilar Mora, conselheira paras as missões do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (Salesianas) foram os intervenientes. 

Fonte: Agência Ecclesia

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Incêndio na torre da Catedral de Rouen, França 

As imagens da torre em chamas da Catedral de Rouen evocam o terrível incêndio da Catedral de Notre-Dame, em Paris. No entanto, desta vez, os bombeiros parecem ter conseguido evitar danos mais extensos.

Nesta quinta-feira, pouco depois do meio-dia (hora local), um incêndio foi deflagrado no topo da torre, situada a 120 metros de altura, da Catedral de Rouen.

A Catedral está sendo reformada e o fogo atingiu os objetos localizados na plataforma e a lona protetora branca, mas a estrutura da torre em si não aparenta estar ameaçada pelas chamas. Os materiais que queimaram são componentes plásticos de construção, consequentemente com baixo potencial de calor.

As equipes de emergência responderam prontamente, realizando a evacuação das instalações e estabelecendo um amplo perímetro de segurança. Quase setenta bombeiros, com 33 máquinas, foram mobilizados para combater o incêndio. A área ao redor da catedral foi prontamente isolada para permitir a passagem das equipes de emergência.

Os bombeiros informaram que as chamas estavam sob controle no início da tarde e foram completamente extintas por volta das 17h.

O arcebispo da diocese de Rouen, Dom Dominique Lebrun, explicou que o incêndio começou “num local onde os trabalhadores se limpam ao saírem do trabalho”. Não há vítimas. De acordo com os serviços de emergência, a estrutura do edifício não foi danificada pelas chamas, mas 28 obras de arte foram removidas como medida preventiva por bombeiros especializados, a fim de evitar qualquer risco de deterioração em caso de contato com a água.

Muitas fotos e vídeos têm circulado nas redes sociais. Ao verem a nuvem de fumaça vindo da torre da catedral, os internautas ficaram preocupados e com medo de que a catedral fosse dizimada ou algo parecido com o que ocorreu com a Notre-Dame de Paris.

Uma comerciante afirmou que ficou assustada: “a catedral é tudo para mim. Rouen sem a catedral perde seu significado”.

Construída no século XII, a Catedral de Rouen é uma das mais importantes igrejas da França. Sua torre sineira tem 151 metros de altura, fazendo dela a mais alta torre de igreja do país. Na verdade, até a conclusão da Catedral de Colônia em 1880, era o edifício mais alto do mundo.

Foi na cidade de Rouen, na Praça du Vieux Marché, que Santa Joana D’Arc, com apenas 19 anos, foi condenada e queimada na fogueira como herege.

Fonte: Gaudium Press

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Do dia 10/7/2024

35ª Assembleia Nacional da Pastoral dos Nômades 

De segunda-feira até esta quinta-feira, dias 08 a 11, na cidade de Eunápolis, na Bahia, acontece a 35ª Assembleia da Pastoral dos Nômades do Brasil. O evento está sendo realizado na Casa de Retiro Sagrado Coração de Jesus e conta com a participação de agentes pastorais de diversos estados do país.

A assembleia reune ciganos, parquistas e membros do clero que acompanham os trabalhos pastorais em todo o Brasil. Entre os presentes, a coordenadora Drª Edilma do Nascimento Souza, Coordenadora-Geral de Políticas para Ciganos na Diretoria de Políticas para Quilombolas e Ciganos do Ministério da Igualdade Racial. Drª Edilma atualizou os participantes sobre as ações e políticas do governo federal para os povos ciganos, como o Plano Nacional de Políticas para Povos Ciganos e o mapeamento nacional.

A abertura do evento foi marcada pela palavra de Dom José Edson Santana, que convidou todos a refletirem sobre a passagem bíblica de Rute 1,16-17: “Teu povo é meu povo, teu Deus é meu Deus”. Em seu discurso, Dom José Edson Santana enfatizou a importância da inclusão e do apoio aos povos nômades, afirmando: “Busquemos ser presença na Igreja para expandir o sentimento de pertencimento dos povos nômades neste momento marcante de sinodalidade… Vamos dar as mãos e somar nossos esforços para colocar no centro da evangelização aqueles que estão à margem”.

A assembleia é um momento significativo de diálogo, fraternidade e fortalecimento das ações pastorais voltadas para os povos nômades, reafirmando o compromisso da Igreja em acolher e integrar todas as comunidades em sua missão evangelizadora.

Fonte: site da Pastoral dos Nômades

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Missa presidida por dom Ricardo Hoepers, secretário-geral da CNBB, celebrará 40 anos do Comise no Brasil

O Rio de Janeiro está sediando o 13º FORMISE (Formação Missionária de Seminaristas), evento que reúne cerca de 200 seminaristas de todo o Brasil e é organizado pelo COMISE Brasil, organismo encarregado de animação, formação, articulação e cooperação missionária de todos os candidatos ao ministério ordenado.

Evento conta com a presença de bispos, padres e do cardeal Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro

Este encontro, que ocorre de 8 a 11 de julho, tem como objetivo principal fortalecer a formação missionária e pastoral dos futuros padres, proporcionando um espaço de reflexão, aprendizado e troca de experiências.

O evento tem como tema “A missão nas periferias existenciais e geográficas” e o lema “”Deus habita esta cidade” (Sl 48) e conta com a presença de bispos, padres e do cardeal Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, que juntos compartilham suas experiências e conhecimentos, enriquecendo a formação dos seminaristas.

    “O 13º FORMISE busca não apenas melhorar a formação missionária dos seminaristas, mas também prepará-los para atuar nas periferias existenciais e geográficas, onde a Igreja é mais necessária. O lema “Deus habita esta cidade” reflete o compromisso de levar a mensagem de Cristo a todos, especialmente aos mais marginalizados e necessitados”, aponta a coordenação do Comise.

Para além disso, o 13º FORMISE é uma oportunidade de formação, união e fortalecimento da comunidade de seminaristas do Brasil. O encontro promete deixar um legado significativo na vida de cada participante, preparando-os para a missão como futuros padres.

Programação celebra 40 anos do Comise no Brasil

A programação do FORMISE é variada e intensa, com palestras, oficinas, momentos de oração e atividades culturais. Nesta quarta-feira, 10 de julho, os seminaristas terão uma visita ao Cristo Redentor, seguida de uma procissão luminosa e uma missa presidida por dom Ricardo Hoepers, secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Esta atividade simboliza a união dos seminaristas e o compromisso com a missão evangelizadora.

A missa marca as comemorações dos 40 anos do COMISE Brasil, organismo encarregado de animação, formação, articulação e cooperação missionária de todos os candidatos ao ministério ordenado.

    “Ao longo dessas quatro décadas, o COMISE tem sido fundamental na formação missionária de seminaristas, promovendo encontros, formação contínua e um profundo compromisso com a missão evangelizadora da Igreja”. - Larissa Carvalho / Com informações do Comise Brasil - Fonte: CNBB

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Pontifícias Obras Missionárias lançam pesquisa para aprimorar as suas práticas missionárias no Brasil

As Pontifícias Obras Missionárias (POM) querem saber a sua opinião, mantendo o diálogo com diversos públicos da Igreja do Brasil para entender melhor a atuação missionária. Para isso, foi disponibilizado um questionário do Projeto POM em Saída: Escuta sobre a Ação Missionária na Igreja do Brasil. Este projeto representa um tempo oportuno e de graça para favorecer a potencialização das atividades missionárias em todo o país.

Esse diálogo quer destacar pontos fortes, identificar desafios e coletar sugestões valiosas para aprimorar as práticas missionárias existentes. A participação ativa de todos é crucial para traçar um panorama preciso e abrangente da ação missionária na Igreja no Brasil.

Para garantir a integridade e a confidencialidade das informações fornecidas, todos os dados serão analisados de forma consolidada, sem identificação individual. Isso assegura que as opiniões e sugestões dos participantes sejam tratadas com respeito e privacidade, promovendo um ambiente de confiança e transparência.

Estratégias mais eficazes

O questionário elaborado abrange diversas áreas missionárias, incluindo a avaliação das estruturas atuais, percepções sobre o trabalho realizado e sugestões para o futuro. As respostas coletadas serão fundamentais para fortalecer a missão da Igreja, proporcionando insights valiosos para o desenvolvimento de estratégias mais eficazes e inclusivas.

A equipe das Pontifícias Obras Missionárias agradece imensamente a generosa colaboração e disponibilidade de todos os participantes. A contribuição de cada um é extremamente valiosa para o sucesso deste projeto, que busca enriquecer e fortalecer a missão da Igreja no Brasil.

Como participar?

Para participar do processo de escuta do Projeto POM em Saída e contribuir com suas percepções e sugestões, basta responder ao questionário disponibilizado. Sua participação é essencial para que possamos construir juntos um futuro missionário ainda mais promissor e impactante.

Projeto POM em Saída - Escuta sobre a Ação Missionária na Igreja do Brasil

Apresentação

Prezados/as participantes, saudações em Cristo!

Sejam muito bem-vindos/as ao espaço de escuta do "Projeto POM em Saída”. Tempo oportuno e de graça para favorecer a potencialização das Pontifícias Obras Missionárias no Brasil.

Nosso objetivo é dialogar com diversos públicos da Igreja do Brasil para entender melhor a atuação missionária, destacando pontos fortes, desafios e sugestões para aprimorar nossas práticas.

Sua participação é crucial para traçar um panorama preciso e abrangente da ação missionária na Igreja no Brasil. Garantimos a confidencialidade dos dados fornecidos; as informações serão analisadas de forma consolidada, sem identificação individual.

O questionário a seguir abrange diversas áreas missionárias, incluindo avaliação de estruturas, percepções do trabalho realizado e sugestões para o futuro. Suas respostas são fundamentais para fortalecer a missão da Igreja.

Agradecemos sua generosa colaboração e disponibilidade. Sua contribuição é valiosa para o sucesso deste projeto.

Que Deus abençoe sua caminhada missionária.

Atenciosamente,

Equipe POM em Saída.

SOBRE OS SUJEITOS DA PESQUISA 

Iniciaremos este questionário perguntando alguns dados pessoais.

* 1. Estado: 

* 2. Regional CNBB: 

* 3. Caracterização: 

 Arquidiocese 

 Diocese 

 Prelazia 

* 4. Estado religioso: 

 Arcebispo/Bispo 

 Cardeal 

 Diácono 

 Leigo/Leiga 

 Presbítero 

 Religioso/Religiosa Consagrado/Consagrada 

 Seminarista 

* 5. Idade: 

 Até 20 anos 

 Acima de 20 e até 25 anos 

 Acima de 25 e até 30 anos 

 Acima de 30 e até 35 anos 

 Acima de 35 e até 40 anos 

 Acima de 40 e até 45 anos 

 Acima de 45 e até 50 anos 

 Acima de 50 anos 

* 6. Gênero: 

 Homem 

 Mulher 

 Prefiro não identificar 

* 7. Atua em qual instância: 

 Assessoria Diocesana 

 Assessoria Estadual 

 Assessoria Nacional 

 Assessoria Regional 

 Bispo Referencial 

 Coordenação Diocesana 

 Coordenação Estadual 

 Coordenação Nacional 

 Coordenação Regional 

 Outro 

* 8. A quanto tempo está nesta instância: 

 Menos de 1 ano 

 Acima de 1 e até 5 anos 

 Acima de 5 e até 10 anos 

 Acima de 10 e até 15 anos 

 Acima de 15 anos  - Fonte: CNBB

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Expectativa e alegria: faltam dois dias para o 8º Encontro Nacional da Pascom, em Aparecida

Começa na próxima sexta-feira, 12 de julho, o 8º Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação (Pascom Brasil), no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida, localizado no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. Até domingo, 14, a programação contará com conferências, roda de conversas e atividades temáticas já escolhidas pelos cerca de 900 participantes inscritos.

O coordenador nacional da Pascom, Marcus Tullius, compartilhou sua expectativa para o encontro que vai aprofundar o tema “Pastoral da Comunicação em uma mudança de época: desafios e perspectivas”.

    “A expectativa é de muita alegria. Alegria do encontro, de estar juntos com os pasconeiros e, principalmente, pela alta participação que nós teremos. São aproximadamente 900 inscritos, de todos os regionais do Brasil, então nós teremos todos os estados presentes, e isso nos dá muita alegria. A expectativa era de ter até 500 participantes e foi quase o dobro. Isso mostra também o interesse das pessoas e o desejo de estar junto, de partilhar, de se formar e de refletir sobre esse tema que é bastante pertinente”, comentou.

Marcus Tullius também destacou a equipe de trabalho do encontro, composta por membros da coordenação nacional, membros dos grupos de trabalho, coordenadores regionais e agentes do Regional Sul 1, em São Paulo, que vão ajudar questões técnicas.

Com “o coração repleto de alegria para celebrar” o encontro, Marcus também destaca a oportunidade de renovar a consagração a Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

Comunhão também é uma palavra que define a expectativa para o encontro que começa daqui a dois dias. O coordenador destaca a participação do secretário do Dicastério para a Comunicação, monsenhor Lúcio Adrian Ruiz, responsável pela primeira palestra com o tema do evento. Sacerdote argentino, ele dirige no dicastério projetos como “A Igreja Te Escuta” e “Sínodo Digital”.

A comunhão também está manifestada como memória agradecida: “Teremos a presença da religiosa paulina Irmã Élide Fogolari, que durante muitos anos foi assessora da Comissão Episcopal para Comunicação e foi quem iniciou os Encontros Nacionais da Pascom. Então também vai ser uma forma bonita de nós nos unirmos para celebrar em comunhão, em unidade neste oitavo Encontro”, disse Tullius.

Fonte: CNBB

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Papa: proibir armas autônomas letais e proteger a dignidade humana

Francisco envia mensagem a encontro de líderes religiosos em Hiroshima, no Japão, que visa promover o desenvolvimento ético da inteligência artificial. O grupo assinou o "Apelo de Roma por uma Ética da IA", iniciativa elogiada pelo Papa já que "somente juntos podemos construir a paz, graças também a tecnologias ao serviço da humanidade e no respeito de nossa casa comum”.

Andressa Collet - Vatican News

O Papa Francisco lançou uma mensagem na manhã desta quarta-feira (10/07) na rede social X em referência às palavras dirigidas a representantes religiosos do mundo inteiro reunidos em Hiroshima, no Japão, desde terça-feira (09/07): são mais de 150 participantes de 13 diferentes nações e 11 as religiões representadas no Encontro "Ética da Inteligência Artificial para a Paz".

“Os líderes das religiões do mundo assinaram em Hiroshima o Apelo de Roma por uma Ética da IA. Somente juntos podemos construir a #paz, graças também a tecnologias ao serviço da humanidade e no respeito de nossa casa comum.”

O apelo foi lançado pela Pontifícia Academia para a Vida em fevereiro de 2020, juntamente com a Microsoft, a IBM, a FAO e o governo italiano. O documento visa fomentar uma abordagem ética da IA e promover, entre as organizações, governos e instituições, um sendo de responsabilidade compartilhada, a fim de moldar um futuro em que a inovação digital e o progresso tecnológico estejam a serviço da genialidade e da criatividade humanas, preservando e respeitando a dignidade de cada indivíduo, bem como a do planeta.

O grupo de líderes religiosos em Hiroshima, então, assinou o apelo conjunto em favor de um uso ético da IA em favor da paz e para proteger a dignidade humana, reforçando a mensagem do Pontífice ao recordar que "a inteligência artificial e a paz são dois temas de absoluta importância", como teve a oportunidade de enfatizar também aos líderes políticos do G7 na cúpula de 14 de junho na cidade italiana de Borgo Egnazia. Em discurso pronunciado no painel sobre IA naquela ocasião, Francisco alertou sobre a importância estratégica de uma escolha que pode afetar a vida de muitas pessoas: "a máquina faz uma escolha técnica", enquanto que "o ser humano, pelo contrário, não só escolhe como, no seu coração, é capaz de decidir". Assim, "devemos ter bem claro que a decisão deve ser sempre deixada ao ser humano, mesmo sob os tons dramáticos e urgentes com que, às vezes, se apresenta na nossa vida". E o Papa continua a mensagem ao encontro de Hiroshima, reforçando a reflexão já feita ao G7:

"Condenaríamos a humanidade a um futuro sem esperança se retirássemos às pessoas a capacidade de decidir sobre si mesmas e sobre as suas vidas, obrigando-as a depender das escolhas das máquinas. Precisamos garantir e proteger um espaço de controle significativo do ser humano sobre o processo de escolha dos programas de inteligência artificial: está em jogo a própria dignidade humana." 

O encontro na simbólica Hiroshima

O Papa destaca a "importância simbólica" do encontro ser realizado em Hiroshima para se falar sobre inteligência artificial e a paz, já que foi uma das duas cidades atingidas por bombas atômicas no final da II Guerra Mundial, em 1945, num momento histórico de uso de armas nucleares durante uma guerra e contra alvos civis. E, já que "em meio aos atuais conflitos que abalam o mundo" se ouve falar dessa tecnologia, o evento que termina nesta quarta-feira (10/07) é de "extraordinária importância", reitera o Pontífice, ao acrescentar:

“Ao elogiar essa iniciativa, peço que mostrem ao mundo que, unidos, exigimos um compromisso proativo para proteger a dignidade humana nesta nova temporada de uso das máquinas.”

A proibição das armas letais autônomas

Ao finalizar a mensagem aos representantes religiosos, Francisco reforça sobre a capacidade de união dos líderes mundiais no compromisso a uma "gestão sábia da inovação tecnológica" e reza "para que cada um de nós possa se tornar instrumento de paz para o mundo". E, como fez à cúpula do G7, o Papa também insiste aos participantes do encontro de Hiroshima sobre a proibição de armas letais autônomas:

"É fundamental que, unidos como irmãos, possamos lembrar ao mundo que: num drama como o dos conflitos armados, é urgente repensar o desenvolvimento e o uso de dispositivos como as chamadas 'armas autônomas letais', a fim de banir a sua utilização, começando desde já pelo compromisso efetivo e concreto de introduzir um controlo humano cada vez mais significativo. Nenhuma máquina, em caso algum, deveria ter a possibilidade de optar por tirar a vida a um ser humano."

Fonte: Vatican News

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Em Hiroshima, religiões mundiais se comprometem com o Apelo de Roma da IA

Líderes religiosos de todo o mundo estão reunidos até esta quarta-feira em Hiroshima, no Japão, onde assinam o “Apelo de Roma para a Ética da Inteligência Artificial". No encontro, é enfatizada a importância vital de orientar o desenvolvimento da inteligência artificial com princípios éticos que promovam a paz.

Por Lisa Zengarini

Os líderes das principais religiões mundiais estão reunidos na cidade japonesa de Hiroshima esta semana para reafirmar o seu compromisso em garantir que a inteligência artificial (IA) seja desenvolvida de forma ética e responsável em favor da paz.

Intitulado “Ética da IA para a Paz: As Religiões Mundiais comprometem-se com o Apelo de Roma”, o fórum de dois dias é co-organizado pela Pontifícia Academia para a Vida (PAV), Religiões pela Paz do Japão, Fórum de Abu Dhabi pela Paz dos Emirados Árabes Unidos, e o Rabinato Central de Israel para as Relações Religiosas.

Assinatura do “Apelo de Roma pela Ética na IA”

O destaque do evento multi-religioso, que começou terça-feira, será a assinatura do Rome Call for AI Ethics ("Chamado de Roma pela Ética na IA”), emitido em 2020 pela Pontifícia Academia para a Vida e promovido pela Fundação RenAIssance, enfatizando a importância vital de orientar o desenvolvimento da inteligência artificial com princípios éticos para garantir que ela sirva para o bem da humanidade.

O documento, co-assinado em Roma pela Microsoft, IBM, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e o governo italiano, visa promover uma abordagem ética à inteligência artificial e promover um sentido de responsabilidade partilhada entre organizações, governos, tecnologias de informação (TI), empresas e instituições, a fim de moldar um futuro em que a inovação digital e o progresso tecnológico sirvam o gênio e a criatividade humanos, salvaguardando ao mesmo tempo a dignidade humana de cada indivíduo e do planeta.

Uma abordagem multi-religiosa aos desafios colocados pela IA

Após a assinatura do “Apelo de Roma” pelos líderes das três religiões abraâmicas (Cristianismo, Islamismo e Judaísmo) em 2023, em nome da coexistência pacífica e dos valores partilhados, o evento pretende reforçar a ideia de que uma abordagem multi-religiosa para questões vitais, como a ética da IA, são o caminho a seguir. 

Em um comunicado de imprensa, os organizadores salientam que a escolha do local tem um significado particular, uma vez que Hiroshima permanece como um poderoso testemunho das consequências da tecnologia destrutiva e da busca duradoura pela paz.

Uma responsabilidade partilhada pela paz e pela nossa casa comum

No seu discurso de abertura, na manhã de terça-feira, o presidente da Pontifícia Academia para a Vida do Vaticano, dom Vincenzo Paglia, reiterou o papel crucial que as religiões são chamadas a desempenhar para garantir que o desenvolvimento da inteligência artificial, “uma grande ferramenta com capacidade ilimitada possibilidades de aplicação”, disse ele, caminha de mãos dadas com a proteção da dignidade de cada ser humano e a preservação da nossa casa comum. “Esta é a nossa responsabilidade comum e neste esforço partilhado podemos redescobrir a verdadeira fraternidade”, observou.

“Em Hiroshima, um lugar altamente simbólico, invocamos fortemente a paz e pedimos que a tecnologia seja um motor de paz e reconciliação entre os povos. Estamos aqui, juntos, para dizer em voz alta que permanecer juntos e agir juntos é a única solução possível.”

Cooperação, solidariedade e integridade ética

As palavras de dom Paglia foram ecoadas pelas dos líderes dos outros parceiros organizadores. “Cooperação, solidariedade e trabalho conjunto são necessários para lidar com os desenvolvimentos da Inteligência Artificial”, disse o xeque Abdallah Bin Bayyah, presidente do Fórum para a Paz de Abu Dhabi. A IA é uma força para o bem – um futuro em que os frutos da tecnologia são aproveitados para construir um mundo mais tolerante, pacífico e virtuoso", afirmou.

Por sua vez, o Rev. Yoshiharu Tomatsu, presidente das Religiões pela Paz no Japão, reiterou o compromisso da sua organização em garantir que a IA promova “a inclusão e o respeito mútuo para todos”.

O rabino Eliezer Simha Weisz, membro do Rabinato Central de Israel para as Relações Religiosas, insistiu que, como pessoas de fé, os líderes religiosos “carregam uma responsabilidade única de infundir a nossa busca pela IA com clareza moral e integridade ética”.

Ele destacou ainda a necessidade de utilizar a IA “não apenas como uma ferramenta para o progresso, mas como um canal para aprofundar a nossa ligação com o divino e fortalecer a nossa jornada espiritual. “A IA fortalece a nossa fé em Deus, proporcionando caminhos para explorar as complexidades da criação e os mistérios da existência”, disse ele.

Governança ética da IA

Outros palestrantes na terça-feira incluíram o padre Paolo Benanti, professor de ética da tecnologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, que apresentou o Adendo de Hiroshima sobre IA Generativa. O documento centra-se na necessidade de governação ética da IA generativa – um processo contínuo que requer um compromisso sustentado de todas as partes interessadas para que o seu potencial seja utilizado para o bem da humanidade.

Também se pronunciaram na terça-feira altos representantes de empresas de TI como Microsoft, IMB Cisco, bem como funcionários da ONU e da FAO. 

O encontro terminará neste dia 10 de julho com a assinatura do “Apelo de Roma". Após o depoimento de um sobrevivente da bomba atômica, os participantes também planejaram visitar o Parque Memorial da Paz de Hiroshima, bem como o Cenotáfio das vítimas da bomba atômica, onde depositarão flores em sua memória.

Fonte: Vatican News

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Cardeal Grech: o Sínodo é uma formidável "academia de escuta”

Ao apresentar à imprensa o Instrumentum laboris da assembleia de outubro próximo, o cardeal secretário geral do Sínodo dos Bispos o descreve como "o resultado e o testemunho de uma verdadeira polifonia" e anuncia a publicação iminente de um Subsídio teológico. O relator geral, cardeal Hollerich: a participação no processo sinodal é "ampla e diversificada" para uma Igreja de relações e não de burocracia.

Isabella Piro – Vatican News

"O Sínodo é, antes de tudo, uma formidável 'academia de escuta'": assim o cardeal Mario Grech, secretário geral da Secretaria Geral do Sínodo, abre seu discurso na Sala de Imprensa da Santa Sé. A ocasião foi a apresentação do Instrumentum Laboris (IL) para a segunda sessão da XVI Assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos (2-27 de outubro de 2024) sobre o tema: "Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão". A publicação do documento foi acompanhada por uma série de Faqs (perguntas frequentes) para facilitar a leitura das mais de 50 páginas do texto integral.

Escutar Deus e o mundo

A "academia de escuta" da qual o cardeal fala é o da escuta de Deus e do mundo, uma escuta que - explica - começa em primeiro lugar com a voz do Senhor e depois continua não em "pesquisas demoscópicas", mas na atenção ao "senso da fé do povo de Deus". O objetivo, enfatiza o cardeal Grech, é "buscar o que Deus quer dizer à Igreja nesta hora de seu caminho".

Um dinamismo virtuoso       

Destacando, então, as numerosas contribuições que chegaram à Secretaria Geral do Sínodo no último ano (basta mencionar as 108, das 114, sínteses nacionais preparadas pelas Conferências Episcopais), o cardeal sublinhou "o dinamismo virtuoso" com o qual o Instrumentum laboris foi finalizado: uma vez terminada a primeira sessão da assembleia em 2023, de fato, o "Sínodo retornou às Igrejas locais e foi devolvido a todas as demais". E das Igrejas locais, então, partiu-se novamente em vista do próximo encontro. O documento de trabalho, acrescentou o cardeal Grech, também será a base de "um Subsídio Teológico a ser publicado em breve, que oferecerá algumas linhas de estudo teológico e canônico dos temas presentes no Instrumentum, para ajudar os membros da Assembleia a reconhecerem e compreenderem as raízes e as implicações do que está contido nele".

Despertar a esperança nos corações

Um "concerto variegado de vozes", "uma verdadeira polifonia, rica em timbres e sotaques", continuou o cardeal, o IL "foi aprovado por unanimidade pelo Conselho Ordinário da Secretaria Geral do Sínodo", que desde o início do caminho sinodal "se reuniu - presencialmente ou à distância - 17 vezes", com "densa participação". O desejo do secretário-geral é, enfim, que esse "processo de escuta prolongada e diferenciada" ajude a Igreja sinodal a "discernir a Palavra de Jesus aos homens e mulheres de hoje", de modo a "fortalecer os mensageiros do Evangelho, curar as feridas da humanidade e despertar a esperança em nossos corações".

O tema das mulheres

Respondendo, então, às perguntas dos jornalistas, o cardeal Grech voltou ao tema do diaconato feminino, sobre o qual - afirma o IL - a reflexão teológica continuará e, portanto, não será abordado na próxima assembleia. "O Papa - explicou o cardeal - instruiu o Dicastério para a Doutrina da Fé de estudar essa questão, no contexto mais amplo dos ministérios, em colaboração com a secretaria geral do Sínodo". De acordo com as indicações do Pontífice, o estudo aprofundado deve continuar".

Uma Igreja viva, em movimento e criativa

O cardeal Jean-Claude Hollerich, S.J., arcebispo de Luxemburgo e relator geral da assembleia sinodal, insiste na imagem de uma Igreja "viva e em movimento". Em seu discurso, ele enfatizou, em particular, a "grande diversidade" na maneira como as Igrejas iniciaram o caminho rumo à próxima assembleia, um caminho caracterizado pela "liberdade e criatividade na maneira como elas se apropriam do processo" sinodal. Vários frutos resultaram disso, incluindo - afirmou o cardeal - a parresia, ou a "franqueza" com a qual as Igrejas locais se expressam, juntamente com sua "capacidade de reler e se autoavaliar", um aspecto fundamental para "perceber cada vez mais a necessidade de transparência, responsabilidade e avaliação" expressa pelo IL.

Relações, não estruturas burocráticas

O cardeal Hollerich não deixa de mencionar alguns lugares onde a sinodalidade já tomou forma concreta em iniciativas específicas, como a Índia, a África francófona, Papua Nova Guiné, Lesoto ou Zimbábue. Por fim, o cardeal jesuíta destaca "a ampla e diversificada participação com maior envolvimento dos leigos, dos jovens, das mulheres e dos grupos marginalizados" no caminho sinodal, do qual emerge um "desejo fortemente expresso de uma Igreja de relações, não burocrática ou de estruturas".

O vínculo intrínseco entre sinodalidade e missão

Por sua vez, os dois secretários especiais da XVI Assembleia Sinodal – mons. Riccardo Battocchio e padre Giacomo Costa, S.I. - em suas intervenções chamaram a atenção para o "vínculo intrínseco entre sinodalidade e missão", destacando como o processo sinodal, iniciado em 2021, não é de forma alguma "autorreferencial". Eles sublinharam unanimemente a "imensa gratidão" que emerge do IL, especialmente pela "alegria de se encontrar e compartilhar, a descoberta do método de conversação no Espírito", "a beleza" e "as riquezas" que cada Igreja local pode compartilhar com as outras.

Colocar a harmonia em primeiro lugar, não as ideologias

Certamente, explicaram os dois secretários especiais, não faltaram "tensões e conflitos", porque "a Igreja não é homogênea, mas harmônica" e é nessa perspectiva que devemos "colocar essa harmonia em primeiro lugar, e não ideias, ideologias ou interesses". A partir dessa ótica, a Igreja sinodal é, portanto, "uma Igreja relacional", ou seja, em movimento, dinâmica, em movimento, porque "somente caminhando é possível harmonizar as tensões constitutivas de nossa fé".

Formação e discernimento

Ao mesmo tempo, monsenhor Battocchio e padre Costa lembraram "a necessidade de formação, aquela que é absolutamente mais sentida em todo o mundo", porque "muitos percebem na perspectiva sinodal algo belo para o qual o Senhor nos convida, mas também se sentem inadequados: faltam-lhes as palavras e os modos para seguir em frente". Em particular, pedem "discernimento pessoal, comunitário e eclesial: está em jogo aqui a percepção da diferença entre fazer planejamento pastoral e deixar-se guiar pelo Espírito".

Os trabalhos da próxima assembleia

Quanto à metodologia de trabalho da próxima assembleia, os secretários especiais explicam que ela será marcada por módulos correspondentes às seções do Instrumentum. Não faltarão momentos de oração, nem a apresentação dos frutos de alguns encontros, como a reunião internacional de párocos, realizada entre abril e maio passado, ou a dos vários grupos de estudo criados nesse meio tempo. A assembleia de outubro próximo, acrescentam mons. Battocchio e padre Costa, não terminará com um Relatório de síntese (como ocorreu em 2023), mas com um Documento final. O processo sinodal, no entanto, continuará, pois "todo o Povo de Deus em cada Igreja local será chamado a concretizar o chamado para crescer como povo sinodal missionário". 

Fonte: Vatican News

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Relações, percursos e lugares no caminho sinodal da Igreja

“Como ser Igreja sinodal missionária” é o título do Instrumentum Laboris para a segunda sessão do Sínodo.

Rui Saraiva – Portugal

Foi apresentado no dia 9 de julho o Instrumentum Laboris (instrumento de trabalho) para a segunda sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos bispos que terá lugar em Roma de 2 a 27 de outubro deste ano de 2024.

Para além de uma introdução orientadora e da definição dos fundamentos da visão de uma Igreja sinodal missionária, o coração deste documento apresenta três partes com elementos essenciais da dinâmica sinodal: Relações, Percursos e Lugares.

Escuta e diálogo

O Instrumentum Laboris (IL) tem como título “Como ser Igreja sinodal missionária”. O documento é a base consolidada de três anos de um caminho de reflexão, de escuta e de discernimento nas comunidades eclesiais de todo o mundo.

O texto sinodal recorda as “etapas diocesanas, nacionais e continentais, num diálogo contínuo impulsionado pela Secretaria Geral do Sínodo através de documentos de síntese e de trabalho”.

A primeira sessão da assembleia sinodal em 2023, com o seu Relatório de Síntese abriu caminho a uma consulta posterior às Igrejas locais, a partir de uma questão orientadora: “Como ser Igreja sinodal em missão?”.

Este documento agora publicado será a base para a segunda sessão do Sínodo. Um ponto de chegada, mas também de partida, que prepara a aplicação da dinâmica sinodal na Igreja.

Processo não termina em 2024

“As duas Sessões não podem ser separadas e muito menos opostas: decorrem em continuidade e sobretudo fazem parte de um processo mais amplo que, de acordo com as indicações da Constituição Apostólica Episcopalis communio, não terminará no final de outubro de 2024”, recorda a introdução do IL assinalando o “caminho de conversão e de reforma que a Segunda Sessão convidará toda a Igreja a realizar”.

“Estamos ainda a aprender como ser Igreja sinodal missionária, mas é uma missão que experienciámos poder empreender com alegria”, diz o texto.

O documento destaca especialmente a importância da metodologia sinodal da Conversação no Espírito, no caminho percorrido até ao momento.

Continuar a reflexão sobre o diaconado feminino

De destacar neste documento da Secretaria Geral do Sínodo “os aspetos da vida da Igreja abertos à participação das mulheres”, sendo referido que “frequentemente não são utilizadas” todas essas possibilidades de participação.

É afirmado que em algumas culturas há ainda uma clara “presença do machismo, sendo necessária uma participação mais ativa das mulheres em todos os setores eclesiais”. Recorda o Papa Francisco quando afirma que a perspetiva das mulheres “é indispensável nos processos decisórios e na assunção de funções nas diversas formas de pastoral e de missão”.

A este propósito, o IL informa que o tema do diaconado feminino “não será objeto dos trabalhos da Segunda Sessão”, sendo apontado que se “prossiga a reflexão teológica, com tempos e modalidades adequados”. Confia esse trabalho de amadurecimento a um dos grupos de estudo já em funcionamento no âmbito sinodal e que continuarão ativos em 2025.

Por uma conversão das “relações”

A Parte I do IL dedica-se às “Relações” e afirma que “ao longo de todo o processo sinodal e em todas as latitudes emergiu a exigência de uma Igreja não burocrática, mas capaz de nutrir as relações”.

O texto salienta que “a sinodalidade, enquanto exigência da missão, não é entendida como um expediente organizativo, mas sim vivida e cultivada como o conjunto das formas segundo as quais os discípulos de Jesus tecem relações solidárias, capazes de corresponder ao amor divino que continuamente os reúne e que são chamados a testemunhar nos contextos concretos em que se encontram”.

“Compreender como ser Igreja sinodal em missão passa, portanto, por uma conversão relacional, que reoriente as prioridades e as ações de cada um, nomeadamente daqueles que têm a missão de animar as relações ao serviço da unidade, no concreto de uma partilha de dons que liberta e enriquece todos”, refere o texto.

Especial destaque nesta parte do documento para o encontro “Párocos pelo Sínodo” que decorreu este ano no Vaticano e no qual foi sugerida “uma compreensão renovada do Ministério ordenado no horizonte da Igreja sinodal missionária”.

Propõe uma reflexão sobre “as relações, estruturas e processos que podem favorecer uma visão renovada do Ministério ordenado, passando de um modo piramidal de exercitar a autoridade para um modo sinodal”, revela o texto.

“No âmbito da promoção dos carismas e ministérios batismais, é possível implementar uma reativação das funções cuja execução não exige o sacramento da Ordem. Uma distribuição mais articulada das responsabilidades poderá indubitavelmente favorecer também processos decisórios caracterizados por um estilo mais claramente sinodal”, refere o documento.

“Percursos” de formação, discernimento e decisão

A Parte II – Percursos, “põe em evidência os processos que asseguram o cuidado e desenvolvimento das relações, em particular a união a Cristo com vista à missão e à harmonia da vida comunitária, graças à capacidade de enfrentar em conjunto conflitos e dificuldades”.

Destaque especial para a importância da formação. “Para muitos, a participação nos encontros sinodais constituiu uma ocasião de formação sobre o conhecimento e a prática da sinodalidade”. Ou seja, conhecer o “modo como o Espírito atua na Igreja e a guia ao longo da história”, diz o texto.

“Não pode ser uma formação exclusivamente teórica”, alerta o IL, assinalando “a necessidade de uma formação comum e partilhada, na qual tomem parte homens e mulheres, Leigos, Consagrados, Ministros ordenados e Candidatos ao Ministério ordenado, permitindo assim aumentar o conhecimento e a estima recíprocos, bem como a capacidade de colaboração”.

“Solicita-se igualmente que seja prestada especial atenção à promoção da participação das mulheres nos programas de formação, ao lado de Seminaristas, Sacerdotes, Religiosos e Leigos”, refere o texto.

O IL refere que “o ponto de partida e o critério de referência de todo o discernimento eclesial é a escuta da Palavra de Deus”. Sustenta que “o discernimento envolve todos, tanto os que participam a nível pessoal como comunitário, exigindo cultivar disposições de liberdade interior, abertura à novidade e abandono confiante à vontade de Deus, e permanecer à escuta uns dos outros, a fim de escutar «o que o Espírito diz às Igrejas»”, diz o documento.

“Um processo de discernimento articula concretamente comunhão, missão e participação. Por outras palavras, é um modo de caminhar juntos.”, salienta o IL.

Especial destaque também neste documento de trabalho para os processos de decisão, sendo sublinhado que na “Igreja sinodal toda a comunidade, na livre e rica diversidade dos seus membros, é convocada para rezar, escutar, analisar, dialogar, discernir e aconselhar na tomada de decisões pastorais”.

Nos “lugares” superar o modelo piramidal

Finalmente, a Parte III do IL dirige a sua atenção aos “Lugares”, no seu registo de contexto e de cultura. “A vida sinodal missionária da Igreja, as relações que a integram e os percursos que asseguram o seu desenvolvimento, nunca podem prescindir do concreto de um ‘lugar’, ou seja, de um contexto e de uma cultura”, diz o documento sinodal.

“Esta Parte III convida-nos a superar uma visão estática dos lugares, que os ordena por níveis ou graus sucessivos (Paróquia, zona, Diocese ou Eparquia, Província Eclesiástica, Conferência Episcopal ou Estrutura Hierárquica Oriental, Igreja universal) segundo um modelo piramidal”, refere.

Segundo o IL, “o anúncio do Evangelho, suscitando a fé no coração dos homens e das mulheres, permite que num lugar se constitua uma Igreja. A Igreja não pode ser compreendida sem implementação num lugar e numa cultura e sem as relações que se estabelecem entre lugares e culturas. Destacar a importância do lugar não significa ceder ao particularismo ou ao relativismo, mas sim valorizar a realidade concreta em que, no espaço e no tempo, se constrói uma experiência partilhada de adesão à manifestação de Deus salvador”.

Especial nota neste documento sinodal para o facto de que “a pertença à Igreja, manifesta-se, atualmente, com um número crescente de formas que não remetem para uma base geograficamente definida, mas para ligações de tipo associativo. Esta variedade de formas é promovida, tendo sempre presente a perspetiva missionária e o discernimento eclesial daquilo que o Senhor pede em cada contexto particular”.

É sublinhada a necessidade de serem valorizados os conselhos paroquiais e diocesanos como “instrumentos essenciais para o planeamento, a organização, a execução e a avaliação das atividades pastorais”.

Estes conselhos podem incluir alguns aspetos de “estilo sinodal”: “podem ser alvo de processos de discernimento eclesial e de processos decisórios sinodais e lugares da prática da prestação de contas e da avaliação de quem exerce cargos de autoridade, sem esquecer que, por sua vez, estas pessoas devem dar conta do modo como desempenham as suas funções”, refere o documento da Secretaria Geral do Sínodo.

No seu penúltimo ponto (111) o IL revela que este documento “interroga-se e interroga-nos sobre como ser uma Igreja sinodal missionária; como nos empenharmos numa escuta e num diálogo profundos; como sermos corresponsáveis à luz do dinamismo da nossa vocação batismal pessoal e comunitária; como transformarmos estruturas e processos de modo a que todos possam participar e partilhar os carismas que o Espírito infunde em cada um para benefício comum; como exercer poder e autoridade como serviço. Cada uma destas perguntas é um serviço à Igreja e, através da sua ação, a possibilidade de curar as feridas mais profundas do nosso tempo”, diz o IL.

Laudetur Iesus Christus - Fonte: Vatican News

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Cidadania honorária de Primiero San Martino di Castrozza para cardeal Parolin

No município do Trentino Alto Adige, no coração das Dolomitas, norte da Itália, o secretário de Estado vaticano passa suas curtas férias de verão há oito anos, razão pela qual a administração decidiu incluí-lo entre seus cidadãos. O purpurado: aqui fiz novos amigos e me sinto à vontade, devido à acolhida das pessoas e à beleza da natureza; peço orações por minha tarefa como colaborador do Papa Francisco e pela paz no mundo

Vatican News

Um novo cidadão especial enriquece o município de Primiero San Martino di Castrozza, em Trentino Alto Adige, norte da Itália. "Cidadania honorária" para o cardeal secretário de Estado Pietro Parolin, que há oito anos passa suas breves férias de verão na pequena cidade. O título foi conferido na segunda-feira, 8 de julho, durante uma cerimônia realizada no Palácio das Minas, em Fiera di Primiero, pelo prefeito Daniele Depaoli. O arcebispo de Trento, dom Lauro Tisi, e os párocos locais também estavam presentes. O primeiro cidadão lembrou a afabilidade do cardeal, que em pouco tempo estabeleceu relações de amizade profícuas com muitos habitantes do Vale. "Com este atestado - disse ele - "expressamos nossa profunda gratidão por sua proximidade, por seu exemplo de fé e compromisso pessoal com a paz no mundo, esperando que Primiero possa continuar a ser um destino de descanso e reflexão para sua eminência nos próximos anos". Emocionado, pela cerimônia especial, "e também um pouco confuso", o secretário de Estado vaticano agradeceu ao prefeito, acrescentando que em Primiero ele havia "tecido novas amizades". "Sinto-me à vontade aqui, por vários motivos – explicou -, pelas relações pessoais, pela acolhida das pessoas e pela beleza da natureza. Sempre que penso em férias curtas até agora, sempre penso em Primiero. Gostaria de cumprimentar cordialmente todos os habitantes da comunidade de Primiero e expressar, mais uma vez, minha profunda gratidão pela acolhida que recebi.

A paz é tarefa de todos

O cardeal pediu aos habitantes de Primiero San Martino di Castrozza que se lembrassem dele em suas orações, para que ele pudesse realizar da melhor forma sua "tarefa como colaborador do Papa Francisco, a serviço da Igreja universal, em um momento particularmente tempestuoso da história" e desejou que "as guerras acabem e a paz triunfe". "A paz não é tarefa apenas da diplomacia, da política ou de grandes manobras, mas pertence a todos", ressaltou, acrescentando que pequenas tensões "surgem em nossas famílias, nos países em que vivemos". "Em um mundo globalizado, não é preciso lembrar que uma guerra não pode mais ser circunscrita apenas a um espaço geográfico específico – acrescentou - porque suas repercussões dramáticas recaem sobre toda a humanidade. Nestes dias de descanso - concluiu o secretário de Estado vaticano - nos unamos em torno de Jesus Cristo, com Maria, para intensificar nossa oração pela paz".

Um pequeno município nas Dolomitas

O município de Primiero San Martino di Castrozza foi criado em 2016, após a fusão dos municípios de Fiera di Primiero, Siror, Tonadico e Transacqua. Tem 5110 habitantes e está localizado no Vale Primiero, na parte leste da província de Trento, no coração das Dolomitas declaradas Patrimônio Mundial da UNESCO. Entre as figuras ilustres de Primiero está Luigi Negrelli (1799-1858), engenheiro, precursor na construção de obras hidráulicas, pontes, estradas e linhas ferroviárias na Europa Central e na Itália, conhecido sobretudo por ter projetado o Canal de Suez, no Egito.

Fonte: Vatican News

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Caccia: pobreza, um escândalo a ser eliminado com ações radicais

O observador permanente da Santa Sé na ONU falou no Fórum político de alto nível sobre desenvolvimento sustentável promovido em Nova York pelo Conselho Econômico e Social: estratégias de reestruturação da dívida devem ser implementadas para dar aos países em desenvolvimento "o espaço fiscal de que precisam para investir em suas populações

L’Osservatore Romano

Se as tendências atuais continuarem, apenas um terço dos países do mundo terá reduzido a pobreza nacional pela metade nos próximos seis anos, conforme previsto pelas metas da Agenda 2030 da Onu para o desenvolvimento sustentável. E a "realidade escandalosa" é que o compromisso de enfrentar os aspectos "multidimensionais" da pobreza está "fora do alcance" de muitos países em desenvolvimento, que são forçados a "desviar recursos preciosos para o pagamento de dívidas insustentáveis". Foi o que destacou na terça-feira, 9 de julho, o arcebispo Gabriele Caccia, observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, no Fórum político de alto nível sobre desenvolvimento sustentável promovido em Nova York pelo Conselho Econômico e Social. Reiterando que a pobreza continua sendo "o maior desafio global que devemos enfrentar", dom Caccia ressaltou que esse flagelo não diz respeito "apenas aos recursos financeiros" das pessoas, mas se manifesta "em uma variedade de formas que exigem uma abordagem integral", alinhando "medidas baseadas em dinheiro com políticas globais que enfrentem as privações não monetárias experimentadas diariamente por milhões de pessoas", educação, saúde, proteção social.

Ele ressaltou que há, de fato, uma "disparidade significativa" entre a porcentagem de gastos públicos com serviços essenciais nas economias avançadas e nas economias emergentes e em desenvolvimento. Portanto, é "imperativo" tomar medidas "radicais e transformadoras" em relação à dívida. Relembrando os apelos do Papa às nações mais ricas para que "concordem em perdoar as dívidas de países que nunca poderão pagá-las", o observador permanente citou como exemplo "a implementação de estratégias de reestruturação da dívida" que forneçam aos países em desenvolvimento "o espaço fiscal de que precisam para investir em suas populações".

Ao mesmo tempo, o arcebispo Caccia constatou que atualmente existem "níveis alarmantes de fome e desnutrição no mundo inteiro". Crises econômicas, mudanças climáticas e conflitos estão agravando as vulnerabilidades de milhões de pessoas, "distanciando a visão de um mundo sem fome". Nos esforços para lidar com esse contexto de emergência – prosseguiu - o papel desempenhado por atores não-estatais permanece "central", incluindo a Igreja católica, que, por meio de inúmeras organizações, iniciativas e associações de beneficência, está presente no local "incluindo, mas não se limitando", a distribuição de refeições diárias. No entanto, a dependência de soluções de curto prazo é inadequada, observou, enfatizando a necessidade de "agir com um renovado senso de urgência" para aliviar a fome e também para transformar os sistemas alimentares e garantir "sustentabilidade, resiliência e equidade" na produção e distribuição de alimentos.

Fonte: Vatican News

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Santa Sé: tratado sobre a propriedade intelectual é um passo à frente

O arcebispo Balestrero, observador vaticano nas Nações Unidas e em outras organizações internacionais em Genebra, na Suíça, falou na 65ª série de assembleias dos Estados Membros da OMPI sobre a adoção do Tratado da Organização Mundial da Propriedade Intelectual em maio passado.

Vatican News

Um "sucesso para o multilateralismo" e um "passo significativo no esforço coletivo para promover um sistema de propriedade intelectual dinâmico e voltado para o futuro". O arcebispo Ettore Balestrero, observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas e em outras organizações internacionais em Genebra, na Suíça, descreveu como tal a adoção no final de maio do Tratado da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) sobre Propriedade Intelectual, Recursos Genéticos e Conhecimentos Tradicionais Associados. Isso foi discutido na terça-feira, 9 de julho, em uma reunião de alto nível da mesma agência da Onu, que contou com o pronunciamento do núncio representando a Santa Sé.

A participação dos povos indígenas

O núncio apostólico destacou que foi bem acolhido o fato de o documento abordar "a participação dos povos indígenas e das comunidades locais" de uma maneira sensível aos contextos "culturais e jurídicos" específicos em que vivem. Ele também reiterou como a dignidade humana "conferida por Deus" é o "fundamento de nossa coexistência"; portanto, deve permanecer "a base essencial" sobre a qual construir um acordo. A esse respeito, disse dom Balestrero, a Santa Sé observou com apreço a "exclusão dos recursos genéticos humanos do campo de aplicação do Tratado".

"A Santa Sé - afirmou ele - é do perecer de que esse avanço significativo no campo ajudará a facilitar a revitalização das negociações sobre conhecimentos tradicionais e expressões culturais tradicionais, levando, em última análise, a um resultado favorável na próxima Conferência diplomática para a conclusão e adoção de um Tratado sobre direito de Designs e de modelos (DLT)".

Bem comum

Daí, a garantia de que a Santa Sé continuará a colaborar com a OMPI para "promover um diálogo construtivo" com o objetivo de fazer avançar o sistema de propriedade intelectual e, portanto, "o bem comum da humanidade". "Esse objetivo será alcançado garantindo a cada pessoa a possibilidade de desfrutar plenamente de seus direitos humanos e das liberdades fundamentais", afirmou Balestrero.

Fonte: Vatican News

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Síria: o dom de duas vocações franciscanas que floresceram em meio à guerra

Os diáconos frei George Paolo e frei Johnny Jallouf, irmãos gêmeos, foram ordenados na Igreja de São Francisco, em Aleppo, pelo seu tio, dom Hanna Jallouf, vigário apostólico dos Latinos em Aleppo. Antes da guerra havia duzentos mil cristãos em Aleppo. Hoje restam vinte e cinco mil.

Por padre Ibrahim Faltas ofm* - Aleppo

Há 800 anos que os filhos de São Francisco custodiam os Lugares Santos e as “pedras vivas” que ali habitam. A Custódia da Terra Santa opera em várias nações: não está presente apenas na Palestina e em Israel, onde Jesus passou a sua vida terrena, mas também otua em grande parte do Médio Oriente, em Chipre, Rodes, Jordânia, Líbano, no Egito e Síria.

A Terra Santa conheceu guerras e destruição e ainda hoje sofre violência, ódio e divisão.

Em 800 anos, a Custódia perdeu mais de dois mil frades, mortos por professarem a fé em Cristo e defender a Terra Santa.

No dia 10 de julho, a liturgia recorda os Beatos Mártires Franciscanos que em 1860 foram mortos "in odium fidei" em Damasco. O Papa Francisco anunciou a sua canonização, que terá lugar no dia 20 de outubro de 2024. Será um dia de graça para a martirizada Síria, em guerra há 13 anos: uma guerra fratricida que está destruindo um povo, uma grande nação, uma civilização que possui uma história milenar.

Cheguei em Aleppo com outros confrades no dia 6 de julho: pela graça de Deus, a Síria pode alegrar-se com a ordenação sacerdotal de dois frades gêmeos que juntos cultivaram o amor a Cristo e a São Francisco. Uma alegria imensa para a Custódia, que teve irmãos ordenados sacerdotes, mas que pela primeira vez acolhe dois sacerdotes gêmeos!

Saímos de Amã e atravessamos grande parte do território sírio: vimos vilarejos e cidades destruídas e sem vida. À guerra em curso, somam-se as mortes e a destruição provocadas pelo terrível terramoto de fevereiro de 2023.

Nestes anos, um milhão e trezentos mil sírios perderam a vida e oito milhões tiveram de abandonar as suas terras e a sua história. Pensei em Gaza sofrendo como a Síria, e em como a guerra destruiu vidas e destruiu prédios que abrigavam vidas.

A Síria é a nação que conta atualmente com o maior número de frades da Custódia da Terra Santa: um dom e uma presença importantes. Os nossos irmãos envolvidos nas comunidades sírias sofreram e sofrem, mas nunca negligenciaram o amor ao próximo e nunca perderam a esperança de paz.

Enquanto percorríamos as ruas silenciosas e desoladas, agradeci a Deus pela renovada semente de esperança que os dois novos confrades no sacerdócio trouxeram à Igreja e à Custódia da Terra Santa.

Os diáconos frei George Paolo e frei Johnny Jallouf receberam a ordenação presbiteral na Igreja de São Francisco de Assis em Aleppo pela imposição de mãos de dom Hanna Jallouf, vigário apostólico dos Latinos em Aleppo. Dom Hanna é tio dos dois novos sacerdotes e é uma das tantas e santas vocações que a Síria deu à Custódia da Terra Santa: que a sua total dedicação e à Igreja seja um exemplo para estes jovens e para todos nós. Padre Hanna, que no dia 17 de setembro celebrará seu primeiro ano como vigário apostólico de Aleppo, consagrou pela primeira vez dois novos sacerdotes com a alegria de ver seus sobrinhos fazerem parte de sua própria Ordem Franciscana dos Menores e da Custódia da Terra Santa.

Participei da Celebração Eucarística juntamente com trinta confrades, rezamos pelas vocações tão necessárias para o povo de Deus e para a Síria, terra abençoada e ultrajada pela guerra. Alegrei-me com a linda família Jallouf, congratulei-me os pais orgulhosos e emocionados pelos seus filhos, dois irmãos tão unidos e em sintonia que percorrem juntos o caminho da vida, compartilhando o dom da vocação.

Após a solene celebração, os dois sacerdotes foram festejados por familiares, amigos, irmãos e paroquianos. Percebi a forte participação na verdadeira alegria da comunidade cristã de Aleppo, que nesta ocasião pode esquercer por algumas horas a guerra e louvou a Deus com alegria.

Antes da guerra havia duzentos mil cristãos em Aleppo. Hoje restam vinte e cinco mil.

No domingo, 7 de julho, encontrei-me novamente com os meus confrades sírios. Conheço bem o seu comprometimento, mas também pude ver pessoalmente o grande trabalho realizado na recuperação do Colégio Terra Santa, imponente complexo requisitado pelas autoridades sírias e devolvido à posse dos Franciscanos da Custódia há alguns anos.

Agora o Terra Sancta College é novamente um local de encontro, um lugar de apoio concreto às necessidades das pessoas. Uma parte do colégio foi dedicada à criação de um forno que produza um pão delicioso, perfumado e saboroso: naquele forno senti também o perfume de Jesus que se doa na Eucaristia e dá vida nova, mesmo no sofrimento. Voltei a ver a piscina, colocada em segurança e equipada para dar alívio nos dias quentes e momentos de serenidade a quem há anos sofre as angústias da guerra.

À tarde participamos da primeira Santa Missa dos novos sacerdotes: uma celebração comovente, durante a qual emergiu a partilha e o cuidado do serviço sacerdotal. Padre George presidiu e padre Johnny fez a homilia. Cada momento da Santa Missa foi vivido intensamente e foi animado por belíssimos cantos: os dois gêmeos também são bons músicos e louvaram ao Senhor também com a música.

Em um território devastado e ofendido pela tragédia da guerra, a família da Custódia da Terra Santa agradece a Deus pelo dom da vocação e reza para que os seus amados filhos continuem a ser missionários de paz na Terra de Jesus e no mundo inteiro.

* Padre Ibrahim Faltas ofm é vigário da Custódia da Terra Santa

Fonte: Vatican News

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Igrejas e organizações religiosas ucranianas pedem condenação de ataques russos

O Conselho Pan-ucraniano de Igrejas e Organizações Religiosas, entre outros, pede a condenação das ações da Federação Russa contra a Ucrânia, com o reconhecimento da Rússia como um Estado terrorista, exortando os Estados a romperem relações econômicas com a Federação Russa para não serem cúmplice dos crimes de guerra da Rússia contra a Ucrânia e do genocídio do povo ucraniano.

Vatican News

O Conselho Pan-ucraniano das Igrejas e das Organizações Religiosas, que inclui várias Igrejas Cristãs, comunidades judaicas e muçulmanas da Ucrânia, "condena categoricamente o ataque terrorista que, em 8 de julho de 2024, a Federação Russa mais uma vez perpetrou contra cidades ucranianas, infra-estruturas civis, hospitais pediátricos, o prédio do setor de maternidade e pessoas pacíficas." O Conselho fala de "um crime de guerra e um ato de extrema crueldade e de desprezo pela vida humana e por Deus.

"Para informação geral - explicam os representantes religiosos da Ucrânia - em nível nacional o Hospital Infantil Okhmatdyt, em Kiev, é o equivalente ao mundialmente renomado hospital pediátrico do Vaticano «Bambino Gesù», em Roma". 

O Conselho Pan-ucraniano das Igrejas e Organizações Religiosas dirige-se aos governos de todos os Estados do mundo, "para os quais a vida humana, em particular a das crianças, é um verdadeiro valor e que respeitam, e não apenas declarativamente, as normas do direito internacional, para: condenar as ações da Federação Russa contra a Ucrânia, reconhecendo a Rússia como um Estado terrorista; interromper as relações econômicas com a Federação Russa para não ser cúmplice dos crimes de guerra da Rússia contra a Ucrânia e do genocídio do povo ucraniano; tomar todas as medidas necessárias para pôr fim à agressão da Rússia contra a Ucrânia e restaurar o direito internacional; fornecer à Ucrânia os meios necessários para proteger a vida, incluindo sistemas adicionais de defesa aérea, aeronaves, meios de guerra eletrônica e tudo o que for necessário para a defesa e restauração da integridade territorial da Ucrânia."

O Conselho Pan-ucraniano das Igrejas e Organizações Religiosas exorta mais uma vez o Conselho Mundial de Igrejas, a Conferência de Igrejas Europeias e outras organizações inter-religiosas internacionais "a examinar a questão de chamar à responsabilidade moral e de outro tipo a Igreja Ortodoxa Russa, que apoia em várias formas a agressão da Federação Russa contra a Ucrânia, alimenta o ódio interétnico e interconfessional e, por meio da pregação da ideologia do "russkij mir" (mundo russo), incita o genocídio do povo ucraniano".

Arcebispo-mor de Kiev: "crime contra a humanidade" 

"Imagens brutais de uma grande tragédia abalam a Ucrânia e o mundo", afirmou no dia do ataque o arcebispo greco-católico Sviatoslav Shevchuk. "Hoje, 8 de julho, os russos atacaram a cidade de Kiev com os seus mísseis. Atacaram deliberadamente um hospital infantil. A remoção dos escombros ainda está em curso, mas já sabemos de dezenas de mortos e quase uma centena de feridos. Entre as vítimas estão crianças, médicos e pais. É de partir o coração ver que aquelas crianças, que vieram salvar as suas vidas, mesmo no centro de diálise, foram mortas impiedosamente por criminosos russos".

O arcebispo-mor de Kiev lamenta que muitas crianças corriam o risco de morrer, pois estavam ligadas a ventiladores pulmonares artificiais. "Muitas crianças estavam sendo operadas naquele momento. Foi precisamente a queda de energia que as levou à beira da morte. Em nome de Deus, com toda determinação, condenamos este crime contra a humanidade”.

Para a maior autoridade da Igreja Greco-Católica no país, "este não é apenas um crime contra as leis e princípios humanos, contra as normas internacionais que nos falam sobre costumes e regras para a condução da guerra". Segundo a moral cristã, "este é um pecado que clama ao céu por vingança".

"Hoje dirijo-me, clamo à consciência de todas as pessoas do mundo inteiro. Peço-lhes que condenem este crime e façam tudo o que estiver ao seu alcance para deter e punir a mão do assassino implacável. Hoje choramos junto com todas as vítimas. Hoje queremos rezar por todas as vítimas, especialmente pelas crianças mortas inocentemente”.

Fonte: Vatican News

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Missionários na Argentina: a alegria dos jovens a serviço dos marginalizados

O encontro com pessoas vulneráveis pode ter um profundo impacto de vida, transformando-a. Um grupo de jovens de La Matanza, em Buenos Aires, após viver uma experiência junto às religiosas na localidade de Sáenz Peña, no território argentino de Chaco, decidiu dedicar-se à assistência aos pobres da própria comunidade.

Irmã María Jesús Nieva

«Faltam jovens verdadeiramente “transgressivos”, inconformistas, que não sejam escravos de um smartphone, mas que mudem o mundo como Maria, levando Jesus aos outros, cuidando do próximo, construindo comunidades fraternas com os outros, realizando sonhos de paz!». Estas palavras, pronunciadas pelo Papa Francisco durante a recitação do Angelus na catedral de Asti, em 20 de novembro de 2022, ganharam vida entre um grupo de jovens na Argentina.

Nos bairros mais afastados da cidade de Presidenza Roque Sáenz Peña (Província de Chaco), um grupo de jovens, acompanhados por religiosas da Obra Dom Orione, participou de 19 a 22 de julho de 2023 numa missão que mudaria a sua vida para sempre e ainda hoje dá frutos. O que começou como uma viagem de serviço tornou-se em breve uma experiência transformadora, onde o verdadeiro significado da evangelização se revelou em cada ato de bondade e compaixão.

Desde a aurora até ao pôr do sol, estes jovens dedicaram-se completamente à tarefa de praticar o bem: organizaram laboratórios para as crianças do bairro, partilharam momentos de oração e reflexão com as famílias e, com a sua ajuda, acompanharam quantos não dispunham de recursos. Cada ação, por mais insignificante que fosse, estava impregnada de amor e atenção genuína.

Mas, além das obras materiais, o que realmente deixou uma impressão duradoura foi o espírito de alegria e camaradagem, que distinguiu cada momento compartilhado. Entre risos e sorrisos, estes jovens descobriram a verdadeira essência do serviço: não se trata apenas de fazer algo pelo próximo, mas de estar verdadeiramente presente, partilhando a vida e as experiências com quantos são servidos.

Nas noites tranquilas, sob um céu estrelado que parecia sussurrar segredos de eternidade, nasceram diálogos profundos e significativos. Os jovens partilharam histórias de fé e esperança, ouvindo atentamente a experiência dos destinatários do seu serviço. Naqueles momentos de intimidade e interação, criaram-se laços que transcenderam as fronteiras do tempo e do espaço.

Através de ações, os jovens demonstraram que servir o próximo não é apenas um modo eficaz de transmitir a mensagem de Cristo, mas também uma fonte inesgotável de alegria e realização pessoal. Que o seu exemplo inspire outros a seguir este caminho, lançando sementes de amor e esperança onde quer que estejam.

O testemunho de dois jovens missionários

Mickeas, um jovem de 16 anos, partilhou uma experiência transformadora: o seu bairro, marcado pela violência, pelas lutas e pela presença de armas e drogas, era o seu cenário quotidiano. Mickeas passava o tempo na rua, provocando desordens com os amigos. No entanto, um dia recebeu um convite para visitar a “Casita Mi Esperanza”, um espaço da sua paróquia destinado aos jovens do bairro.

Atualmente, Mickeas participa ativamente no grupo de jovens da paróquia, que se reúne três dias por semana com o objetivo de tirar os jovens da rua. Também colabora na “Casita Mi Esperanza”, onde trabalha com os mais pequeninos. A sua tarefa consiste em organizar jogos e em apoiá-los, mostrando-lhes que existem alternativas existenciais mais positivas. Esta fase da sua vida permite-lhe ajudar os outros e tornar-se um líder otimista.

Candela tem 14 anos e vem de um bairro humilde. A sua participação em vários setores da sua paróquia foi enriquecedora. No setor pré-juvenil e entre os exploradores escoteiros, partilha o tempo com as crianças, oferecendo-lhes um lugar de encontro aos domingos. Além disso, faz parte do clube paroquial no âmbito do folclore e do canto.

O que mais a motivou a participar nesta missão foi a oportunidade de descobrir realidades desconhecidas. Visitar famílias, falar com pessoas diferentes e mostrar interesse genuíno pelas suas vidas tornou-se uma experiência gratificante. Candela sentiu a emoção das pessoas do bairro aquando da sua visita, o que lhe permitiu entrar em casa das famílias que visitou para rezar com elas e acompanhá-las nas suas diferentes situações familiares.

Um momento significativo foi a visita a uma senhora que recebeu os missionários, embora fossem vários, e partilhou com eles a própria dor: um irmão com problemas neurológicos que sofre de convulsões. Juntos rezaram e imploraram bênçãos para a sua casa e família.

Esta missão deixou em Candela boas experiências e um grande desejo de a continuar, porque quer comunicar esta experiência e entusiasmar outros jovens, mostrando-lhes a beleza de alegrar a vida das pessoas para que se sintam acompanhadas, até à distância.

Fonte: Vatican News

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Camarões: Associação das Mulheres Católicas celebra o seu 60º aniversário

A Associação das Mulheres Católicas dos Camarões celebrou o seu 60º aniversário, no domingo, 7 de julho de 2024, na arquidiocese de Yaoundé. Durante a celebração eucarística na Catedral de Notre-Dame des Victoires, D. Jean Mbarga, convidou os milhares de membros da referida associação “a levarem a sério o seu papel tão importante na sociedade”.

Colette Labaki – Cidade do Vaticano com Paule-Valérie Mendogo, Edéa

“O Concílio Vaticano II destacou muito bem o papel dos leigos e deu-lhes um lugar na Igreja; reconheceu a sua vocação e a sua missão. Por isso, podemos dizer que hoje todo o leigo pode considerar-se membro de pleno direito da Igreja. E no documento dedicado ao Apostolado dos Leigos, especifica-se que os leigos têm um papel a desempenhar na Igreja e especialmente na sociedade”, continuou D. Jean Mbarga na celebração do jubileu.

O lançamento das festividades que marcaram este evento foi uma oportunidade para reconhecer a vitalidade desta associação e o seu grande envolvimento na Igreja dos Camarões. Para o Arcebispo Metropolitano de Yaoundé, hoje, “depois de sessenta anos de dinamismo no seio da Igreja, e tendo em conta os tensos contextos sócio-políticos e económicos em África, trata-se de refletir mais sobre o compromisso dos leigos na sociedade.

O papel dos leigos na sociedade

O envolvimento dos leigos na sociedade é primordial porque, estando a Igreja no coração da sociedade, cabe-lhes ser ativos e agir no coração dela em nome do Evangelho. “E a sociedade é aqui entendida como todas aquelas realidades que encontramos no dia-a-dia, a começar pela família, pelo local de trabalho, pelos serviços públicos, por todos os compromissos políticos, económicos e sociais. É aqui que devemos fazer aquilo a que o Concílio chamou a renovação da ordem temporal, renovando a superfície da terra; ser o fermento na massa, o sal da terra, a luz do mundo”, sublinhou D. Mbarga.

Um caminho longo e difícil

O prelado reconheceu que o caminho para esta missão preconizada pelo Concílio Vaticano II poderia ser longo e difícil devido ao carácter plural e diverso da sociedade e tendo em conta as questões sociais. “Podemos estar satisfeitos com o que os leigos fazem na Igreja em termos de atividades, compromisso, presença e orações”, reconheceu D. Mbarga, “embora seja mais difícil para eles envolverem-se como cristãos na sociedade. “Isto é certo”, continuou, “porque a sociedade não é simplesmente cristã e católica; também é diversa. A grande questão, portanto, é como ser sinais de Jesus Cristo no coração do mundo. Isto é o que há de mais belo para um leigo: participar na missão de salvação”.

Tornando-se atores privilegiados na sociedade

Dom Mbarga convidou os leigos a tornarem-se atores privilegiados, que nos recordam que podemos estar no caminho certo, apesar das dificuldades e dos múltiplos encargos. “Gostaria, por isso, de aproveitar este sexagésimo aniversário da Associação de Mulheres Católicas para dizer que é urgente que nas nossas associações este tema faça parte dos programas prioritários. “Que os membros destas associações questionem a sua missão no seio da sociedade, a sua missão de renovar a ordem temporal, de levar a Boa Nova de Cristo”, recomendou o Arcebispo. “Envio-vos, pois, neste início da celebração do vosso jubileu, como verdadeiros missionários, para que no final deste processo festivo nos possam dar luz sobre os meios que um leigo pode utilizar para ser o sal da terra, luz do mundo, fermento na massa, no seio da nossa sociedade”, concluiu o prelado.

Fonte: Vatican News

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Seminaristas de todo o Brasil estão em formação missionária no RJ

Termina nesta quinta-feira (11/07) no Rio de Janeiro mais uma edição da Formise, a Formação Missionária de Seminaristas. O evento é uma oportunidade de formação, união e fortalecimento da comunidade de seminaristas do Brasil.

Vatican News

O Rio de Janeiro está sediando a 13º Formise, a Formação Missionária de Seminaristas, evento que reúne cerca de 200 seminaristas de todo o Brasil. O encontro, que começou na segunda-feira (08/07), tem como objetivo principal fortalecer a formação missionária e pastoral dos futuros padres, proporcionando um espaço de reflexão, aprendizado e troca de experiências. O evento, com o tema "A missão nas periferias existenciais e geográficas", conta com a presença de sacerdotes, bispos e de um cardeal que juntos compartilham experiências e conhecimentos, enriquecendo a formação dos seminaristas.

A programação da Formise é variada e intensa, com palestras, oficinas, momentos de oração e atividades culturais na busca não apenas de melhorar a formação missionária dos seminaristas, mas também prepará-los para atuar nas periferias existenciais e geográficas, onde a Igreja é mais necessária. O lema "Deus habita esta cidade" reflete o compromisso de levar a mensagem de Cristo a todos, especialmente aos mais marginalizados e necessitados. Esse encontro promete deixar um legado significativo na vida de cada participante, preparando-os para a missão que os espera como futuros padres.

Neste ano, a Formise é ainda mais especial, pois marca o início das comemorações dos 40 anos do Comise Brasil. Ao longo dessas quatro décadas, o Comise tem sido fundamental na formação missionária de seminaristas, promovendo encontros, formação contínua e um profundo compromisso com a missão evangelizadora da Igreja. - Fonte: Vatican News

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Reconhecimento dos bispos filipinos ao missionário fundador de “Silsilah”

"O caminho para a paz passa por episódios de violência, mas continuaremos com fé e esperança", assegura o missionário italiano Pe. D'Ambra, há 40 anos comprometido com o diálogo-interreligioso nas Filipinas. Ele procurou "implementar o Concílio Vaticano II, segundo o caminho do diálogo que então era considerado parte dos novos caminhos da missão".

A “Cruz de Ouro de dom Jorge Barlin” - o mais alto reconhecimento da Conferência Episcopal das Filipinas - foi concedido no último domingo, 7 de julho, em Cagayan d'Ouro, ao padre Sebastiano D'Ambra, PIME, missionário italiano, fundador do movimento para o diálogo islâmico-cristão "Silsilah" no sul das Filipinas. 

Como afirma uma nota da Conferência Episcopal, a atribuição da honorificência deve-se ao “serviço excepcional e generoso” do sacerdote italiano à Igreja, “exemplificando os ideais” do primeiro bispo filipino.

A prestigiosa homenagem é concedida no ano em que se celebrou o 40º aniversário do movimento de diálogo “Silsilah”, iniciado em 1984. A Igreja nas Filipinas mostra assim o seu apreço pelo trabalho do missionário que já se distinguiu como mediador entre grupos rebeldes do movimento Frente de Libertação Nacional Moro e o exército de Manila, durante o conflito que ensanguentou o sul das Filipinas por décadas.

“Em 1983 – relata Pe. D’Ambra – propus a criação do movimento Silsilah a um grupo de muçulmanos e cristãos e iniciamos oficialmente o Movimento de Diálogo Silsilah em 1984, que logo foi reconhecido pela Conferência Episcopal. Seguiu-se em 1987 a instituição do Emmaus Dialogue Movement, um movimento laical que inclui leigos e leigas consagrados e outros católicos, mas também sacerdotes, freiras, seminaristas, casais, jovens”, recorda o missionário.

Em 40 anos de empenho, Pe. D'ambra diz que tentou “implementar o Concílio Vaticano II, segundo o caminho do diálogo que era então considerado parte dos novos caminhos da missão”. “O Senhor deu-me a coragem e a força para percorrer aqueles caminhos”, observa, sublinhando as alegrias e dores de um caminho marcado por “preconceitos e suspeitas, que em parte continuam ainda hoje”, ainda que hoje “exista um interesse maior sobre esta missão na Igreja por parte de todos”.

Entre os momentos dolorosos, o missionário cita o assassinato de um dos seus amigos mais queridos, Pe. Salvatore Carzedda, PIME, que estava com ele no Silsilah. "Naquela ocasião - conta ele - os agressores queriam matar também a mim. Também temos outros casos de mártires membros de Silsilah. O caminho de paz passa por episódios de violência, mas continuaremos com fé e esperança. Hoje o caminho da Igreja nestes anos, com a consciência e a atenção ao espírito sinodal, nos ajuda e nos apoia, mas é um longo caminho."

O movimento Silsilah, afirma pe. D'Ambra, “é hoje conhecido nacional e internacionalmente como promotor de programas de solidariedade, formação, atenção aos mais desfavorecidos, proteção do ambiente, que seguimos como parte da nossa vocação e missão. Promovemos a cultura do diálogo como caminho para a paz' a partir da espiritualidade da vida em diálogo. O diálogo tem para nós um fundamento espiritual e agora, por meio do recém-criado Colégio de Teologia Emaús, preparamos jovens cristãos e muçulmanos para viver o espírito do diálogo".

“No coração de cada pessoa há sempre um recanto de paz. Com este espírito continuo a minha missão”, conclui.

Fonte: Vatican News

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Retiro em Bahrein reúne mais de mil crianças e adolescentes

Sediado na Igreja do Sagrado Coração, o objetivo do Despertar 2024 foi o de “proporcionar um ambiente educativo onde crianças e adolescentes pudessem explorar a sua fé na vida quotidiana, conectar-se com os seus pares, aprofundar a sua relação com a espiritualidade e criar memórias duradouras”

Foram quatro dias de partilha, alegria, orações, música e diversão para os 1155 participantes do retiro Awakening 2024 (‘Despertar 2024’).

Trata-se de um evento organizado no Vicariato da Arábia do Norte, no qual participaram crianças e adolescentes da Paróquia do Sagrado Coração de Manama e da Catedral de Nossa Senhora da Arábia de Awali.

Um retiro onde os participantes puderam compartilhar fé e fraternidade, animados pelo Anointing Fire Catholic Youth Ministry - AFCYM ("Ministério da Juventude Católica da Unção do Fogo") dos Estados Unidos, entre uma variedade de atividades entusiasmantes projetadas para atender diferentes faixas etárias.

Sediado na Igreja do Sagrado Coração, o objetivo do Despertar 2024 foi o de “proporcionar um ambiente educativo onde crianças e adolescentes pudessem explorar a sua fé na vida quotidiana, conectar-se com os seus pares, aprofundar a sua relação com a espiritualidade e criar memórias duradouras”, declaram fontes do Vicariato lideradas por dom Aldo Berardi, O.S.T.

“Durante o retiro doram desenvolvidos programas de atividades concebidos para envolver as mentes e os corações dos jovens. Entre os destaques desta programação, as sessões dinâmicas guiadas por lideranças juvenis.”

“Toda a comunidade da Paróquia do Sagrado Coração está empenhada em apoiar o crescimento e desenvolvimento espiritual dos nossos jovens e está grata pela parceria com a AFCYM enquanto esperamos continuar a acolher eventos que alimentem a fé das nossas crianças e adolescentes.”

*Agência Fides

Fonte: Vatican News

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Moçambique. UCM apoia crianças e adolescentes de um orfanato em Nhamatanda

Foram no total 20 beneficiários, entre crianças e adolescentes do Centro Orfanato de Nhamatanda, em Sofala, que no passado sábado, 6 de julho, passaram a possuir documentos de identificação, nomeadamente, cédula pessoal, certidão narrativa, incluindo o recibo do bilhete de identidade (BI), emitido no local pela brigada dos serviços de identificação civil naquele distrito.

Rogério Maduca – Beira, Moçambique

Esta acção de responsabilidade social foi desenvolvida no âmbito das celebrações do mês da criança, o mês de junho, em resposta às necessidades que o estabelecimento enfrenta, segundo deu a conhecer a Assessora para área dos serviços sociais da Universidade Católica de Moçambique (UCM), Rosária da Conceição Elias, numa entrevista concedida à emissora Católica da Beira.

Por seu turno, Paulo Celestino Luís, representante do Centro orfanato de Nhamatanda, agradeceu a Universidade Católica de Moçambique pela iniciativa, pois segundo avançou tem sido difícil a aquisição de documentos de identificação para as crianças que chegam ao orfanato.

Para a atribuição dos documentos de identificação a UCM contou com a colaboração dos serviços distritais de identificação civil daquele distrito. O responsável deste sector, Francisco Cangavai, sublinhou que a iniciativa dignifica as instituições que colaboraram na sua materialização, tendo em conta as condições que os beneficiários possuem.

O orfanato foi fundado por um líder religioso em 2000 e acolhe, além de órfãos, crianças e adolescentes com necessidades especiais e vítimas de violência doméstica. Actualmente a instituição assiste internamente 23 beneficiários, sendo 13 rapazes e 10 moças.

Fonte: Vatican News

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Santa Sé publica lista de membros dos grupos de estudo do Sínodo da Sinodalidade

Por Hannah Brockhaus 

A Santa Sé publicou ontem (9) os nomes dos membros de 15 grupos de estudo de questões como diaconisas, ministério dos bispos e a formação sinodal para futuros padres, levantadas na sessão do ano passado do Sínodo da Sinodalidade.

Alguns dos grupos foram formados por ordem do papa Francisco, que pediu aos dicastérios da cúria romana que colaborassem com a secretaria geral do Sínodo para aprofundar as reflexões teológicas, pastorais e canônicas sobre certos temas que surgiram durante a assembleia sinodal em outubro do ano passado.

Grupos de estudo adicionais também foram criados para fornecer uma análise teológica mais profunda das “cinco perspectivas” antes da segunda sessão do sínodo, que vai ocorrer no Vaticano de 2 a 27 de outubro.

O Instrumentum Laboris, documento que orienta da assembleia de outubro deste ano, faz referência a esses grupos de estudo.

Segundo o documento, os grupos “são encarregados da tarefa de se aprofundar em dez temas emergentes do [relatório de síntese da primeira sessão] e identificados pelo papa ao final de uma consulta internacional. Esses grupos de estudo, compostos por pastores e especialistas de todos os continentes, usam um método de trabalho sinodal”.

Segue abaixo a lista completa dos membros do grupo de estudo, conforme apresentada pela Santa Sé:

Grupo 1

Alguns aspectos das relações entre as Igrejas Católicas Orientais e a Igreja Latina (relatório de síntese 6)

1. Cordenador: Péter SZABÓ, professor de direito canônico no Instituto de Pós-Graduação em Direito Canônico de Budapeste (HUNGRIA), consultor do Dicastério para as Igrejas Orientais.

2. Cardeal Claudio GUGEROTTI, prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais.

3. Dom Laurent ULRICH, arcebispo de Paris e ordinário dos fiéis orientais residentes na França e sem hierarquia da sua própria Igreja “sui iuris” (FRANÇA).

4. Dom Cyril VASIL', SJ, arcebispo de Kosice para os católicos de rito bizantino (ESLOVÊNIA).

5. Dom Boghos Levon ZEKIYAN, arcebispo de Istambul, Constantinopla, dos Armênios (TURQUIA).

6. Dom Borys GUDZIAK, arcebispo da Filadélfia dos Ucranianos (EUA).

7. Dom Michel JALAKH, OAM, secretário do Dicastério para as Igrejas Orientais.

8. Dom Joseph SRAMPICKAL, bispo da Eparquia da Grã-Bretanha dos Siro-Malabares (GRÃ-BRETANHA).

9. Dom Flaviano Rami AL-KABALAN, visitador apostólico dos fiéis sírio-católicos residentes na Europa e procurador da Igreja sírio-católica em Roma (ITÁLIA).

10. Padre Filippo CIAMPANELLI, subsecretário do Dicastério para as Igrejas Orientais.

11. Padre John D. FARIS, cobispo da Igreja Maronita (LÍBANO).

12. Padre Daniel GALADZA, Oficial do Dicastério para as Igrejas Orientais.

13. Dr. Daoud Boutros TAYEH, secretário-geral do Conselho Pastoral da Eparquia Maronita de Jounieh (LÍBANO).

Grupo 2

Ouvir o clamor dos pobres (relatório de síntese 4 e 16)

1. Coordenadora: Sandie CORNISH, professora de Doutrina Social da Igreja na Universidade Católica Australiana em North Sydney (AUSTRÁLIA), membro do Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral.

2. Cardeal Michael CZERNY, SJ, prefeito do Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral.

3. Padre Francis MAZZITELLI, FDP, responsável pelo Departamento do Dicastério para o Serviço da Caridade.

4. Irmã Maria CIMPERMAN, RSCJ, professora de Ética Teológica e Vida Consagrada na Catholic Theological Union em Chicago, EUA.

5. Joseph GUNN, diretor executivo do Oblate Centre, A Voice for Justice na Saint Paul University em Ottawa (CANADÁ).

6. Mauricio LÓPEZ OROPEZA, vice-presidente da Conferência Eclesial da Amazônia.

7. Leocadie LUSHOMBO, professora de ética teológica na Escola Jesuíta de Teologia em Berkeley, EUA.

8. Agnes BRAZAL, professora de teologia na Universidade De La Salle em Manila (FILIPINAS)

Grupo 3

Missão no ambiente digital (relatório de síntese 17)

1. Coordenadora: Kim DANIELS, diretora da Iniciativa sobre Pensamento Social Católico e Vida Pública na Universidade de Georgetown em Washington, DC (EUA).

2. Dom Rino FISICHELLA, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização (Seção de Questões Fundamentais da Evangelização no Mundo).

3. Paolo RUFFINI, prefeito do Dicastério para a Comunicação.

4. Dom Paul Desmond TIGHE, secretário do Dicastério para a Cultura e a Educação.

5. Padre Lucio Adrián RUIZ, secretário do Dicastério para a Comunicação.

6. Padre Antonino SPADARO, SJ, subsecretário do Dicastério para a Cultura e a Educação.

7. Irmã Nathalie BECQUART, Xavière, subsecretária da Secretaria Geral do Sínodo.

8. Padre Joseph BORG, professor de mídia e comunicações na Universidade de Malta (MALTA).

Grupo 4

A revisão da Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis.

Numa perspectiva sinodal missionária (relatório de síntese 11)

1. Coordenador: cardeal José COBO CANO, arcebispo de Madrid (ESPANHA), coordenador

2. Cardeal Jean-Claude HOLLERICH, SJ, arcebispo de Luxemburgo (LUXEMBURGO), relator geral da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.

3. Cardeal Lazarus HEUNG-SIK, prefeito do Dicastério para o Clero

4. Padre Eamonn MCLAUGHLIN, subsecretário adjunto do Dicastério para o Clero para o Departamento de Formação.

5. Padre Mario ANTONELLI, reitor do Pontifício Seminário Lombardo de Roma (ITÁLIA).

6. Padre Hubertus BLAUMEISER, diretor da revista Ekklesía e membro do Centro de Estudos do Movimento dos Focolares (ITÁLIA), consultor do Dicastério para o Clero.

7. Padre Andrew RECEPCIÓN, diretor espiritual do Pontifício Colégio Filipino de Roma (ITÁLIA).

8. Padre Guy BOGNON, PSS, secretário-geral da Pontifícia Obra Missionária de São Pedro Apóstolo.

9. María Lia ZERVINO da Associação Servidora, membro do conselho do Movimento Laudato Si' , consultora do Dicastério para os Bispos e do Dicastério para o Diálogo Inter-religioso.

Grupo 5

Algumas questões teológicas e canônicas em torno de formas ministeriais específicas (relatório de síntese 8 e 9)

O estudo aprofundado das questões em questão — particularmente a questão da necessária participação das mulheres na vida e liderança da Igreja — foi confiado ao dicastério para a Doutrina da Fé, sob a coordenação do secretário da seção doutrinária do Dicastério para a Doutrina da Fé, monsenhor Armando MATTEO, e em diálogo com a secretaria geral do Sínodo. O dicastério deu início a seu estudo segundo os procedimentos estabelecidos em seu próprio regulamento Interno, com vistas à publicação de um documento apropriado.

Grupo 6

A revisão, numa perspectiva sinodal e missionária, dos documentos que regulam as relações entre bispos, a vida consagrada, as agregações eclesiais (relatório de síntese 10)

1. Coordenador: Cardeal Joseph William TOBIN, CSR, arcebispo de Newark (EUA).

2. Cardeal Luis Antonio G. TAGLE, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização (Seção para a Primeira Evangelização e Novas Igrejas Particulares).

3. Cardeal João BRAZ DE AVIZ, prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

4. Cardeal Kevin Joseph FARRELL, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida.

5. Cardeal Robert Francis PREVOST, OSA, prefeito do Dicastério para os Bispos.

6. Irmã Simona BRAMBILLA, MC, secretária do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica.

7. Dom Luis MARÍN DE SAN MARTÍN, OSA, subsecretário da Secretaria Geral do Sínodo.

8. Linda GHISONI, subsecretária do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida.

Grupo 7

Alguns aspectos da figura e do ministério do bispo (particularmente: critérios para a seleção dos candidatos ao episcopado, função judiciária do bispo, natureza e conduta das visitas ad limina Apostolorum) numa perspectiva sinodal missionária (relatório de síntese 12 e 13)

1. Coordenador: dom Felix GENN, bispo de Münster (ALEMANHA), membro do Dicastério para os Bispos.

2. Cardeal Luis G. TAGLE, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização (Seção para a Primeira Evangelização e Novas Igrejas Particulares).

3. Cardeal Jean-Claude HOLLERICH, SJ, arcebispo de Luxemburgo (LUXEMBURGO), relator geral da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.

4. Cardeal Leonardo Ulrich STEINER, OFM, arcebispo de Manaus (BRASIL), vice-presidente da Conferência Eclesial da Amazônia.

5. Cardeal Mario GRECH, secretário-geral da Secretaria Geral do Sínodo.

6. Cardeal Robert Francis PREVOST, OSA, prefeito do Dicastério para os Bispos.

7. Cardeal Claudio GUGEROTTI, prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais.

8. Padre Samuele SANGALLI, subsecretário do Dicastério para a Evangelização (Seção de Primeira Evangelização e Novas Igrejas Particulares).

9. Padre Giacomo COSTA, SJ, presidente da “Fundação Cultural San Fedele” de Milão (ITÁLIA), Secretário Especial da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.

10. Irmã Hermenegild MAKORO, CPS, ex-secretária-geral da Conferência dos Bispos Católicos da África Austral (ÁFRICA DO SUL)

11. Karlijn DEMASURE, chefe do Centro de Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis da Universidade Saint Paul em Ottawa (CANADÁ).

12. María Lia ZERVINO da Associação Servidora, membro do conselho do Movimento Laudato Si' , consultora do Dicastério para os Bispos e do Dicastério para o Diálogo Inter-religioso.

Subgrupo encarregado de aprofundar o tema da função judiciária do bispo

1. Coordenador: dom Filippo IANNONE, O Carm, presidente do Dicastério para os Textos Legislativos.

2. Padre Ivan KOVAČ, subsecretário do Dicastério para os Bispos.

3. Padre Samuele SANGALLI, subsecretário do Dicastério para a Evangelização (Seção de Primeira Evangelização e Novas Igrejas Particulares).

4. Padre Markus GRAULICH, SDB, subsecretário do Dicastério para os Textos Legislativos.

5. Padre Erwin José Aserios BALAGAPO, chefe do Departamento do Dicastério para a Evangelização (Seção de Primeira Evangelização e Novas Igrejas Particulares).

6. Padre Francesco PANIZZOLO, OFM Conv, chefe do Departamento do Dicastério para a Doutrina da Fé (Seção Disciplinar).

Grupo 8

O papel dos representantes pontifícios na perspectiva sinodal missionária (relatório de síntese 13)

1. Coordenador: cardeal Oswald GRACIAS, arcebispo de Mumbai (ÍNDIA).

2. Cardeal Mario GRECH, secretário-geral da Secretaria Geral do Sínodo.

3. Dom Antonio FILIPAZZI, núncio apostólico na Polônia.

4. Dom Salvatore PENNACCHIO, presidente da Pontifícia Academia Eclesiástica.

5. Dom Luciano RUSSO, secretário das Representações Pontifícias (Secretaria de Estado).

6. Padre Joseph MURPHY, subsecretário do Pessoal Diplomático da Santa Sé (Secretaria de Estado).

7. Padre Angelo TOGNONI dos Servos do Imaculado Coração de Maria, funcionário da Seção de Pessoal Diplomático da Santa Sé (Secretaria de Estado).

8. Myriam WIJLENS, professora de direito canônico na Universidade de Erfurt (ALEMANHA), consultora da Secretaria Geral do Sínodo.

Grupo 9

Critérios teológicos e metodologias sinodais para o discernimento compartilhado de questões doutrinárias, pastorais e éticas controversas (relatório de síntese 15)

1. Coordenador: dom Carlos Gustavo CASTILLO MATTASOGLIO, arcebispo de Lima (PERU) e membro ordinário da Pontifícia Academia para a Vida.

2. Dom Filippo IANNONE, O Carm, presidente do Dicastério para os Textos Legislativos.

3. Padre Piero CODA, professor de teologia dogmática no Instituto Universitário “Sophia” de Loppiano (ITÁLIA), secretário-geral da Comissão Teológica Internacional.

4. Padre Maurizio CHIODI, professor de teologia moral no Pontifício Instituto Teológico “João Paulo II” em Roma (ITÁLIA).

5. Padre Carlo CASALONE, SJ, professor de teologia moral na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (ITÁLIA) e coordenador da Seção Científica da Pontifícia Academia para a Vida.

6. Irmã Josée NGALULA, RSA, professora de teologia dogmática na Université Catholique du Congo em Kinshasa (REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO), membro da Comissão Teológica Internacional.

7. Stella MORRA, professora de teologia fundamental na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (ITÁLIA) e consultora do Dicastério para a Doutrina da Fé.

Grupo 10

A recepção dos frutos do caminho ecumênico nas práticas da Igreja (relatório de síntese 7)

1. Coordenador: dom Paul ROUHANA OLM, bispo auxiliar de Sarba da Eparquia de Joubbé, Sarba e Jounieh (LÍBANO).

2. Irmã Nathalie BECQUART, Xavière, subsecretária da Secretaria Geral do Sínodo.

3. Padre Juan USMA GÓMEZ, chefe do Departamento do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

4. Padre Anthony T. CURRER, do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

5. Padre Hacynthe DESTIVELLE, OP, do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

6. Padre Lawrence IWUAMADI, decano do Instituto Ecumênico de Bossey (SUÍÇA).

7. Padre Jorge Alejandro SCAMPINI, OP, professor de teologia ecumênica na Pontifícia Universidade Católica Argentina em Buenos Aires (ARGENTINA)

8. Astrid KAPTIJN, professora de direito canônico na Universidade de Friburgo (SUÍÇA), consultora do Dicastério para as Igrejas Orientais.

9. Teresa Francesca ROSSI, professora de teologia ecumênica na Pontifícia Universidade de Santo Tomás de Aquino (Angelicum) em Roma (ITÁLIA).

Cinco grupos de estudo adicionais

Cinco perspectivas para aprofundar teologicamente em vista da segunda sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos

Grupo 1

O rosto missionário sinodal da igreja local

1. Coordenador: padre Riccardo BATTOCCHIO, presidente da Associação Teológica Italiana (ITÁLIA), secretário especial da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.

2. Coordenador: padre Dario VITALI, professor de teologia dogmática na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (ITÁLIA), coordenador dos peritos teológicos da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.

3. Dom Roberto REPOLE, arcebispo de Turim e bispo de Susa (ITÁLIA).

4. Padre Alphonse BORRAS, professor emérito de direito canônico na Universidade Católica de Louvain (BÉLGICA), consultor da Secretaria Geral do Sínodo.

5. Padre Carlos María GALLI, decano da Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade Católica Argentina em Buenos Aires (ARGENTINA), membro da Comissão Teológica Internacional.

6. Padre Gilles ROUTHIER, professor de teologia na Universidade Laval (CANADÁ), consultor da Secretaria Geral do Sínodo.

7. Irmã Maria CIMPERMAN, RSCJ, professora de ética teológica e vida consagrada na Catholic Theological Union em Chicago, EUA.

Grupo 2

O rosto missionário sinodal dos agrupamentos eclesiais

1. Coordenador: padre Riccardo BATTOCCHIO, presidente da Associação Teológica Italiana (ITÁLIA), secretário especial da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.

2. Coordenador: padre Dario VITALI, professor de teologia dogmática na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (ITÁLIA), coordenador dos peritos teológicos da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.

3. Dom Shane A. MACKINLAY, bispo de Sandhurst (AUSTRÁLIA).

4. Padre Pedro BRASSESCO, secretário-geral adjunto do Conselho Episcopal Latino-Americano (COLÔMBIA).

5. Irmã Birgit WEILER, MMS, professora de teologia na Pontifícia Universidade Católica do Peru em Lima (PERU).

6. Professor Rafael LUCIANI, professor de teologia na Universidade Católica “Andrés Bello” de Caracas (VENEZUELA), membro da Comissão Teológico-Pastoral do CELAM.

7. Professor Péter SZABÓ, professor de direito canônico no Instituto de Pós-Graduação em Direito Canônico de Budapeste (HUNGRIA), consultor do Dicastério para as Igrejas Orientais.

8. Myriam WIJLENS, professora de direito canônico na Universidade de Erfurt (ALEMANHA), consultora da Secretaria Geral do Sínodo.

Grupo 3

O rosto missionário sinodal da Igreja universal

1. Coordenador: padre Riccardo BATTOCCHIO, presidente da Associação Teológica Italiana (ITÁLIA), secretário especial da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.

2. Coordenador: padre Dario VITALI, professor de teologia dogmática na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (ITÁLIA), coordenador dos peritos teológicos da XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.

3. Padre Clarence S. DAVEDASSAN, professor de teologia moral no Centro Católico de Pesquisa em Kuala Lumpur (MALÁSIA).

4. Padre Gaby Alfred HACHEM, professor de teologia na Universidade Saint-Esprit de Kaslik (LÍBANO), membro da Comissão Teológica Internacional.

5. Padre José SAN JOSÉ PRISCO, decano da Faculdade de Direito Canônico da Universidade Pontifícia de Salamanca (ESPANHA).

6. Padre Hacynthe DESTIVELLE, OP, do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

7. Catherine E. CLIFFORD, professora de teologia sistemática na Universidade Saint Paul em Ottawa, CANADÁ.

Grupo 4

O método sinodal

1. Coordenador: padre Piero CODA, professor de teologia dogmática no Instituto Universitário “Sophia” de Loppiano (ITÁLIA), secretário-geral da Comissão Teológica Internacional.

2. Coordenador: padre Giacomo COSTA, SJ, presidente da “Fundação Cultural San Fedele” de Milão (ITÁLIA), secretário especial da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.

3. Padre Philippe BORDEYNE, decano do Pontifício Instituto Teológico “João Paulo II” de Roma (ITÁLIA), membro do Conselho de Governo da Pontifícia Academia para a Vida.

4. Padre Matteo VISIOLI, professor de Direito Canônico na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (ITÁLIA).

5. Padre Ormond RUSH, professor de teologia na Universidade Católica Australiana em Brisbane (AUSTRÁLIA), consultor da Secretaria Geral do Sínodo.

6. Padre Paul BÉRÉ, SJ, professor de ciências bíblicas no Pontifício Instituto Bíblico de Roma (ITÁLIA), consultor da Secretaria Geral do Sínodo.

7. Padre Christoph THEOBALD, SJ, professor emérito de teologia fundamental e dogmática nas Faculdades Loyola de Paris (FRANÇA).

8. María Clara Lucchetti BINGEMER, professor de teologia fundamental na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (BRASIL), consultora da Secretaria Geral do Sínodo.

Grupo 5

O “lugar” da Igreja sinodal na missão

1. Coordenador: padre Piero CODA, professor de teologia dogmática no Instituto Universitário “Sophia” de Loppiano (ITÁLIA), secretário-geral da Comissão Teológica Internacional.

2. Coordenador: padre Giuseppe BONFRATE, professor de teologia dogmática na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (ITÁLIA), consultor da Secretaria Geral do Sínodo.

3. Dom Jean-Marc EYCHENNE, bispo de Grenoble, Vienne (FRANÇA).

4. Padre Felix WILFRED, professor emérito de teologia na Universidade Estadual de Madras, diretor do Centro Asiático de Estudos Transculturais em Chennai (ÍNDIA).

5. Irmã Josée NGALULA, RSA, professora de teologia dogmática na Université Catholique du Congo em Kinshasa (REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO), membro da Comissão Teológica Internacional.

6. Antonio AUTIERO, professor emérito de teologia moral na Universität Münster (ALEMANHA).

7. Ana María CELIS BRUNET, diretora do Departamento de Direito Canônico da Pontifícia Universidade Católica do Chile em Santiago do Chile (CHILE).

8. Kim DANIELS, diretora da Iniciativa sobre Pensamento Social Católico e Vida Pública na Universidade de Georgetown em Washington, DC (EUA)

Fonte: ACIDigital

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A medalha e cruz de são Bento

Durante séculos, muitos cristãos têm usado a medalha do famoso exorcista são Bento na luta espiritual contra as forças do mal. A seguir, são apresentadas sete coisas que se deve saber sobre este objeto especial que possui muita tradição e história.

1. A origem da medalha é incerta

No século XVII, durante um julgamento de bruxaria na Alemanha, algumas mulheres acusadas testemunharam que não tinham poder sobre aAbadia de Metten porque estava sob a proteção da cruz.

Quando se investigou, foram encontradas nas paredes do recinto várias cruzes pintadas, rodeadas por letras que agora se encontram nas medalhas. Posteriormente, foi encontrado um pergaminho com a imagem de São Bento e as palavras completas das letras.

2. Com a medalha é possível obter indulgência plenária

A medalha como se conhece agora é a do jubileu que foi emitida em 1880 pelo 14º centenário do nascimento do santo e lançada exclusivamente pelo abade superior de Monte Cassino.

Com ela se pode obter a indulgência plenária na festa de são Bento (11 de julho), seguindo as condições habituais que a Igreja manda (confissão sacramental, comunhão eucarística e oração segundo as intenções do Sumo Pontífice).

3. Quando são Bento fazia o sinal da cruz, obtinha proteção divina

Certa vez, tentaram envenenar são Bento (480-547). O santo, como era seu costume, fez o sinal da cruz sobre o vidro e o objeto se quebrou em pedaços.

Em outra ocasião, um pássaro preto começou a voar ao seu redor. São Bento fez o sinal da cruz e teve então uma tentação carnal na imaginação. Quando estava quase vencido, ajudado pela graça, tirou a roupa e se jogou em uma moita de espinhos e cardos, ferindo seu corpo. Depois disso, nunca mais voltou a se ver perturbado daquela forma.

4. A medalha tem grande poder de exorcismo

A medalha de são Bento é um sacramental reconhecido pela Igreja com grande poder de exorcismo. Os sacramentais “são sinais sagrados por meio dos quais, imitando de algum modo os sacramentos, se significam e se obtêm, pela oração da Igreja, efeitos principalmente de ordem espiritual”.

“Por meio deles, dispõem-se os homens para a recepção do principal efeito dos sacramentos e são santificadas as várias circunstâncias da vida” (Catecismo, 1667).

5. A medalha tem na frente a imagem de são Bento com uma cruz na mão direita e o livro das regras de seus religiosos na outra mão

Ao lado do santo se diz: “Crux Sancti Patris Benedicti” (cruz do Santo Pai Bento). Pode-se ver também um corvo e um cálice do qual sai uma serpente. De maneira circular, aparece a oração: “Eius in óbitu nostro preséntia muniamur” (Na hora da nossa morte sejamos protegidos pela sua presença). Na parte inferior central se lê: “Ex. S. M. Cassino MDCCCLXXX” (Do Santo Monte Cassino 1880).

6. No verso está a cruz de são Bento com várias siglas

C.S.P.B. - “Cruz do Santo Pai Bento”.

C.S.S.M.L. - “A cruz sagrada seja minha luz” (na haste vertical da cruz).

N.D.S.M.D. - “Não seja o dragão meu guia” (na haste horizontal da cruz).

Em um círculo, começando no canto superior direito:

São Bento de Núrsia representado em vitral do mosteiro de St. Benedict em Bristow, nos EUA. - Crédito da foto: Shutterstock 

São Bento tem duas datas litúrgicas 

V.R.S. - “Retira-te, satanás”

N.S.M.V. - “nunca me aconselhes coisas vãs”.

S.M.Q.L. - “É mau o que me ofereces”

I.V.B. - “bebe tu mesmo os teus venenos”.

7. A medalha deve ser abençoada por um sacerdote com uma oração especial

Exorcismo da medalha:

 - O nosso auxílio está no nome do Senhor

- Que fez o céu e a terra.

- Exorcizo-te, Medalha, por Deus Pai + onipotente, que fez o céu e a terra, o mar e tudo o que contêm.

Todas as forças malignas e todos os exércitos diabólicos, com todos os seus poderes e persuasões sejam afugentados e extirpados por meio da fé e do uso desta Medalha, a fim de que todos os que a usam tenham saúde de corpo e de espírito: Em nome do Pai + e do Filho + e do Espírito Santo +. Amém.

- Ouvi, Senhor, a minha oração.

- E chegue a vós o meu clamor.

- O Senhor esteja convosco,

- E com o teu espírito.

Pai Nosso…

Oremos: Deus eterno e todo-poderoso, pela intercessão de Nosso Pai São Bento, vos suplicamos: seja esta Sacra Medalha com suas inscrições e caracteres abençoada por Vós +, a fim de que seus portadores, movidos pela fé, possam realizar boas obras, obter santidade de corpo e de alma, receber a graça da santificação e as indulgências concedidas, ter o vosso auxílio para afugentar o maligno com suas fraudes e ciladas e um dia comparecer à vossa presença santos e imaculados. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Que a vossa bênção, Deus Pai onipotente +, Filho e Espírito Santo, desça sobre esta Medalha e sobre quem a utiliza, e permaneça para sempre.

Fonte: ACIDigital

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Do dia 09/7/2024

Curso aprofunda importância do testemunho de ardor missionário pelos bispos em suas dioceses

Oito bispos participam do Curso de Atualização Missionária ofertado pelo Centro Cultural Missionário (CCM) e a Comissão Episcopal para a Ação Missionária e a Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A formação tem o intuito de ser espaço de formação e atualização missionária, vivência fraterna, oração e celebração para que os participantes possam fortalecer o seu “sim” à missão de Deus.

O bispo de Rondonópolis-Guiratinga (MT) e presidente da Comissão para a Ação Missionária da CNBB, dom Maurício Silva Jardim, conduziu uma reflexão no início do encontro com sete pontos sobre a identidade da missão do bispo, através do Diretório Pastoral dos Bispos e da exortação apostólica Pastoris gregis, de São João Paulo II, e outras referências do magistério de Bento XVI e do Papa Francisco.

    “A missão é o coração da Igreja. Papa Francisco fala ‘Igreja em saída’ e a missionariedade é a primeira responsabilidade do bispo, está no coração da Igreja, a Igreja existe para a missão. E aqui neste curso de atualização nós estamos estudando uma formação permanente para os bispos. Está sendo um momento muito rico de partilha, cada bispo falando da sua diocese, da sua experiência, os seus desafios na ação missionária em cada Igreja local”, contou dom Maurício.

Dom Maurício também destacou o testemunho missionário sobre o fazer missão, o que os documentos da Igreja chamam de “primado do ser sobre o fazer”.

    “Na diocese, o bispo é uma figura fundamental para o despertar da consciência missionária. E nós estamos refletindo aqui a primazia do ser sobre o fazer. O testemunho missionário de cada bispo, o testemunho de fé, o testemunho de paixão pela missão, vai contagiando também os conselhos de pastoral, os conselhos missionários. A presença do bispo na diocese, dando um testemunho de ardor missionário, vai divulgando, vai propagando a missão, porque missão não é só atividades, mas sobretudo a missão, o ser da Igreja, a sua identidade”, destacou.

O bispo de Ipameri (GO), dom José Francisco Rodrigues do Rêgo, um dos participantes destaca a contribuição dessa formação missionária para seu ministério.

    “Quando Jesus diz ‘ide e evangelizai’, eu vejo que essa palavra do Senhor faz a gente compreender que a evangelização está muito intimamente ligada à missão. Esses dias aqui para mim é uma experiência também de poder compreender melhor, cada vez mais como bispo, a minha missão de bispo, mas também como cristão, a compreensão cada vez maior que a gente não está pronto, apesar de ter um tempo de caminhada como sacerdote, vida cristã e agora os poucos anos de bispo”, partilhou.

Dom Francisco acrescenta que o curso o ajudará a enriquecer a compreensão e, assim, contribuir na diocese de Ipameri, de modo que sacerdotes, cristãos leigos e toda a comunidade diocesana vivam “mais e melhor a nossa fé, evangelizando, levando a pessoa de Jesus dentro do nosso jeito de ser Igreja que é viver a missão, mais do que fazer a missão em si, mas ser de fato um jeito vivencial de experimentar Cristo Jesus de maneira cotidiana e de maneira concreta também na realidade da vida das pessoas que povoam os nossos 19 municípios”.

Por Luiz Lopes Jr

Fonte: CNBB

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“Instrumentum Laboris” para a próxima sessão do Sínodo dos Bispos, de 2 a 27 de outubro, foi lançado pela Santa Sé

Como ser Igreja sinodal missionária? Esta é a pergunta básica da qual parte o Instrumentum laboris (IL) da próxima sessão do Sínodo dos Bispos, programada de 2 a 27 de outubro, a segunda da XVI Assembleia Geral Ordinária, depois da de 2023. O IL – publicado nesta terça-feira, 9 de julho, e apresentado na Sala de Imprensa da Santa Sé – não oferece nenhuma “resposta pré-fabricada”, mas sim “indicações e propostas” sobre como a Igreja, como um todo, pode responder “à necessidade de ser ‘sinodal em missão'”, ou seja, uma Igreja mais próxima das pessoas, menos burocrática, que seja casa e família de Deus, na qual todos os batizados sejam corresponsáveis e participem de sua vida na distinção de seus diferentes ministérios e papéis.

As cinco partes do documento

O documento está estruturado em cinco seções: introdução, fundamentos e três partes centrais. A introdução relembra o caminho percorrido até agora e destaca as metas já alcançadas, como o uso generalizado da metodologia sinodal da Conversação do Espírito. Seguem-se os fundamentos (n. 1-18), que se concentram na compreensão da sinodalidade, vista como um caminho de conversão e de reforma. Em um mundo marcado por divisões e conflitos, enfatiza-se, a Igreja é chamada a ser sinal de unidade, instrumento de reconciliação e de escuta para todos, especialmente para os pobres, os marginalizados e as minorias afastadas do poder.

Valorização das mulheres na Igreja

Os Fundamentos também dão amplo espaço (n.13-18) à reflexão sobre o papel das mulheres em todas as áreas da vida da Igreja, destacando “a necessidade de dar um reconhecimento mais pleno” aos seus carismas e vocação. “Deus escolheu certas mulheres para serem as primeiras testemunhas e anunciadoras da ressurreição”, lembra o IL; elas, portanto, “em virtude do Batismo, estão em uma condição de plena igualdade, recebem a mesma efusão de dons do Espírito e são chamadas ao serviço da missão de Cristo”.

Participação e responsabilidade

Em algumas culturas, de acordo com o IL, “a presença do machismo permanece forte”; por essa razão, a segunda sessão sinodal pede “uma participação mais ampla das mulheres nos processos de discernimento eclesial e em todas as fases dos processos de tomada de decisão”, juntamente com “um acesso mais amplo a posições de responsabilidade nas dioceses e instituições eclesiásticas”, bem como em seminários, institutos, faculdades de teologia e “no papel de juíza em processos canônicos”. As sugestões também dizem respeito às mulheres consagradas, para as quais se espera “maior reconhecimento e apoio mais decisivo” para sua vida e seus carismas, juntamente com “seu emprego em posições de responsabilidade”.

Reflexão sobre o diaconato feminino continua

Quanto à admissão de mulheres ao ministério diaconal, o IL relata que ela é solicitada por “algumas Igrejas locais”, enquanto outras “reiteram sua oposição” (n. 17). O assunto, ressalta-se, “não será objeto dos trabalhos” em outubro próximo e, portanto, é bom que “a reflexão teológica continue”. Em todo caso, a reflexão sobre o papel da mulher “evidencia o desejo de um fortalecimento de todos os ministérios exercidos pelos leigos”, para os quais se pede que “adequadamente formados, possam contribuir também para a pregação da Palavra de Deus, inclusive durante a celebração da Eucaristia” (n. 18).

Parte I – Relações com Deus, entre irmãos e entre as Igrejas

Após a introdução e os fundamentos, o IL se detém nas relações (n. 22-50) que permitem que a Igreja seja sinodal na missão, ou seja, as relações com Deus Pai, entre irmãos e irmãs e entre as Igrejas. Os carismas, ministérios e ministérios ordenados são, portanto, essenciais em um mundo e para um mundo que, em meio a tantas contradições, está em busca de justiça, paz e esperança. Das Igrejas locais, emerge também a voz dos jovens que clamam por uma Igreja não de estruturas, nem de burocracia, mas fundada em relações que suscitam e vivem em dinâmicas e caminhos. Nessa perspectiva, a Assembleia de outubro poderá analisar a proposta de dar vida a novos ministérios, como o da “escuta e do acompanhamento”.

Parte II – Percursos formativos e discernimento comunitário

Essas relações devem, então, ser desenvolvidas de maneira cristã ao longo de percursos (n. 51-79) de formação e de “discernimento comunitário”, o que permite que as Igrejas tomem decisões apropriadas, articulando a responsabilidade e a participação de todos. “O entrelaçamento de gerações é uma escola de sinodalidade”, afirma o IL. “Todos, os fracos e os fortes, as crianças, os jovens e os idosos, têm muito a receber e muito a dar” (n. 55).

A importância da prestação de contas

Mas entre os percursos a serem seguidos também estão os que permitem que aqueles com responsabilidades eclesiais sejam transparentemente responsáveis por suas ações para o bem e a missão da Igreja. “Uma Igreja sinodal precisa de uma cultura e prática de transparência e prestação de contas (accountability) – diz o IL – que são indispensáveis para promover a confiança mútua necessária para caminhar juntos e exercer a corresponsabilidade pela missão comum” (n. 73). O documento de trabalho enfatiza que hoje “a demanda por transparência e prestação de contas na e pela Igreja surgiu como resultado da perda de credibilidade devido a escândalos financeiros e, sobretudo, abusos sexuais e outros abusos contra menores e pessoas vulneráveis. A falta de transparência e prestação de contas, de fato, alimenta o clericalismo” (nº 75).

São necessárias estruturas de avaliação

A prestação de contas e a transparência, insiste o IL, também afetam “os planos pastorais, os métodos de evangelização e as maneiras pelas quais a Igreja respeita a dignidade da pessoa humana, por exemplo, no que diz respeito às condições de trabalho em suas instituições” (n. 76). Daí, o pedido de “estruturas necessárias e formas de avaliação do modo como são exercidas as responsabilidades ministeriais de todos os tipos” (n. 77). A Igreja deve garantir, explica o IL, a publicação de um relatório anual sobre a gestão dos bens e dos recursos e sobre o desempenho da missão, inclusive “em matéria de salvaguarda (proteção dos menores e das pessoas vulneráveis)” (n. 79).

Parte III – Os lugares do diálogo ecumênico e inter-religioso

O IL analisa, em seguida, os lugares (n. 80-108) onde as relações e os percursos tomam forma. Lugares que devem ser entendidos como contextos concretos, caracterizados por culturas e dinamismos da condição humana. Convidando a superar uma visão estática das experiências eclesiais, o documento de trabalho reconhece a sua pluralidade, que permite à Igreja – una e universal – viver em uma circularidade dinâmica “nos lugares e a partir dos lugares”. E é nesse horizonte que se inserem os grandes temas do diálogo ecumênico, inter-religioso e com as culturas. Nesse contexto, insere-se também a busca de formas de exercício do ministério petrino abertas à “nova situação” do caminho ecumênico (n. 102 e 107).

Peregrinos da esperança

Em seguida, o Instrumentum laboris conclui-se com um convite para prosseguir o caminho como “peregrinos da esperança”, também na perspectiva do Jubileu de 2025 (nº 112).

Fonte: CNBB

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Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos promove o 2º Festival Mirim de Atletismo

Uma programação de eventos está marcando o aniversário do Incra 8, região em Brazlândia (DF), onde a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) mantém o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). Como parte do conjunto de ações que marcam o aniversário, no último sábado, 6 de julho, aconteceu o 2º Festival Mirim de Atletismo, organizado pelo Serviço de Convivência.

Na ocasião, 117 meninos e meninas, de faixa etária entre 3 a 15 anos, participaram dessa edição do festival de atletismo que promove o esporte entre as crianças e adolescentes.  O evento também contou com o apoio e a participação da Equipe Tornado de Atletismo, do grupo Corredores de Rua do Gama e do Instituto Bombeiros de Responsabilidade Social (IBRES).

Segundo o coordenador do Departamento Social da CNBB, Franklin Queiroz, foi possível presenciar a felicidade e a realização de muitas crianças e seus responsáveis que estavam presentes no evento.

“Foram realizadas atividades de atletismo, corridas, atividades lúdicas, brinquedos, lanche e distribuição, sorteio de brindes que foram doados pela comunidade. Posso dizer que foi um evento maravilhoso, é um trabalho que a CNBB desenvolve junto com a comunidade do INCRA e que pôde proporcionar a essas famílias um momento de descontração, de interação e de recriação, além de todo o processo de aproximação que isso proporciona”.

Dayse de Oliveira, técnica esportiva do Serviço de Convivência, contou sobre sua emoção ao ver a quantidade de crianças participando da iniciativa, organizada pela CNBB. “Foi lindo, mágico e, se Deus quiser, vamos conseguir promover o terceiro festival, porque em Brasília há sim uma deficiência de competições infantis e nós podemos ser uma luz sobre isso, trazendo essa empolgação do atletismo, despertando esse esporte nas pessoas, que é tão democrático.

“Que qualquer pessoa,  seja criança, adolescente ou adulto, possa estar participando da próxima edição. Foi lindo e vamos torcer para o próximo de 2025, se Deus quiser”, finaliza Dayse.

Vale lembrar que essa é uma das ações apoiadas com os recursos da Campanha da Fraternidade, provenientes do Fundo Nacional de Solidariedade, o FNS, gerido pela CNBB.

Fonte: CNBB

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Em preparação ao Ano Santo de 2025, Diocese de Caxias do Sul prepara a Escola Diocesana de Oração

Serão quatro encontros, de agosto a novembro de 2024, realizados aos sábados, sempre das 08h às 12h, no Centro Diocesano de Formação Pastoral, em Caxias do Sul; investimento para cada etapa será de R$ 60,00, tendo o material e almoço inclusos.

Visando atender ao chamado do Papa Francisco que pede a toda a Igreja: “Peço-vos que intensifiqueis a vossa oração, a fim de nos prepararmos para viver bem este acontecimento de graça e experimentar nele a força da esperança de Deus. […] Um ano dedicado a redescobrir o grande valor e a necessidade absoluta da oração na vida pessoal, na vida da Igreja e no mundo". Neste sentido, a Diocese de Caxias do Sul lança a Escola Diocesana de Oração.

A iniciativa convida e motiva a todos a intensificar a oração como diálogo pessoal com Deus. Trata-se de um convite que deve levar os católicos a refletir sobre a fé, sobre o compromisso no mundo de hoje, nos diversos âmbitos que são chamados a viver, para que possa ser alimentada uma renovada paixão pela Evangelização do homem moderno.

Serão quatro encontros, de agosto a novembro de 2024, realizados aos sábados, sempre das 08h às 12h, no Centro Diocesano de Formação Pastoral, em Caxias do Sul. A primeira atividade será no dia 24 de agosto, com a assessoria do padre Daniel D'Agnoluzzo Zatti, que irá aprofundar o tema: "Rezar hoje: rezar com os salmos". Em 14 de setembro, o seminarista Stefano Petroli é o convidado para abordar a temática: "A oração de Jesus: rezar com os santos e os pecadores".

O encontro de outubro será no dia 26, onde a irmã pastorinha Suzimara Barbosa de Almeida irá ajudar os participantes a rezar com o tema: "As parábolas da oração: a Igreja em oração". A última atividade terá a assessoria da leiga Beatriz Vargas, com a proposta: "A oração de Maria e dos santos e a oração que Jesus nos ensinou: o Pai Nosso", no dia 09 de novembro.

O investimento para cada etapa será de R$ 60,00, tendo o material e almoço inclusos. O pagamento pode ser feito através do PIX: 88.667.217/0001-09 (CNPJ da Mitra Diocesana), sendo que após efetuar o pagamento, o participante deverá enviar o comprovante para o WhatsApp da Coordenação de Pastoral: (54) 3211-5032.

Fonte: Site da  Diocese de  Caxias do Sul

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Guaíba: paróquia Nossa Senhora da Paz apoiou mais de 1,3 mil famílias atingidas pela enchente 

No dia 29 de junho, no salão da paróquia Nossa Senhora da Paz, no Bairro Alegria em Guaíba, estiveram presentes voluntários que ajudaram em um dos primeiros alojamentos que surgiram em Guaíba, o da Comunidade Santa Rita de Cássia, no Bairro Florida, onde foram acolhidas cerca de 80 pessoas por dois dias. Após 48 horas, elas tiveram que ser transferidas para Sentinela do Sul, pois a Capela e a região começaram a alagar. "Foi um período de grandes provações e desafios, um grande teste de fé e amor, pois muitos dos nossos paroquianos e voluntários também tiveram suas casas inundadas, mas se dedicaram totalmente ao próximo. Muitas doações também chegaram. Santa Rita intercedeu", expressou Pedro Henrique Machado, um dos coordenadores do alojamento e do Centro de Distribuição Zona Sul de Guaíba.

Também participaram do almoço os voluntários e colaboradores do Centro de Distribuição da Paróquia Nossa Senhora da Paz. Após esse período caótico no alojamento, a Igreja Católica na Zona Sul de Guaíba não poderia ficar parada. Com as doações remanescentes do alojamento, os fiéis se uniram e criaram o Centro de Distribuição e Ajuda Social Zona Sul de Guaíba da Paróquia Nossa Senhora da Paz, que atendeu milhares de pessoas, casas e famílias não apenas da região, mas de toda a cidade e do Município de Eldorado do Sul também.

O atendimento, que começou com poucos donativos, foi crescendo, com muitas doações chegando de vários lugares do Brasil, incluindo a Igreja Católica de outras regiões do País, instituições, fundações, movimentos, grupos de amigos e pessoas com boas intenções. "Nossa gratidão também pelo apoio constante da Prefeitura Municipal de Guaíba, através do Sr. Prefeito Marcelo Maranata, Primeira Dama Deisi Maranata e Vice-prefeita Claudia Jardim", afirmam os coordenadores. Com todas as doações e ajuda, foi possível a Paróquia distribuir cerca de 600 colchões, milhares de peças de roupas, centenas de kits de higiene e limpeza, e mais de 5 mil cestas básicas. Aproximadamente 1.350 famílias/residências foram cadastradas e auxiliadas  pela Igreja Católica neste período de 2 meses.

 "Não temos palavras para agradecer a todos os envolvidos. Foi um período de grande missão da Igreja Católica em nossa Cidade, e nossos irmãos das Paróquias vizinhas podem dizer o mesmo. Abrimos as portas de nossos salões e igrejas para ajudar as famílias. Conseguimos realizar tudo isso graças à ajuda de Deus e à intercessão da Virgem Maria, que nos ajudaram a mobilizar uma corrente linda de voluntários nos auxiliando. Agradecemos também às pessoas de outros estados e cidades que arrecadaram materiais para doação e aos voluntários que estiveram envolvidos nessa linda corrente de amor por nossos irmãos. Também agradecemos a confiança de nosso Reverendo Pároco, Pe. Elemar Griebeler, que nos acompanhou e guiou neste período. O encerramento foi simbólico; a Igreja Católica não para, ainda há muito trabalho a ser feito. Agora nossa ação está focada nas entregas de cestas básicas, cobertores e materiais de higiene e limpeza nas residências, identificadas através de levantamento realizado por nossa equipe, que estão nos bairros, Passo Fundo, Florida e Alvorada. Enfim, este também é um dos papéis da Igreja: estamos aqui para servir", concluiu Pedro Henrique Machado Da Silva.

“Como cristãos, entendemos que somos chamados a amar e cuidar uns dos outros, especialmente em momentos de dificuldade. A enchente, ao devastar tantas comunidades, trouxe à tona a urgência de oferecer ajuda. Os voluntários da Paróquia da Paz, movidos por sua fé e compaixão, rapidamente se mobilizaram para atender aqueles que ficaram desabrigados, famintos e desamparados. Em meio à devastação e ao caos, esses voluntários representaram verdadeiramente o serviço de Deus na prática, demonstrando que a fé sem obras é morta”, disse Joana Beatris Ferraz, uma das coordenadoras do Centro de Distribuição.

"Todos nós ficamos muito  impressionados com a enchente. Vimos tanto sofrimento, tristeza e angústia. Mas como cristãos, mulheres e homens de esperança, levantamos os   olhos aos céus e pedimos clemência a Deus por tanto sofrimento. E começamos a ajudar, acolher, distribuir os alimentos, roupas, calçados e ouvir as pessoas. Ficamos muito emocionados com a generosidade de tantas doações e de pessoas que vieram nos ajudar. Sentimos a força da Fé a União das pessoas. Deus seja louvado por tudo.  Convidamos todos para louvar a Deus por todo bem realizado." declarou  Pe. Elemar Griebeler, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Paz de Guaíba - Colaboração Pascom Paróquia Nossa Senhora da Paz – Guaíba- Fonte: Site da Arquidiocese de Porto Alegre.

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Papa consternado por ataques a hospitais em Kiev e escola em Gaza

Guerra e paz, temas recorrentes nos discursos e apelos do Papa Francisco, que nesta terça-feira deplorou os ataques contra escolas em Gaza e dois centros médicos na Ucrânia. Em Kiev, o Hospital Okhmatdyt tratava crianças com doenças graves, como câncer e doenças renais, e tinha cerca de 670 pacientes infantis e cerca de 1.000 funcionários. O número de vítimas só não foi maior, pois quando começaram a soar as sirenes de ataque aéreo, as crianças foram transferidas para um bunker.

Vatican News

Foi com “grande dor” que o Santo Padre tomou conhecimento “da notícia dos ataques a dois centros médicos em Kiev, incluindo o maior hospital pediátrico ucraniano, bem como a uma escola em Gaza”.

O Papa – diz uma nota da Sala de Imprensa da Santa Sé divulgada na manhã desta terça-feira, - “expressa a sua profunda consternação pelo aumento da violência”.

“Ao mesmo tempo que expressa proximidade às vítimas inocentes e aos feridos, faz votos e reza para que em breve possam ser identificados caminhos concretos que ponham fim aos conflitos em curso.”

Ataques na Ucrânia 

Ataques russos com mísseis contra diversas cidades ucranianas na segunda-feira, 8, mataram ao menos 41 civis e deixaram 190 feridos. O governo ucraniano informou que foram danificados mais de 100 prédios, incluindo o hospital infantil e uma maternidade em Kiev, creches, um centro comercial e residências.

Em particular, causou maiores reações e comoção o ataque contra o Hospital Okhmatdyt, o maior centro médico infantil do país, atingido por volta das 10 horas da manhã, horário local. Segundo informações da manhã desta terça-feira, o número de mortos neste ataque subiu para 38, entre os quais 4 crianças. Os pequenos pacientes em tratamento tiveram que ser transferidos para outros hospitais.

No momento do ataque, o centro pediátrico em Kiev tratava crianças com doenças graves, como câncer e doenças renais, e tinha cerca de 670 pacientes infantis e cerca de 1.000 funcionários, informou Danielle Bell, chefe da missão de Monitoramento dos Direitos Humanos da ONU. Ele explicou que o número de vítimas só não foi maior, pois quando começaram a soar as sirenes de ataque aéreo, as crianças foram transferidas para um bunker.

Além dos socorristas, centenas de pessoas acorreram ao local para ajudar a remover destroços em busca de sobreviventes e levar água. 

Escolas em Gaza 

Já na Faixa de Gaza, no domingo, duas escolas foram atingidas por ataques do exército israelense contra "alvos" do Hamas, uma das quais pertence ao Patriarcado Latino de Jerusalém. Uma estrutura que tem sido "um local de refúgio para centenas de civis" desde o início do conflito em Gaza, como afirmou em uma nota a Igreja local da Terra Santa.

Foi um fim de semana de derramamento de sangue e de guerra que acaba de terminar e que envolveu mais uma vez os institutos educacionais que durante meses acolheram famílias sem mais uma casa ou abrigo; o número de mortos é de pelo menos 20, 16 dos quais no ataque à escola da Onu e outros 4 na escola católica, de acordo com fontes na Faixa.

Logo após o ataque, o padre Gabriel Romanelli, pároco da Sagrada Família em Gaza, postou uma mensagem nas mídias sociais afirmando que "estamos bem", embora a situação continue "muito ruim" e, portanto, pede a todos que "rezem pela paz".

Fonte: Vatican News

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Carta do Papa ao Enviado Especial ao Congresso Eucarístico Nacional dos EUA

Foi tornada pública a Carta Pontifícia, escrita em latim, dirigida ao Enviado Especial, bem como a composição da Missão Pontifícia para o Congresso Eucarístico Nacional dos Estados Unidos da América, que se realizará de 17 a 21 de julho.

Vatican News

A Sala de Imprensa da Santa Sé publicou nesta terça-feira, 9, a Carta do Santo Padre, escrita em latim e dirigida ao Enviado Especial ao Congresso Eucarístico Nacional nos Estados Unidos da América.

A recordar, que no dia 18 de maio o Papa Francisco havia nomeado o cardeal Luis Antonio G. Tagle, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, como seu Enviado Especial ao Congresso Eucarístico Nacional dos Estados Unidos, a ter lugar em Indianápolis, de 17 a 21 deste mês de julho.

Missão Pontifícia 

O Enviado Especial será acompanhado por uma Missão Pontifícia composta, nesta ocasião, pelos sacerdotes Michael Fuller, secretário-geral da Conferência Episcopal e Jorge Torres, secretário da Comissão Episcopal para o Clero, a Vida Religiosa e as Vocações.

Fonte: Vatican News

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Sínodo, Instrumentum Laboris: uma Igreja em missão com o compromisso de todos

Foi publicado o texto-base que orientará os trabalhos da segunda sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária, programada de 2 a 27 de outubro. O documento está em continuidade com todo o processo sinodal iniciado em 2021 e apresenta propostas para uma Igreja cada vez mais "sinodal em missão", mais próxima do povo e na qual todos os batizados participam de sua vida. Entre os pontos de reflexão estão a valorização da mulher e a necessidade de transparência e prestação de contas

Isabella Piro – Vatican News

Como ser Igreja sinodal missionária? Esta é a pergunta básica da qual parte o Instrumentum laboris (IL) da próxima sessão do Sínodo dos Bispos, programada de 2 a 27 de outubro, a segunda da XVI Assembleia Geral Ordinária, depois da de 2023. O IL - publicado esta terça-feira, 9 de julho, e apresentado na Sala de Imprensa da Santa Sé - não oferece nenhuma "resposta pré-fabricada", mas sim "indicações e propostas" sobre como a Igreja, como um todo, pode responder "à necessidade de ser 'sinodal em missão'", ou seja, uma Igreja mais próxima das pessoas, menos burocrática, que seja casa e família de Deus, na qual todos os batizados sejam corresponsáveis e participem de sua vida na distinção de seus diferentes ministérios e papéis.

As cinco partes do documento

O documento está estruturado em cinco seções: introdução, fundamentos e três partes centrais. A introdução relembra o caminho percorrido até agora e destaca as metas já alcançadas, como o uso generalizado da metodologia sinodal da Conversação do Espírito. Seguem-se os fundamentos (n. 1-18), que se concentram na compreensão da sinodalidade, vista como um caminho de conversão e de reforma. Em um mundo marcado por divisões e conflitos, enfatiza-se, a Igreja é chamada a ser sinal de unidade, instrumento de reconciliação e de escuta para todos, especialmente para os pobres, os marginalizados e as minorias afastadas do poder.

Valorização das mulheres na Igreja

Os Fundamentos também dão amplo espaço (n.13-18) à reflexão sobre o papel das mulheres em todas as áreas da vida da Igreja, destacando "a necessidade de dar um reconhecimento mais pleno" aos seus carismas e vocação. "Deus escolheu certas mulheres para serem as primeiras testemunhas e anunciadoras da ressurreição", lembra o IL; elas, portanto, "em virtude do Batismo, estão em uma condição de plena igualdade, recebem a mesma efusão de dons do Espírito e são chamadas ao serviço da missão de Cristo".

Participação e responsabilidade

Em algumas culturas, de acordo com o IL, "a presença do machismo permanece forte"; por essa razão, a segunda sessão sinodal pede "uma participação mais ampla das mulheres nos processos de discernimento eclesial e em todas as fases dos processos de tomada de decisão", juntamente com "um acesso mais amplo a posições de responsabilidade nas dioceses e instituições eclesiásticas", bem como em seminários, institutos, faculdades de teologia e "no papel de juíza em processos canônicos". As sugestões também dizem respeito às mulheres consagradas, para as quais se espera "maior reconhecimento e apoio mais decisivo" para sua vida e seus carismas, juntamente com "seu emprego em posições de responsabilidade".

Reflexão teológica sobre o diaconato feminino continua

Quanto à admissão de mulheres ao ministério diaconal, o IL relata que ela é solicitada por "algumas Igrejas locais", enquanto outras "reiteram sua oposição" (n. 17). O assunto, ressalta-se, "não será objeto dos trabalhos" em outubro próximo e, portanto, é bom que "a reflexão teológica continue". Em todo caso, a reflexão sobre o papel da mulher "evidencia o desejo de um fortalecimento de todos os ministérios exercidos pelos leigos", para os quais se pede que "adequadamente formados, possam contribuir também para a pregação da Palavra de Deus, inclusive durante a celebração da Eucaristia" (n. 18).

Parte I - Relações com Deus, entre irmãos e entre as Igrejas

Após a introdução e os fundamentos, o IL se detém nas relações (n. 22-50) que permitem que a Igreja seja sinodal na missão, ou seja, as relações com Deus Pai, entre irmãos e irmãs e entre as Igrejas. Os carismas, ministérios e ministérios ordenados são, portanto, essenciais em um mundo e para um mundo que, em meio a tantas contradições, está em busca de justiça, paz e esperança. Das Igrejas locais, emerge também a voz dos jovens que clamam por uma Igreja não de estruturas, nem de burocracia, mas fundada em relações que suscitam e vivem em dinâmicas e caminhos. Nessa perspectiva, a Assembleia de outubro poderá analisar a proposta de dar vida a novos ministérios, como o da "escuta e do acompanhamento".

Parte II - Percursos formativos e discernimento comunitário

Essas relações devem, então, ser desenvolvidas de maneira cristã ao longo de percursos (n. 51-79) de formação e de "discernimento comunitário", o que permite que as Igrejas tomem decisões apropriadas, articulando a responsabilidade e a participação de todos. "O entrelaçamento de gerações é uma escola de sinodalidade", afirma o IL. "Todos, os fracos e os fortes, as crianças, os jovens e os idosos, têm muito a receber e muito a dar" (n. 55).

A importância da prestação de contas

Mas entre os percursos a serem seguidos também estão os que permitem que aqueles com responsabilidades eclesiais sejam transparentemente responsáveis por suas ações para o bem e a missão da Igreja. "Uma Igreja sinodal precisa de uma cultura e prática de transparência e prestação de contas (accountability) - diz o IL - que são indispensáveis para promover a confiança mútua necessária para caminhar juntos e exercer a corresponsabilidade pela missão comum" (n. 73). O documento de trabalho enfatiza que hoje "a demanda por transparência e prestação de contas na e pela Igreja surgiu como resultado da perda de credibilidade devido a escândalos financeiros e, sobretudo, abusos sexuais e outros abusos contra menores e pessoas vulneráveis. A falta de transparência e prestação de contas, de fato, alimenta o clericalismo" (nº 75).

São necessárias estruturas de avaliação

A prestação de contas e a transparência, insiste o IL, também afetam "os planos pastorais, os métodos de evangelização e as maneiras pelas quais a Igreja respeita a dignidade da pessoa humana, por exemplo, no que diz respeito às condições de trabalho em suas instituições" (n. 76). Daí, o pedido de "estruturas necessárias e formas de avaliação do modo como são exercidas as responsabilidades ministeriais de todos os tipos" (n. 77). A Igreja deve garantir, explica o IL, a publicação de um relatório anual sobre a gestão dos bens e dos recursos e sobre o desempenho da missão, inclusive "em matéria de salvaguarda (proteção dos menores e das pessoas vulneráveis)" (n. 79).

Parte III - Os lugares do diálogo ecumênico e inter-religioso

O IL analisa, em seguida, os lugares (n. 80-108) onde as relações e os percursos tomam forma. Lugares que devem ser entendidos como contextos concretos, caracterizados por culturas e dinamismos da condição humana. Convidando a superar uma visão estática das experiências eclesiais, o documento de trabalho reconhece a sua pluralidade, que permite à Igreja - una e universal - viver em uma circularidade dinâmica "nos lugares e a partir dos lugares". E é nesse horizonte que se inserem os grandes temas do diálogo ecumênico, inter-religioso e com as culturas. Nesse contexto, insere-se também a busca de formas de exercício do ministério petrino abertas à "nova situação" do caminho ecumênico (n. 102 e 107).

Peregrinos da esperança

Em seguida, o Instrumentum laboris conclui-se com um convite para prosseguir o caminho como "peregrinos da esperança", também na perspectiva do Jubileu de 2025 (nº 112).

Fonte: Vatican News

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Cardeal Tagle no centenário do primeiro Congresso Missionário Nacional

O cardeal fez questão de destacar a importância deste evento que comemorou o centenário do primeiro congresso missionário nacional do mundo, realizado na Colômbia em 1924. "Caminhamos pelos caminhos trilhados pelas gerações anteriores. Criamos novos caminhos com pessoas da nossa geração. As nossas pegadas hoje são o nosso legado para os peregrinos do futuro. Uma peregrinação fala de esperança. Sem esperança não há peregrinação, mas somente movimento sem meta."

“Este é um momento para dar graças ao nosso Deus misericordioso, para ouvir novamente o chamado à missão no nosso tempo e para responder com generosidade, coragem e criatividade”. Assim começa o cardeal Luis Antonio G. Tagle, pró-prefeito da seção para a primeira evangelização e as novas Igrejas particulares do Dicastério para a Evangelização, em seu discurso de abertura do XIII Congresso Missionário Nacional organizado pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) e pela Conferência Episcopal da Colômbia (CEC) concluído na segunda-feira, 8 de julho de 2024, em Bogotá.

O cardeal fez questão de destacar a importância deste evento que comemorou o centenário do primeiro congresso missionário nacional do mundo, realizado na Colômbia em 1924.

Conectando-se ao lema do Congresso “Sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra” (Atos 1,8), o purpurado em seu discurso “A Missio ad gentes na Igreja local ”, concentrou-se em particular no discipulado missionário, sublinhando que a missão cristã é uma realidade dinâmica que implica movimento e saída em direção a diferentes povos e lugares. “Ir até Jesus, permanecer com Jesus e ir até os outros para compartilhar Jesus. É um movimento contínuo. Isso torna o cristianismo dinâmico e emocionante. Permanece-se e sempre se move”, disse Tagle aos mais de mil participantes reunidos na Pontifícia Universidade Javeriana da capital.

Sem esperança não há peregrinação, mas somente movimento sem meta 

"Em muitas culturas, a vida é frequentemente representada como uma peregrinação. Cada pessoa caminha, cai, levanta-se, corre, rasteja, vira à direita ou à esquerda, ou dá voltas para chegar a um destino. Alguns desistem e param de seguir em frente. Mas ninguém peregrina sozinho – continua o pró-prefeito em seu discurso, partindo da ideia de que todos somos peregrinos nesta vida e que a evangelização se dá no contexto desta peregrinação compartilhada. Caminhamos pelos caminhos trilhados pelas gerações anteriores. Criamos novos caminhos com pessoas da nossa geração. As nossas pegadas hoje são o nosso legado para os peregrinos do futuro. Uma peregrinação fala de esperança. Sem esperança não há peregrinação, mas somente movimento sem meta."

Evangelização, extensão da experiência pessoal de transformação 

Todo cristão é chamado a participar da missão evangelizadora, não como um profissional capacitado, mas como alguém que compartilha a boa nova com naturalidade. A evangelização deve ser uma extensão da experiência pessoal de transformação – fez questão de salientar o cardeal Tagle. Segundo o Papa Francisco, todos os cristãos são chamados a empenhar-se ativamente na evangelização. Além disso, o diálogo ordinário pode ser entendido como um encontro missionário. Compartilhar a boa nova do Evangelho não requer formação avançada, mas disposição para contar o que se experimentou e viveu.

O purpurado filipino também propôs uma reflexão sobre a inculturação do Evangelho, recordando que «a graça pressupõe a cultura, e o dom de Deus encarna-se na cultura de quem o recebe» (EG 115). Cada cultura tem potencial para enriquecer a evangelização se estiver aberta à transformação e à comunhão com outras culturas.

Culturas com as quais a Igreja deve interagir 

Além disso – na conclusão do seu discurso – o cardeal apresentou vários exemplos de culturas com as quais a Igreja deve interagir: “Em primeiro lugar, as culturas dos povos indígenas em várias partes do mundo. O seu senso de comunidade e de harmonia com a criação é necessário para purificar a cultura dominante do individualismo, do consumismo e do desperdício Em segundo lugar, a partir do Sínodo da Juventude de 2018, encontramos as culturas dos jovens de hoje com as quais a Igreja deve caminhar e com as quais deve aprender. As culturas juvenis revelam a mudança das cultura das famílias na nossa era contemporânea. Em terceiro lugar, como podemos ignorar a cultura gerada pela revolução digital, com a Internet em todo o lado, sensores cada vez mais pequenos e poderosos, inteligência artificial e aprendizagem automática??? Quando entramos na cultura da inteligência artificial, a evangelização poderia assumir a forma de despertar outras formas de inteligência.  Em quarto lugar, chamo a atenção para a cultura das pessoas com deficiência e diferentes capacidades. Comunicar-se com eles requer aprender um novo idioma e desenvolver sensibilidade. Quinto, há a dramática peregrinação chamada migração forçada, um tema caro ao coração do Papa Francisco”.

Igreja, povo santo com muitas faces 

Não faltaram histórias e entre elas o cardeal mencionou o encontro com uma mulher filipina que trabalha como babá para uma família italiana para enviar seus filhos para boas escolas nas Filipinas. “A senhora me disse: 'quando cuido das duas lindas crianças italianas, sinto-as como se fossem meus filhos. Dou-lhes o mesmo amor que tenho pelos meus filhos.' As duas crianças italianas e as que ficaram nas Filipinas têm a sorte de ter nela uma mãe missionária comum. A Igreja é, de fato, um povo santo com muitas faces”.

Em preparação ao XIII Congresso Missionário Nacional, foram realizados em 2022 quatro pré-congressos organizados pela Comissão Episcopal das Missões da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) e pelo Conselho Missionário Nacional (CONAMI). 

*Agência Fides

Fonte: Vatican News

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Peña Parra, rejeitadas acusações do advogado de Mincione: Santa Sé é vítima de fraude

Última parte do testemunho do substituto da Secretaria de Estado no Supremo Tribunal de Justiça no processo civil sobre a compra e venda do edifício da Sloane Avenue que continua até 18 de julho. O arcebispo negou todas as proposições contrárias feitas pelo advogado de defesa do financista Mincione: "Não aceito suas conclusões"

Salvatore Cernuzio - Londres

A Santa Sé foi "vítima de uma grave fraude" na compra e venda do Prédio de Londres. Por três vezes, o substituto da Secretaria de Estado, dom Edgar Peña Parra, reiterou isso em seu terceiro e último interrogatório no Supremo Tribunal de Justiça da capital britânica, como parte do processo civil sobre o negócio do imóvel da Sloane Avenue, em andamento até 18 de julho.

Foi uma audiência caracterizada por um clima de maior tensão do que as anteriores e por trocas de palavras por vezes pouco serenas, especialmente por parte do advogado Charles Samek, defensor do financista Raffaele Mincione (condenado em primeira instância pelo Tribunal vaticano em dezembro de 2023), cuja ação judicial há quatro anos deu início ao processo, visando sobretudo demonstrar sua "boa fé" nas negociações com a Secretaria de Estado.

Acusações

O nome de Mincione, no entanto, só foi mencionado após uma hora e meia do início da sessão. Como nas audiências de 5 e 6 de julho, as transações com o corretor Gianluigi Torzi e, em particular, o pagamento de 15 milhões pela Santa Sé para recuperar o controle de uma propriedade sua, ocuparam grande parte das perguntas do advogado Samek. Que, ao final da audiência, listou 20 proposições contrárias às posições da Santa Sé, as quais Peña Parra negou decisivamente: "Não aceito nenhuma de suas conclusões". Entre elas, a alegação de que o substituto havia dado informações parciais e inconsistentes ao Papa em um memorando que mencionava, entre outras coisas, o caso de Londres.

O memorando para o Papa

Esse é um ponto - sobre o qual o substituto já havia respondido na quinta-feira - que foi esclarecido por um documento produzido no início da audiência pelo defensor da Secretaria de Estado, Samar Abbas Kazmi. Trata-se de uma "nota" datada de 2 de maio de 2019, na qual Peña Parra, que havia assumido o novo cargo sete meses antes, reconstruiu todo o caso de Londres para o Papa. Assim como a questão do pagamento a Torzi, certificado com faturas indicando serviços do corretor que não foram de fato realizados, após pressão deste último. Torzi, disse o dom Peña Parra no tribunal, ameaçou revender o prédio. Isso foi demonstrado, por exemplo, pelo "opúsculo" que chegou aos escritórios da Secretaria de Estado "uma semana antes do início do momento final", que dizia "abertamente que a intenção era vender o prédio".

Omissões e mentiras

"O Sr. Torzi só queria fazer o que ele queria", disse o substituto. E ele fazia isso com base nas mil ações com direito a voto adquiridas com um contrato de compra e venda de ações, o acordo assinado em seu escritório em Londres em novembro de 2018 na presença de dois funcionários da Secretaria de Estado, assinado "sem autorização" do então chefe do Escritório administrativo monsenhor Alberto Perlasca, e ratificado por Peña Parra após garantias recebidas por aquele que lhe foi apresentado como "nosso advogado", Nicola Squillace (condenado em primeira instância): "Ele me enviou um monumento de mentiras".

Torzi, por outro lado, "depois de enviar aquela fatura falsa" (por supostos serviços de administração do imóvel) "não teve praticamente nenhum ou pouco contato" com a Santa Sé, observou o substituto, enfatizando que o corretor costumava se comportar dessa maneira. Já meses antes, lembrou ele, "em meu escritório" ele havia tirado Fabrizio Tirabassi, ex-funcionário do Escritório administrativo (condenado em primeira instância), o único a representar a Santa Sé até aquele momento, do conselho de administração do Fundo Gutt.

Negociações com Torzi

A tese do advogado Samek, que ele vinha defendendo desde o início, era de que havia um acordo com Torzi. "Foram meses de negociações com uma pessoa que tinha seus próprios bons motivos para crer fraudulenta", disse ele. "Pagou 15 milhões à mesma pessoa quando o senhor e o Papa concordaram em pagar 1 ou 2 milhões", disse ao substituto, referindo-se a um valor inicial destinado a pôr fim a todas as relações com o corretor.

Além disso, de acordo com Samek, com o acordo de novembro de 2018 em Londres (acordo-quadro), todas as relações com Mincione e suas empresas foram encerradas. Então - perguntou ele - onde estaria a tão propalada "conspiração" entre Torzi e seu cliente? Entre vários pontos, o substituto insistiu em um em particular para demonstrar a relação entre Mincione e Torzi, ou seja, o fato de que a esposa de Mincione continuava a usar um escritório no prédio, que já havia sido passado para Torzi, para seus próprios negócios ("ou alguém o usava para ela"), sem pagar aluguel.

Os chats com monsenhor Carlino

O barrister (esse é o nome dado aos advogados que expõem a acusação no tribunal) insistiu em fazer com que todas os chats entre o corretor e o então secretário do substituto, monsenhor Mauro Carlino, o único absolvido entre os dez réus no processo vaticano, fossem projetadas nas telas dos computadores na pequena Sala 19 do tribunal e depois lidas por cerca de 15 minutos seguidos. Para Samek, essas mensagens do WhatsApp demonstram que "seu secretário estava em contato com Torzi para a formulação de uma fatura falsa". Exatamente o contrário, refutou Peña Parra, segundo o qual as respostas insistentes de Torzi são uma demonstração clara do que os juízes vaticanos classificaram como "extorsão".

As atividades do corretor

"Não concordo com nada.  Essa é a sua versão das coisas", disse novamente a testemunha Peña Parra. "Rejeitamos essa fatura e as atividades que Torzi disse que fez para nós, e é por isso que eu disse claramente à minha equipe que minha carta não era uma fatura. Não contei uma mentira", disse ele, enfatizando que sua indicação ao Credit Suisse para o desembolso da transferência de 5 milhões foi "a liquidação total e final de todas as nossas obrigações contratuais". Os anexos a esse e-mail para o Credit Suisse, no entanto, indicavam outros motivos, incluindo serviços prestados por Torzi para imóveis de outras cidades.

O papel do substituto

'Eu, com certeza, sou responsável pelo que fiz, mas tenho uma equipe' para a distribuição de documentos já discutidos e aprovados, esclareceu o substituto, acrescentando com uma ponta de ironia: 'Normalmente, sim, sou eu quem vai e envia os faxes pessoalmente'. Em várias passagens, Peña Parra lembrou a importância de sua função e os compromissos que ela exige, mesmo diante das perguntas insistentes do advogado que pareciam desconsiderar as fileiras do trabalho no Vaticano. "Não sou responsável pelo Escritório administrativo em que tenho que lidar com cada fotocópia, cada documento. Eu cuido das coisas importantes para cada trabalho e responsabilidade".

Perguntas e respostas

Em um sistema diferente do italiano, com perguntas baseadas em datas, números e documentos imediatamente transmitidos em computadores e a serem imediatamente enquadrados, Peña Parra às vezes começava de longe em suas respostas para oferecer "contexto" ao Tribunal. "Esta não é a ocasião para fazer discursos...", "isso está desviando a atenção da pergunta", interrompeu-o o advogado, chegando até mesmo a contestar o uso diferente em alguns documentos das denominações "Santo Padre" e "Santidade". O próprio advogado foi lembrado pelo juiz, Robin Knowles, para fazer perguntas mais curtas e mais focadas ou de não insistir em pontos que a testemunha já havia respondido ou dos quais não tinha conhecimento. Como, por exemplo, os 200 milhões pagos em 2014 à Sicav (a empresa de veículos reconduzíveis às de Mincione) em Luxemburgo. "Eu não estava no Vaticano - respondeu dom Peña Parra, laconicamente -, estava levando uma vida feliz em Moçambique". Fonte: Vatican News

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Ucrânia: UNICEF condena ataque e recorda que hospitais gozam de proteção especial

Após a nova onda de ataques russos contra a Ucrânia, o arcebispo-mor de Kiev dirigiu um apelo às pessoas do mundo inteiro, pedindo que condem o ataque contra o hospital e façam tudo o que estiver ao seu alcance para "parar e punir a mão do assassino implacável". A diretora geral do UNICEF recordou que os hospitais "deveriam ser refúgios seguros", com proteção especial segundo o direito internacional.

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

Pelo menos 559 crianças foram mortas na Ucrânia e outras 1.449 ficaram feridas desde o início da invasão em larga escala pelas forças russas, em fevereiro de 2022, informou a Procuradoria-Geral da República do país, como relatado por Ukrinform. Este número inclui as quatro crianças que morreram no ataque com mísseis contra o hospital pediátrico em Kiev na segunda-feira, 8 de julho.

O ataque contra a estrutura hospitalar ocorreu em plena luz do dia, por volta das 10 horas da manhã, em uma nova onda de ataques com mísseis que atingiu outras cidades ucranianas e que matou ao menos 41 civis e deixou outros 190 feridos. Mais de 100 prédios foram danificados nos ataques, incluindo o hospital infantil e uma maternidade em Kiev, creches e um centro comercial e residências, segundo o governo, que proclamou um dia de luto nesta terça-feira.

O Ministério da Defesa da Rússia, por sua vez, afirmou que as suas forças lançaram ataques contra alvos da indústria de defesa e bases de aviação. Desde o início da guerra Moscou tem negado ataques contra alvos e infra-estruturas civis, o que pode facilmente ser desmentido pelas imagens de cidades e vilarejos inteiros transformados em cinzas, pela destruição de centenas de escolas, hospitais, igrejas, prédios e residências, sem falar nas milhares de mortes entre os civis.

Schevchuk: "crime contra a humanidade" 

"Imagens brutais de uma grande tragédia abalam a Ucrânia e o mundo", afirmou na segunda-feira o arcebispo greco-católico Sviatoslav Shevchuk. "Hoje, 8 de julho, os russos atacaram a cidade de Kiev com os seus mísseis. Atacaram deliberadamente um hospital infantil. A remoção dos escombros ainda está em curso, mas já sabemos de dezenas de mortos e quase uma centena de feridos. Entre as vítimas estão crianças, médicos e pais. É de partir o coração ver que aquelas crianças, que vieram salvar as suas vidas, mesmo no centro de diálise, foram mortas impiedosamente por criminosos russos".

O arcebispo-mor de Kiev lamenta que muitas crianças corriam o risco de morrer, pois estavam ligadas a ventiladores pulmonares artificiais. "Muitas crianças estavam sendo operadas naquele momento. Foi precisamente a queda de energia que as levou à beira da morte. Em nome de Deus, com toda determinação, condenamos este crime contra a humanidade”.

Para a maior autoridade da Igreja Greco-Católica no país, "este não é apenas um crime contra as leis e princípios humanos, contra as normas internacionais que nos falam sobre costumes e regras para a condução da guerra". Segundo a moral cristã, "este é um pecado que clama ao céu por vingança".

"Hoje dirijo-me, clamo à consciência de todas as pessoas do mundo inteiro. Peço-lhes que condenem este crime e façam tudo o que estiver ao seu alcance para deter e punir a mão do assassino implacável. Hoje choramos junto com todas as vítimas. Hoje queremos rezar por todas as vítimas, especialmente pelas crianças mortas inocentemente”.

Diretora do UNICEF: "hospitais deveriam ser refúgios seguros" 

“Estou chocada com as notícias vindas da Ucrânia hoje", disse a diretora geral do UNICEF Catherine Russel. "Quase três anos após a escalada da guerra na Ucrânia, parece não ter fim o horror que as crianças e as suas famílias são obrigadas a suportar."

Russel recorda que o ataque contra o Hospital Okhmatdyt, o maior centro médico infantil do país, "é outro lembrete brutal de que nenhum lugar na Ucrânia é seguro para as crianças. Os hospitais deveriam ser refúgios seguros, e segundo o direito internacional, gozam de um nível especial de proteção. Os civis, incluindo as crianças, e as instalações e serviços de que dependem, devem  sempre ser protegidos."

A diretora do UNICEF assegurou que a agência continuará a trabalhar na Ucrânia, inclusive nas zonas da linha da frente, para responder às necessidades imediatas das crianças e das famílias.  "Mais do que tudo - afirmou -  as crianças da Ucrânia precisam de uma paz duradoura.”

De acordo com o Direito Internacional Humanitário (DIH), estabelecimentos e unidades de saúde, incluindo hospitais, não devem ser atacados. A proteção também é conferida a pessoas doentes e feridas e a profissionais e veículos de saúde.

Fonte: Vatican News

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Roteiro orante para refletir sobre o Tráfico de Pessoas em vista do 30 de julho

O objetivo, segundo dom Adilson Busin é “que tudo aquilo que se refere ao enfrentamento ao tráfico de pessoas, possa ser levado ao conhecimento nas escolas, nas comunidades onde nós celebramos, nos locais também públicos”.

Padre Modino – Regional Norte 1 da CNBB

O mês de julho é marcado como o Mês de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas em todo o mundo, segundo nos lembra o bispo de Tubarão (SC) e presidente da Comissão Episcopal Especial de Enfrentamento ao Tráfico Humano da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, dom Adilson Pedro Bussin. O presidente da comissão faz um chamado a comunicar e participar “na sua comunidade, pessoalmente”, algo que também pode ser feito “pelos meios de comunicação social que estão aí perto, as mídias”.

O objetivo, segundo dom Adilson Busin é “que tudo aquilo que se refere ao enfrentamento ao tráfico de pessoas, possa ser levado ao conhecimento nas escolas, nas comunidades onde nós celebramos, nos locais também públicos”. Daí a importância de que “sejamos nós também agentes e comunicadores, assumindo esta missão de enfrentamento ao tráfico de pessoas de onde nós estamos para o mundo também ser um mundo melhor, sem esta chaga que nos diz o Papa Francisco”.

O Núcleo de Belo Horizonte (MG) da Rede um Grito pela Vida elaborou um roteiro orante, que tem como título “Cuidado com a vida, prevenção ao tráfico de pessoas” (https://cepastcnbb.org.br/wp-content/uploads/2024/07/Roteiro-orante-Julho.pdf), para que ao longo do mês de julho em que se realiza a Campanha do Coração Azul, possa ser refletido, rezado, e assumido um compromisso maior, em vista do 30 de Julho, Dia Mundial de Prevenção ao Tráfico de Pessoas, e a defesa e o cuidado da Dignidade e da Integridade de todas as pessoas.

Não podemos esquecer que “homens, mulheres e crianças são comprados e vendidos como escravos pelos novos mercadores de seres humanos”, o que tem que nos levar “a nos colocar diante do Senhor na confiança de que Deus vai nos ajudando a acender as luzes necessárias pelo caminho”. Para isso, foi elaborado o roteiro orante, com uma oração inicial, uma apresentação da realidade, que iluminada pela Palavra de Deus leva à reflexão, partilha e propostas de ação entre os participantes.

Não esqueçamos as palavras do Papa Francisco: “Sabemos que é possível combater o tráfico, mas precisamos chegar à raiz do fenômeno, erradicando as suas causas (…) É um apelo para não ficarmos parados, mobilizarmos todos os nossos recursos na luta contra o tráfico e restituirmos plena dignidade a quantos são vítimas do mesmo. Se fecharmos olhos e ouvidos, se ficarmos inertes, seremos cúmplices”. Tomemos consciência disso, o tráfico de pessoas pode ser combatido, só temos que abrir os olhos e os ouvidos, deixar de sermos cúmplices.

Fonte: Vatican News

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Estendamos a mão fraterna aos que têm menos

O Serviço Paz e Justiça, juntamente com o seu fundador e vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1980, Adolfo Pérez Esquivel, apelou às organizações da sociedade civil para que construam laços de cooperação e apoiem as pessoas mais necessitadas do país face à crise alimentar.

Vatican News

“É preciso lembrar a solidariedade do povo argentino que fica evidente nas situações de crise social que vivemos no país. “É necessária a unidade na diversidade de todos os setores da população, para além dos interesses setoriais e políticos.” É o que expressou o fundador do Serviço Paz e Justiça (SERPAJ) e ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1980, Adolfo Pérez Esquivel, durante a apresentação do apelo “A pior violência é a fome”, realizada segunda-feira, 8 de julho, na Praça de Maio, em Buenos Aires.

A instituição convidou organizações sociais, sindicais, políticas, acadêmicas, científicas, estudantis, indígenas, de direitos humanos, o movimento camponês, empresários e todas as religiões para aderirem a esta campanha.

Segundo o relatório sobre a realidade do país, divulgado em junho de 2024 pela Cárita Argentina e pelo Observatório da Dívida Social Argentina da Universidade Católica, um em cada quatro habitantes sofre de insegurança alimentar, 10% da população deve “ajustar” suas refeições e 15% sofrem de privação alimentar grave.

“Temos a responsabilidade de estender uma mão fraterna a quem tem menos. O desafio é colocar o amor em ação - e não estou falando de nenhum tipo de amor, não só aquele que nos ama, mas o amor do nosso povo -, o amor das crianças, dos nossos irmãos indígenas, dos homens e mulheres desta pátria”, disse Pérez Esquivel.

O ganhador do Prêmio Nobel da Paz pediu “que não falte o pão de cada dia em nenhum lar do nosso país, desde La Quiaca até a Terra do Fogo”. No evento estiveram presentes representantes religiosos, que Pérez Esquivel convidou para abençoar o pão “para partilhá-lo com o povo”.

Com o apelo, o Congresso também foi instado a declarar urgentemente a emergência alimentar no âmbito da soberania alimentar. “Não há segurança alimentar sem soberania alimentar, isso deve ficar claro”, afirmou o fundador do SERPAJ. Em sua mensagem, incentivou o apoio aos agricultores, médios e pequenos produtores rurais, bem como o respeito aos povos indígenas.

Destacou que o povo tem fome e sede de justiça social e ambiental e do bem comum. “Pedimos aos irmãos e irmãs de todo o país que compartilhem o pão com aqueles que têm menos”, disse Pérez Esquivel. Por sua vez, encorajou os líderes religiosos a designarem um dia de oração e reflexão sobre as consequências da fome.

Pérez Esquivel finalmente apelou aos empresários e às grandes corporações para que estendam a mão fraterna aos que têm menos. “A criatividade do povo é fundamental”, assegurou, e citou as cantinas populares e as assembleias de bairro como exemplos desta organização da sociedade civil.

Fonte: Vatican News

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Gaza, Hamas aberto a negociações mesmo sem trégua permanente

Agora a palavra passa para Israel, com o diretor do Shin Bet que irá hoje ao Cairo para ter conversações mediadas pelo Egito. Entretanto, na Faixa de Gaza, novos bombardeamentos atingiram escolas utilizadas como abrigos, incluindo a do Patriarcado Latino de Jerusalém. Toninelli (Ispi): os mediadores querem se aproximar dos pedidos de Israel.

Marco Guerra – Cidade do Vaticano

Algo está se movendo na frente diplomática, já que as negociações para um cessar-fogo e a troca de reféns deverão ser retomadas esta semana. No domingo, 7 de julho, o Hamas fez saber que concorda em negociar mesmo na ausência de um cessar-fogo permanente, condição anteriormente considerada necessária para o início do confronto.

A abertura do Hamas

A abertura do Hamas suscita novas esperanças de progresso nas negociações mediadas internacionalmente. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirma que a pressão militar foi "o que levou o Hamas a iniciar negociações", uma posição que alguns analistas partilham relativamente à devastação causada pela ofensiva israelense e às milhares de mortes de civis. No entanto, outros salientam que o acordo não está de forma alguma garantido, apesar das partes serem mais próximas.

Egito promete construir uma barreira subterrânea

Entretanto, o site de notícias israelense Walla afirma que o diretor da agência de segurança israelense Shin Bet chefiará a delegação enviada na segunda-feira, 8, ao Cairo para conversações sobre a trégua e o futuro controle da passagem de Gaza. Outros relatórios confirmam que uma equipe de negociadores israelenses retomará as negociações de cessar-fogo com o Hamas esta semana. O Egito, por seu lado, informou Israel que colaborará com os Estados Unidos na criação de uma barreira subterrânea com a Faixa de Gaza se for alcançado um acordo sobre o cessar-fogo e a libertação dos reféns. Isto foi relatado pela rádio do exército israelense, explicando que será uma barreira de “alta tecnologia” com o objetivo principal de “prevenir o contrabando de armas” para Gaza. Segundo o Egito, os trabalhos de construção da barreira poderão começar já nos primeiros dias da entrada em vigor da trégua. E nove meses após os ataques do Hamas e o início do conflito, novas grandes manifestações tiveram lugar em Israel no domingo, apelando veementemente ao fim da hostilidade e ao regresso dos reféns. Os manifestantes passaram em frente às casas dos membros do governo.

Mais mortes e combates no terreno

Porém, os bombardeios não param na Faixa. O Hamas disse no domingo que quatro pessoas foram mortas em um ataque contra um prédio escolar usado como abrigo para pessoas deslocadas. Pouco depois, uma declaração do Patriarcado Latino de Jerusalém condenou veementemente um ataque contra a “Escola da Sagrada Família em Gaza”. “Embora propriedade do Patriarcado Latino de Jerusalém, a escola tem sido, desde o início da guerra, um local de refúgio para centenas de civis”, lê-se na nota do Patriarcado.

Os ataques com mísseis continuaram noite adentro e causaram a morte de duas pessoas na cidade de Gaza. As Forças de Defesa de Israel afirmam que na noite de domingo atingiram “numerosos alvos terroristas em toda a Faixa de Gaza, incluindo infraestruturas utilizadas pelos terroristas do Hamas para planejar e executar ataques contra as tropas das FDI”. Nas últimas horas, porém, as Forças de Defesa Israelenses (FDI), citadas pelo The Times of Israel, afirmam ter realizado um ataque contra um complexo da UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados da Palestina no Oriente Próximo) utilizado pelo Hamas, onde mataram e capturaram numerosos homens armados.

Toninelli: Egito quer encontrar Israel

“A decisão do Hamas é uma notícia positiva e abre maiores perspectivas de se chegar a um cessar-fogo, mas também sugere que a situação na faixa é cada vez mais crítica e, portanto, há necessidade de parar os combates”, afirma Luigi Toninelli, investigador do ISPI (Instituto para Estudos de Política Internacional) e especialista no assunto. Médio Oriente, ao comentar os últimos desdobramentos em nível diplomático.

A vontade de trataivas também questiona a posição de Israel que sempre colocou a eliminação do Hamas como a última condição necessária para alcançar a paz. Toninelli acredita que eliminar o Hamas "é praticamente impossível", é um objetivo de "propaganda", porque o Hamas, além de ser uma organização militar enraizada, é um partido político que também desfruta de um certo consenso e que desempenha um papel na população civil, é tudo isso que torna difícil a sua erradicação.

O investigador do ISPI observa que a negociação é muito precária e a vontade de parar a guerra ainda está distante. Contudo, mesmo a barreira prometida pelo Egito “é um ponto importante, porque atende a um pedido específico de Israel, que quer limitar as capacidades bélicas do Hamas”. Esta é “mais uma tentativa de atender aos pedidos de Israel para alcançar um cessar-fogo”.

Fonte: Vatican News

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Níger, Mali e Burkina Faso estabelecem nova ‘Aliança do Sahel’

Os líderes dos regimes militares do Mali, Burkina Faso e Níger proclamaram uma confederação de três estados do Sahel.

Por Nathan Morley

Os líderes dos regimes militares do Mali, Burkina Faso e Níger anunciaram em Niamey, capital do Níger, a criação de uma Confederação dos três Estados do Sahel.

O trio assumiu o poder por meio de golpes militares. Na sua primeira reunião de cúpula, assinaram quatro documentos: o tratado que institui a Confederação dos Estados do Sahel, as regras de procedimento do colégio de chefes de estado da aliança, o comunicado final e um documento intitulado “Declaração de Niamey”.

A partir de agora, espera-se que o novo grupo colabore nas questões de segurança e estreite laços econômicos, incluindo eventualmente a criação de uma moeda comum.

As três nações – que juntas possuem uma população estimada de mais de 70 milhões de habitantes – sofrem com a insegurança provocada por facções violentas.

Falando a partir da capital do Níger, onde decorreu a conferência, o capitão Ibrahim Traore, líder do Burkina Faso, disse que o encontro de cúpula marcou “um passo decisivo para o futuro do nosso espaço comum”.

Acrescentou que, juntos, consolidariam os alicerces da verdadeira independência, uma garantia de paz e de desenvolvimento sustentável por meio da criação da 'Confederação da Aliança dos Estados do Sahel'.

Saída da CEDEAO (ECOWAS, sigla em inglês)

A medida também parece indicar a sua saída da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), da qual os três líderes insinuaram repetidamente que abandonariam.

Uma retirada poderá prejudicar a cooperação em matéria de segurança, especificamente em termos de recolha de informações e participação na luta contra o terrorismo.

O Mali, o Burkina Faso e o Níger são hostis em relação à França, o seu senhor colonial formal, e atualmente mantêm relações gélidas com os países ocidentais. Recentemente, procuraram estabelecer laços mais amigáveis com a Turquia, a Rússia e o Irã.

Fonte: Vatican News

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Moçambique. Associação Maria Ana Mogas celebra 138 anos da morte de sua patrona

A celebração mundial teve lugar na passada quarta-feira, 03 de julho, na cidade da Beira (centro de Moçambique), e juntou além dos membros, Irmãs da Congregação das Franciscanas Missionárias da Mãe do Divino Pastor e fiéis de diferentes paróquias, incluindo os que acompanhavam a Missa na diáspora através das plataformas digitais.

Rogério Maduca – Beira, Moçambique

A Missa foi presidida na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, pelo Padre Diamantino Andrade, pároco da mesma, onde concelebraram mais dois sacerdotes. Durante a homilia, o presidente da celebração recordou aos participantes o legado da Maria Ana Mogas, que é o amor recíproco, a caridade e o sacrifício.

A celebração deste ano teve como lema “Semeadores de alegria”, e de acordo com a Animadora-geral da Associação Maria Ana Mogas (AMAM), Catarina Tchidema Samba, um dos objectivos desta comemoração é transmitir a alegria aos irmãos e irmãs, na família, fraternidade e sociedade no geral através da caridade verdadeira e sacrifício.

A Associação Maria Ana Mogas, é uma organização de leigos vinculada à Congregação das Irmãs Franciscanas Missionárias da Mãe do Divino Pastor. Está presente em mais de 10 países do mundo e possui acima de 400 membros.

Fonte: Vatican News

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Bispos da AMECEA reafirmam compromisso na proteção de menores e adultos vulneráveis

Num forte compromisso de salvaguardar os mais vulneráveis, os Bispos da Associação das Conferências Episcopais Membros da África Oriental (AMECEA), em colaboração com a Pontifícia Comissão para a Proteção dos Menores (PCPM), concluíram um encontro consultivo na Roussel House em Nairobi, Quénia.

Cidade do Vaticano

Durante o encontro, que decorreu de 1 a 4 de julho, os Bispos que coordenam a proteção, através da iniciativa de proteção da AMECEA, sublinharam a sua dedicação inabalável à proteção das crianças e dos adultos vulneráveis, salientando os princípios teológicos e morais que orientam esta responsabilidade crítica.

Os Bispos notaram a proporção significativa de crianças e jovens na região da AMECEA e sublinharam a responsabilidade da Igreja Católica de cuidar deles: "Reconhecemos que cada criança é um dom de Deus; 'Os filhos são uma herança do Senhor, a descendência, uma recompensa dele' (Salmos 127:3)."

Reflectindo sobre o instinto de cuidar das crianças, os Bispos expressaram a sua gratidão a todos os que estão envolvidos em nutrir o crescimento holístico das crianças, incluindo pais, tutores, cuidadores, professores e agentes pastorais.

"Este é um dever divino que todos nós devemos assumir de todo o coração", reafirmam os Bispos da AMECEA numa declaração citada pela agência CISA África.

Os prelados reconhecem igualmente os investimentos substanciais que a Igreja Católica tem feito em iniciativas pastorais, educacionais, de saúde e de desenvolvimento, e que têm contribuído grandemente para o bem-estar das crianças na região. No entanto, mantêm-se atentos aos desafios significativos que as crianças enfrentam, incluindo a privação material, a pobreza, as emergências e os abusos.

Infelizmente, algumas crianças sofrem várias formas de abuso, incluindo abuso físico, emocional, sexual e espiritual, negligência e exploração. Os Bispos destacam a dura realidade do recrutamento de crianças para as forças armadas, gangues criminosas e grupos radicais, o que lhes nega uma infância digna.

"Fazemos nosso o sentimento do Papa Francisco de que uma sociedade que negligencia os seus idosos e as suas crianças não tem futuro, pois ignora tanto o seu património como o seu potencial", sublinha o episcopado da África Oriental.

Reafirmando o seu compromisso, os Bispos prometem proteger as crianças e os adultos vulneráveis, prevenindo, detectando e respondendo a todas as formas de abuso: "O nosso objetivo é assegurar que todas as crianças e adultos vulneráveis encontrem na Igreja um porto seguro onde se sintam protegidos, ouvidos e seguros."

Os Bispos da AMECEA comprometem-se, enfim, a rever e atualizar regularmente as suas políticas de proteção para refletir as melhores práticas que se alinham com o Quadro de Orientações Universais da Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores.

"Trabalhamos em estreita colaboração com especialistas em bem-estar infantil e prevenção de abusos para garantir que as nossas políticas sejam eficazes e abrangentes", afirmam. Reconhecendo as lacunas existentes em termos de conhecimentos e competências, os Bispos também se comprometem a reforçar a capacidade dos agentes pastorais, do pessoal e dos afiliados a todos os níveis. O seu objetivo é também reforçar a capacidade das famílias e das crianças através das Pequenas Comunidades Cristãs.

Fonte: Vatican News

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Inteligência artificial: Religiões mundiais vão assinar apelo conjunto, em Hiroxima

Signatários subscrevem a 10 de  julho o «Apelo de Roma», lançado com apoio do Vaticano, para um uso ético da tecnologia

A cidade japonesa de Hiroxima acolhe, entre hoje e quarta-feira, representantes de várias religiões mundiais, para a assinatura de um apelo conjunto em favor de um uso ético da inteligência artificial (IA), em favor da paz.

“Todas as religiões são chamadas a trabalhar em conjunto para o bem da humanidade que habita este planeta e para a preservação do próprio planeta, casa comum de todos os seres vivos. Isto diz respeito a todos os aspectos da nossa vida e, portanto, também a cada novo instrumento que o progresso tecnológico coloca à nossa disposição. A inteligência artificial é um deles: uma grande ferramenta com possibilidades ilimitadas de aplicação, que pode e deve ser orientada para que o seu potencial sirva o bem desde o momento da sua conceção”, disse o presidente da Academia Pontifícia para a Vida (Santa Sé), D. Vincenzo Paglia, na abertura dos trabalhos.

Os participantes no encontro vão assinar “o Apelo de Roma para a Ética da IA”, sublinhando “a importância vital de orientar o desenvolvimento da inteligência artificial com princípios éticos, para garantir que serve o bem da humanidade”, refere uma nota enviada à Agência ECCLESIA.

O evento é promovido pela Academia Pontifícia da Vida, as Religiões para a Paz do Japão, o Fórum para a Paz de Abu Dhabi dos Emirados Árabes Unidos e a Comissão para as Relações Inter-religiosas do Rabinato-Chefe de Israel.

O Apelo de Roma foi lançado pela Santa Sé, em fevereiro de 2020, juntamente com a Microsoft, a IBM, a FAO e o Governo italiano.

O documento visa “fomentar uma abordagem ética da IA e promover um sentido de responsabilidade entre organizações, governos, empresas multinacionais de tecnologia e instituições, a fim de moldar um futuro em que a inovação digital e o progresso tecnológico sirvam o génio e a criatividade humanos, preservando e respeitando a dignidade de cada indivíduo, bem como a do nosso planeta”.

Já em 2023, o apelo foi assinado por líderes das três religiões abraâmicas (cristianismo, islamismo e judaísmo), “em nome da coexistência pacífica e dos valores partilhados”.

Segundo o Vaticano, o encontro de Hiroxima “reforça a ideia de que uma abordagem multirreligiosa a questões vitais como a ética da IA é o caminho a seguir”.

“As religiões desempenham um papel crucial na construção de um mundo em que o conceito de desenvolvimento anda de mãos dadas com a proteção da dignidade de cada ser humano e a preservação do planeta, a nossa casa comum”.

Durante o evento, o padre Paolo Benanti, professor de Ética da Tecnologia na Universidade Pontifícia Gregoriana que integra o Órgão Consultivo das Nações Unidas sobre a IA, vai apresentar a chamada ‘Adenda de Hiroxima’ a inteligência artificial generativa.

Os trabalhos vão debater temas como “riscos e oportunidades da inteligência artificial”, as “aplicações práticas de uma IA ética” ou a “governação da inteligência artificial”.

Fonte: Agência Ecclesia.

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Sínodo 2021-2024: «Escuta de todos» contraria modelos de concentração de poder e dinheiro, diz novo «Instumentum Laboris»

Documento alude a «desencanto» com funcionamento da democracia e exclusão dos mais pobres

O documento do trabalho para a próxima Assembleia Sinodal, que vai decorrer em outubro, no Vaticano, aponta o processo de “escuta de todos”, promovido pela Igreja Católica, como exemplo para contrariar modelos de “concentração” de poder e dinheiro.

“A disponibilidade para a escuta de todos, especialmente dos pobres, promovida pelo estilo de vida sinodal está em nítido contraste com um mundo em que a concentração do poder exclui os pobres, os marginalizados e as minorias”, indica o texto, divulgado hoje em conferência de imprensa, pela Santa Sé.

O documento fala numa “época marcada por desigualdades cada vez mais acentuadas”, alertando para “uma crescente desilusão face aos modelos tradicionais de governo, pelo desencanto em relação ao funcionamento da democracia”.

As preocupações estendem-se ao “predomínio do modelo de mercado nas relações interpessoais e pela tentação de resolver os conflitos pela força e não pelo diálogo”.

“A sinodalidade poderá oferecer uma inspiração para o futuro da nossa sociedade”, indica o texto.

O ‘Instrumentum Laboris’ (IL), documento de trabalho para a segunda sessão da XVI assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos, nasceu de uma consulta a dioceses e organismos episcopais de todo o mundo.

A reflexão apela a testemunho partilhado sobre “questões sociais de relevância global, como o cuidado da casa comum e os movimentos migratórios”, apontando, em particular, a “grandes áreas geográficas supranacionais”, como a Amazónia, a bacia do Congo ou o Mediterrâneo.

“Uma Igreja sinodal poderá testemunhar a importância de que as soluções dos problemas comuns sejam elaboradas com base na escuta das vozes de todos, principalmente dos grupos, comunidades e países que habitualmente ficam à margem dos grandes processos globais”.

O IL convida à “escuta das pessoas que vivenciam vários tipos de pobreza e marginalidade” e questiona a “cultura mercantil que marginaliza a gratuidade”.

O texto, intitulado ‘Como ser Igreja sinodal missionária’, apresenta 112 pontos, divididos em três partes, com uma introdução e uma secção de “fundamentos”.

“Um mundo em crise, cujas feridas e desigualdades escandalosas ressoam dolorosamente no coração de todos os discípulos de Cristo, leva-nos a rezar por todas as vítimas da violência e da injustiça e a renovar o nosso compromisso ao lado das mulheres e dos homens que em toda as partes do mundo se empenham como obreiros de justiça e de paz”, pode ler-se.

Os contributos recolhidos destacaram a “variedade das tradições litúrgicas, teológicas, espirituais e disciplinares”, assinalando que “a valorização dos contextos, das culturas e da diversidade é um ponto chave para crescer como Igreja sinodal missionária”.

“Tomar a sério esta pluralidade de formas afasta pretensões hegemónicas e o risco de reduzir a mensagem salvífica a uma única compreensão da vida eclesial e das expressões litúrgicas, pastorais ou morais”, indica o IL.

O documento considera um “escândalo” a existência de “Igrejas ricas e de Igrejas que vivem em condições de grande privação”, recordando os cristãos que vivem em “contextos marcados pela violência, a perseguição e a ausência de liberdade religiosa”.

As questões do “colonialismo e do neocolonialismo” são também abordadas, indicando que “muitas Igrejas são portadoras de uma memória ferida, sendo necessário promover caminhos concretos de reconciliação”.

O IL refere o impacto ecuménico do processo sinodal, apontando à “questão do exercício do ministério petrino”, o papel do Papa, abordado num recente documento do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

A segunda sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos vai decorrer de 2 a 27 de outubro, com o tema ‘Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão’; a primeira sessão decorreu em outubro de 2023.

A Conferência Episcopal Portuguesa está representada pelo seu presidente e vice-presidente, respetivamente D. José Ornelas, bispo de Leiria-Fátima, e D. Virgílio Antunes, bispo de Coimbra.

O Sínodo dos Bispos pode ser definido, em termos gerais, como uma assembleia de representantes dos episcopados católicos de todo o mundo, a que se juntam peritos e outros convidados, com a tarefa ajudar o Papa no governo da Igreja. Fonte: Agência Ecclesia

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Sínodo 2021-2024: Documento orientador da próxima assembleia propõe novo «ministério de escuta» nas comunidades católicas

«Instumentum Laboris» aponta a nova «cultura e prática da transparência e prestação de contas»

O documento do trabalho para a próxima Assembleia Sinodal, que vai decorrer em outubro, no Vaticano, propõe a criação de um “ministério de escuta e acompanhamento” nas comunidades católicas.

“Representa uma ‘porta aberta’ da comunidade, através da qual as pessoas podem entrar sem se sentirem ameaçadas ou julgadas”, indica o texto, divulgado hoje em conferência de imprensa, pela Santa Sé.

A Secretaria-Geral do Sínodo sublinha que “uma Igreja sinodal é uma Igreja que escuta, capaz de acolher e de acompanhar, de ser considerada casa e família”.

O ‘Instrumentum Laboris’ (IL), documento de trabalho para a segunda sessão da XVI assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos, nasceu de uma consulta a dioceses e organismos episcopais de todo o mundo.

O texto sustenta que “escuta e acompanhamento constituem uma dimensão normal da vida de uma Igreja sinodal”.

Cada comunidade é convidada a “promover uma ampla participação nos processos de discernimento, prestando especial atenção ao envolvimento dos que se encontram nas margens da comunidade cristã e da sociedade”.

“Como modelo de consulta e escuta, propõe-se a criação de assembleias eclesiais a todos os níveis, procurando não limitar a consulta ao interior da Igreja Católica, mas beneficiando do contributo de outras Igrejas e Comunidades Eclesiais, de outras religiões presentes no território e da sociedade, no ‘caminhar juntos’ da comunidade cristã”.

O texto, intitulado ‘Como ser Igreja sinodal missionária’, apresenta 112 pontos, divididos em três partes, com uma introdução e uma secção de “fundamentos”. começa por recordar o percurso realizado desde 2021, numa consulta global às comunidades católicas.

A segunda parte realça a importância da formação, a todos os níveis, e do discernimento, para o desenvolvimento de “modalidades participadas de decisão”, da prestação de contas e da avaliação.

A proposta de “cultura do discernimento” é acompanhada por uma reflexão sobre “a articulação dos processos decisórios”.

“Uma orientação que se manifeste no processo consultivo como resultado de um correto discernimento, sobretudo quando realizado por organismos de participação da Igreja local, não pode ser ignorada”, pode ler-se.

A reflexão coloca em debate a tradicional “ancoragem territorial” das paróquias católicas, num mundo mais urbano e com maior facilidade de deslocação.

“Tal facto não pode deixar de interrogar as formas organizativas da Igreja, que se estruturaram com base numa outra concepção de lugar e exige também a assunção de critérios diferenciados, obviamente não contraditórios, para encarnar a única verdade na vida das pessoas”, indica o documento de trabalho.

O texto indica que “a conversão sinodal das mentalidades e dos corações deve ser acompanhada de uma reforma sinodal dos lugares eclesiais, chamada a ser estrada para caminhar juntos”.

O novo IL sustenta que uma Igreja sinodal” necessita da cultura e prática da transparência e prestação de contas”, recordando a “perda de credibilidade resultante dos escândalos financeiros e principalmente dos abusos sexuais”.

“A falta de transparência e de formas de prestação de contas alimenta o clericalismo, que assenta no pressuposto implícito de que os ministros ordenados não devem prestar contas a ninguém no exercício da autoridade que lhes foi conferida”, adverte o documento.

Nesse contexto, o instrumento de trabalho apresenta um conjunto de pontos que podem ajudar a promover uma cultura de transparência:

– Funcionamento eficaz dos Conselhos dos assuntos económicos;

– Envolvimento efetivo do Povo de Deus, nomeadamente dos membros mais competentes, no planeamento pastoral e económico;

– Elaboração e publicação (acessibilidade efetiva) de um relatório de contas anual, se possível certificado por revisores externos, que torne transparente a gestão dos bens e dos recursos financeiros da Igreja e das suas instituições;

– Prestação de contas anual sobre a evolução da missão, que compreenda uma ilustração das iniciativas empreendidas em matéria de tutela de menores e pessoas vulneráveis e de promoção do acesso das mulheres a posições de autoridade, bem como da sua participação nos processos decisórios;

– Procedimentos de avaliação periódica do desempenho de todos os ministérios e atribuições no seio da Igreja.

A segunda sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos vai decorrer de 2 a 27 de outubro, com o tema ‘Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão’; a primeira sessão decorreu em outubro de 2023.

A Conferência Episcopal Portuguesa está representada pelo seu presidente e vice-presidente, respetivamente D. José Ornelas, bispo de Leiria-Fátima, e D. Virgílio Antunes, bispo de Coimbra.

O Sínodo dos Bispos pode ser definido, em termos gerais, como uma assembleia de representantes dos episcopados católicos de todo o mundo, a que se juntam peritos e outros convidados, com a tarefa ajudar o Papa no governo da Igreja. - Fonte: Agência Ecclesia

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Sínodo 2021-2024: Documento de trabalho pede fim de «modelo piramidal» na Igreja

Texto orientador para a segunda sessão da assembleia exclui questões «controversas», para as quais o Papa criou grupos de estudo

O documento do trabalho para a próxima Assembleia Sinodal, que vai decorrer em outubro, no Vaticano, apela a uma transformação de “estruturas e processos” nas comunidades católicas, superando o “modelo piramidal” no exercício do poder.

O texto, divulgado hoje em conferência de imprensa, pela Santa Sé, sublinha a necessidade de “superar uma visão estática dos lugares, que os ordena por níveis ou graus sucessivos segundo um modelo piramidal”.

O ‘Instrumentum Laboris’ (IL), documento de trabalho para a segunda sessão da XVI assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos, nasceu de uma consulta a dioceses e organismos episcopais de todo o mundo.

O texto defende uma visão renovada do ministério ordenado, “passando de um modo piramidal de exercitar a autoridade para um modo sinodal”.

A reflexão questiona ainda um exercício do ministério episcopal tendencialmente “monárquico”, concebido como “cúmulo de prerrogativas de que derivam todos os outros carismas e ministérios”.

“Na Igreja o exercício da autoridade não consiste na imposição de uma vontade arbitrária, mas, enquanto ministério ao serviço da unidade do Povo de Deus, constitui uma força moderadora da busca comum das exigências do Espírito”, pode ler-se.

O novo IL rejeita a oposição entre “consulta e deliberação”, destacando que a tomada de decisão, na Igreja, se realiza “com a ajuda de todos, nunca sem a autoridade pastoral que decide por inerência de cargo”.

O texto, intitulado ‘Como ser Igreja sinodal missionária’, apresenta 112 pontos, divididos em três partes, com uma introdução e uma secção de “fundamentos”.

O Vaticano recebeu 108 relatórios de Conferências Episcopais (de um total de 114), nove das Igrejas Católicas Orientais, o contributo da USG-UISG (União Internacional dos Superiores Maiores e a União Internacional das Superioras Gerais), organismos da Cúria Romana e mais de 200 comentários, provenientes de realidades internacionais, faculdades, associações de fiéis, comunidades e pessoas individuais.

A estes contributos somaram-se as conclusões do encontro internacional “Os Párocos pelo Sínodo”, que decorreu em Roma, de 28 de abril a 2 de maio.

“A sinodalidade não implica, de modo algum, a desvalorização da autoridade e da missão específica que o próprio Cristo confiou aos pastores, os bispos com os presbíteros”, observa o novo documento de trabalho.

A reflexão aborda a necessidade de um “descentramento do governo e da planificação pastoral”, com maior autonomia das Conferências Episcopais, favorecendo “a valorização das expressões litúrgicas, disciplinares, teológicas e espirituais apropriadas aos diferentes contextos socioculturais”.

“A adoção de um estilo sinodal permite deixar de pensar que todas as Igrejas devam forçosamente mover-se ao mesmo ritmo relativamente a cada questão”, indica o IL.

O documento convida a promover “um conhecimento das culturas em que as Igrejas vivem e atuam, incluindo a cultura digital, hoje tão difundida, sobretudo no âmbito dos jovens”.

A segunda sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos vai decorrer de 2 a 27 de outubro, com o tema ‘Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão’.

“Podemos esperar um aprofundamento da compreensão partilhada da sinodalidade, um maior enfoque das práticas de uma Igreja sinodal e também a proposta de algumas alterações no direito canónico, mas seguramente não a resposta a todas as questões”, observa o documento de trabalho.

A Conferência Episcopal Portuguesa está representada nesta assembleia pelo seu presidente e vice-presidente, respetivamente D. José Ornelas, bispo de Leiria-Fátima, e D. Virgílio Antunes, bispo de Coimbra.

Em fevereiro, o Papa decidiu criar grupos de estudo sobre os temas propostos pela primeira sessão sinodal, em outubro de 2023, que envolvem os dicastérios da Cúria Romana, sob a coordenação da Secretaria-Geral do Sínodo.

Estes grupos vão funcionar até junho de 2025, debatendo um conjunto de questões doutrinárias, pastorais e éticas “controversas”, referidas no Relatório de Síntese da primeira sessão sinodal.

“Trata-se de temas sobre os quais a Assembleia sinodal já chegou a um consenso significativo e que, por isso, pareceram suficientemente amadurecidos para poder passar à fase de elaboração de propostas concretas de reforma, a submeter ao Santo Padre”, explicou hoje aos jornalistas o secretário-geral do Sínodo, cardeal Mario Grech.

O Sínodo dos Bispos pode ser definido, em termos gerais, como uma assembleia de representantes dos episcopados católicos de todo o mundo, a que se juntam peritos e outros convidados, com a tarefa ajudar o Papa no governo da Igreja. Fonte: Agência Ecclesia

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Sínodo 2021-2024: Documento de trabalho insiste na urgência de reconhecer papel das mulheres «em todos os aspetos da vida da Igreja»

Debate sobre diaconado feminino fica de fora da próxima Assembleia Sinodal

O documento do trabalho para a próxima Assembleia Sinodal, que vai decorrer em outubro, no Vaticano, desafia os participantes a “explorar outras formas ministeriais e pastorais” para valorizar o papel das mulheres nas comunidades católicas.

“Os contributos recolhidos em todas as fases evidenciaram a necessidade de conferir um maior reconhecimento aos carismas, às vocações e ao papel das mulheres em todos os aspetos da vida da Igreja”, indica o texto, divulgado hoje em conferência de imprensa, pela Santa Sé.

O ‘Instrumentum Laboris’ (IL), documento de trabalho para a segunda sessão da XVI assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos, nasceu de uma consulta a dioceses e organismos episcopais de todo o mundo.

O documento adverte que, “sem alterações concretas, a visão de uma Igreja sinodal não será credível e afastará os membros do Povo de Deus que retiraram alento e esperança do caminho sinodal”.

“Esta constatação é aplicável ainda com maior rigor no que se refere à participação efetiva das mulheres nos processos de elaboração e na tomada de decisões, como exigido em muitos dos contributos recebidos pelas Conferências Episcopais”, acrescenta.

Fora da segunda sessão fica o debate sobre a admissão das mulheres ao ministério diaconal, assumindo a divisão da assembleia sobre o tema e considerando “conveniente que prossiga a reflexão teológica, com tempos e modalidades adequados”.

“Enquanto algumas Igrejas locais requerem que as mulheres sejam admitidas ao ministério diaconal, outras reafirmam o contrário”, refere o documento de trabalho.

Em fevereiro, o Papa decidiu criar grupos de estudo sobre os temas propostos pela primeira sessão sinodal, em outubro de 2023, que envolvem os dicastérios da Cúria Romana, sob a coordenação da Secretaria-Geral do Sínodo.

Estes grupos vão funcionar até junho de 2025, debatendo um conjunto de temas prioritários, entre eles a “pesquisa teológica e pastoral sobre o acesso das mulheres ao diaconado”.

“O aprofundamento de algumas questões teológicas e canônicas referentes a formas específicas de ministerialidade eclesial – em particular a questão da necessária participação das mulheres na vida e orientação da Igreja – foi confiado ao Dicastério para a Doutrina da Fé, em diálogo com a Secretaria Geral do Sínodo (Grupo de estudo n.º 5)”, indica o IL.

O diaconado é o primeiro grau do Sacramento da Ordem (diaconado, sacerdócio, episcopado), atualmente reservado aos homens, na Igreja Católica.

O Concílio Vaticano II (1962-1965) restaurou o diaconado permanente, a que podem aceder homens casados (depois de terem completado 35 anos de idade), o que não acontece com o sacerdócio.

Com origem grega, a palavra ‘diácono’ pode traduzir-se por servidor, e corresponde a alguém especialmente destinado na Igreja Católica às atividades caritativas, a anunciar a Bíblia e a exercer funções litúrgicas.

Apontando ao processo iniciado em 2021, com uma consulta global às comunidades católicas, a Secretaria-Geral do Sínodo sublinha o “desejo de ampliar as possibilidades de participação e de exercício da corresponsabilidade de todos os batizados, homens e mulheres”.

O novo IL sublinha a necessidade de “participação mais alargada das mulheres nos processos de discernimento eclesial e em todas as fases dos processos decisórios (proposta e tomada de decisões)”.

Outra proposta passa por um “acesso mais alargado a posições de responsabilidade”, das dioceses aos seminários e faculdades de teologia.

O documento de trabalho sugere que leigos de ambos os sexos “possam contribuir para a pregação da Palavra de Deus, inclusivamente durante a celebração da Eucaristia”.

A reflexão destaca a necessidade de reconhecer “ministérios batismais”, ou seja, “serviços não ocasionais, reconhecidos pela comunidade e por quem tem a missão de a guiar”.

“Existem, por exemplo, homens e mulheres que exercem o ministério de coordenação de uma pequena comunidade eclesial, o ministério de orientação de momentos de oração (em funerais ou outras ocasiões), o ministério extraordinário da comunhão ou outros serviços não necessariamente de carácter litúrgico”.

O texto, intitulado ‘Como ser Igreja sinodal missionária’, apresenta 112 pontos, divididos em três partes, com uma introdução e uma secção de “fundamentos”.

Uma das questões abordadas relaciona-se com a constituição dos conselhos pastorais organismos similares, em paróquias e dioceses, propondo que a maioria dos membros não seja indicada pela autoridade (bispo ou pároco), mas designada de uma outra forma, que “traduza efetivamente a realidade da comunidade ou da Igreja local”.

“A composição destes organismos requer também uma atenção similar, de modo a favorecer uma maior participação das mulheres, dos jovens e dos que vivem em condições de pobreza ou marginalização”, pode ler-se.

A segunda sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos vai decorrer de 2 a 27 de outubro, com o tema ‘Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão’; a primeira sessão decorreu em outubro de 2023.

A Conferência Episcopal Portuguesa está representada pelo seu presidente e vice-presidente, respetivamente D. José Ornelas, bispo de Leiria-Fátima, e D. Virgílio Antunes, bispo de Coimbra.

O Sínodo dos Bispos pode ser definido, em termos gerais, como uma assembleia de representantes dos episcopados católicos de todo o mundo, a que se juntam peritos e outros convidados, com a tarefa ajudar o Papa no governo da Igreja. Fonte: Agência Ecclesia

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Mais de 3,9 milhões de fiéis participam da Romaria do Divino Pai Eterno 2024

Por Natalia Zimbrão 

A Romaria do Divino Pai Eterno recebeu mais de 3,9 milhões de fiéis entre os dias 28 de junho e 7 de julho, segundo a prefeitura de Trindade (GO). “A romaria foi um sucesso. Alcançamos o nosso objetivo de celebrar a fé com o povo”, disse o reitor do santuário basílica do Divino Pai Eterno, padre Marco Aurélio Martins da Silva, ontem (8), quando os membros da Sala de Gestão Integrada se reuniram no auditório do Centro Administrativo Municipal para avaliar a Romaria 2024.

“Preparamos os ambientes com toda a responsabilidade e à altura das expectativas dos romeiros. Tudo foi realizado por muitas mãos, incluindo o município de Trindade, o Estado de Goiás e a Igreja”, disse o reitor.

A Romaria do Divino Pai Eterno é a “maior festa religiosa do Centro-Oeste do Brasil”, segundo o santuário do Divino Pai Eterno. Nos dez dias de romaria, a programação contou com 145 missas, 50 novenas, 11 procissões e várias atividades religiosas.

Neste ano, a Romaria do Divino Pai Eterno teve como tema “Pai Eterno, a Vós, nossa oração”, em comunhão com o Ano da Oração convocado pelo papa Francisco para 2024, em preparação para o Jubileu da Esperança de 2025.

No domingo (7), a missa solene da romaria foi celebrada pelo arcebispo de Sorocaba (SP), dom Julio Endi Akamine. Em sua homilia, ao falar sobre a oração do Pai-nosso, dom Akamine ressaltou que “dizer ‘amém é imitar a fidelidade de Cristo” e que, “para dizer ‘amém’, é preciso estar em Cristo”.

“Nós não somos capazes de agradar ao Pai por nós mesmos. Essa nossa impotência em agradar ao Pai por nós mesmos, quando dizemos ‘amém’ com Jesus, esta oração se torna nosso consolo e nossa alegria”, disse.

 “As nossas mais belas palavras, os nossos pensamentos mais bonitos podem nos iludir. Pensamos que são eles que convencem Deus, que nossas palavras possam ensinar algo ao Pai, que nossa insistência force o Pai a fazer a nossa vontade, ou que nossos argumentos convençam o Pai da razão das nossas reivindicações. Isso não é cristianismo, é paganismo. Pensar que o Pai precise ser ensinado de algo, convencido por nós, que o Pai precise ser pressionado a fazer algo, que Ele precise ser alertado de alguma necessidade nossa é paganismo. São os pagãos que acreditam que suas palavras são as mais importantes”, acrescentou.

Dom Akamine destacou que “a oração de Jesus nos ensina que o mais importante não são nossas palavras, os nossos pensamentos”, e sim que “o mais importante é ação de Deus”.

O arcebispo de Goiânia (GO), dom João Justino de Medeiros Silva, primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e os bispos auxiliares de Goiânia, dom Levi Bonatto e Danival Milagres Coelho, participaram da missa solene. Também estiveram presentes várias autoridades, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e o prefeito de Trindade, Marden Júnior.

Ao final da celebração, foi lida a lei que institui o Dia Estadual do Romeiro do Divino Pai Eterno, a ser comemorado anualmente no dia 1º de julho. A lei, proposta pelo deputado estadual George Morais (PDT), entrou em vigor dia 4 de junho deste ano. O deputado entregou ao arcebispo de Goiânia um quadro com a lei.

O encerramento da festa no domingo aconteceu com uma procissão luminosa que reuniu milhares de pessoas, saindo da igreja matriz em direção à praça do santuário basílica, onde o arcebispo de Goiânia, dom João Justino celebrou a missa.

“Obrigado romeiro e romeira, sua presença aqui é muito importante, é um sinal bonito para todo o Brasil, da fé, da presença do Senhor em nosso meio, do Evangelho de Jesus Cristo que gera vida no coração das pessoas, das famílias, das comunidades”, disse dom Justino em sua homilia.

Fonte: ACIDigital

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Sínodo da Sinodalidade não abordará o diaconato feminino

Por Almudena Martínez-Bordiú 

A Santa Sé apresentou hoje (9) o Instrumentum Laboris 2, o documento de trabalho que apresenta os temas-chave que guiarão a segunda e última sessão do Sínodo da Sinodalidade, que acontecerá em Roma, em outubro de 2024.

O documento diz que a questão do diaconato feminino “não será tema dos trabalhos da segunda sessão”, mas que “é bom que a reflexão teológica continue, com tempos e modalidades apropriados”.

O documento recorda que, a pedido do papa Francisco, alguns temas atuais estão sendo estudados por um grupo de especialistas e bispos de diversas partes do mundo. Informa também que estes grupos devem concluir os seus trabalhos antes do final de junho de 2025.

Origem do documento

O documento de 52 páginas, elaborado por um grupo de teólogos e aprovado pelo papa Francisco, nasce das reflexões das conferências episcopais, das Igrejas orientais católicas e de outras realidades eclesiais internacionais.

É também resultado dos relatórios apresentados pelos párocos depois do seu encontro em Roma sobre o Relatório Síntese da primeira sessão de outubro de 2023.

Depois da redação durante esta última sessão de um documento final sobre todo o processo feito até o momento, os padres sinodais oferecerão ao papa Francisco "orientações sobre os passos a serem dados e as formas concretas de fazê-lo" em vista da elaboração de uma futura exortação pós-sinodal.

O sínodo “não termina em outubro”

O documento de trabalho diz que o sínodo não termina depois da assembleia de outubro, mas que é “um caminho de conversão e de reforma” que deve continuar em cada uma das realidades da Igreja, e dedica uma seção para esclarecer e definir o termo sinodalidade.

Durante a coletiva de imprensa de hoje, o cardeal Mario Grech, secretário-geral da Secretaria Geral do Sínodo, falou do “entusiasmo pela metodologia sinodal” e disse que na África começou um discernimento teológico pastoral para acompanhar as pessoas em situação de poligamia.

Autoridade na Igreja

Segundo o documento publicado hoje, a sinodalidade “não implica de forma alguma a desvalorização da autoridade particular e da tarefa específica que o próprio Cristo confia aos pastores”.

Ao contrário, continua o texto, “oferece o quadro interpretativo mais adequado para compreender o próprio ministério hierárquico, convidando toda a Igreja, incluindo aqueles que exercem autoridade, à verdadeira conversão e reforma”.

Participação da mulher

Uma seção do Instrumentum Laboris diz que “cresceu a consciência da variedade de carismas e vocações que o Espírito Santo suscita constantemente no Povo de Deus”.

Por isso, fala da necessidade de discernir e refletir mais profundamente “sobre a questão da participação em relação à comunhão e à missão”.

Para isso, fala de três “direções”: a necessidade de “atualizar” a capacidade de anunciar e transmitir a fé, a renovação da vida litúrgica e sacramental e uma reciprocidade sã e renovada entre homens e mulheres.

Sobre o último, destaca “a necessidade de dar um reconhecimento mais pleno aos carismas, à vocação e ao papel das mulheres em todas as esferas da vida da Igreja”.

O documento diz que, “enquanto algumas Igrejas locais pedem que as mulheres sejam admitidas ao ministério diaconal, outras reiteram a sua oposição” e informa que esta questão “não será objeto dos trabalhos da segunda sessão”.

Uma Igreja “não burocrática”

O documento diz que durante o processo sinodal “surgiu o apelo a uma Igreja que não seja burocrática, mas capaz de cultivar relações: com o Senhor, entre homens e mulheres, na família, na comunidade, entre grupos sociais”.

“O caminho percorrido até aqui levou ao reconhecimento de que uma Igreja sinodal é uma Igreja que escuta, capaz de acolher e acompanhar, de ser percebida como casa e família”, diz.

O cansaço e a fadiga de bispos e sacerdotes

O Instrumentum Laboris também se refere ao “cansaço” de bispos e sacerdotes, resultado da dificuldade de “caminhar verdadeiramente juntos no ministério partilhado”.

Propõe a sinodalidade como “uma oportunidade de libertação destas fadigas”, ao mesmo tempo que diz que “este caminho de conversão implicará uma nova forma de pensar e organizar a ação pastoral, que leve em conta a participação de todos os batizados”.

O documento apela à corresponsabilidade laical e destaca que o ministério episcopal não deve ser “monárquico”, concebido como uma acumulação de prerrogativas “das quais deriva qualquer outro carisma e ministério”.

Transparência e clericalismo

O documento diz que o clericalismo é a consequência da falta de transparência e de responsabilidade quando os ministros ordenados “não são responsáveis diante de ninguém pelo exercício da autoridade que lhes é atribuída”.

Também diz que isso não se limita apenas aos abusos ou ao âmbito financeiro, mas inclui também planos pastorais, métodos de evangelização ou o respeito da Igreja pela dignidade da pessoa humana.

Papa Francisco, “garantidor da sinodalidade”

O texto diz que o bispo de Roma é o “princípio visível da unidade de toda a Igreja”, bem como “o garantidor da sinodalidade”.

 “Cabe a ele convocar toda a Igreja à ação sinodal, convocando, presidindo e confirmando os resultados dos Sínodos dos Bispos; cabe a ele garantir que a Igreja cresça em estilo e forma sinodal”, diz o Instrumento Laboris.

Fonte: ACIDigital

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Gêmeos são ordenados padres na Síria, terra de perseguição aos cristãos

Por Suhail Lawand 

Entre cantos e sinais de alegria, os cristãos de Aleppo, Síria, celebraram no sábado (6) a ordenação sacerdotal dos irmãos gêmeos e franciscanos Johnny e George Jallouf.

A ordenação aconteceu mediante a oração de consagração e a imposição de mãos do vigário apostólico dos latinos de Aleppo, dom Hanna Jallouf, na igreja de São Francisco de Assis, em Aleppo, a cidade mais populosa do país. Anos atrás, dom Jallouf foi sequestrado pelo grupo terrorista Estado Islâmico, mas foi solto em seguida.

Em entrevista exclusiva à ACI Mena, agência árabe da EWTN, antes da ordenação sacerdotal os dois irmãos, até então diáconos, contaram as etapas mais importantes pelas quais passaram no seu caminho para a vocação monástica e sacerdotal.

 “Senti as primeiras sementes de vocação aos 15 anos. Naquela época, meu irmão e eu íamos regularmente à igreja e participávamos de suas atividades, especialmente da missa. Um dia estava ouvindo um hino com letra de santa Teresinha do Menino Jesus e fui atraído pela frase 'no coração da Igreja, que é minha mãe, eu serei o amor; assim serei tudo e meu desejo será saciado', porque naquele momento eu era como qualquer adolescente cheio de emoções e sentimentos”, comentou Johnny.

Ele também disse que havia entendido que Deus o estava chamando para alguma coisa, mas disse a si mesmo que ainda era jovem e queria primeiro realizar o sonho de estudar medicina.

“Mas depois de cerca de um ano e meio, a ideia do chamado voltou quando uma vez ouvi algo como o Reino dos Céus, que é semelhante a um homem que vendeu tudo o que tinha para adquirir a pérola. Depois de contemplá-lo, entendi que a pérola nada mais é do que o nosso Deus, a quem preciso seguir”, comentou.

Johnny contou que depois do início da guerra na Síria, ele se perguntou sobre o sentido da vida e, um dia, enquanto rezava o Pai-Nosso, parou na frase: “Seja feita a vossa vontade”. “Aqui, uma voz interior me sacudiu, me dizendo: você diz: ‘seja feita a vossa vontade’, mas você faz a sua.”

Quando certa vez admirou uma imagem do Coração de Jesus e a segurou nas mãos, quis ver o que havia por trás do quadro. Então, leu a frase: “Dá-me as almas e fica com o resto”. “Mais tarde compreendi o desejo de Deus de que eu fosse médico de almas e não de corpos. Tomei esta frase como lema do meu serviço sacerdotal”, disse.

O seu irmão George contou que sentiu o chamado entre os 13 e os 15 anos, mas não levou a ideia a sério ao perceber que ainda era muito novo para entrar no mosteiro, e por causa de seu desejo de estudar direção de cinema. Também não significou para ele (até mais tarde) um sonho que teve no qual ele se via vestindo a túnica franciscana e escrevendo uma oração a são Francisco de Assis perto do altar.

“Uma frase dos Salmos me acompanhava: ‘Não temo mal algum porque tu estás comigo’, por isso pedia forças a Deus para estar sempre com Ele (através da oração e do serviço na missa). Certa vez, Johnny me disse que havia decidido entrar para o mosteiro, e pouco tempo depois eu lhe disse que tinha o mesmo sentimento em relação a esse chamado, e senti, sem pensar ou planejar de antemão, que havia uma mão me empurrando para tomar a decisão de entrar na vida monástica", contou.

George escolheu como lema de seu serviço sacerdotal: “Por ti eu me dedico”. “Contém muitas histórias e anos de reflexões e experiências que vivi na presença do Senhor, especialmente no meu ministério em Aleppo depois do terremoto. Quando contemplamos esta frase, podemos pensar à primeira vista que se trata de nós, mas na realidade se trata de todo o povo e da Igreja. Além disso, através deste lema quero ser as mãos, os pés, a boca e o coração de Jesus”.

 “Assim como senti as mãos de Jesus me levantando de meu pecado e me abraçando como prova de Seu amor por mim, também quero ser aquele instrumento que conecta Deus e as pessoas por meio do sacramento do sacerdócio”, disse George.

Os dois concluíram a conversa com ACI Mena revelando o choque de seus pais quando lhes contaram sobre o desejo de entrar para o mosteiro e os sentimentos de emoção e lágrimas.

Fonte: ACIDigital

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Do dia 08/7/2024

Em parceria com Edições CNBB, Rádio Aparecida lança podcast em preparação ao Jubileu 2025

A Rádio Aparecida produziu uma série de programetes (podcasts) que elucidam o conteúdo da coleção “Cadernos sobre a Oração”, publicado pelas Edições CNBB, editora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O “Cadernos sobre a Oração” é um grande auxílio para aprofundar e redescobrir o sentido do Ano da Oração, convocado pelo Papa Francisco, em preparação para o Jubileu Ordinário de 2025.

  Nesse contexto, os podcasts, produzidos pela Rádio Aparecida, trazem o conteúdo da coleção para o formato radiofônico, permitindo que as pessoas possam acompanhar este itinerário em preparação ao Jubileu, com conteúdo especial. Com o tema “Ano da Oração”, a intenção é propor uma reflexão sobre a atitude própria de oração autêntica.

Os podcasts serão veiculados na rádio, por meio do programa Com a Mãe Aparecida, em episódios semanais, que serão também disponibilizados para emissoras parceiras da Rede Aparecida de Rádio e SIGNIS Brasil. Também será disponibilizado nas plataformas digitais de áudio.

Formato

A cada mês um livro da coleção “Ano da Oração” será detalhado, dividido em quatro episódios. Cada episódio contará com até 13 minutos de duração, sendo veiculada uma nova edição semanalmente às quartas-feiras, com início no próximo dia 10 de julho. Cada livro vai ser explorado em um mês, de julho de 2024 a fevereiro de 2025.

Onde ouvir?

O produto estará disponível para ser ouvido no portal http://a12.com/radio. Emissoras que já fazem parte da Rede Aparecida de Rádio irão receber o conteúdo para potencial veiculação e demais interessadas na retransmissão podem fazer contato formalizando a solicitação pelo e-mail: rar@radioaparecida.com.br

Conteúdo 

O podcast terá a seguinte estrutura:

ABERTURA (ANO DA ORAÇÃO – JUBILEU 2025)

– Texto introdutório contextualizando o programa

TEMA DO DIA (CAPÍTULO OU TÍTULO DO LIVRO)

– Descrição do capítulo ou tema a ser abordado

– Breve entrevista com convidado que vai detalhar o assunto

ORAÇÃO

– Oração pelo Ano Jubilar

– Motivação final e chamada para o próximo tema

– Música

ENCERRAMENTO + FICHA TÉCNICA

Jubileu da Esperança

A Igreja celebrará em 2025 mais um Jubileu ordinário. O Papa Francisco escolheu o tema “Peregrinos da Esperança” e indicou que a preparação para esse momento levasse em conta a oração e o estudo dos documentos do Concílio Vaticano II. Aqui no Brasil, uma equipe de animação foi montada para articular as ações nacionais em relação ao Jubileu 2025.

Fonte: CNBB

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CNBB promove 1º Encontro Nacional de Missionários Digitais em vista da comunhão e sinodalidade da missão digital

A Comissão Episcopal para a Comunicação Social (Cepac) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em colaboração com a Comissão Episcopal para a Juventude, promove o 1º Encontro Nacional de Missionários Digitais no Brasil, uma iniciativa em parceria com Santa Carona, Igrejeiros, Soul Shine Branding, Pascom Brasil e Jovens Conectados.

Agendado para o dia 13 de julho de 2024, das 9h às 18h, em Aparecida (SP), o evento terá como tema “Lançai vossas Redes”, inspirado no Evangelho de Lucas e o lema: “Do Like ao Amém”. Este encontro promete ser um marco importante para a comunhão e sinodalidade da missão digital no país.

O bispo da diocese de Guarapuava (PR), membro da Cepac CNBB e referencial para os Missionários Digitais na CNBB, dom Amilton Manoel da Silva, ressalta a importância do caminhar juntos. “Nós estamos vivendo um momento muito especial da Igreja, sendo a convocação do Papa Francisco para vivermos a sinodalidade. Isso é uma atitude que parte de cada um de nós para somarmos forças e busquemos a unidade em Cristo Jesus para viver a comunhão entre nós.”

O bispo lembra que no mundo atual, o cenário digital oferece uma oportunidade favorável para que a rapidez da palavra de Deus e a urgência na construção do Reino leve às pessoas a saírem do comodismo, da apatia e busquem reencantar-se por Jesus Cristo e pela força do Evangelho.

Sinodalidade

O Secretário do Dicastério para a Comunicação da Santa Sé,  monsenhor Lucio Adrian Ruiz com os demais bispos da Cepac e Comissão para a Juventude estarão presente para a escuta, enriquecer as discussões e fortalecer o compromisso com a evangelização no ambiente digital.

A Comissão para a Comunicação Social da CNBB observa que para este 1º Encontro foram convidados um número pequeno de Missionários Digitais, contudo, lembra que encontros futuros estão sendo planejados para ampliar a participação, a comunhão e a missão entre todas as pessoas que evangelizam no espaço digital.

No encontro, haverá momentos de palestras, escuta, participação e mesas-redondas com a metodologia da Conversa no Espírito: discernimento e sinodalidade. Haverá também momentos de espiritualidade, oração e celebração eucarística, garantindo um espaço para o fortalecimento da fé e da comunhão entre todos os presentes.

“Por isso, esse encontro visa crescer na unidade ou na sinodalidade, buscando uma comunhão maior entre pastores e evangelizadores ou pastores e batizados, buscando somar forças e colocar os dons realmente a serviço da vida”, finaliza dom Amilton.

Fonte: CNBB

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“Inteligência artificial na Evangelização” foi tema de primeira palestra em encontro de coordenadores de pastoral

Começou, na tarde desta segunda-feira, 8 de julho, o Encontro de Coordenadores Diocesanos de Pastoral, promovido pelo secretariado geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),  que acontece na Casa dom Luciano, em Brasília (DF), até o próximo 12. A iniciativa reúne também coordenadores de pastorais específicas, como por exemplo da Pastoral Familiar, Pastoral Juvenil, Pastoral do Dízimo, dentre outras. Participam do encontro 203 coordenadores de pastoral de todo país.

O encontro tem como tema “A Pastoral numa Igreja Sinodal e Missionária” e o lema “O Senhor os enviou a toda cidade para onde ele mesmo deveria ir” (cf. Lc 10,1) e vai promover a articulação do serviço pastoral e evangelizador da Igreja no Brasil.

O subsecretário adjunto de pastoral da CNBB, padre Jânison de Sá Santo (ao centro na foto), reforçou na abertura que o encontro responde a um pedido feito pelos secretários executivos dos 19 regionais da CNBB.

Ele lembrou que o encontro tem caráter formativo e buscará alinhar o grupo de coordenadores pastorais e da ação evangelizadora aos principais temas em curso na Igreja no Brasil e no mundo.

    O bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, expressou a alegria de acolher este encontro de coordenadores de pastoral de todo o país e conhecer mais de perto suas dores e alegrias. Dom Ricardo apresentou aos participantes a forma como a Igreja no Brasil e a própria CNBB estão organizadas.

Os impactos da IA na Evangelização

A primeira conferência do encontro foi conduzida pelo secretário do Instituto Nacional de Pastoral Pe. Alberto Antoniazzi (Inapaz) da CNBB e sócio-fundador da Sociedade Brasileira de Cientistas Católicos (SBCC), padre Danilo Pinto dos Santos. Ele aprofundou o tema “Impacto das Inteligências Artificiais na Evangelização”.

Padre Danilo evocando a mitologia grega, questionou os limites da técnica recorrendo à tragédia do Prometeu Acorrentado. “É permitido para nós fazer o fogo?”

Ele refletiu que a temática adquire relevância para o atual contexto, uma vez que as inteligências artificiais (IAs) configuram-se como um paradigma tecnológico em desenvolvimento, com potencial para gerar captar cada vez mais a atenção das pessoas.

Ele explicou brevemente o desenvolvimento da IA e a sua capacidade de gerar conteúdos sem a intervenção humana. Conforme abordou o especialista, o algoritmo vai construindo algo com sentido e contexto, resultando em uma pseudosemântica da máquina, com a construção de conceitos próprios, preenchimento de lacunas, interpretando autonomamente a realidade de modo oculto aos operadores da ferramenta.

O algoritmo, segundo ele, cria “infobolhas” de informação que reitera crenças e visões de mundo que as pessoas já possuem e leva ao cancelamento e a um ensurdecimento das pessoas. Realidades como as bolhas de informação, radicalização das ideias, polarização e desinformação também foram apresentadas como alertas para a realidade cada vez mais avançada da IA.

Neste contexto, padre Danilo levantou a questão de como anunciar Jesus Cristo e os valores do Evangelho no contexto de algoritmos de aprendizagem. De acordo com o padre, será importante, para os próximos anos, acompanhar os atores das IAs desde os que produzem aos que fazem uso delas. “Com isso, temos possibilidade de influenciar no modo que serão usadas”, disse. Outra pista pastoral, segundo padre Danilo, é pensar uma resposta para a crise de escuta atenta para superar o isolamento e a capacidade de diálogo criadas pelas redes e IAs.

Fonte: CNBB

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Rede Mundial de Oração do Papa tem novo estatuto aprovado por Francisco

O Pontífice assinou o conjunto de normas que, desde 1º de julho deste ano, regula a Fundação confiada à Companhia de Jesus e desenvolvida pelo Apostolado da Oração, que todos os meses divulga "O vídeo do Papa" com as intenções de oração do Pontífice, graças a uma rede presente em 89 países.

Alessandro Di Bussolo - Vatican News

O novo estatuto da Fundação Vaticana "Rede Mundial de Oração do Papa", aprovado pelo Papa Francisco em 1º de julho deste ano e tornado público nesta segunda-feira (08/07), confirma a abertura à dimensão universal da iniciativa que nasceu da Companhia de Jesus e sempre confiada aos jesuítas, o que a coloca a serviço de cada Igreja particular no mundo. Mas insere, com relação ao estatuto de 2020, a Secretaria para a Economia como responsável pela aprovação final dos orçamentos, tanto preventivos quanto consultivos, e a nomeação do auditor único, tarefas anteriormente confiadas à Secretaria de Estado.

Uma iniciativa de 1844 para a formação de jesuítas

A Rede Mundial de Oração do Papa, lembra o estatuto, desenvolveu-se a partir da iniciativa original do Apostolado da Oração, que nasceu na França em 1844, pelo padre jesuíta François-Xavier Gautrelet, e inicialmente dirigido aos jovens jesuítas durante a formação inicial. Uma iniciativa que cresceu rapidamente como um apostolado de oração para a missão da Igreja, atingindo então cerca de 13 milhões de membros em muitos países. Mais tarde, em 1915, a Cruzada Eucarística, hoje Movimento Eucarístico Jovem, nasceu como sua seção juvenil. Ao longo dos anos, e por meio de vários estatutos, o Apostolado da Oração se tornou cada vez mais um serviço da Santa Sé próximo à oração pelas intenções do Santo Padre (conforme desejo especialmente de Leão XIII e Pio XI).

A Fundação Vaticana nasceu em 2020

Em continuidade com seus predecessores, o Papa Francisco quis que esse serviço ao Santo Padre, por meio da oração, se tornasse uma Obra Pontifícia, instituindo, com um quirógrafo de 17 de novembro de 2020, a Fundação Vaticana "Rede Mundial de Oração do Papa" (RMPP). Dessa forma, se no passado o Apostolado da Oração era percebido como uma missão da Santa Sé confiada à Companhia de Jesus, desde então, como Rede Mundial de Oração do Papa, continuou a ser confiado aos jesuítas, mas se abriu a uma dimensão universal, colocando-se a serviço de cada Igreja particular do mundo. A RMPP coordena e anima esse movimento espiritual em muitos países, apoiando a missão evangelizadora do Papa por meio da oração por uma missão de compaixão pelo mundo.

Uma Rede presente em 89 países, com 22 milhões de católicos

Como enfatiza o novo estatuto, a Fundação tem uma tarefa de coordenação e animação em nível mundial e até hoje está presente em 89 países, envolvida em uma rede de mais de 22 milhões de católicos. Países e dioceses que assumem a oração como forma de apostolado e, em particular, acolhem as intenções mensais de oração propostas pelo Santo Padre à Igreja, como tema ou conteúdo da oração pessoal ou em grupo, colaborando assim com a missão da Igreja de se colocar a serviço dos desafios da humanidade. Novas ferramentas de oração lançadas pela RMPP são "Click To Pray", a plataforma oficial de oração do Papa na internet, e "O Vídeo do Papa", que transmite as intenções de oração do Pontífice todos os meses.

O caminho espiritual de "O Caminho do Coração"

A Rede Mundial, lembra o estatuto, "está aberta a todos os católicos que desejam despertar, renovar e viver o caráter missionário que procede de seu batismo". Seu fundamento é a espiritualidade do Coração de Jesus, explicitada no documento de recriação do Apostolado da Oração intitulado "Um caminho com Jesus na disponibilidade apostólica", de dezembro de 2014. Por isso, propõe aos católicos um caminho espiritual chamado "O Caminho do Coração", para identificar sentimentos e ações com o coração de Cristo. É um caminho que integra duas dimensões: a compaixão pelo mundo e pelos seres humanos e a comunhão com a missão do Filho.

Compaixão pelo homem, para combater a indiferença

Na primeira, as pessoas que acolhem e rezam pelas intenções do Papa, que expressam desafios à humanidade e à missão da Igreja, segundo o estatuto, "abrem seu olhar e seu coração às necessidades do mundo, fazendo suas as alegrias e esperanças, as dores e os sofrimentos da humanidade e da Igreja, e são inspiradas a realizar obras de misericórdia espiritual e corporal". Assim, vivem um caminho espiritual que lhes permite romper com a "globalização da indiferença" e abrir-se à compaixão pelo mundo.

Na segunda dimensão, por meio do caminho espiritual animado pela RMPP, "a vocação missionária da pessoa batizada é despertada, permitindo-lhe colaborar em sua vida diária com a missão que o Pai confiou a seu Filho".

Fundação governada pelo Papa por meio da Secretaria de Estado

Na seção dedicada aos órgãos de governo da Rede Mundial, o estatuto confirma que a Fundação está diretamente sujeita à autoridade do Papa, "que a governa por meio da Secretaria de Estado, levando em consideração a atribuição histórica desde o início do Apostolado da Oração à Companhia de Jesus". Seu Conselho de Administração é presidido pelo diretor internacional "que, na medida do possível, será um membro da Companhia de Jesus, proposto pelo Superior Geral dos Jesuítas da mesma Companhia de Jesus" e nomeado pelo Papa por cinco anos renováveis. O Conselho também é composto por um representante da Secretaria de Estado e três membros propostos pelo Superior Geral da Companhia de Jesus, todos nomeados pelo Secretário de Estado para um mandato de cinco anos que podem ser confirmados no cargo. Fonte: Vatican News

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Papa: como Santa Rosália em Palermo, se sacrificar aos pobres

A Igreja de Palermo, capital da ilha italiana da Sicília, começa na quarta (10/07) a celebrar o tradicional 'Festino de Santa Rosália', em comemoração aos 400 anos da descoberta das relíquias da mulher que viveu na solidão, pobreza e penitência. 2024, assim, é um Ano Santo para louvar a Deus o testemunho da santa que "renunciou ao que é supérfluo, não hesitando em se oferecer generosamente aos outros", escreveu o Papa em mensagem enviada nesta segunda-feira (08/07) aos devotos.

Andressa Collet - Vatican News

Daqui a exatamente uma semana, em 15 de julho, a capital da ilha italiana da Sicília vai celebrar a solenidade da descoberta do corpo de Santa Rosália (1130-1160), dando continuidade às comemorações do Ano Jubilar Rosaliano que terminam no início de setembro com a Festa Litúrgica no dia 4. O Papa Francisco, assim, se faz presente enviando uma mensagem nesta segunda-feira (08/07) ao arcebispo de Palermo, dom Corrado Lorefice. Por ocasião dos 400 anos de descoberta das relíquias da "Santuzza" - a santinha - como é chamada pelos palermitanos, o Pontífice se une aos fiéis da Igreja local, elevando a Deus "o louvor pelo dom de uma figura tão sublime de mulher e 'apóstola', que não hesitou em aceitar as provações da solidão por amor ao seu Senhor".

Como Santa Rosália, sacrificar-se aos pobres

O pensamento do Papa, através da mensagem, também vai a todos que, no decorrer deste Ano Jubilar, se uniram em oração, aprendendo de Santa Rosália "a paixão pelos pobres e a fidelidade à Boa Nova". De fato, a padroeira de Palermo, de família nobre, viveu na corte até se retirar como eremita na gruta do Monte Pellegrino, onde foram descobertas as suas relíquias. Como recorda Francisco, ela "entregou a própria existência e abandonou a riqueza do mundo" para exemplo a ser seguido até hoje:

"A vida do cristão, tanto na época em que nossa Virgem eremita viveu quanto em nossos dias, é constantemente marcada pela cruz; os cristãos são aqueles que sempre amam, mas muitas vezes em circunstâncias em que o amor não é compreendido ou é até mesmo rejeitado. Ainda hoje, trata-se de uma escolha contra a corrente, pois aqueles que seguem Cristo são chamados a fazer sua a lógica do Evangelho que é esperança, decidindo em seus corações abrir espaço para o amor a fim de dá-lo aos outros, sacrificá-lo em favor dos seus irmãos, compartilhá-lo com aqueles que não o experimentaram por causa das 'pragas' que afligem a humanidade."

Os construtores de esperança na Igreja siciliana

Aos devotos da "Santuzza", continua o Papa na mensagem, o convite para ter um estilo de vida evangélico baseado no "testemunho de fé e caridade para com o próximo". Sobretudo no território de Palermo, acrescenta o Pontífice, onde muitas mulheres e homens fizeram escola a exemplo de Santa Rosália, encontrando "a força para se dedicar ao Evangelho e à justiça social":

"Na escola de Santa Rosália, renunciando ao que é supérfluo, não hesitem em se oferecer generosamente aos outros. Tenham fortaleza de espírito para enfrentar os desafios que ainda impedem o renascimento desta cidade, cujo caminho é marcado por tantas problemáticas, algumas delas, muito dolorosas."

Deus, que é Misericórdia, continua o Papa, conhece todas as dores "e está pronto para derramar o bálsamo da consolação que cura e dá novo ânimo". É ele quem "conduz pelos caminhos da vida para saborear os frutos da concórdia e da paz".

“Com Rosália, mulher de esperança, portanto, eu os exorto: Igreja de Palermo, levante-se! Seja farol de nova esperança, seja Comunidade viva que, regenerada pelo sangue dos Mártires, dá testemunho verdadeiro e luminoso de Cristo, nosso Salvador. Povo de Deus nesta abençoada faixa de terra, não perca a esperança e não se entregue ao desânimo.”

Fonte: Vatican News

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O Papa em Trieste, Ruffini: pés no chão, mas grandes ideais

Em um editorial para o L'Osservatore Romano, o Prefeito do Dicastério para a Comunicação se detém sobre as passagens mais importantes do discurso de Francisco neste domingo (07/07), no encerramento das Semanas Sociais dos católicos na Itália.

Paolo Ruffini

Há uma pergunta dirigida a todos, e não apenas aos chamados políticos de profissão, no discurso do Papa Francisco neste domingo em Trieste.

O que é política para nós?

E, ligada a ela, há outra, na verdade, há duas: o que é democracia? E qual é o papel de cada um, e, portanto, também dos cristãos, dos católicos, na crise das democracias?

Essas não são perguntas escolares. Na verdade, são o oposto.

De fato, elas nos pedem para sair daquele excesso de abstração em que muitas vezes nos refugiamos quando reduzimos a política a um jogo de poder, a uma aritmética ou a uma topografia, à ocupação de posições de comando; e quando transformamos a democracia em um manual frio das regras que regem esse jogo que muitos de nós - erroneamente - consideramos ser de outra pessoa.

A verdade é que, ao fingirmos ser meros espectadores, em vez de atores (possíveis protagonistas de um progresso em direção ao bem comum), assistindo de camarote, acabamos agindo como Pôncio Pilatos; e o fato de lavarmos as mãos acaba agravando tanto a crise da política quanto a da democracia e, com elas, o nosso destino.

A resposta do Papa Francisco é diferente; é concreta. E, na hora da crise, ele não fala em esquemas abstratos, mas nos desafia a um exame de consciência, tanto pessoal quanto coletivo. Como indivíduos e como povo.

Que jogo estamos jogando?

Se a política e a democracia não dizem respeito apenas a alguns (os outros: os que votam, os que governam, os que se opõem, os que militam, os que saem às ruas); se elas afetam cada um de nós, nossas vidas, nossas escolhas, e não apenas no momento da votação, se tudo está interconectado; que jogo estamos jogando?

As perguntas do Papa são dirigidas a nós; e elas nos trazem de volta com os pés no chão. Elas são concretas. Como a caridade da qual a política - como Francisco repete citando seus predecessores - é a forma mais elevada. Fazem romper os esquemas construídos de polarizações. Adotam um paradigma que somente a miopia de nosso tempo não considera político. O paradigma do amor, que exige participação, que inclui tudo, "que não se contenta em tratar os efeitos, mas procura abordar as causas.  E é uma forma de caridade que permite que a política esteja à altura de suas responsabilidades e de sair das polarizações".

Que lugar a caridade, o amor ao próximo, ocupa em nosso raciocínio político?

A caridade - como enfatiza o Papa - é concreta. É inclusiva.

Ela nos conhece nome por nome. Ela nos chama pelo nome para assumirmos uma responsabilidade pessoal no caminho rumo a um desenvolvimento mais humano.

Ela nos envolve na construção de uma alternativa à atrofia moral da dinâmica do desperdício.

É o único antídoto verdadeiro para o câncer que corrói a política e as democracias, que se alimenta do ódio e da indiferença.

Cabe a cada um de nós não reduzir a política, da qual todos nós precisamos, a uma soma de números, de porcentagens. A uma "caixa vazia" a ser ocupada.

Cabe a cada um de nós restituir-lhe a esperança, a profecia de um futuro a ser construído juntos, todos juntos; a beleza de compartilhar projetos e histórias na construção do bem comum.

Política - disse-nos o Papa - é "participação". É "um cuidar do todo". É "pensar-se como povo e não como eu ou meu clã, minha família, meus amigos". Não é populismo. Não, é outra coisa".

A participação é responsável; o populismo, ao invés, anula a responsabilidade, que é individual, na indistinção da massa.

Pensar grande, arregaçar as mangas para fazer grandes coisas, juntos. Essa é a tarefa dos católicos na política.

Com os pés no chão, mas com grandes ideais.

Idealistas com um grande senso da realidade e do limite; conscientes de que podem mudar a realidade. Passo a passo. Em um caminho que sempre continua. Sem mudar o caminho - como dizia padre Primo Mazzolari - em um ponto de chegada e de posse.

"Uma fé autêntica", escreve o Papa Francisco na Evangelii gaudium, "implica sempre um profundo desejo de mudar o mundo, de transmitir valores, de deixar algo melhor depois de nossa passagem pela terra".

Padre Primo Mazzolari traduzia tudo isso convidando-nos a olhar para o alto: não para a direita, nem para a esquerda, nem para o centro, mas para o alto. Começando por ser homens novos em vez de aventureiros do novo. Homens e mulheres capazes de assumir e honrar livremente um compromisso em vez de agir como Pôncio Pilatos. Que não ficam à margem da luta pela justiça. Que não transformam a paixão em rancor, a justiça em um ajuste de contas sumário; que não renegam o fim com os meios; que não se rendam à cultura da hipérbole, que não pregam soluções mágicas; que não renunciam à regra da caridade na política. Homens e mulheres que não se iludem com a possibilidade de construir o paraíso na terra, que não trocam a política com o desafio de um momento de quem vence e quem perde, mas que a vivam como um caminho para o qual todos nós somos chamados. Um chamado para sempre fazer melhor.

As palavras de Aldo Moro, quando era um jovem professor universitário, vêm à mente como um parâmetro para nosso exame de consciência: 'provavelmente, apesar de tudo, a evolução histórica, da qual teremos sido os determinantes, não satisfará nossas ideais exigências; a esplêndida promessa, que parece estar contida na força e na beleza intrínsecas desses ideais, não será cumprida. Isso significa que os homens sempre terão de permanecer perante do direito e do Estado em uma posição de mais ou menos agudo pessimismo.

E sua dor nunca será totalmente confortada. Mas essa insatisfação, essa dor, é a mesma insatisfação do homem diante da sua vida, que muitas vezes é mais angusta e mesquinha do que sua ideal beleza pareceria legitimamente levar alguém a esperar. É a dor do homem que continuamente acha tudo menor do que gostaria, cuja vida é tão diferente do ideal acalentado em seu sonho.

É uma dor que não cede, a não ser um pouco, quando confessada a almas que entendem ou que cantaram na arte, ou quando a força de uma fé ou a beleza da natureza dissolvem essa ansiedade e restauram a paz. Talvez o destino do homem não seja realizar plenamente 

Fonte: Vatican News

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Sinal verde para Maria Rosa Mística de Fontanelle

De acordo com as novas normas, o Dicastério para a Doutrina da Fé torna público o parecer positivo sobre a Nossa de Montichiari (Brescia) por meio de uma carta ao bispo Tremolada com a aprovação do Papa

Vatican News

O Dicastério para a Doutrina da Fé "não encontrou elementos nas mensagens divulgadas por Pierina Gilli que contradigam diretamente o ensinamento da Igreja católica sobre a fé e a moral". É o que afirma a carta publicada esta segunda-feira, assinada pelo prefeito Victor Manuel Fernandez com a aprovação escrita do Papa e enviada ao bispo de Brescia Pierantonio Tremolada. Refere-se à devoção a Maria Rosa Mística e às mensagens que a vidente Pierina Gilli diz ter recebido de Nossa Senhora em 1947 e 1966. "Nos fatos relacionados a essa experiência espiritual", diz a carta, "não se encontram aspectos morais negativos ou outros aspectos críticos. Em vez disso, é possível encontrar vários aspectos positivos que se destacam nas mensagens como um todo e outros que, por sua vez, merecem esclarecimento para evitar mal-entendidos". O "sinal verde" para a experiência espiritual de Nossa Senhora de Fontanelle ocorre com base nas novas Normas para o discernimento de supostos fenômenos sobrenaturais, publicadas em 17 de maio passado, segundo as quais o principal objetivo do discernimento não é mais estabelecer a possível sobrenaturalidade do fenômeno, mas sim avaliar, do ponto de vista doutrinal e pastoral, o que resultou de sua propagação.

A humildade da vidente

Na carta articulada sobre a Rosa Mística e as mensagens recebidas por Pierina Gilli, o Dicastério destaca, em primeiro lugar, os aspectos positivos, o mais importante dos quais é o fato de que os escritos da vidente "expressam uma humilde e completa confiança na ação materna de Maria e é por isso que não encontramos nela atitudes de vanglória, autossuficiência ou vaidade, mas sim a consciência de ter sido gratuitamente abençoada pela proximidade da bela Senhora, a Rosa mística". Assim, são citados vários textos dos diários de Gilli que exaltam Maria, a Rosa, destacando sua beleza, ligada à bondade, e ao mesmo tempo os efeitos experimentados por aqueles que a encontram: um sentimento de insuficiência unido com uma experiência de amor e grande alegria. O Dicastério observa que "ao mesmo tempo em que exalta essa beleza de Maria com todo o seu afeto e admiração, Pierina reconhece claramente que tudo o que Maria faz em nós sempre nos direciona a Jesus Cristo". Entre as manifestações citadas na carta encontra-se uma do próprio Cristo, que inspirou na vidente uma profunda confiança n’Ele: "Ao olhar para ele, senti-me fortemente atraída por Ele, para amá-lo: como era bom, belo, misericordioso! Não consigo encontrar palavras para expressar o que fez com que minha alma se arrebatasse n’Ele...! [O Senhor disse:] "Mantenha sempre o seu olhar fixo em Mim para examinar e adivinhar o que quero de você, ou seja, desejo tomar posse total de suas faculdades, para que você possa sempre realizar ações inspiradas pelo Meu Amor" (27 de fevereiro de 1952). Entre as mensagens de Pierina, há algumas que "expressam um forte senso de comunhão eclesial":

"Escute Minha Senhora, desde que o Concílio tornou a nova Liturgia tão bela, porque juntos rezamos...". [Maria continuou explicando os símbolos que se mostravam na aparição: "Estas bolas [referindo-se a esferas de luz] que tenho em minhas mãos são para manifestar ao mundo inteiro o símbolo do Concílio Ecumênico e o quanto ele foi agradável ao Senhor" (27 de abril de 1965).

A imagem correta de Deus

Nos diários da vidente, explica o Dicastério para a Doutrina da Fé, há também "expressões que nem sempre são apropriadas e exigem interpretação". Expressões que sempre devem ser lidas junto com as mensagens positivas que acabaram de ser enfatizadas. São os textos em que Nossa Senhora é apresentada como medianeira, exercendo um papel moderador da justiça divina e dos "terríveis castigos". O contexto representado pelas mensagens como um todo, escreve o Dicastério, deixa claro, no entanto, que "a intenção certamente não é transmitir uma imagem de Deus ou de Cristo que seja distante ou carente de misericórdia, que deveriam ser "contidos" pela "mediação" de Maria". Isso é confirmado por outras mensagens, como esta: "[Maria disse:] "Meu Divino Filho está sempre pronto para fazer descer sobre o mundo a graça de Sua misericórdia"" (5 de abril de 1960).

O significado das três rosas

A carta do prefeito ao bispo de Brescia afirma que a imagem de Maria "como uma mediadora 'para-raios', frequentemente usada em outros tempos e também herdada por Pierina, deve ser evitada". E se recorda que as novas normas para o discernimento de supostos fenômenos sobrenaturais mencionam a possibilidade de que os verdadeiros frutos do Espírito Santo possam às vezes aparecer ligados a experiências humanas confusas e expressões teologicamente imprecisas. Ademais, o Dicastério ressalta que as três rosas com o significado de "oração - sacrifício - penitência", apropriadas e centrais para a vidente e sua experiência espiritual particular, não devem "necessariamente ser pensadas como dirigidas a todos os crentes" e, portanto, é melhor evitar apresentá-las como "o núcleo, o centro ou a síntese do Evangelho, que só pode ser a caridade, como o Novo Testamento lembra em várias passagens".

Jesus, o único Redentor

Por fim, a carta se refere a expressões que Pierina não explica:

"Maria Redenção", "Maria da Graça", "Maria Medianeira" e outras semelhantes. "Deve-se lembrar", afirma o Dicastério, "que somente Jesus Cristo é nosso único Redentor.... Ao mesmo tempo, deve-se manter que somente o Senhor pode agir no coração das pessoas, concedendo a graça santificante que eleva e transforma". A cooperação de Maria "deve ser sempre entendida no sentido de sua intercessão materna e no contexto de sua ajuda para criar disposições para que possamos nos abrir à ação da graça santificante". Interpretada sob essa luz", conclui a carta, "podemos sustentar que a proposta espiritual que brota das experiências narradas por Pierina Gilli em relação a Maria Rosa Mística não contém elementos teológicos ou morais contrários à doutrina da Igreja".

A história das aparições

As aparições de Maria "Rosa Mística" e "Mãe da Igreja" estão ligadas a uma localidade, Fontanelle, situada ao sul de Montichiari, na província de Brescia, norte da Itália. A vidente é Pierina Gilli, nascida em uma família de camponeses, que trabalhava como perpétua e como enfermeira em um hospital e levava uma vida muito simples até sua morte em 1991, aos 80 anos de idade. Os fenômenos místicos que a envolveram abrangem dois períodos de tempo: o primeiro data de 1947, quando Nossa Senhora teria aparecido a Pierina, apresentando-se com os títulos de "Rosa Mística" e "Mãe da Igreja". No manto branco de Maria, Gilli diz que também viu três rosas - uma branca, uma vermelha e uma amarela - simbolizando a oração, a penitência e o sofrimento. O segundo ciclo de aparições ocorreu em 1966, precisamente em Fontanelle. Aí, em 13 de maio, uma data significativamente mariana, Nossa Senhora indicou uma fonte específica para Pierina como um local de purificação e fonte de graças. Já em 1966, um santuário começou a ser construído no local, não como uma igreja, mas como um anfiteatro aberto. De um lado, há uma capela para a celebração da Eucaristia e, do outro, uma segunda capela menor para proteger a fonte indicada pela aparição.

O parecer dos bispos

Na década de 1960, o então bispo de Brescia Giacinto Tredici não acreditava que as aparições tivessem uma origem sobrenatural, e a mesma atitude foi mantida por seus sucessores. Em abril de 2001, no décimo aniversário da morte de Pierina Gilli, o bispo Giulio Sanguineti nomeou um padre para acompanhar o culto em Fontanelle. Posteriormente, em 17 de dezembro de 2019, o local mariano foi proclamado "Santuário Diocesano Rosa Mística - Mãe da Igreja". A proclamação ocorreu durante uma celebração eucarística presidida pelo atual bispo de Brescia, destinatário da carta do Dicastério.

Fonte: Vatican News

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Bispos da Europa se unem ao Papa para ajudar as famílias diante dos "desafios digitais"

A "Rede Jovens" da Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia, a Comece, parte da reflexão do Papa Francisco sobre Inteligência Artificial para que exista respeito à dignidade humana "na base do desenvolvimento das novas tecnologias", e divulga um documento que apresenta inclusive ações para "desenvolver um ambiente digital mais conectado, respeitoso e centrado no ser humano": as iniciativas concretas se concentram na educação, regulamentação e engajamento digital positivo.

Vatican News

Em resposta à rápida transformação digital que está afetando as sociedades, a "Rede Jovens" da Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia (Comece) publicou um documento em inglês intitulado "Desafios digitais para as famílias na Europa", no qual enfatiza "a necessidade de os formuladores de políticas da UE priorizarem os valores familiares e a ética cristã na era digital". O texto - explica a Comece em uma declaração divulgada no início de julho - foi redigido para abordar "o impacto da revolução digital sobre as famílias na Europa", enfatizando "o equilíbrio necessário entre a adoção da conectividade digital e a garantia de que os avanços tecnológicos reforcem os valores familiares e se harmonizem com a ética cristã".

O documento parte do que o Papa Francisco escreveu em mensagem para o Dia Mundial da Paz, que este ano teve como tema "Inteligência Artificial e Paz". Para Francisco - lembra a Comece - "a dignidade intrínseca de cada pessoa e a fraternidade", devem estar "na base do desenvolvimento das novas tecnologias e servir como critérios indiscutíveis para avaliá-las antes de serem utilizadas". A Rede Jovens da Comece enfatiza a importância da família e o impacto que as novas tecnologias têm na sociedade.

As pesquisas oficiais do Eurobarometro frequentemente destacam preocupações comuns entre as famílias que tentam se adaptar ao progresso tecnológico, principalmente no que diz respeito ao consumo de informações e entretenimento. Os principais desafios impostos pela digitalização, como o isolamento social, os problemas de saúde mental e as expectativas distorcidas de intimidade, são motivo de preocupação especial. Diante dessas questões, os princípios da doutrina social católica - dignidade humana, cuidado com o bem comum e promoção de interações autênticas - são, portanto, destacados como "vitais para superar esses desafios".

O documento propõe três ações básicas: Educação como prevenção e capacitação; Novas abordagens para o consumo digital; Promoção de encontros e diálogos reais. Para a primeira ação, os membros da Rede Jovens sugerem iniciativas para promover a alfabetização midiática e informacional com princípios éticos. Em segundo lugar, pedem uma maior regulamentação do conteúdo on-line prejudicial. Finalmente, para a terceira ação, sugerem uma campanha "Mídia para o Encontro".

"Essas sugestões", diz o comunicado, "têm como objetivo desenvolver um ambiente digital mais conectado, respeitoso e centrado no ser humano, oferecendo iniciativas concretas para os formuladores de políticas da UE implementarem. A era digital apresenta desafios e oportunidades para as famílias que lutam para manter seus valores no contexto do envolvimento tecnológico. Ao se concentrar na educação, na regulamentação e no engajamento digital positivo, a Rede Jovens da Comece tem como objetivo apoiar os avanços tecnológicos e, ao mesmo tempo, preservar os valores fundamentais da família e da sociedade".

Colaboração: Agência de Notícias Sir

Fonte: Vatican News

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Assembleia dos Bispos sobre a reparação das vítimas de abusos sexuais na Espanha

Durante a primeira reunião da nova comissão permanente da Conferência Episcopal Espanhola, além da questão da reparação das vítimas de abusos sexuais na Igreja, foi abordada a reforma dos seminários e a preparação de dois grandes eventos em 2025: as Vocações Nacionais Congresso e o Jubileu.

Vatican News

Foi elaborado o “Plano Integral de Reparação de Vítimas de Abuso Sexual de Menores e Pessoas  equiparadas em direitos” (PRIVA), com diversas contribuições incorporadas ao texto. Durante a próxima assembleia plenária extraordinária da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), convocada para terça-feira, 9 de julho, os bispos poderão ler o texto final e, se necessário, votar pela sua aprovação.

O anúncio foi feito pelo secretário-geral da CEE, dom Francisco César García Magán, durante uma coletiva de imprensa realizada no dia 4 de julho, no final dos trabalhos da Comissão Permanente que se reuniu nos dias 2 e 3 de julho na sede do episcopado em Madrid. Segundo a nota publicada no site da Conferência Episcopal Espanhola, trata-se da primeira reunião da Comissão Permanente após a renovação dos cargos durante a Assembleia Plenária de março.

O secretário geral da Conferência Espanhola de Religiosos (CONFER), irmão Jesús Miguel Zamora, participou do estudo e aprovação da PRIVA, juntamente com os bispos da Comissão Permanente.

O plano de reparação

O PRIVA – informa a Conferência Episcopal Espanhola – foi elaborado pela Assessoria dos Escritórios para a Proteção dos Menores, e incorporou as observações dos bispos durante os seus vários encontros, mas também as ideias contidas na Carta ao Povo de Deus “Enviados a acolher, curar e reconstruir” (durante a Plenária de novembro de 2023), as indicações do Conselho Episcopal para Assuntos Jurídicos, do Órgão de Conformidade da Conferência Episcopal e da Conferência Espanhola de Religiosos. O Plano visa a reparação integral das vítimas de abusos sexuais no âmbito da Igreja, principalmente nos casos em que o autor do crime morreu, ou quando o caso prescreveu, a fim de oferecer uma reparação adequada que atenda à demanda que cada caso particular requer.

1700 anos desde o Concílio de Niceia

Na reunião do Conselho Permanente da CEE, foi proposta a elaboração de uma Declaração por ocasião do 1700º aniversário do Concílio de Niceia, como um convite à renovação da fé de Niceia. Tal Declaração, escrita pelo presidente da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé, dom Francisco Conesa, seria feita no âmbito de uma celebração ecumênica baseada no Credo, coordenada com a Subcomissão Episcopal para as Relações Interconfessionais e o Diálogo Inter-religioso.

Ainda no que diz respeito à Doutrina da Fé, foi estudado o documento recentemente publicado pelo Dicastério da Cúria Romana intitulado “Normas  para proceder no discernimento de presumidos fenômenos sobrenaturais”. Os bispos espanhóis não só refletiram sobre o processo de discernimento dos fenômenos sobrenaturais e aparições, mas também sobre como determinar qual seria o órgão competente da CEE para se manifestar em tais casos.

Congresso Nacional de Vocações e Jubileu

O secretário técnico da Comissão da Conferência Episcopal Espanhola para o Jubileu 2025, Francisco Romero, apresentou os objetivos e atividades em nível diocesano em vista do Jubileu 2025. Por sua vez, o presidente da CEE, dom Luis Argüello, como responsável pelo Serviço de Pastoral Vocacional, apresentou um relatório sobre a preparação do Congresso Nacional de Vocações, que se realizará em Madrid de 7 a 9 de fevereiro de 2025, sob o tema “Para quem sou? Assembleia dos chamados à missão”. Fonte: Vatican News

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Gaza: atingida escola católica, quatro vítimas. Condenação do Patriarcado Latino

No ataque de domingo do exército israelense, a escola Sagrada Família, que há meses acolhe os deslocados do conflito, foi atingida. Em uma nota, o Patriarcado Latino de Jerusalém expressa "grave preocupação" com as "cenas de vítimas civis e destruição no complexo". O pároco padre Romanelli: "Estamos bem, rezem pela paz". No dia anterior, pelo menos 16 pessoas morreram na escola al-Jawni em Nuseirat, administrada pela Unrwa

Vatican News

Duas escolas atingidas por ataques do exército israelense contra "alvos" do Hamas na Faixa de Gaza, uma das quais pertence ao Patriarcado Latino de Jerusalém. Uma estrutura que tem sido "um local de refúgio para centenas de civis" desde o início do conflito em Gaza, como afirma numa nota a Igreja local da Terra Santa. Foi um fim de semana de derramamento de sangue e de guerra que acaba de terminar e que envolveu mais uma vez os institutos educacionais que durante meses acolheram famílias sem mais uma casa ou abrigo; o número de mortos é de pelo menos 20, 16 dos quais no ataque à escola da Onu e outros 4 na escola católica, de acordo com fontes na Faixa. Logo após o ataque, o padre Gabriel Romanelli, pároco da Sagrada Família em Gaza, postou uma mensagem nas mídias sociais afirmando que "estamos bem", embora a situação continue "muito ruim" e, portanto, pede a todos que "rezem pela paz".

Um dos mortos no bombardeio da escola católica, que estava fechada há algum tempo e era usada para receber refugiados, é Ihab al-Ghusain, vice-ministro do trabalho do Hamas. Em uma nota divulgada no domingo, poucas horas após o ataque, o Patriarcado Latino de Jerusalém diz que está "monitorando, com grande preocupação, as notícias dos ataques aparentemente lançados pelo exército israelense" contra a escola Sagrada Família em Gaza pela manhã. "As filmagens e os relatos da mídia sobre o local", continua a declaração, "incluem cenas de vítimas civis e de destruição no complexo".

Embora seja de propriedade do patriarcado, a instituição educacional tem sido, "desde o início da guerra, um local de refúgio para centenas de civis", enquanto, até o momento, "nenhum religioso reside na escola". A nota do patriarcado prossegue condenando "nos termos mais fortes" os ataques contra civis ou quaisquer ações de guerra "que não garantam a proteção" dos civis, de modo que eles "fiquem fora do teatro de combates". "Continuamos a rezar pela misericórdia do Senhor e esperamos que as partes", conclui, "cheguem a um acordo que ponha imediatamente fim ao terrível banho de sangue e à catástrofe humanitária na região".

Após o estabelecimento da escola do patriarcado em Gaza, em 1974, e a construção de novos prédios e instalações nos anos seguintes, a necessidade de uma instituição moderna capaz de atender à demanda por educação tornou-se evidente com o passar do tempo. A escola atual, agora um centro de acolhimento, foi construída em 2001 graças aos esforços do então pároco da Sagrada Família, padre Manuel Musallam, e às doações de benfeitores externos. Também naquele ano, a nova escola recebeu o nome da Sagrada Família, assim como a paróquia local, que leva esse nome para comemorar a passagem de Maria, José e o Menino de Gaza para o Egito. Até seu fechamento forçado devido à guerra, era uma das mais importantes do Patriarcado Latino na Palestina e uma das melhores da região, proporcionando um alto nível de educação, apoiando intercâmbios culturais e oferecendo "um ambiente adequado e seguro para uma educação excepcional para todos", como explica o site do instituto. Ela inclui "todos os estágios educacionais: jardim de infância, escola primária e secundária" e "o número de alunos é de 700" antes, é claro, do início do conflito que interrompeu todas as atividades.

O ataque à escola católica na Faixa de Gaza não é a única incursão que atingiu uma instituição educacional no último fim de semana. De acordo com fontes da al-Jazeera, no dia 6 de julho, mísseis israelenses atingiram a escola al-Jawni em Nuseirat, administrada pelas Nações Unidas (UNRWA), onde os palestinos deslocados que fugiram da Faixa estavam hospedados, matando pelo menos 16 pessoas. O ataque envolveu o campo de refugiados, lançando no caos o hospital dos Mártires de al-Aqsa em Deir el-Balah, que tem capacidade para 200 pessoas e precisa atender a mais de 600 pacientes. A cúpula do exército alegou que, no ataque à escola da Onu, o alvo era "terroristas" que operavam na área. Contrariamente, a agência palestina Wafa informou que o prédio era usado como abrigo para pessoas deslocadas e abrigava centenas de pessoas, principalmente mulheres e crianças, enquanto o Hamas negou que algum de seus combatentes estivesse presente nas instalações.

"Mais um dia. Outro mês. Outra escola atingida", escreveu este domingo o chefe da Unrwa, Philippe Lazzarini, na plataforma social X (antigo Twitter). A porta-voz da agência da Onu para os palestinos, Juliette Touma, disse à Afp que 190 instalações, mais da metade das administradas pela Unrwa na Faixa de Gaza, foram atingidas desde 7 de outubro, algumas delas "mais de uma vez", e pelo menos 196 trabalhadores foram mortos, dois deles no fim de semana que passou. "Quando a guerra começou, fechamos as escolas e elas se tornaram abrigos", continuou a porta-voz, e há pelo menos "450 incidentes" envolvendo prédios da agência, com danos às instalações "sem precedentes na história das Nações Unidas". O Hamas classificou o ataque à escola de al-Jawni como um "massacre odioso", enquanto Israel afirma que o ataque teve como alvo "um esconderijo e uma infraestrutura operacional a partir dos quais foram realizados ataques" contra suas tropas. O ataque do Hamas ao sul de Israel resultou na morte de 1.195 pessoas, a maioria civis, e no sequestro de 251 reféns, 116 dos quais ainda estão nas mãos do movimento extremista ou cujo destino é desconhecido. O exército israelense matou pelo menos 38.153 pessoas em Gaza, também em sua maioria civis. (com AsiaNews)

Fonte: Vatican News

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Na França, vence a esquerda da Nova Frente Popular

O centro liberal limita os danos ficando em segundo lugar. A direita, favorecida no primeiro turno, foi derrotada. Nenhum grupo político obteve a maioria dos assentos no Parlamento. Na manhã desta segunda-feira o primeiro-ministro Attal apresentou sua renúncia ao presidente Macron, que no entanto pediu a ele para permanecer no cargo por enquanto, "para garantir a estabilidade do país".

Luca Collodi - Cidade do Vaticano

Na França, as eleições legislativas foram surpreendentemente vencidas pela esquerda, com o chefe da coligação progressista, Jean-Luc Mélenchon, reivindicando o governo. A aliança centro-liberal de Macron ficou em segundo, enquanto a direita de Le Pen, que saiu vitoriosa no primeiro turno, acabou ficando em terceiro lugar. Nenhum partido obteve a maioria absoluta.

O resultado

A Nova Frente Popular terá 178 assentos na próxima Assembleia Nacional. O bloco Ensemble macronista segue com 150 cadeiras. O Rassemblement National ficou em terceiro lugar, subindo para 125 assentos, sem, no entanto, ter sucesso na sua tentativa de se tornar o partido com maioria relativa. Dentro da Nova Frente Popular, o grupo de esquerda radical France Insoumise ("França insubmissa") ultrapassou por pouco os socialistas de Raphael Glucksmann e Olivier Faure.

A taxa de participação eleitoral na segunda volta das eleições legislativas francesas foi de 66,7%, um aumento em relação à primeira rodada, quando já era elevada (65%). Este foi o nível mais alto em um segundo turno desde 1997, quando participaram 71,1% dos eleitores.

Macron pede para Attal permanecer no cargo

Com o resultado das eleições, o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, havia anunciado a sua renúncia, afirmando no entanto estar feliz, “porque o perigo da direita foi evitado, mas a França encontra-se em uma situação ingovernável”. “Mélenchon sonha, mas nunca será primeiro-ministro. A França hoje é de centro-esquerda, mas rejeita tanto os programas de esquerda como de direita”. “A única maioria que faria sentido - acrescentou o primeiro-ministro francês -, seria aquela entre uma parte da esquerda e o centro, mas a esquerda está unida e não vejo como alguém possa deixar de ser solidário com a extrema esquerda depois ter criado a Nova Frente Popular". A possibilidade de um governo de coligação para Attal “não é possível hoje”.

O primeiro ministro francês foi ao Palácio Eliseu na manhã desta segunda-feira para apresentar sua renúncia ao presidente Emmanuel Macron, que no entano pediu a ele que permanecesse no cargo por mais um tempo "para garantir a estabilidade do país".

As reações

Festa na sede da Nova Frente Popular, onde Jean-Luc Mélenchon sublinha como a esquerda “deva governar”. “O presidente Emmanuel Macron - continua o líder da esquerda francesa - deve “sair ou nomear um primeiro-ministro entre as nossas fileiras”.

O “bloco centrista está vivo”, responde Macron que, no entanto, pede “cautela”, porque os resultados não respondem à questão sobre “quem deva governar a França”. “A maré da direita continua a subir”, comenta Le Pen, para quem "a vitória foi apenas adiada”. Na área econômica, o euro está enfraquecendo em relação ao dólar, pressionado pelo impasse político na França.

Conflitos

Tensões nas ruas de várias cidades da França após o resultado das eleições. As forças de ordem teve de agir na Place de la Republique, em Paris, em resposta a provocações de um grupo de encapuzados. Desordens também ocorreram em outras cidades do país: em Marselha, segundo a sede da polícia, 5 mil pessoas participaram foram às ruas. Os manifestantes de extrema direita soltaram fogos de artifício e bombas de fumaça. Ativistas de extrema esquerda também tomaram parte nos protestos.

Fonte: Vatican News

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Ataque russo contra hospital pediátrico no centro de Kiev

O número de vítimas fatais e de feridos ainda é incerto. Segundo algumas fontes, os mortos em decorrência do ataque seriam ao menos 7 e os feridos 33. UNICEF Ucrânia reitera que crianças e hospitais não são alvo e devem ser protegidos.

Vatican News

Um hospital infantil no centro de Kiev foi alvo de ataque com mísseis às 10 horas da manhã desta segunda-feira (horário da Ucrânia).

Os russos lançaram três ou quatro mísseis Kinzhal contra a estrutura de saúde. Um deles atingiu a unidade de saúde pediátrica. O número total de mortos até o momento é desconhecido, mas seriam ao menos 10, enquanto os feridos seriam 33, segundo a administração militar da capital ucraniana.

UNICEF: crianças e hospitais não são um alvo 

O representante do UNICEF na Ucrânia, Munir Mammadzade, escreveu no "X" que "a invasão em grande escala por parte da Rússia continua a ter um impacto desproporcional nas crianças. Recebemos notícias terríveis de que um hospital infantil em Kiev foi gravemente danificado em um ataque esta manhã, com relatos de vítimas. As crianças não são um alvo e devem ser sempre protegidas."

Já o Escritório UNICEF Ucrânia relatou que “as equipes de resgate, funcionários do hospital e voluntários estão removendo os escombros e procurando pessoas presas sob os escombros após um ataque ocorrido esta manhã. Crianças e hospitais não são alvos e devem ser sempre protegidos. Os ataques devem parar."

Presidente Zelensky no "X" 

"Hospital Infantil Okhmatdyt em Kiev. Um dos hospitais infantis mais importantes, não só na Ucrânia, mas também na Europa. Agora que o hospital foi danificado por um ataque russo, há pessoas sob os escombros e o número exato de vítimas ainda não é conhecido. Neste momento todos estão ajudando a retirar os escombros: médicos e pessoas comuns" , escreveu o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky no "X", em mensagem acompanhada por um vídeo.

O mandatário ucraniano observa que "a Rússia não pode alegar desconhecimento sobre para onde voam os seus mísseis e deve ser responsabilizada totalmente por todos os seus crimes. Contra as pessoas, contra as crianças, contra a humanidade em geral. É muito importante que o mundo não fique calado sobre isto e que todos vejam o que a Rússia é e o que está fazendo."

Ataques com mísseis em diversas cidades 

No massivo ataque russo desta manhã em toda a Ucrânia, foram mortas mais de 20 pessoas. O balanço é provisório e continua aumentando. Neste momento há 9 mortos e 20 feridos confirmados em Kiev, 10 mortos e 41 feridos em Krivih Rih – cidade natal de Zelensky -, 3 mortos em Pokrovsk, um morto e 6 feridos em Dnipro. As informações são das autoridades ucranianas.

Fonte: Vatican News

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Angola - Encerrou-se o I Fórum Nacional de Direito Canónico

“Na igreja não existe lei que não esteja ao serviço do homem e do amor”, o apelo é de Dom José Manuel Imbamba, Presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), durante o encerramento do I Fórum nacional de Direito Canónico, que contou com a participação de prelectores do Tribunal Apostólico da Rota Romana.

Anastácio Sasembele - Luanda

“Desejando salvar almas o ordenamento jurídico eclesial esta a disposição da igreja como meio auxiliar do encontro com Deus e com o próximo e nunca o seu impedimento”, foi o que disse Dom José Manuel Imbamba, Presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), na cerimonia de encerramento do I Fórum nacional de Direito Canónico que decorreu em Luanda de 4 a 5 de Julho.

O presidente da CEAST reconheceu que a consciência ou cultura jurídica entre os fieis em Angola ainda e reduzida, tendo apelado envolvimento mais intenso dos agentes de pastoral para se inverter o actual quadro.

Durante dois dias delegados de diferentes dioceses e arquidioceses da CEAST reflectiram sobre o processo de nulidade matrimonial, organização dos tribunais, as tarefas dos membros dos tribunais eclesiásticos, assim como as observações do defensor do vínculo e motivação da sentença judicial.

Da Rota Romana, Tribunal que funciona ordinariamente como instância superior no grau de apelação à Sé Apostólica para tutelar os direitos na Igreja e prover à unidade da jurisprudência, vieram dois Auditores, que partilharam as suas experiências. 

Monsenhor Filipe Heredia Steban, falou da organização dos Tribunais Eclesiásticos, tendo ressaltado, que na igreja existe a distinção de funções e não divisão de poderes (executivo, legislativo e judicial). 

E Monsenhor Manuel Saturino da Costa Gomes que versou sobre observações do defensor do vínculo e motivação da sentença judicial, esclareceu que o defensor do vínculo é chamado a defender o matrimónio dentro da razoabilidade e de uma argumentação que tenha fundamento. 

Fonte: Vatican News

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Mensagem do papa Francisco pelos 400 anos da descoberta das relíquias de santa Rosália

O papa Francisco enviou uma mensagem hoje (8) ao arcebispo de Palermo, Itália, dom Corrado Assenza, por ocasião dos 400 anos da descoberta das relíquias de santa Rosália, protetora contra doenças infecciosas e pragas, fiel intercessora em tempos difíceis.

Segundo a tradição, foi por intercessão de Rosália que a peste que devastou a Sicília em 1624, ano em que seus restos mortais foram encontrados, diminuiu até desaparecer.

O papa Urbano VIII, que foi papa de 1623 a 1644, reconheceu a autenticidade das relíquias e ordenou que a Sicília celebrasse a padroeira de Palermo em 15 de julho, enquanto o restante da Igreja universal celebraria em 4 de setembro, dia em que tanto a descoberta quanto a transferência das relíquias são lembradas.

Íntegra da mensagem completa do papa Francisco:

Ao meu caro Irmão

Arcebispo Corrado Lorefice

Metropolitano de Palermo

A feliz ocasião do IV Centenário da descoberta do corpo de Santa Rosália é uma ocasião especial para unir-me espiritualmente a vós, queridos filhos e filhas da Igreja de Palermo, que desejais elevar ao Pai celeste, fonte de toda a graça, o louvor pelo dom de uma figura tão sublime de mulher e 'apóstola', que não hesitou em aceitar as provações da solidão por amor ao seu Senhor". Meu pensamento dirige-se a vós, caríssimo Irmão Corrado, e às Autoridades civis e militares, assim como saúdo com afeto os sacerdotes, os religiosos, as religiosas, os membros das numerosas Confrarias, os movimentos leigos e a todos que, no decorrer deste Ano Jubilar, se uniram em oração, aprendendo de Santa Rosália a paixão pelos pobres e a fidelidade à Boa Nova.

"Per amore Domini mei" é a razão dada por Santa Rosália para desistir da vida e abandonar as riquezas do mundo. A vida do cristão, tanto na época em que nossa Virgem eremita viveu quanto em nossos dias, é constantemente marcada pela cruz; os cristãos são aqueles que sempre amam, mas muitas vezes em circunstâncias em que o amor não é compreendido ou é até mesmo rejeitado.

Ainda hoje, trata-se de uma escolha contra a corrente, pois aqueles que seguem Cristo são chamados a fazer sua a lógica do Evangelho que é esperança, decidindo em seus corações abrir espaço para o amor a fim de dá-lo aos outros, sacrificá-lo em favor dos seus irmãos, compartilhá-lo com aqueles que não o experimentaram por causa das “pragas” que afligem a humanidade.

Vós, fiéis e devotos da "Santuzza", como a dirigistes filialmente, sois os herdeiros espirituais que devem traduzir o seu testemunho de fé e caridade para com o próximo num estilo de vida evangélico. Como ela, dais um belo rosto ao vosso território, rico em cultura, história e fé profunda, onde grandes mulheres e homens encontraram forças para se dedicarem ao Evangelho e à justiça social. Na escola de Santa Rosália, renunciando ao que é supérfluo, não hesitem em se oferecer generosamente aos outros. 

Tenham fortaleza de espírito para enfrentar os desafios que ainda impedem o renascimento desta cidade, cujo caminho é marcado por tantas problemáticas, algumas delas, muito dolorosas. Olhai corajosamente para Aquele que é Misericórdia, a cuja vista os sofrimentos do seu povo não são invisíveis, pois «até os cabelos da vossa cabeça estão contados» (Mt 10, 30); Ele conhece nossas dores e está pronto para derramar o bálsamo de conforto que cura e dá impulso renovado.

Com Rosália, mulher de esperança, portanto, eu os exorto: Igreja de Palermo, levante-se! Seja farol de nova esperança, seja Comunidade viva que, regenerada pelo sangue dos Mártires, dá testemunho verdadeiro e luminoso de Cristo, nosso Salvador. Povo de Deus nesta abençoada faixa de terra, não perca a esperança e não se entregue ao desânimo. Redescobri a alegria da maravilha diante da carícia de um Pai que vos chama a Si mesmo e vos conduz pelos caminhos da vida para saborear os frutos da concórdia e da paz.

Faço votos por que este Ano Jubilar Rossaliano, que está a chegar ao fim, tenha favorecido sobretudo um renascimento espiritual, como parte do caminho empreendido pela vossa Comunidade eclesial; Por isso, convido-vos a escutar docilmente o Espírito Santo, a fim de que possais realizar um tempo pastoral abundante, pronto a difundir o perfume do acolhimento e da misericórdia.

Confiai à vossa Padroeira os desejos e aspirações que trazeis no coração; pedi a ela, mulher de silêncio orante, que dissipe os medos e supere as resignações que sufocam as raízes do bem, para que sejais discípulos corajosos do Mestre e construtores da esperança.

Com estes sentimentos, enquanto invoco a intercessão dos Santos que coroam a Igreja da Sicília, confio-vos à proteção da Virgem Maria e concedo-vos de bom grado a minha Bênção, confiando nas vossas orações por mim.

Fonte: ACIDigital

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Boato sobre ameaças de traficantes fecha temporariamente igrejas no Rio de Janeiro

Por Natalia Zimbrão 

Paróquias da Zona Norte do Rio de Janeiro (RJ) publicaram no fim de semana em suas redes sociais avisos de que estariam fechadas e inclusive missas estavam canceladas. Segundo a imprensa local, o motivo teria sido uma ordem do chefe do tráfico da região. A Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro disse em nota que a “informação surgiu de boatos em redes sociais”.

No sábado (6), o chefe do tráfico do Complexo de Israel, Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, teria proibido a realização de missas e atividades nas igrejas da região. Segundo o site O Dia, moradores denunciaram que “bandidos armados foram presencialmente às paróquias para obrigar o fechamento”.

Peixão, que se diz evangélico, já foi investigado por ordenar ataques “a terreiros de religiões de matriz africana”, diz o site G1.

As paróquias de Santa Edwiges e de Santa Cecília, em Brás de Pina, e de Nossa Senhora da Conceição e São Justino, em Parada de Lucas, fizeram postagens em suas redes sociais comunicando o encerramento temporário das atividades, sem revelar o motivo. As postagens já foram retiradas das redes sociais.

“Todas as atividades na paróquia (matriz e capelas) estão temporariamente canceladas”, dizia a publicação da paróquia Santa Cecília.

“Nosso arraiá nesse fim de semana, 06/07 e 07/07, está suspenso. Não teremos Santa Missa e atividades nesses dias também. Igreja fechada. Em breve, retornamos com mais informações”, dizia a postagem da Paróquia Santa Edwiges.

“As atividades paroquiais (missas, reuniões, secretaria, etc) estão suspensas até a segunda ordem”, dizia a publicação da paróquia Nossa Senhora da Conceição e São Justino.

Depois da repercussão do caso, a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro disse em nota que as paróquias “Santa Edwiges e Santa Cecília, em Brás de Pina, na Zona Norte da capital”, estavam “abertas e com segurança reforçada pela Polícia Militar”.

 “É importante ressaltar que não houve intimidação ou qualquer tipo de comando de traficantes para fechar as igrejas e que essa informação surgiu de boatos em redes sociais”, acrescentou.

A Secretaria de Segurança disse ainda que “forças policiais do Estado vêm realizando operações na região para retirada de barricadas e para aumentar a segurança da população, rotineiramente, há pelo menos dois meses”, e que “o blindado da Polícia Militar estava “baseado na localidade para evitar a retomada da instabilidade na região, garantindo o funcionamento das paróquias e a segurança dos moradores”.

Ontem (7), as paróquias funcionaram normalmente. A paróquia Nossa Senhora da Conceição e São Justino publicou em suas redes sociais o aviso “atividades paroquiais (missas, secretaria, reuniões, etc.) funcionando em horário normal”.

A paróquia Santa Edwiges fez publicações nos stories do Instagram informando que estava com “atividades normais na nossa paróquia, inclusive a nossa festa [julina]” e que teria “Santa Missa às 16h e festa às 17h”.

Somente a paróquia Santa Cecília não publicou nenhuma informação sobre retomada das atividades. A assessoria de imprensa da arquidiocese do Rio de Janeiro disse à ACI Digital “que as igrejas estão abertas e funcionando”. “Estão funcionando normalmente desde sábado”, reiterou.

ACI Digital entrou em contato com as paróquias, mas não foi atendida. Fonte: ACIDigital

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Do dia 07/7/2024

Coordenadores do Serviço de Evangelização Juvenil do RS reunidos na Diocese de Caxias do Sul

Padre Eliseu de Oliveira e irmã Adriane Bertoncelli estão realizando a escuta dos setores juventude do estado para estruturar ações para a evangelização do Regional Sul 3 da CNBB

A reunião do Setor Juventude da Diocese de Caxias do Sul realizada na manhã deste sábado, 06 de julho, contou com a presença dos representantes do Serviço de Evangelização da Juventude do Rio Grande do Sul (Eaí?Tchê): o padre Eliseu de Oliveira, que é o referencial para a Juventude no estado, e irmã Adriane Bertoncelli que integra a equipe do Eaí?Tchê. Eles foram recepcionados pelo bispo diocesano, Dom José Gislon, pelo assessor do Setor Juventude da Diocese de Caxias do Sul, padre Gustavo Predebon e pelos integrantes da equipe à serviço do Setor Juventude. 

A visita faz parte do processo de escuta dos setores juventude que o Serviço de Evangelização Regional está realizando com o objetivo de estruturar ações em comum para o trabalho com as juventudes de todo o Rio Grande do Sul. “Nós estamos buscando entender como está a realidade dos Setores Juventude das dioceses para que possamos elaborar propostas que atendam às necessidades de cada local. Atualmente, estamos trabalhando com o Plano de Evangelização Regional “Vim Matear Contigo” e queremos pensar em algum momento em comum deste processo que vem sendo realizado”, salientou padre Eliseu durante o encontro. 

O bispo diocesano de Caxias do Sul, dom José Gislon, destacou a importância do trabalho com as juventudes: “Esse trabalho que é realizado pelo Serviço de Evangelização do Regional Sul 3 e pelo Setor Juventude é muito importante na medida em que abre as portas da Igreja para acolher a juventude. Os jovens precisam ser protagonistas porque é por meio deles que surgem as mudanças, tanto na vida da Igreja quanto da sociedade. Mas para isso, precisamos prepará-los bem, para que cada vez mais possam ir ao encontro dos irmãos, principalmente daqueles que se encontram em realidades mais fragilizadas”.

Durante a reunião, representantes de grupos, movimentos e pastorais da Diocese de Caxias do Sul também continuaram os preparativos para a 8ª Jornada Diocesana da Juventude, que será realizada no dia 31 de agosto deste ano, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário em Faria Lemos, Bento Gonçalves.

Fonte: Site da Diocese de Caxias do Sul

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O Papa em Trieste: precisamos de uma fé que dispersa os cálculos do egoísmo humano

Em sua homilia, proferida na missa celebrada na Piazza Unità d'Italia, em Trieste, Francisco disse que "precisamos do escândalo da fé, de uma fé arraigada no Deus que se fez homem e, portanto, de uma fé humana, de uma fé de carne, que entra na história, que acaricia a vida das pessoas, que cura os corações partidos, que se torna fermento de esperança e germe de um mundo novo".

Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Francisco presidiu a missa, neste domingo (07/07), na Piazza Unità d'Italia, no âmbito de sua visita pastoral a Trieste para a conclusão da 50ª Semana Social dos Católicos na Itália.

"Para despertar a esperança dos corações aflitos e apoiar os esforços do caminho, Deus sempre suscitou profetas entre o seu povo", disse o Pontífice no início de sua homilia. Muitas vezes os profetas encontraram um povo rebelde e foram rejeitados e Jesus também tem a mesma experiência dos profetas. "Retorna a Nazaré, sua pátria, entre as pessoas com as quais cresceu, mas não é reconhecido". Ele «era motivo de escândalo para eles», conforme diz o Capítulo 6° do Evangelho de Marcos.

O Papa disse que "a palavra 'escândalo' não se refere a algo obsceno ou indecente como a usamos hoje; escândalo significa 'uma pedra de tropeço', ou seja, um obstáculo, um impedimento, algo que bloqueia e impede de ir adiante". As pessoas não conseguem entender "como do filho de José, o carpinteiro, ou seja, de uma pessoa comum, poderia surgir tanta sabedoria e até mesmo a capacidade de realizar prodígios. O escândalo, então, é a humanidade de Jesus. O obstáculo que impede estas pessoas de reconhecer a presença de Deus em Jesus é o fato de que Ele é humano, é simplesmente o filho de José, o carpinteiro".

Precisamos do escândalo da fé

"Este é o escândalo: uma fé fundada num Deus humano, que se inclina para a humanidade, que cuida dela, que se comove com as nossas feridas, que toma sobre si o nosso cansaço, que se parte como pão para nós", sublinhou o Papa, acrescentando que "um Deus forte e poderoso, que está do meu lado e me satisfaz em tudo é atraente; um Deus fraco, que morre na cruz por amor e também me pede para vencer todo egoísmo e oferecer a vida pela salvação do mundo, é um Deus incômodo".

Mas, colocando-nos diante do Senhor Jesus e olhando para os desafios que nos interpelam, para os muitos problemas sociais e políticos também discutidos nesta Semana Social, para a vida concreta da nossa gente e seus esforços, podemos dizer que hoje precisamos exatamente disto: do escândalo da fé. Não de uma religiosidade fechada em si mesma, que ergue o olhar para o céu sem se preocupar com o que acontece na terra e celebra liturgias no templo esquecendo-se da poeira que corre pelas nossas estradas.

"Precisamos do escândalo da fé", disse ainda Francisco, "de uma fé arraigada no Deus que se fez homem e, portanto, de uma fé humana, de uma fé de carne, que entra na história, que acaricia a vida das pessoas, que cura os corações partidos, que se torna fermento de esperança e germe de um mundo novo".

Fé que põe o dedo nas feridas da sociedade

É uma fé que desperta as consciências do torpor, que põe o dedo nas feridas da sociedade, que levanta questões sobre o futuro do homem e da história; é uma fé inquieta, uma fé que se move de coração a coração, uma fé que acolhe os problemas da sociedade, uma fé que nos ajuda a vencer a mediocridade e a acídia do coração, que se torna um espinho na carne de uma sociedade muitas vezes anestesiada e atordoada pelo consumismo.

A esse propósito, o Papa perguntou: "Vocês já pensaram se o consumismo entrou no coração de vocês? Aquela ânsia de ter, de ter coisas e ter mais. Aquela ânsia de desperdiçar dinheiro. O consumismo é uma chaga. É um câncer que adoece o coração, que torna a pessoa egoísta, que faz a pessoa olhar apenas para si mesma".

Irmãos e irmãs, precisamos de uma fé que dispersa os cálculos do egoísmo humano, que denuncia o mal, que aponta o dedo contra as injustiças, que perturba as tramas de quem, na sombra do poder, brinca com a pele dos fracos. Quantos usam a fé para explorar as pessoas! Isto não é fé.

O infinito de Deus está escondido na miséria humana

A seguir, o Papa disse que não devemos nos esquecer de que "Deus se esconde nos cantos escuros da vida e das nossas cidades. A sua presença se revela precisamente nos rostos escavados pelo sofrimento e onde a degradação parece triunfar".

O infinito de Deus está escondido na miséria humana, o Senhor se agita e se torna presença amiga precisamente na carne ferida dos últimos, dos esquecidos e dos descartados. Ali, Deus se manifesta. E nós, que às vezes nos escandalizamos inutilmente com muitas pequenas coisas, faríamos bem em nos perguntar: por que não nos escandalizamos diante do mal que se espalha, da vida humilhada, dos problemas do trabalho, do sofrimento dos migrantes? Por que permanecemos apáticos e indiferentes diante das injustiças do mundo? Por que não levamos a sério a situação dos encarcerados, que também desta cidade de Trieste se eleva como um grito de angústia? Por que não contemplamos a miséria, a dor, o descarte de tantas pessoas da cidade? Temos medo. Temos medo de encontrar Cristo ali.

Indignar-se com as situações em que a vida é brutalizada

"Jesus viveu em sua própria carne a profecia do cotidiano, entrando na vida e nas histórias diárias do povo, manifestando a compaixão nas vicissitudes humanas. Ele manifestou o ser de Deus que é compassivo. Ele permaneceu fiel à sua missão, não se escondeu atrás da ambiguidade, não aceitou a lógica do poder político e religioso. Fez da sua vida uma oferta de amor ao Pai. Assim também nós, cristãos, somos chamados a ser profetas e testemunhas do Reino de Deus, em todas as situações que vivemos, em todos os lugares em que vivemos", disse ainda o Papa.

Desta cidade de Trieste, com vista para a Europa, encruzilhada de povos e culturas, terra de fronteira, alimentemos o sonho de uma nova civilização fundada na paz e na fraternidade; não nos escandalizemos com Jesus, mas, pelo contrário, indignemo-nos com todas aquelas situações em que a vida é brutalizada, ferida e morta; levemos a profecia do Evangelho em nossa carne, com as nossas escolhas antes mesmo das palavras. Com a coerência entre escolhas e palavras.

Francisco concluiu, incentivando a Igreja em Trieste a continuar "trabalhando na linha de frente para difundir o Evangelho da esperança, especialmente para aqueles que chegam da rota dos Balcãs e para todos aqueles que, no corpo ou no espírito, precisam ser encorajados e consolados. Empenhemo-nos juntos: para que, redescobrindo-nos amados pelo Pai, possamos todos viver como irmãos. Todos irmãos, com o sorriso do acolhimento e da paz na alma".

Fonte: Vatican News

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Francisco em Trieste: renovamos o nosso compromisso de rezar e trabalhar pela paz

No Angelus, no final da missa celebrada na Piazza Unità d'Italia, em Trieste, o Papa convidou a rezar por "todos os povos que sofrem com a guerra". Numa cidade situada no cruzamento entre a Europa Ocidental e os Balcãs, "o desafio para as comunidades eclesial e civil é saber combinar abertura e estabilidade, acolhimento e identidade".

Mariangela Jaguraba - Vatican News

Antes da oração mariana do Angelus deste domingo (07/07), rezada no final da missa celebrada na Piazza Unità d'Italia, em Trieste, o Papa Francisco agradeceu ao bispo de Trieste, dom Enrico Trevisi, por muitas coisas, mas sobretudo por uma: por não "falar" dos doentes, mas por chamar cada um pelo nome.

Ele os conhece pelo nome! E isso é um exemplo, porque a caridade é concreta, o amor é concreto. Agradeço ao bispo por ele ter esse costume. Toda pessoa, saudável ou doente, grande ou pequena, toda pessoa tem dignidade. A dignidade se mostra pelo nome e ele sabe o nome. Muito bonito!

"Agora espero que continue neste conhecimento", continuou o Papa, contando que uma vez encontrou um sacerdote da montanha, que era pároco de três povoados, e lhe perguntou: “Mas, diga-me, você conhece as pessoas pelo nome?”, e ele respondeu ao Papa: "Eu sei até o nome dos cachorros das famílias!" Todos riram. O Papa disse, brincando, que espera que o bispo de Trieste "conheça agora os nomes dos cachorros" das famílias da cidade.

A seguir, Francisco saudou a todos e agradeceu ao bispo por suas palavras e pela preparação da visita, agradeceu também a todos aqueles que colaboraram de muitas maneiras, especialmente na liturgia e nos vários serviços, bem como as muitas pessoas que participaram com a oração. "Asseguro a minha proximidade aos doentes, aos encarcerados, aos migrantes, a todos aqueles que mais sofrem", frisou.

"Trieste é uma daquelas cidades que tem a vocação de reunir pessoas diferentes: primeiro porque é um porto, e um porto importante, e depois porque está situada no cruzamento entre a Itália, a Europa Central e os Balcãs", disse ainda o Pontífice.

Nestas situações, o desafio para as comunidades eclesial e civil é saber combinar abertura e estabilidade, acolhimento e identidade. Portanto, eu diria: vocês têm "tudo" para enfrentar esse desafio! Como cristãos, temos o Evangelho, que dá significado e esperança às nossas vidas; e como cidadãos, vocês têm a Constituição, uma "bússola" confiável para o caminho da democracia.

"Então, sigam em frente! Sem medo, abertos e firmes nos valores humanos e cristãos, acolhedores, mas sem acordos sobre a dignidade humana", disse ainda o Papa.

Desta cidade renovamos o nosso compromisso de rezar e trabalhar pela paz: pela martirizada Ucrânia, pela Palestina e Israel, pelo Sudão, por Mianmar e por todos os povos que sofrem com a guerra. Peçamos a intercessão da Virgem Maria, venerada no Monte Grisa como Mãe e Rainha.

Fonte: Vatican News

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Papa: a esperança pode combater a indiferença, "câncer" da democracia

Na cidade italiana de Trieste, Francisco encerrou a Semana Social dos Católicos Italianos. O tema do evento - e do discurso do Santo Padre - foi a democracia, em que o Pontífice apontou fraquezas do sistema e exortou a Igreja a “envolver na esperança, porque sem esta se administra o presente, mas não se constrói o futuro”.

Bianca Fraccalvieri - Vatican News

Poucas, mas intensas horas vividas pelo Papa Francisco na cidade de Trieste, nordeste da Itália, para onde partiu na manhã deste domingo, 7 de julho, para o encerramento da 50ª Semana Social dos Católicos Italianos.

O tema do discurso do Pontífice foi o mesmo debatido pelos cerca de 1200 participantes, ou seja, a democracia. O Papa fez um “check-up” do estado de saúde desta forma de governança e o resultado “evidente é que no mundo de hoje a democracia não goza de boa saúde”. 

“Isso nos interessa e nos preocupa, afirmou Francisco, porque está em jogo o bem do homem, e nada daquilo que é humano pode nos deixar indiferentes.” O Papa se inspirou no tema da Semana Social "No coração da democracia. Participar entre História e Futuro" para fazer a sua análise e propor a “terapia”.

Podemos imaginar a crise da democracia como um coração ferido, afirmou, "infartado". “Toda vez que alguém é marginalizado, todo o corpo social sofre”, acrescentou. A cultura do descarte traça uma cidade onde não há lugar para os pobres, os nascituros, as pessoas frágeis, os doentes, as crianças, as mulheres, os jovens. 

A própria palavra “democracia” não coincide simplesmente com o voto do povo, mas exige que se criem as condições para que todos possam se expressar e possam participar. E a participação não se pode improvisar: aprende-se desde criança, adolescente, e deve ser “treinada”, também ao sentido crítico perante as tentações ideológicas e populistas. Nesta perspectiva, o cristianismo pode contribuir, promovendo um diálogo fecundo com a comunidade civil e com as instituições políticas. Só assim será possível se libertar das “escórias da ideologia”, refletindo de modo comunitário especialmente sobre os temas relacionados à vida humana e à dignidade da pessoa. 

Para tal finalidade, permanecem fecundos os princípios de solidariedade e de subsidiariedade, reafirmou o Papa. A democracia requer sempre a passagem do "militar" ao participar, do “torcer” ao dialogar. “Todos devem se sentir parte de um projeto de comunidade; ninguém deve se sentir inútil. Algumas formas de assistencialismo que não reconhecem a dignidade das pessoas são hipocrisia social. E a indiferença é um câncer da democracia”, denunciou o Pontífice.

Como terapia, Francisco aposta na participação, para que a democracia se assemelhe a um coração curado. E para isto é preciso exercitar a criatividade. A fraternidade faz florescer as relações sociais; e, por outro lado, o cuidar um dos outros requer a coragem de pensar como povo. Uma democracia com o coração curado continua a cultivar sonhos para o futuro, coloca em jogo, chama à participação pessoal e comunitária.

Como católicos, incentivou o Papa, é preciso ter a coragem de fazer propostas de justiça e de paz no debate público. Temos algo a dizer, mas não para defender privilégios. Devemos ser voz que denuncia, propositiva numa sociedade muitas vezes áfona e onde demasiados não têm voz. Este é o amor político, que não se contenta de cuidar dos efeitos, mas busca enfrentar as causas. É uma forma de caridade que permite à política estar à altura das suas responsabilidades e de sair das polarizações, que empobrecem e não ajudam a entender e enfrentar os desafios. 

“Formemo-nos a este amor, para colocá-lo em circulação num mundo que carece de paixão civil. Aprendamos sempre mais e melhor a caminhar juntos como povo de Deus, para ser fermento de participação em meio ao povo do qual fazemos parte.”

Citando o famoso político católico italiano Giorgio La Pira, Francisco pediu que não falte ao laicato esta capacidade de “organizar a esperança”:

“Por que não relançar, apoiar e multiplicar os esforços para uma formação social e política que parta dos jovens? Por que não compartilhar a riqueza do ensinamento social da Igreja?” 

Se o processo sinodal nos treinou ao discernimento comunitário, o horizonte do Jubileu nos quer ativos, peregrinos de esperança, pois este é o papel da Igreja: “Envolver na esperança, porque sem esta se administra o presente, mas não se constrói o futuro”.

Fonte: Vatican News

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Cardeal Ruini em terapia intensiva, sua condição é estável

Após sentir dores no peito, o cardeal foi internado no Hospital Gemelli, em Roma. Uma nota da instituição informa que ele está consciente e sua condição clínica é atualmente estável. Em fevereiro passado, o purpurado completou 93 anos.

Vatican News

O cardeal Camillo Ruini, vigário geral emérito do Papa para a Diocese de Roma, está internado no Hospital Gemelli, em Roma, desde sábado (06/07) à noite. "Uma internação de emergência", diz uma nota do hospital, "devido a dores no peito". "Em vista da idade avançada e do histórico clínico do cardeal, foi necessária a internação na Unidade de Terapia Intensiva de cardiologia. O paciente está consciente e cooperativo e sua condição clínica está estável no momento. O monitoramento e as terapias continuam".

Em 19 de fevereiro, o cardeal Ruini completou 93 anos. Nascido em Sassuolo, na província de Modena, completou seus estudos filosóficos e teológicos em Roma, na Pontifícia Universidade Gregoriana, como aluno do Almo Collegio Capranica, obtendo o mestrado em Filosofia e Teologia. Foi ordenado sacerdote em 8 de dezembro de 1954 e, após um longo período de ensino na Diocese de Reggio Emilia, foi nomeado bispo auxiliar das Dioceses de Reggio Emilia e Guastalla em 16 de maio de 1983.

Em 1985, foi eleito membro da Comissão Episcopal para Educação Católica, Cultura e Escola. Em 28 de junho de 1986, João Paulo II o nomeou secretário-geral da Conferência Episcopal Italiana (CEI). Em 17 de janeiro de 1991, o Papa Wojtyla o escolheu como vigário geral para a Diocese de Roma, criou-o cardeal e o nomeou presidente da Conferência Episcopal Italiana. Cargo que desempenhou até 7 de março de 2007, quando o Papa Bento XII aceitou sua renúncia por limite de idade. No ano seguinte, em 2008, ele encerrou seu ministério, por limite de idade, no cargo de vigário geral para a Diocese de Roma e arcipreste da Basílica de São João de Latrão.

De janeiro de 2008 a janeiro de 2013, dentro da CEI, foi presidente do Comitê para o Projeto Cultural.  De 2010 a 2014, o cardeal Ruini presidiu a Comissão Internacional de Inquérito sobre Medjugorje estabelecida na Congregação para a Doutrina da Fé. Ele participou do conclave em abril de 2005 que elegeu o Papa Bento XVI, e também se tornou presidente do Comitê Científico da Fundação Vaticana Joseph Ratzinger - Bento XVI para o primeiro quinquênio, 2010-2015.

Fonte: Vatican News

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França/Eleições: «A Europa não se esqueceu dos seus valores», afirmou presidente da CEP

D. José Ornelas e D. Américo Aguiar comentam os resultados da segunda volta das eleições francesas

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa disse à Agência ECCLESIA que os resultados das eleições francesas são “boas notícias”, sublinhando que “a Europa não se esqueceu dos seus valores”.

“Eu acabo de escutar e, portanto, não tenho nem sequer uma análise e os dados para fazer grandes comentários. Parece-me que, a confirmarem-se, estes valores são uma prova de que, realmente, a Europa não se esqueceu dos seus valores”, disse D. José Ornelas ao fim da tarde desde domingo, em Beja, após a Missa de ordenação episcopal de D. Fernando Paiva.

De acordo com as projeções e os resultados apurados, a segunda volta das eleições legislativas francesas apontam para uma vitória da coligação dos partidos de esquerda, “Nova Frente Popular”, que terá assegurado entre 177 e 198 lugares na Assembleia Nacional, e a aliança centrista, “Juntos”, do presidente francês Emmanuel Macron, conseguirá o segundo grupo de deputados, entre 152 a 169; em terceiro lugar está o partido que venceu na primeira volta, a “União Nacional”, que conquista entre 135 e 143 lugares no Parlamento Francês.

Para o presidente da CEP, os resultados nas eleições francesas mostram que a Europa “está preocupada com muitas situações” e, por vezes, “procura soluções que não são soluções”.

“O bom senso tem acabado por reinar, na maioria dos casos”, indicou

D. José Ornelas espera que sejam trilhados “sempre caminhos de entendimento para revitalizar os valores de uma Europa que luta por valores sérios e não simplesmente por pseudovalores ou reações extemporâneas e descabidas que não vão melhorar a situação”.

Para o cardeal D. Américo Aguiar, é “muito importante” acompanhar “o respeito o pronunciamento dos povos quando são chamados a eleições”, lembrando as eleições no Reino Unidos, as francesas e as próximas nos EUA, onde se registam “movimentos para um lado e para o outro”.

“Acho que, à Igreja, não lhe cabe fazer juízos sobre se há direita, se há esquerda, se há extrema-direita, se há extrema-esquerda, desde que tudo aconteça dentro daquilo que é o quadro da democracia e dos valores da democracia”, afirmou.

O bispo de Setúbal referiu-se a possíveis “sinais vermelhos”, “alertas laranjas de um lado e do outro”, aos “projetos” e “sonhos” da extrema-direita e a “uma campainha de alarme de uma coligação de toda a esquerda”.

“Sem fazer juízos sobre ninguém, o que é certo é que deve ser assim: o povo é chamado às eleições, a decisão do povo é soberana e, se estavam todos contentes na semana passada, devemos continuar todos contentes nesta semana, ou seja, saber ler os resultados e agora, de acordo com a lei francesa, constituir o Parlamento e guiar a França para o futuro.

D. Américo Aguiar lembrou que “o futuro da França implica o futuro da Europa e o futuro de Portugal”, recomendando “toda a serenidade”.

“Já sabemos que, quando se pinta com extremos, é lógico que não é o caminho que, pelos vistos, o povo francês acaba por sinalizar”, afirmou.

De acordo com as projeções e os resultados apurados, nenhuma das forças políticas francesas consegue maioria absoluta entre os 577 membros da Assembleia Nacional para formar governo com maioria absoluta.

Fonte: Agência Eccclesia

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'Deus está escondido na miséria humana', diz papa sobre dignidade de migrantes e prisioneiros

Por Hannah Brockhaus 

Diante de uma sociedade às vezes “anestesiada” e consumista, devemos lembrar o “escândalo” da nossa fé cristã — que Deus se fez homem e habita em cada um de nós, especialmente nos mais fracos, disse neste domingo (7) o papa Francisco em Trieste, Itália.

“Precisamos do escândalo da fé”, disse o papa durante a missa. "de uma fé arraigada no Deus que se fez homem e, portanto, de uma fé humana, de uma fé de carne, que entra na história, que acaricia a vida das pessoas, que cura os corações partidos, que se torna fermento de esperança e germe de um mundo novo".

“Uma fé que desperta as consciências do torpor, que põe o dedo nas feridas da sociedade (...) uma fé inquieta, uma fé que se move de coração a coração, uma fé que acolhe os problemas da sociedade, uma fé que nos ajuda a vencer a mediocridade e a acídia do coração, que se torna um espinho na carne de uma sociedade muitas vezes anestesiada e atordoada pelo consumismo”, disse o papa em missa para cerca de 8,5 mil pessoas na Piazza Unità d’Italia, próxima ao porto de Trieste.

 

O papa Francisco celebrou a missa durante visita a Trieste para o encerramento da 50ª Semana Social dos Católicos, um evento anual organizado pela Conferência Episcopal Italiana, dedicado a promover a Doutrina Social da Igreja. O tema do encontro deste ano, que teve cerca de 1,2 mil participantes, foi a democracia.

Depois de discursar para os participantes do congresso que ocorreu entre quarta-feira (3) e este domingo (7) no Centro de Convenções Generali, o papa foi à Piazza Unità d'Italia em um carrinho de golfe para a missa, concelebrada com quase 100 bispos e 260 padres.

Segundo a Sala de Imprensa da Santa Sé, o papa cumprimentou uma moradora de Trieste de 111 anos chamada Maria antes da missa.

"Deus se esconde nos cantos escuros da vida e das nossas cidades. A sua presença se revela precisamente nos rostos escavados pelo sofrimento e onde a degradação parece triunfar. O infinito de Deus está escondido na miséria humana, o Senhor se agita e se torna presença amiga precisamente na carne ferida dos últimos, dos esquecidos e dos descartados. Ali, Deus se manifesta”, disse o papa ao refletir sobre a humanidade de Deus na homilia.

“E nós, que às vezes nos escandalizamos inutilmente com muitas pequenas coisas, faríamos bem em nos perguntar: por que não nos escandalizamos diante do mal que se espalha, da vida humilhada, dos problemas do trabalho, do sofrimento dos migrantes?, disse Francisco.

A Semana Social dos Católicos foi realizada em Trieste, uma cidade portuária localizada em uma estreita faixa de território italiano no extremo nordeste do país, aninhada entre o Mar Adriático e a Eslovênia, com a fronteira com a Croácia próxima.

A posição da cidade fez dela um ponto de chegada comum para migrantes que chegam à Europa pela rota migratória dos Balcãs.

Em seu relatório anual, o grupo de ajuda Comitê Internacional de Resgate observou um aumento preocupante de crianças migrantes chegando à cidade.

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Segundo o comitê, cerca de 3 mil crianças desacompanhadas chegaram como migrantes a Trieste no ano passado, um aumento de 112% em relação a 2022.

O grupo de ajuda diz ter encontrado e fornecido ajuda a cerca de 16 mil pessoas que  chegaram à estação de trem de Trieste pela rota migratória dos Balcãs no ano passado. Segundo o comitê, cerca de 68% dos migrantes eram do Afeganistão. 

Papa Francisco celebra missa hoje (7) para cerca de 8,5 mil pessoas na Piazza Unità d’Italia, em Trieste, Itália. Daniel Ibáñez/CNA

Papa Francisco celebra missa hoje (7) para cerca de 8,5 mil pessoas na Piazza Unità d’Italia, em Trieste, Itália. Daniel Ibáñez/CNA

O papa disse hoje (7) em homilia para que continuem "trabalhando na linha de frente para difundir o Evangelho da esperança, especialmente para aqueles que chegam da rota dos Balcãs e para todos aqueles que, no corpo ou no espírito, precisam ser encorajados e consolados”. 

No início da manhã, Francisco encontrou-se brevemente com um grupo de cerca de 150 migrantes e pessoas com deficiência.

O papa também se lembrou dos prisioneiros em sua reflexão. Trieste marcou as manchetes no início do ano devido à terrível superlotação na principal prisão da cidade.

“Por que permanecemos apáticos e indiferentes diante das injustiças do mundo? Por que não levamos a sério a situação dos encarcerados, que também desta cidade de Trieste se eleva como um grito de angústia? Por que não contemplamos a miséria, a dor, o descarte de tantas pessoas da cidade? Temos medo. Temos medo de encontrar Cristo ali.”

Ao final da missa, o papa rezou o ângelus, como faz todos os domingos. Antes de rezar a oração mariana, o papa falou sobre a recepção de migrantes em Trieste. 11.Fonte: ACIDigital

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Sentença de morte a cristão no Paquistão gera indignação e protestos

Por Andrés Henríquez 

Ehsan Shan, cristão paquistanês, foi condenado à morte pelo tribunal antiterrorismo de Sahiwal, Paquistão, por divulgar blasfêmia contra o Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, em suas redes sociais. A acusação foi o estopim para perseguição contra cristãos em Jaranwala em agosto do ano passado.

Segundo a sentença, emitida na última segunda-feira (1), Shan deve cumprir primeiro uma sentença de 22 anos de prisão e pagar uma multa equivalente a cerca de R$ 650 mil.

"Essa decisão é muito, muito dolorosa para nós. Muita gente está decepcionada”, disse o bispo de Hyderabad, dom Samson Shukardin, presidente da Conferência Episcopal do Paquistão à fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN). “Grandes ONGs internacionais e organizações de direitos humanos devem se manifestar contra essa decisão. Isso terá um grande impacto no governo".

O bispo se disse consternado com a situação da minoria cristã no país, que eles sofrem cada vez mais e têm medo de levantar a voz. Dom Shukardin também comentou que quando um cristão é acusado de blasfêmia, os muçulmanos atacam famílias e comunidades cristãs.

Ao contrário da rapidez com que o tribunal agiu no caso de Shan, ainda não há condenações contra os envolvidos na violência contra os cristãos em Sargodha e Jaranwala.

"Um de nossos cristãos foi injustamente condenado à morte e, no entanto, nada aconteceu com os outros acusados de crimes contra igrejas e lares cristãos. Em vez disso, essas pessoas estão sendo libertadas pouco a pouco", disse dom Shukardin.

Segundo Fides, agência de notícias das Pontif[icias Obras Missionárias, membros da comunidade cristã afirmam que o jovem condenado é usado como bode expiatório. Segundo a Center for Legal Aid, Assistance and Settlement (Centro para Ajuda Legal, Assistência e Acordo), ONG de defesa jurídica da liberdade religiosa, a sentença contra Shan é "uma grave injustiça".

"A condenação contra Ehsan Shan simboliza a morte virtual de todos os cristãos no Paquistão hoje”, disse a ONG. “Pela violência e destruição que ocorreram em Jaranwala, apenas um culpado foi apontado, que é um cristão".

Dezenas de pessoas protestaram contra a decisão do tribunal em Karachi na última terça-feira (2). Segundo o jornal indiano Indian Express, o advogado de Shan, Khurram Shahzad, disse que vai recorrer do veredito. Fonte: ACIDigital

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Do dia 06/7/2024

CNBB expressa solidariedade por acidente com romeiros da diocese de Itapeva (SP)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil publicou neste sábado, 6 de julho, uma “Nota de Pesar pelo acidente com romeiros da Diocese de Itapeva (SP). O ônibus fretado por grupo de romeiros que seguia, dia 5 de julho, de Itapeva até o Santuário Nacional de Aparecida, em Aparecida (SP), colidiu às 0h17 com um pilar de sustentação no km 171 da Rodovia Francisco da Silva Pontes, deixando um saldo de 10 mortos. Além dos motorista, estavam a bordo 51 passageiros.

    No documento, a presidência da CNBB manifesta suas palavras de solidariedade. “É com profundo pesar que recebemos a notícia do trágico acidente envolvendo o ônibus de romeiros vindo de Ribeirão Branco (SP) para o Santuário de Aparecida (SP). (…). Neste momento de grande tristeza, nós, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, expressamos nossa solidariedade e nossas mais sinceras condolências à Dom Eduardo Malaspina, bispo da diocese de Itapeva, aos familiares e amigos das vítimas. Compartilhamos a dor de cada um e elevamos nossas preces ao Pai Misericordioso para que acolha as almas daqueles que partiram, concedendo-lhes a paz eterna.”

Íntegra da nota

Nota de Pesar pelo acidente com romeiros da Diocese de Itapeva

Após o conhecimento do acidente envolvendo um ônibus de romeiros da diocese de Itapeva, em direção ao Santuário Nacional de Aparecida, a presidência da CNBB deseja manifestar suas palavras de solidariedade. “‘Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais’ (Jo 11,25-26).

É com profundo pesar que recebemos a notícia do trágico acidente envolvendo o ônibus de romeiros vindo de Ribeirão Branco (SP) para o Santuário de Aparecida (SP). O acidente resultou na perda de 10 vidas preciosas, causando uma dor imensurável às famílias, amigos e toda a comunidade.

Neste momento de grande tristeza, nós, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), expressamos nossa solidariedade e nossas mais sinceras condolências à Dom Eduardo Malaspina, bispo da diocese de Itapeva, aos familiares e amigos das vítimas. Compartilhamos a dor de cada um e elevamos nossas preces ao Pai Misericordioso para que acolha as almas daqueles que partiram, concedendo-lhes a paz eterna.

Também nos unimos em oração pelos feridos, pedindo ao Senhor que lhes conceda uma recuperação rápida e plena. Que Deus, em sua infinita bondade, fortaleça e conforte os corações de todos os envolvidos e suas famílias, oferecendo-lhes a força necessária para superar este momento difícil.

Neste período de luto, recordamos a importância da união e do apoio mútuo. Que possamos estar próximos uns dos outros, oferecendo consolo e assistência a todos que sofrem com essa tragédia. Que a fé em Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, nos guie e inspire a buscar forças na esperança e na solidariedade.

A CNBB, por meio do Santuário Nacional de Aparecida e com o Bispo de Itapeva, Dom Eduardo Malaspina, está acompanhando e rezando. Que possamos, por meio das orações e solidariedade, encontrar caminhos de consolo e superação.” Assessoria de comunicação - CNBB

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O Papa: democracia é resolver "juntos" os problemas de todos

Em vista da visita do Papa a Trieste, no domingo, 7 de julho, para a conclusão da 50ª Semana Social dos Católicos na Itália, o jornal 'Il Piccolo' publicou um texto inédito de Francisco. Trata-se de uma introdução a uma antologia de discursos e mensagens do Papa intitulada "No coração da democracia". O volume, editado pela Livraria Editora Vaticana e pelo "Il Piccolo", é distribuído gratuitamente no domingo como um suplemento do jornal. O livro tem uma introdução do cardeal Matteo Zuppi.

Papa Francisco

É com grande satisfação que uso essas palavras para apresentar este texto que o jornal "Il Piccolo" e a Livraria Editora Vaticana oferecem aos leitores em concomitância com a minha visita a Trieste por ocasião das Semanas Sociais.

A minha presença em Trieste, cidade com forte sabor centro-europeu devido à coexistência de diferentes culturas, religiões e etnias, coincide com o evento que a Conferência Episcopal Italiana organiza nesta cidade, as Semanas Sociais dos Católicos na Itália, dedicado este ano ao tema "No coração da democracia. Participar entre história e futuro".

Democracia, como bem sabemos, é um termo que se originou na Grécia antiga para indicar o poder exercido pelo povo por meio de seus representantes. Uma forma de governo que, embora tenha se espalhado globalmente nas últimas décadas, parece estar sofrendo as consequências de uma doença perigosa, o "ceticismo democrático". A dificuldade das democracias em assumir a complexidade do tempo presente - pensemos nos problemas da falta de emprego ou no paradigma tecnocrático avassalador - às vezes parece ceder ao fascínio do populismo. A democracia tem em si um grande e indubitável valor: o de estar "juntos", o fato de o exercício do governo se realizar no contexto de uma comunidade que se confronta livre e secularmente na arte do bem comum, que nada mais é do que um nome diferente para o que chamamos de política.

“Juntos” é sinônimo de “participação”. Pe. Lorenzo Milani e suas crianças já sublinharam isso na sua Carta magistral a uma professora: "Aprendi que o problema dos outros é igual ao meu. Sair disso juntos é política, sair sozinho é avareza". Sim, os problemas que enfrentamos pertencem a todos e dizem respeito a todos. O caminho democrático é discutirmos juntos e saber que só juntos esses problemas podem encontrar solução. Porque numa comunidade como a humana não se pode salvar-se sozinho. Nem o axioma de mors tua vita mea se aplica. Pelo contrário. Até a microbiologia nos sugere que o humano está estruturalmente aberto à dimensão da alteridade e do encontro com um “você” que está à nossa frente. O próprio Giuseppe Toniolo, inspirador e fundador das Semanas Sociais, foi um estudioso de economia que compreendeu muito bem os limites do homo oeconomicus, ou seja, daquela visão antropológica baseada no "utilitarismo materialista", como ele o definiu, que atomiza a pessoa, amputando a dimensão relacional.

Eu gostaria de dizer isto, pensando hoje no que significa o “coração” da democracia: juntos é melhor porque sozinho é pior. Juntos é bonito porque sozinho é triste. Juntos, significa que um mais um não é igual a dois, mas sim a três, porque a participação e a cooperação criam o que os economistas chamam de valor adjunto, ou seja, aquele sentido positivo e quase concreto de solidariedade que nasce da partilha e da concretização, por exemplo, no ambiente público, de questões sobre as quais encontrar convergência.

Em última análise, é na palavra “participar” que encontramos o significado autêntico do que é a democracia, do que significa ir ao coração de um sistema democrático. Num regime estatista ou dirigista ninguém participa, todos assistem, passivamente. A democracia, por outro lado, exige participação, a exigência de fazer a própria parte, de arriscar o confronto, de levar seus próprios ideais, as suas razões, para a questão. Arriscar-se. O risco é o terreno fértil onde germina a liberdade. Ao passo que ficar na sacada, parado na janela para ver o que está acontecendo ao nosso redor, não apenas não é eticamente aceitável, mas também, egoisticamente, não é sábio nem conveniente.

São muitas as questões sociais sobre as quais, democraticamente, somos chamados a interagir: pensemos num acolhimento inteligente e criativo, que coopera e integra as pessoas migrantes, um fenômeno que Trieste conhece bem por estar perto da chamada rota dos Balcãs; pensemos no inverno demográfico que afeta agora de forma generalizada toda a Itália e, em particular, algumas regiões; pensemos na escolha de políticas autênticas para a paz, que coloquem em primeiro lugar a arte da negociação e não a escolha do rearmamento. Em resumo, aquele cuidado pelos outros que Jesus nos indica continuamente no Evangelho como a atitude autêntica de ser pessoa.

De Trieste, cidade com vista para o Mar Mediterrâneo, um caldeirão de culturas, religiões e povos diferentes, metáfora da fraternidade humana a que aspiramos nestes tempos ofuscados pela guerra, possa brotar um compromisso mais convicto por uma vida democrática plenamente participativa e voltada para o verdadeiro bem comum.

Fonte: Vatican News – na imagen, Livro "No coração da democracia. Participar entre a história e o futuro"

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O Papa aos jovens romenos: não se tornarem escravos do celular

Francisco respondeu a uma carta dos participantes de um encontro diocesano, convidando os jovens a transmitir valores "que edificam" na web com coragem e criatividade, mas evitando se tornarem "escravos do celular". Saiam para o mundo, "olhem seus irmãos e irmãs nos olhos".

Vatican News

"Sejam portadores de esperança e construtores de pontes, usando todos os instrumentos disponíveis para semear bondade e amor no mundo": foi o que escreveu o Papa Francisco aos jovens romenos da diocese de Iasi, em resposta à carta enviada em meados de maio através do cardeal Pietro Parolin. O Secretário de Estado participou do encontro diocesano de jovens em Iasi nos dias 18 e 19 de maio, convidado pelo bispo, dom Iosif Păuleț. Em sua mensagem, o Papa incentiva os jovens a usarem as redes sociais "com coragem e criatividade, transmitindo valores que edificam: amizade, paz, diálogo entre etnias e culturas, a família e os valores cristãos". E pede que eles tomem cuidado para não se tornarem escravos do celular e para não ficarem presos à vida virtual, em detrimento da vida real.

A verdadeira riqueza está nos relacionamentos diretos e sinceros

 "Saiam pelo mundo, encontrem as pessoas, ouçam suas histórias, olhem nos olhos de seus irmãos e irmãs. A verdadeira riqueza está nas relações humanas vividas todos os dias, no contato direto e sincero". Além disso, o Pontífice os convida a participarem do encontro nacional de jovens, que será realizado no distrito de Brasov em setembro. "Será uma oportunidade preciosa para crescer juntos na fé", escreve, "para compartilhar experiências e fortalecer seu caminho cristão". "Não se esqueçam de rezar por mim", pede finalmente o Papa Francisco: "o apoio espiritual de vocês é um dom inestimável que me ajuda a servir a Igreja e a humanidade."

Fonte: Vatican News – na imagem, Jovens na última JMJ de Lisboa em agosto de 2023.  (Vatican Media)

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Dom Gallagher: a autoridade do bispo, um entrelaçamento de coerência e paciência

O Arcebispo Secretário para Relações com Estados e Organizações Internacionais, Dom Paul Richard Gallagher em visita às Filipinas, reuniu-se com bispos locais em Malaybalay: liderança de serviço não significa timidez ou silêncio diante do mal, mas o exercício da autoridade moral quando os poderes do mundo se tornam perseguição

L’Osservatore Romano

"Às vezes pode parecer que nossa pregação e nossos ensinamentos caem no vazio e não têm nenhum efeito perceptível. Mas lembremo-nos de que é em nossa constância e coerência, sempre com caridade, que se exerce a nossa autoridade moral como bispos. Devemos ser pacientes e confiar no poder do Senhor". Esse é o convite feito, "no nosso atual momento histórico", pelo Secretário para Relações com Estados e Organizações Internacionais, Arcebispo Paul Richard Gallagher, na missa celebrada em 4 de julho na Abadia da Transfiguração em Malaybalay, como parte de sua viagem às Filipinas que se realiza de 1 a 6 de julho.

O martírio da paciência

Diante de vários bispos do país asiático, incluindo o Cardeal José F. Advincula, Arcebispo de Manila, e o Presidente da Conferência Nacional dos Bispos (CBCP), Bispo Pablo Virgilio S. David de Kalookan o Arcebispo disse em sua homilia: “Recordo-me do título do livro publicado pelo Cardeal Agostino Casaroli sobre a diplomacia da Santa Sé nos anos que culminaram com as mudanças de 1989, “O martírio da paciência”. Ser pacientes, pregar e ensinar com calma e convicção, como diz São Paulo, "nos bons e nos maus momentos": essa é uma forma de martírio. É nesse testemunho coerente e paciente que se manifesta a nossa autoridade moral como bispos", disse Gallagher. "Nosso poder vem de Cristo, mas esse poder - que é d'Ele - torna-se evidente por meio de nossa autoridade como Seus discípulos e servos. Então, decidamos sempre ser e agir como pastores 'secundum cor Christi'". Entretanto, disse Dom Gallagher, "a liderança de serviço não significa que somos chamados a ser tímidos, silenciosos ou cúmplices diante da injustiça e do mal. Há momentos em que nós, como bispos, como líderes servidores, devemos usar nossa autoridade moral para nos opormos à autoridade dos poderes deste mundo. Pensemos no exemplo de São Óscar Romero e de inúmeros mártires da história da Igreja. Como nos ensina o Compêndio da Doutrina Social da Igreja, "quando o poder humano sai dos limites da vontade de Deus, se autodiviniza e exige submissão absoluta, torna-se a Besta do Apocalipse, imagem do poder imperial perseguidor", acrescentou Gallagher.

Família, crise demográfica

E é precisamente o Compêndio da Doutrina Social da Igreja, cujo 20º aniversário de publicação celebra-se em 2024, que serviu de fio condutor para o discurso do prelado ao episcopado filipino no mesmo dia, também na Abadia da Transfiguração. Dom Gallagher abordou quatro temas principais do documento: a família, a crise demográfica, a relação entre comunicação e política e, por fim, as migrações. “Quando refletimos sobre a importância da família", disse o Arcebispo, "podemos começar reconhecendo que as Filipinas são abençoadas com uma cultura familiar particularmente forte. Por motivos religiosos, sociais, econômicos e culturais, a família - ou o que em outras culturas é chamado de "família alargada" - é fundamental para a vida filipina. Essa realidade tem inúmeras manifestações na sua cultura”, continuou o Dom Gallagher, "podemos pensar no exemplo dos avós nas províncias que cuidam dos netos quando seus pais trabalham em Manila ou no exterior". Além disso, "as crianças são tradicionalmente vistas pelos filipinos como uma grande bênção e tempos atrás as famílias numerosas eram comuns". No entanto, lamentou Dom Gallagher, o mundo atual é marcado por uma crise demográfica sem precedentes, um problema evocado várias vezes pelo Papa Francisco e que não poupa nem mesmo as Filipinas. Grande parte da economia do país, de fato, "depende do 'capital humano', ou seja, do grande número de filipinos em idade ativa, tanto aqui como no exterior". "Mas uma taxa de fertilidade em rápido declínio mudará essa realidade", alertou o prelado.

Igreja Católica e Comunidade política

O terceiro tema evocado foi a relação entre comunicação de informações e força da democracia. Esta última, "para funcionar, requer o livre fluxo de informações, a capacidade de trocar informações e verificar os fatos à medida que são apresentados, com abertura para propor novas soluções". "Após a seção do Compêndio dedicada à informação e à democracia", continuou o arcebispo, "há a seção sobre a Igreja Católica e a comunidade política, que é particularmente importante e útil para nós, bispos, ao tentarmos navegar nas águas às vezes agitadas do relacionamento entre a Igreja e seu clero, por um lado, e as autoridades políticas, por outro". "Os princípios são claros", disse Gallagher: "a ordem política goza de sua própria autonomia legítima, que a Igreja é chamada a respeitar, assim como a própria Igreja espera que sua liberdade não seja infringida pelas autoridades políticas".

Com relação ao último tópico, o das migrações, o prelado lembrou que as Filipinas são um país com um número muito alto de pessoas trabalhando no exterior. “A Igreja, tanto nas Filipinas quanto em países do mundo todo, é, portanto, chamada a fazer todo o possível para cuidar e proteger os filipinos no exterior".

(Charles de Pechpeyrou)

Fonte: Vatican News

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Meios de comunicação europeus à prova da Inteligência Artificial

Realizou-se em Limassol, Ilha de Chipre, a Assembleia geral da União Europeia de Radiodifusão (Ebu), da qual a Rádio Vaticano também participou. O tema central do encontro foi “O papel dos meios de comunicação de serviço público em uma era de fortes polarizações e o impacto da Inteligência Artificial no mundo da comunicação”.

Vatican News

“Os meios de comunicação social de serviço público são chamados a desempenhar um papel, cada vez mais importante, na defesa do sistema democrático, em um período caracterizado por fortes polarizações na política e na sociedade”: eis a mensagem lançada em Limassol, cidade no sul de Chipre, acaba de se realizar a Assembleia geral da União Europeia de Radiodifusão, uma associação que reúne estações públicas de rádio e televisão da Europa. A Rádio Vaticano também estava presente, representada por Alessandro Gisotti, vice-diretor editorial do Dicastério para a Comunicação. Os trabalhos, inaugurados pelo Presidente da República Cipriota, Nikos Christodoulides, dedicou grande espaço ao impacto que a Inteligência Artificial (IA) poderá ter no domínio da informação e na profissão dos jornalistas e agentes de comunicação.

O diretor-geral da Ebu, o irlandês Noel Curran, destacou “a necessidade de estar atualizados sobre os processos de transformação tecnológica e observou: “Se, por um lado, devemos nos beneficiar desta nova tecnologia, por outro é urgente salvaguardar os valores da informação, a partir da busca da verdade, que poderá ser ameaçada, perigosamente, por um uso indevido da Inteligência Artificial. Durante o encontro de cúpula dos meios de comunicação social europeus, foi apresentado um relatório sobre a credibilidade do jornalismo na época da IA, que reitera: “A informação tem a tarefa insubstituível de narrar fatos e histórias de pessoas e comunidades. Os algoritmos, que ditam tempos e métodos das novas tecnologias, são baseados, exclusivamente, no cálculo das probabilidades”. Foi dedicada atenção especial também à questão da privacidade e das datas-bases que, hoje mais do que nunca, podem representar um risco para a liberdade das pessoas, se não for garantida a sua utilização correta e regulamentada.

O ex-presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, também interveio no evento de Limassol, confrontando-se com os participantes sobre os desafios que o surgimento de formações políticas populistas, resultados das últimas eleições europeias, colocam aos meios de comunicação de serviço público. A assembleia geral confirmou, por outro biênio, a presidência de Delphine Ernotte, que, desde 2015, é responsável pela France Télévisions. A próxima plenária da Ebu se realizará em Lausanne, na Suíça, no próximo mês de dezembro.

Fonte: Vatican News

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Prevenção das toxicomanias: importância de construir relações saudáveis

O Padre Carlos Olivero, um dos promotores da Pastoral Latino-Americana de Acompanhamento e Prevenção de Vícios (PLAPA), sugere “ter coragem de conversar e não se fechar, apostando em relações saudáveis”. Estes são alguns conselhos para tantos jovens, que se sentem desorientados e encontram nas drogas uma forma de “fuga” em suas dolorosas realidades.

Sebastián Sansón Ferrari - Vatican News

“Queremos que em todos os lugares, onde o sofrimento, ligado ao uso de substâncias, aumenta e deixa as pessoas desnorteadas, a Igreja se organize como uma família que abraça. Esta afirmação do Papa nos dá uma enorme alegria e nos encoraja a continuar trabalhando”: assim decidiram os membros da Rede de Pastoral Latino-Americana de Acompanhamento e Prevenção de Vícios (PLAPA), quando o Santo Padre mencionou, na sua última catequese, antes do verão, o trabalho desta instituição como esforço da Igreja na América Latina para combater o flagelo da toxicomania. Foi o que recordou o sacerdote argentino, Padre Carlos Olivero, um dos promotores da Rede de Pastoral.

Por ocasião do “Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas”, o Papa Francisco fez um apelo a todos os cristãos e comunidades eclesiais para renovar seu compromisso, com a oração e o trabalho, contra as substâncias psicoativas.

A Rede PLAPA nasceu do resultado de uma reunião, convocada pelo Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (CELAM), que se realizou, virtualmente, em fevereiro de 2023. Participaram do encontro representantes de mais de 40 organizações eclesiais de 13 países do Continente, com o intuito de enfrentar, de modo global, as problemáticas do consumo, nas regiões mais vulneráveis da América Latina e Caribe.

Até então, este fenômeno era tratado de forma isolada e sem articulação. De fato, o estatuto da Rede reconhece que “a dependência constitui um problema, que afeta a todos, independentemente da diversidade de geografias e de contextos sociais, culturais, religiosos ou etários. Apesar das diferenças, queremos nos apresentar como rede: compartilhar experiências, entusiasmos e dificuldades”.

Assim, explica o sacerdote argentino, “entendemos que todos nós tínhamos que nos unir”. Por isso, entre outras ações, elaboraram um documento de identidade para lançar as bases do movimento. Segundo Padre Olivero, há elementos muito importantes na organização da comunidade; portanto, ele propôs o modelo de escolas abertas, em sintonia com o sistema preventivo de Dom Bosco, “que envolvem a vida e a acolhem”; sugere também o desenvolvimento de clubes, especialmente em ambientes que precisam de oportunidades saudáveis para o tempo livre.

O sacerdote acrescentou ainda: “Falamos de capelas, escolas e clubes como instituições, que devem ser encorajadas, para cuidar da vida, sobretudo, dos mais jovens. Nestes contextos, devem ser acompanhadas as situações de bullying e de acesso à pornografia, sobre as quais é preciso educar como dimensões da pessoa humana”.

Padre Carlos Olivero assegura ainda: “Algumas Conferências Episcopais estão mais avançadas na resposta às necessidades concernentes ao problema, como a ‘Pastoral da Sobriedade’, no Brasil, a Comissão de Pastoral Nacional de Prevenção de Dependências e Toxicomanias, na Argentina, entre outras. Por outro lado, outros Episcopados não focalizaram a questão, mas realizam iniciativas em diversas dioceses: “O importante é dizer que a Igreja está fazendo alguma coisa, pois se a resposta fosse deixada somente aos especialistas, pareceria que as nossas comunidades nada querem fazer. Porém, quando se organizam e acompanham a vida, compartilham o tempo e nutrem este vínculo social, têm muito a oferecer na defesa da vida”.

A Rede PLAPA recorda, por fim, o sacerdote, “tem algo que é nosso e que tem a ver com a missão eclesial, ou seja, acompanhar as pessoas que se complicam e as crianças antes de se complicarem”.

Criar espaços de escuta

A Rede de Pastoral se dedica também a ajudar os muitos jovens feridos, que não encontram o sentido da vida, vivem em situações de vários sofrimentos e encontram “refúgio” nas drogas. A eles, o Padre Olivero dedica uma mensagem especial, lembrando: “É muito importante buscar uma pessoa de referências para conversar, ou seja, uma pessoa amorosa, que saiba ouvir com respeito e sem julgar”. Da mesma forma, a Rede incentiva também a criar espaços de escuta: “É importante que a pessoa, que passa por isso, não fique sozinha, não se feche, não desista. É fundamental apostar na vida, uma vida que se expressa no estudo, amizade, namoro, trabalho... Quanto mais se fechar e tiver menos relacionamentos, mais se complica. Por isso, é preciso buscar relacionamentos saudáveis, ouvir o coração, apostar na vida”.

Fonte: Vatican News – na imagem, A Pastoral da Sobriedade no Brasil é uma das expressões do compromisso da Igreja na América Latina na luta contra as drogas  (Pastoral Latinoamericana de Acompañamiento y Prevención de Adicciones)

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Diretor Caritas Trieste: do Papa um convite à esperança

Antes da chegada de Francisco a Trieste, capital da região Friuli-Venezia Giulia, no domingo, 7 de julho, para o encerramento da 50ª Semana Social dos Católicos da Itália, o diretor da Caritas diocesana, pe/ Giovanni La Manna, fala da expectativa da população: “Em sua breve permanência em Friuli, norte da Itália, antes da Santa Missa, o Papa vai se encontrar com um grupo de imigrantes, em relação aos quais se respira um clima cultural de medo e rejeição, mas devem ser acolhidos com dignidade.

Adriana Masotti - Cidade do Vaticano

Foi apresentado, recentemente, aos meios de comunicação, o segundo relatório intitulado “Vidas Abandonadas", sobre a situação e as necessidades das pessoas migrantes, que chegam a Triste da rota dos Balcãs. O relatório, elaborado pela Rede de Solidariedade de Trieste, composta por várias instituições, contém uma análise precisa das chegadas de migrantes à cidade, durante 2023 e nos primeiros meses de 2024: nacionalidades, famílias, menores estrangeiros não acompanhados, destino da viagem, pedidos de asilo, transferências, ajudas, condições e assistência no campo da saúde. O relatório termina com recomendações precisas, dirigidas às diversas instituições e autoridades competentes, e com a indicação de intervenções urgentes e necessárias, para o cumprimento das normas vigentes e a proteção dos direitos humanos fundamentais.

Aumento das chegadas em 2023, em relação ao ano anterior

O relatório apresenta alguns dados, com um aumento de mais de 20%, em relação a 2022: mais de 40 migrantes chegaram diariamente a Trieste, o primeiro porto seguro, após as fugas devido às perseguições, guerras e situações de violência em seus países. O relatório não apresenta números de desembarques nas costas da Itália, mas o fluxo é ininterrupto. Em 2023, as entradas das rotas dos Balcãs aumentaram para mais de 16 mil, em relação ao ano anterior que foram 13.127. O restabelecimento dos controles na fronteira ítalo-eslovena, decidido em 21 de outubro de 2023, com a suspensão do acordo de Schengen, na fronteira com a Eslovênia, devido ao risco de infiltração terrorista, teve pouca incidência.

Fechamento dos Silos

A grande maioria dos migrantes são homens, mas há também muitas mulheres, menores não acompanhados e inteiras famílias, que vêm do Afeganistão, Paquistão, Turquia, Síria e Bangladesh. Os lugares de acolhida, disponíveis para os que chegavam, eram muito inferiores, tanto que foram utilizados os Silos, estabelecimentos para a conservação de cereais abandonados e em condições precárias, como abrigos temporários, mas que poderiam durar alguns meses. Os ocupantes dos Silos foram despejados, por ordem da administração local, em 21 de junho: 160 migrantes ali abrigados foram transferidos para outras regiões, como a Lombardia e a Sardenha. Para os recém-chegados a Trieste são propostas soluções improvisadas. Durante 2023, o número dos requerentes de asilo, que viviam nas ruas, era entre 100 e um máximo de 500.

O Papa vai se encontrar com um grupo de migrantes

Neste domingo, 7 de julho, o Papa Francisco estará em Trieste para o encerramento da 50ª Semana Social dos Católicos da Itália, em andamento desde a última quarta-feira. Trata-se de uma visita breve, mas está previsto um encontro com um grupo de migrantes, antes da Santa Missa na Praça da Unidade da Itália.

Padre Giovanni La Manna, jesuíta, diretor da Caritas Trieste, desde outubro do ano passado, compartilha sua longa experiência, ao lado dos refugiados e requerentes de asilo, descreve à Rádio Vaticano – Vaticano News a atual situação dos migrantes em Trieste, um trabalho realizado pela Caritas, e suas expectativas para o encontro com o Papa Francisco:

Padre Giovanni, o Papa permanecerá apenas meio dia em Trieste, mas quis se encontrar com um grupo de migrantes presentes na cidade. Sabemos que Trieste está envolvida no fenômeno da imigração proveniente da rota dos Balcãs. Segundo o relatório, apresentado há poucos dias, podemos constatar que as chegadas estão em contínuo aumento, mas a situação de acolhida é crítica. O que o senhor poderia nos dizer?

“Sim, eu começaria pela situação nacional: a Itália sempre teve dificuldade em administrar o fenômeno dos migrantes, tanto que falamos sempre de ‘emergência’. Trieste é a porta de entrada para a Itália e a Europa, para as pessoas que provêm da rota dos Balcãs. Aqui, deparamo-nos com muitas dificuldades devido às situações indignas das pessoas, que tiveram que encontrar acolhida por conta própria, em lugares realmente desumanos, como os Silos. Estes, graças a Deus, foram fechados e agora tentamos dar respostas, em tempo real, aos migrantes que chegam, aos quais tentamos dar uma acolhida digna. Por isso, a Caritas diocesana de Trieste, há um ano, abriu um dormitório para estas pessoas: acolhemos o que chega, em forma de rodízio, para que sua presença não seja um fardo muito pesado para a cidade. Assim, encaminhamos os vários grupos para outros territórios da Península italiana, um modo pra resolver esta situação crítica”.

Transferências necessárias, mas o senhor falava de um dormitório, cujas vagas são sempre poucas...

“Sim, as vagas são sempre inferiores diante do afluxo, mas se conseguirmos manter um bom ritmo de rotação, como o caso de Lampedusa, que não pode acolher a todos, as coisas podem funcionar. O importante é não deixar ninguém dormindo nas ruas e sim acolhê-las em lugares dignos, enquanto aguardam suas transferências para outros territórios italianos”.

Quais são as principais necessidades das pessoas que chegam à cidade?

“Seria importante lembrar que nem todo mundo que chega a Trieste pretende ficar na cidade. Depois de percorrerem um percurso extenuante e terem sofrido violências, precisam de um lugar digno que os acolha, que cuide da sua saúde e lhes indique seus direitos de pedir e receber asilo político, enquanto decidem seu destino final”.

Padre Giovanni, o senhor poderia descrever as condições em que se encontram esses migrantes ou requerentes de asilo ao chegar a Trieste?

“As condições físicas de uma pessoa que percorreu quilômetros, sobretudo, a pé, são fáceis de imaginar. Muitos são detidos por forças policiais nas fronteiras e sujeitos a violências físicas. Eles chegam descalços e com marcas de queimaduras. Enfim, há todo um sistema que os busca desencorajar e voltar atrás”.

Qual a atitude dos cidadãos em relação a essas pessoas? Parece que, apesar das hostilidades existentes em todos os lugares por onde passam, o aspecto humano de solidariedade, além da Caritas, também está bem presente em Trieste...

“Sim, comprovamos a sensibilidade e o compromisso da cidade de Trieste quando o nosso Bispo pediu para abrir o dormitório para os migrantes, onde trabalham mais de 100 voluntários. A cidade não é insensível, mas respira-se um clima cultural de medo e rejeição. Por isso, temos que sensibilizar os habitantes com uma linguagem adequada e, sobretudo, manter encontros com os migrantes, para saber que são pessoas como nós e não uma ameaça. Além do dormitório há muitas outras realidades de voluntariado, escolas, centros diurnos de acolhida... Há um mundo que aqui em Trieste trabalha a favor destas pessoas. Todos nós somos chamados a manter uma atitude construtiva, não de oposição ou de protagonismo sobre a pele das pessoas. Isto levou ao fechamento dos Silos e ao esforço de acomodação e realocação.

Recordo que os Bispos da região de Friuli-Venezia Giulia escreveram uma Carta pastoral, recomendando a manter a realidade de hospitalidade, típica das suas comunidades. ‘A nossa região sempre foi uma área de encruzilhada e de encontros entre pessoas de diferentes proveniências, segundo a Carta dos Bispos por ocasião da suspensão do Tratado de Schengen na fronteira com a Eslovênia.

Recordar a nossa história deveria ajudar-nos a compreender a situação dessas pessoas. Trieste acolheu refugiados da Ístria, demonstrando ser uma cidade que acolhe pessoas que perderam tudo. Nós, italianos, sempre fomos migrantes! À luz desta experiência deveríamos ter maior sensibilidade com os migrantes necessitados. Os problemas do nosso país não são os migrantes, pelo contrário, mas outros como a diminuição da população e a falta de trabalho. Logo, a presença dos migrantes poderia ser uma ajuda válida quando formos contrários à vida, pelo contrário, devem ser acolhidos para que tenham tempo para recuperar suas forças em um ambiente positivo”.

Padre La Manna, o senhor tem uma longa experiência com migrantes, por dirigir o Centro Jesuíta Astalli, em Roma. Quais as novidades ou diferenças existentes entre os migrantes, que não chegam pelo Mediterrâneo, mas por uma longa viagem a pé por terra?

“Depois de onze anos de trabalho no Centro Astalli, sento-me grato por participar da escola dos migrantes, das pessoas em dificuldade e dos pobres. Agora, em Trieste, o contexto e os números são diferentes. Minha primeira impressão foi perceber esta diversidade. Roma tem um número bem maior de migrantes. Trieste é uma cidade que não tem dificuldades econômicas e, por isso, é evidente o esforço necessário para se organizar e acolher. Os esforços são possíveis, como o que conseguimos com o fechamento de lugares indignos como os Silos. Isto levou-nos a encontrar alternativas e a compreender o verdadeiro caminho a seguir. Todos os migrantes de norte a sul, em Lampedusa ou provenientes da rota dos Balcãs, são pessoas como nós. O que me deixa feliz é ter participado da escola dos mais necessitados e migrantes, em um contexto diferente que torna possível o acolhimento. O desafio é crescer cada vez mais na assistência e acolhida. As nacionalidades mudam, mas encontrei amigos afegãos, paquistaneses e pessoas, com as quais convivi por anos”.

Por fim, Padre Giovanni, quem serão os migrantes que se encontrarão com o Papa, neste domingo, no Centro de Congressos? Quais são suas expectativas?

“Este será, certamente, um momento que dará esperança concreta a tantas pessoas, com histórias e origens diferentes. Os que se encontrarão com o Papa serão as pessoas que acabaram de chegar e que tiveram a oportunidade de fazer um percurso aqui em Trieste: solteiros, mulheres com filhos e núcleos familiares”.

Fonte: Vatican News

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RD do Congo, um sacerdote: aqui a violência mata, o Papa nos faz sentir amados

No país da África Central, cenário de sangrentos confrontos armados, a denúncia de um religioso que está em uma das áreas mais atingidas: "Para evitar ser massacrado, as pessoas dormem na rua. Carros do serviço humanitário foram incendiados e materiais destinados a um hospital foram destruídos". Agradecimento a Francisco pela sua proximidade e suas orações

Federico Piana - Vatican News

“A situação é dramática, há um grande clima de pânico entre a população”. A voz do sacerdote vem da diocese de Butembo-Beni, no sudeste da República Democrática do Congo, uma das áreas mais atingidas pela violência e pelos confrontos armados que vêm deixando o país centro-africano de joelhos há algum tempo. O religioso, que por motivos de segurança deseja manter o anonimato, consegue entrar em contato com a mídia do Vaticano de forma ousada porque, segundo ele, tornou-se muito difícil usar os meios normais de comunicação e a guerrilha não poupa nem mesmo repetidores de telefone ou a Internet, que estão se tornando cada vez mais inacessível.

Saques e roubos

O sacerdote relata com apreensão que o medo das pessoas decorre do fato de que os rebeldes do grupo conhecido como "M23" chegarão em breve à área vindos de Goma, a capital da província de Kivu do Norte. "O exército do governo", diz o religioso preocupado, "não consegue conter esse avanço e está abandonando suas posições. Agora os homens das brigadas nacionalistas de Wazelendo estão no controle de nossas áreas e são eles que estão tentando proteger a população". Mas entre esses jovens há muitos que não perdem uma oportunidade de saquear, roubar e matar. "Há um controle muito rígido do território. No último sábado, eles queimaram cinco carros do nosso serviço humanitário e um caminhão contendo todo o material para construir a sala de cirurgia de um hospital a 10 quilômetros da paróquia de Massereka", denuncia.

Cristãos, os mais afetados

Por medo de serem alvejados durante o sono por esses grupos de nacionalistas que vão de casa em casa em busca do inimigo a ser eliminado, os moradores dormem ao ar livre. "Os mais envolvidos nessa situação dramática são os cristãos, porque na área de Butembo-Beni eles são a maioria: portanto, os cristãos são as primeiras vítimas", diz o sacerdote, segundo o qual a Igreja também está sofrendo do ponto de vista pastoral e sacramental: "Em muitas paróquias do oeste do país não foi possível fazer a crisma dos meninos que se prepararam para esse importante evento. Agora esses nossos jovens se tornaram refugiados, escondidos sabe-se lá onde".

Ajuda aos refugiados

A Igreja local está na linha de frente para acolher as pessoas que fogem de sua cidade para deixar para trás o horror do conflito. O sacerdote explica que "por meio da Cáritas, os bispos estão tentando ficar próximos do sofrimento deles, tanto material quanto espiritualmente. E a própria Igreja está incentivando a população a ajudar, na medida do possível, esses homens e mulheres que estão vivendo um drama sem fim".

O conforto do Papa

O que conforta o sacerdote e toda a população é a proximidade constante do Papa, que não para de rezar pela paz: "Nós nos sentimos amados e apoiados. E a oração de Francisco nos estimula a sermos ainda mais ativos na busca de mediação entre as partes em conflito. Precisamos de mais comprometimento na frente de pacificação nacional", conclui. 

Fonte: Vatican News

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Bispos recém-ordenados da África Austral gratos pelo seminário sobre aconselhamento psicoespiritual

O primeiro workshop sobre aconselhamento psicoespiritual para Bispos recém-ordenados na África Austral foi considerado um sucesso pelos participantes.

Sheila Pires – Joanesburgo, para o Vatican News

Numa entrevista ao Vatican News, os Bispos recém-ordenados disseram estar "gratos" pela oportunidade de se encontrarem como jovens Bispos para abordarem questões relacionadas com o seu bem-estar, para expressarem comunhão com outros Bispos e pela oportunidade de aprendizagem.

"Para mim, pessoalmente, foi justamente saber que poderia aqui encontrar os outros e ouvir deles também alguma novidade, algo novo que me possa ajudar na minha missão, porque na formação não se aprende a ser Bispo, não é uma disciplina para aprendermos a ser Bispo ... é no terreno que se aprende, e se temos a possibilidade de trocarmos experiências com os outros, nós nos enriquecemos," disse o Bispo da Diocese de Caxito em Angola, Dom Maurício Agostinho Camuto CSSp.

Organizado pela Associação Inter-regional dos Bispos da África Austral (IMBISA), o seminário de cinco dias sob o tema "Melhorar o aconselhamento psicoespiritual na região da IMBISA", realizado na Casa de Retiros Padre Pio em Pretória, África do Sul, contou com a participação de Bispos recém-ordenados das seis Conferências episcopais que constituem o organismo regional.

Utilizando a metodologia da conversa espiritual, os Bispos recém-ordenados refletiram sobre os cuidados psicossociais na vida consagrada, a importância da saúde mental entre os sacerdotes, o trauma no ministério, bem como o bem-estar espiritual e o auto cuidado.

Para o recém-ordenado Bispo da Diocese de São Tomé e Príncipe, Dom João de Ceita Nazaré, o seminário realizado de 17 a 21 de junho, foi um bom momento de aprendizagem e de partilha.

"Realmente acaba por ser um momento bom. Em primeiro lugar de partilha, partilha de conhecimento, partilha de preocupações, partilha de projetos, e é partilha rica realmente," disse Dom de Ceita Nazaré.

E acrescentou: "Eu fui ordenado ainda este ano no dia 17 de março, então ainda estou fresquinho nessas andanças, daí estar aqui com Bispos já com mais anos de experiência episcopal cabe-se uma riqueza."

Entre os temas abordados durante o seminário de cinco dias estava a questão da saúde mental. Na conversa com o Vatican News, o Bispo Auxiliar da Arquidiocese da Beira, em Moçambique, Dom António Manuel Bogaio Constantino MCCI, disse que é uma realidade que precisa de atenção.

Em 2022, a Associação Católica de Cuidados de Saúde da África Austral (CATHCA) da Conferência episcopal dos Bispos da África Austral (África do Sul, Botswana e eSwatini) lançou o ministério católico dos cuidados de saúde a nível paroquial na Arquidiocese de Joanesburgo, seguindo-se as Dioceses de Klerksdorp, Witbank, Bethlehem, e mais recentemente a Arquidiocese de Pretória.

Fonte: Vatican News

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Sudão: agrava a crise humanitária e a violência da guerra

“Não se trata de uma guerra entre a SAF (Forças Armadas Sudanesas) e o RSF (Forças de Apoio Rápido, paramilitares). Ambos têm uma rede de indivíduos e cartéis da elite sudanesa e internacional que se beneficiam do controle de vários setores da economia”. Palavras dos Bispos da Conferência dos Bispos Católicos do Sudão (SCBC)

Vatican News

Até 24 de junho, mais de 136.000 pessoas fugiram do sudeste do Sudão devido ao aumento das violências. Quase 15 meses após o início da guerra entre o exército de Cartum  SAF (Forças Armadas Sudanesas) e o RSF (Forças de Apoio Rápido, paramilitares), a Organização Internacional de Migração da ONU atualizou o número de pessoas deslocadas somente do estado de Sennar, onde há relatos de ataques das RSF. 

A guerra

De fato, há cerca de duas semanas, os paramilitares vêm tentando conquistar a cidade do mesmo nome, um polo comercial às margens do Nilo Azul, mas também localidades menores, como Sinjah e al-Dinder. A situação no Estado vizinho de Gedaref é crítica, onde os campos de acolhida e a ajuda alimentar para os que fogem dos combates são insuficientes. Os refugiados estão bloqueados e, até agora, as tentativas de levá-los para um lugar seguro foram em vão, enquanto os suprimentos de água e alimentos estão diminuindo a cada dia. Enquanto isso, no oeste do país, grupos de ativistas relataram que pelo menos 12 pessoas foram mortas por fogo de artilharia em um mercado em al-Fashir, no norte de Darfur, cenário de confrontos ferozes entre as RSF e o exército, ao qual uniram-se milícias armadas locais.

A voz dos Bispos

Dando voz ao sofrimento do povo, os bispos da Conferência dos Bispos Católicos do Sudão (SCBC), que reúne os bispos do Sudão e do Sudão do Sul) declararam no final do seu encontro em junho na cidade de Juba: "O tecido da sociedade sudanesa foi dilacerado, com pessoas chocadas, traumatizadas e incrédulas com o nível de violência e ódio". A declaração também denunciou os interesses egoístas que desencadearam o conflito: "Não se trata simplesmente de uma guerra entre dois generais, pois o exército está inextricavelmente enraizado na vida econômica do país, e tanto a SAF (o exército) quanto a RSF (os paramilitares) têm uma rede de ricos indivíduos e cartéis da elite sudanesa e internacional que se beneficiam do controle de vários setores da economia." Na verdade, os dois partidos em guerra controlam, cada um, setores importantes da economia sudanesa e estão ligados a patrocinadores externos que continuam a fornecer armas cada vez mais sofisticadas, como drones.

Fonte: Vatican News

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As surpresas arqueológicas na Piazza Pia, em Roma

Prosseguem os trabalhos de desmantelamento das fullonicas da época imperial, recentemente descobertas durante as obras de requalificação em vista do Jubileu, operações realizadas em paralelo com as escavações estratigráficas que trouxeram à luz algumas importantes estruturas antigas, com fases da primeira metade de o primeiro século DE ANÚNCIOS. Em particular, surgiram os restos de um pórtico com vista para o Tibre e grandes jardins pertencentes ao imperador Calígula.

Maria Milvia Morciano – Cidade do Vaticano

Um luxuoso jardim à margem do Tibre: esta é a mais recente descoberta, fruto das escavações arqueológicas na Piazza Pia, na área onde será construída uma esplanada para pedestres com passagem subterrânea para veículos, em vista do próximo Jubileu. O jardim é delimitado por um poderoso muro de terraceamento em travertino, paralelo ao curso do rio, ao longo do qual se colocam as fundações de tijolo de um pórtico com colunas.

Após a descoberta da grande oficina artesanal onde eram realizadas as diferentes fases do processamento dos tecidos, da segunda metade do século II dC., ou seja, de uma lavanderia muito bem conservada em todas as suas partes - desde as dolia, grandes potes "decapitados" usados como cubas para lavar roupas, até as três cubas para enxaguar - agora a escavação, conduzidas pela Superintendência Especial de Roma, dirigida por Daniela Porro, coordenadas a campo pela arqueóloga Dora Cirone, com a direção científica de Alessio De Cristofaro, documentou outras três fases de construção, desde a época augusta até à de Nero.

Entre os achados, de notável importância está o que restou de uma fistula aquaria, em chumbo, ou seja, de um duto hídrico no qual se lê a inscrição, C(ai) Caesaris Aug (usti) Germanici, Caio César Augusto filho de Germânico: trata-se de Calígula , imperador de 37 a 41 DC.

Podemos assim dar um nome ao proprietário do abastecimento hídrico, e portanto de toda a área, e datar a primeira intervenção predial deste complexo. A inscrição também é muito importante por outros motivos, observou Alessio de Cristofaro, porque nos faz compreender como também esta área fazia parte dos Horti de Agripina, mãe de Calígula.

No século passado, a descoberta na Piazza Pia de outras fístulas de chumbo com a inscrição do nome de Júlia Augusta, ou seja, com toda a probabilidade Lívia Drusila, a segunda esposa de Augusto e avó de Germânico, leva a deduzir de que a vila era uma herança transmitida entre os membros da família augusta até Calígula.

Particularmente refinadas entre os achados estão algumas lajes de Campana da primeira metade do século I, reutilizadas mais tarde para cobrir esgotos. Trata-se de relevos em terracota feitos em matriz, figurados e pintados com cenas heráldicas e mitológicas que originalmente se destinavam a decorar um teto.

As descobertas arqueológicas revelam o passado, mas também despertam emoções e sugestões. Não é difícil imaginar o luxuoso jardim imperial com vista para o Tibre. E as imagens ficam mais claras se algumas fontes literárias convergem e fortalecem os dados dos achados materiais. Fontes que parecem aludir a esta área da margem direita do Tibre.

Fontes literárias e descobertas materiais

Filone de Alexandria, conta em De legatione ad Gaium sobre quando foi embaixador em Roma para pedir o fim das perseguições contra os judeus de Alexandria. Tentou encontrar pela primeira vez Calígula que, relata, "depois de nos ter saudado pela primeira vez na planície do Tibre, saindo dos jardins que lhe foram deixados pela mãe, repetiu a saudação e acenou com a mão direita em sinal de benevolência...". Filone fala então de uma parte fora dos Horti de Agripina, perto de uma entrada nas proximidades do Tibre.

Sêneca, no diálogo De ira, escreve: Calígula, “ao passear naquele caminho dos jardins de sua mãe, que divide o pórtico do rio, mandou decapitar alguns deles à luz de lampiões, rodeado de matronas e outros senadores...”. Neste caso a descrição é ainda mais precisa e parece dar substância aos achados na Piazza Pia, falando dos jardins e de um pórtico da sua Villa degli Horti de sua propriedade e que pertenceu à sua mãe.

Nas passagens, escritas imediatamente após a morte do imperador, Fílone escreve sobre a insensibilidade de Calígula aos pedidos dos judeus de Alexandria e Sêneca sobre sua brutalidade inútil para com os próprios senadores, mas muito claro em ambos é a estreita ligação topográfica entre os Hortos e o Tibre, como ficou evidente com as novas descobertas na Piazza Pia.

Fonte: Vatican News – na imagem, complexo da lavanderia do século II DC descoberta no prédio em frente à Rádio Vaticano

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Coréia do Sul: Vaticano aprova o processo de beatificação do Cardeal Stephen Kim Sou-hwan 

A fama de santidade do Cardeal Kim persiste na Coréia do Sul, desde sua morte em 2009.

Para que uma pessoa seja declarada beata, o bispo da diocese deve pedir à Santa Sé que se pronuncie sobre a proposta de beatificação. De acordo com a Arquidiocese de Seul, o Arcebispo Peter Chung Soon-taick, de Seul, recebeu uma carta, em 18 de junho, do Dicastério para as Causas dos Santos da Cúria Romana, concedendo o ‘Nihil Obstat’ para o início da causa de beatificação do Cardeal Stephen Kim Sou-hwan, o que significa que o dicastério não tem objeção à beatificação do cardeal após revisão. Como resultado, o Cardeal Kim recebeu o título de “Servo de Deus”, que se refere àqueles que esperam pela beatificação oficial.

O bispo auxiliar de Seul, Dom Job Koo Yob foi nomeado para presidir a comissão arquidiocesana para investigar a vida do cardeal Kim, as virtudes heroicas e a fama de santidade. “O cardeal Kim Soo-hwan é o 11º arcebispo de Seul e serviu como bispo por 30 anos, desde sua ordenação em 1968 até sua aposentadoria em 1998. Ele era respeitado e amado por muitos pelo seu exemplo de virtude pessoal, sua dedicação ao crescimento da Igreja coreana e suas contribuições para a democracia e a promoção dos direitos humanos”.

O cardeal Kim era chamado de “amigo dos pobres e marginalizados”. “Ele praticou seu amor até o fim e doou suas córneas”.

Os católicos do país expressaram repetidamente seu desejo de canonizar o Cardeal Kim, que desempenhou um papel fundamental nas esferas cívica e religiosa da Coreia do Sul. Ele nasceu em 1922 e foi ordenado sacerdote em 1951. Estudou filosofia na Universidade Católica de Jochi Daigaku, em Tóquio, e sociologia na Universidade Munster, na Alemanha. Foi ordenado bispo da diocese de Masan em 1966 e arcebispo de Seul em 1968. Em 1969, o Papa Paulo VI o fez cardeal. Foi presidente da Conferência Episcopal Católica da Coreia de 1973 a 1977 e da Federação da Conferência Episcopal da Ásia (FABC) de 1974 a 1977.

A Arquidiocese Católica de Seul decidiu prosseguir com o processo de beatificação do Cardeal Kim em março do ano passado, e a Conferência Episcopal Católica da Coreia concordou por unanimidade com a decisão durante sua assembleia geral ordinária em outubro. A Igreja Católica sul-coreana tem 103 santos e 124 beatos, incluindo Santo André Kim Taegon.

Fonte: Gaudium Press

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Do dia 05/7/2024

Comissão para a Cultura e a Educação da CNBB promove XXII Encontro Nacional da Pastoral da Educação, de 15 e 17 de novembro

Com o tema “Educadores: Peregrinos de Esperança” a Comissão Episcopal para Cultura e Educação da CNBB prepara o XXII Encontro Nacional da Pastoral da Educação (Enape) que acontecerá entre os dias 15 e 17 de novembro em Vitória, no Espírito Santo, entre os dias 15 e 17 de novembro de 2024.

Em sua 22ª edição, o encontro tem sido um momento importante para refletir a realidade da missão da Igreja no ambiente educativo, partilhar experiências pedagógicas e pastorais assim como delinear propostas de ação para o horizonte de nossa presença no mundo da educação.

O encontro acontecerá em formato híbrido, com um grupo presencial em Vitória (ES) e com a transmissão pelo YouTube. Os inscritos, em ambos os formatos receberão certificação de participação pela UniSales. As vagas para participação presencial são limitadas, os interessados devem entrar em contato com os coordenadores da Pastoral da Educação em seus respectivos regionais ou pelo e-mail educacao@cnbb.org.br.

“Nosso compromisso com uma educação humanizadora e comprometida com o bem comum se fundamenta em nossa adesão à pessoa de Jesus: caminho, verdade e vida (Jo, 14,6). Ele é a nossa esperança, a razão pela qual assumidos com ousadia, paixão e criatividade a missão de educar. Como peregrinos de esperança, nos colocamos no caminho de preparação para o XXII Encontro Nacional da Pastoral da Educação”, afirmou o bispo de Rubiataba-Mozarlândia e referencial para o Setor Educação da CNBB, dom Francisco Agamenilton.

O cartaz do XXII Enape

Em comunhão com o Papa Francisco e a proposta do Jubileu de 2025, o cartaz do XXII Enape traz como tema Educadores: Peregrinos de Esperança”.

O tema da esperança é essencial em todos os âmbitos da sociedade, mas, de forma especial, a educação deve ser, por excelência, o seu lugar de cultivo e fomento, pois educar é um ato de esperança.

Na imagem, São José de Anchieta, Apóstolo do Brasil e grande modelo de educador, inspira os agentes da Pastoral da Educação a serem nas águas agitadas do mundo educativo, sinais de esperança. Como peregrinos de Esperança os participantes do XXII Enape farão sua romaria ao Santuário Nacional de São José de Anchieta durante o encontro.

Ao fundo da imagem está o Convento da Penha, ícone da cidade de Vitória e convite a seguir o modelo educativo de Maria, mãe e mestra. 

Fonte: CNBB

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Podcasts aprofundarão temas da Cartilha de Orientação Política do regional Sul 2 da CNBB

Este é o 9º ano que o regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lança uma Cartilha de Orientação Política. Em 2024, a esperança é o tema base de todo o conteúdo da Cartilha, que leva o lema bíblico: “A esperança não decepciona” (Rm 5,5).    

O texto da cartilha tem por característica ser objetivo, didático, dinâmico e com uma linguagem de fácil compreensão, a fim de que possa ser utilizado por todas as pessoas. Sendo assim, ele não aprofunda os assuntos mencionados, mas inspira a produção de outros materiais, em diversos formatos.   

Neste contexto, com o objetivo de aprofundar os temas da cartilha, a partir do dia 10 de julho serão publicados podcasts de entrevistas com especialistas. A série de podcasts, que leva o nome “A política melhor”, será conduzida pela jornalista e assessora de comunicação do Regional Sul 2 da CNBB, Karina de Carvalho Nadal, e pelo jornalista e radialista, membro da coordenação do setor rádio da Signis Brasil, Jorge Teles.  

Serão 12 episódios, publicados semanalmente às quartas-feiras, nos quais serão convidados especialistas e peritos para abordar os temas da cartilha. O episódio de estreia será na quarta-feira, 10 de julho, com o tema “Política: razões para ter esperança”. O entrevistado será o arcebispo de Londrina e presidente do regional Sul 2 da CNBB, dom Geremias Steinmetz.  

A série de podcasts “A política melhor” está disponível no Spotify: https://bit.ly/3XJDKit

Fonte: CNBB

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Divulgado programa da Viagem Apostólica do Papa à Ásia

De 2 a 13 de setembro de 2024, o Santo Padre visitará a Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor Leste e Singapura.

Vatican News

Foi divulgado nesta sexta-feira, 5 de julho, o programa da Viagem Apostólica do Papa Francisco ao continente asiático, que inclui etapas na Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor Leste e Singapura. (Os horários indicados correspondem à hora local):

Segunda-feira, 2 de setembro de 2024 - ROMA

17:15 Partida do Aeroporto Internacional de Roma/Fiumicino para Jacarta  

Terça-feira, 3 de setembro de 2024 - JACARTA (Capital da Indonésia)

 

11:30 Chegada ao Aeroporto Internacional de Jacarta “Soekarno-Hatta”  

11:30 ACOLHIMENTO OFICIAL  

   

Quarta-feira, 4 de setembro de 2024 - JACARTA 

09:30 CERIMÔNIA DE BOAS-VINDAS na área externa do Palácio Presidencial “Istana Merdeka”  

10:00 VISITA DE CORTESIA AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA no Palácio Presidencial “Istana Merdeka”  

10:35 ENCONTRO COM AS AUTORIDADES, COM A SOCIEDADE CIVIL E COM O CORPO DIPLOMÁTICO na Sala do Palácio Presidencial “Istana Negara” Discurso do Santo Padre

11:30 ENCONTRO PRIVADO COM OS MEMBROS DA COMPANHIA DE JESUS na Nunciatura Apostólica  

16:30 ENCONTRO COM OS BISPOS, SACERDOTES, DIÁCONOS, CONSAGRADOS/AS, SEMINARISTAS E CATEQUISTAS na Catedral de Nossa Senhora da Assunção Discurso do Santo Padre

17:35 ENCONTRO COM OS JOVENS DE SCHOLAS OCCURRENTES na Casa da Juventude “Grha Pemuda”  

   

Quinta-feira, 5 de setembro de 2024 - JACARTA

09:00 ENCONTRO INTER-RELIGIOSO na Mesquita “Istiqlal” Discurso do Santo Padre

10:15 ENCONTRO COM OS ASSITIDOS PELAS OBRAS DE CARIDADE na Sede da Conferência Episcopal da Indonésia  

17:00 SANTA MISSA no Estádio “Gelora Bung Karno” Homilia do Santo Padre

   

Sexta-feira, 6 de setembro de 2024

JACARTA – PORT MORESBY (Capital da Papua-Nova Guiné)

 

09:15 CERIMÔNIA DE DESPEDIDA no Aeroporto Internacional de Jacarta “Soekarno-Hatta”  

09:45 Partida do Aeroporto Internacional de Jacarta “Soekarno-Hatta” para Port Moresby  

18:50 Chegada ao Aeroporto Internacional de Port Moresby “Jacksons”  

18:50 CERIMÔNIA DE BOAS-VINDAS

   

   

Sábado, 7 de setembro de 2024 - PORT MORESBY

09:45 VISITA DE CORTESIA AO GOVERNADOR GERAL na “Government House”  

10:25 ENCONTRO COM AS AUTORIDADES, COM A SOCIEDADE CIVIL E COM O CORPO DIPLOMÁTICO na “APEC Haus” Discurso do Santo Padre

17:00 VISITA ÀS CRIANÇAS DE “STREET MINISTRY” E “CALLAN SERVICES” na “Caritas Technical Secondary School”  

17:40 ENCONTRO COM OS BISPOS DE PAPUA NOVA GUINÉ E DAS ILHAS SALOMÃO, SACERDOTES, DIÁCONOS, CONSAGRADOS/AS, SEMINARISTAS E CATEQUISTAS no Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora Discurso do Santo Padre

Domingo, 8 de setembro de 2024

PORT MORESBY – VANIMO – PORT MORESBY

07:30 VISITA DO PRIMEIRO MINISTRO na Nunciatura Apostólica  

08:45 SANTA MISSA no Estádio “Sir John Guise”

  Homilia do Santo Padre

Angelus

13:00 Partida do Aeroporto Internacional de Port Moresby “Jacksons” para Vanimo  

15:15 Chegada ao Aeroporto de Vanimo  

15:30 ENCONTRO COM OS FIÉIS DA DIOCESE DE VANIMO na esplanada em frente à Catedral da Santa Cruz Discurso do Santo Padre

16:50 ENCONTRO PRIVADO COM UM GRUPO DE MISSIONÁRIOS na “Holy Trinity Humanities School” de Baro  

17:40 Partida do Aeroporto de Vanimo para Port Moresby  

19:55 Chegada ao Aeroporto Internacional di Port Moresby “Jacksons”  

Segunda-feira, 9 de setembro de 2024

PORT MORESBY – DÍLI (Capital de Timor Leste)

 

09:45 ENCONTRO COM OS JOVENS no Estádio “Sir John Guise” Discurso do Santo Padre

11:10 CERIMÔNIA DE DESPEDIDA no Aeroporto Internacional de Port Moresby “Jacksons”  

11:40 Partida do Aeroporto Internacional de Port Moresby “Jacksons” para Díli  

14:10 Chegada ao Aeroporto Internacional de Díli “Presidente Nicolau Lobato”  

14:10 ACOLHIMENTO OFICIAL  

18:00 CERIMÔNIA DE BOAS-VINDAS na área externa do Palácio Presidencial  

18:30 VISITA DE CORTESIA AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA no Palácio Presidencial  

19:00 ENCONTRO COM AS AUTORIDADES, COM A SOCIEDADE CIVIL E COM O CORPO DIPLOMÁTICO na Sala do Palácio Presidencial Discurso do Santo Padre

Terça-feira, 10 de setembro de 2024 - DÍLI

08:45 VISITA ÀS CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA NA ESCOLA “IRMÃS ALMA”  

09:30 ENCONTRO COM OS BISPOS, SACERDOTES, DIÁCONOS, CONSAGRADOS/AS, SEMINARISTAS E CATEQUISTAS na Catedral da Imaculada Conceição Discurso do Santo Padre

10:45 ENCONTRO PRIVADO COM OS MEMBROS DA COMPANHIA DE JESUS na Nunciatura Apostólica  

16:30 SANTA MISSA na esplanada de Taci Tolu Homilia do Santo Padre

Quarta-feira, 11 de setembro de 2024

DÍLI – SINGAPURA

09:30 ENCONTRO COM OS JOVENS no “Centro de Convenções” Discurso do Santo Padre

10:45 CERIMÔNIA DE DESPEDIDA no Aeroporto Internacional de Díli “Presidente Nicolau Lobato”  

11:15 Partida do Aeroporto Internacional de Díli “Presidente Nicolau Lobato” para Singapura  

14:15 Chegada ao Aeroporto Internacional de Singapura “Changi”  

14:15 ACOLHIMENTO OFICIAL  

18:15 ENCONTRO PRIVADO COM OS MEMBROS DA COMPANHIA DE JESUS na Casa de retiros “São Francisco Xavier”  

Quinta-feira, 12 de setembro de 2024 - SINGAPURA

09:00 CERIMÔNIA DE BOAS-VINDAS na “Parliament House”  

09:30 VISITA DE CORTESIA AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA  

09:55 ENCONTRO COM O PRIMEIRO MINISTRO  

10:30 ENCONTRO COM AS AUTORIDADES, COM A SOCIEDADE CIVIL E COM O CORPO DIPLOMÁTICO no Teatro do Centro Cultural Universitário da “National University of Singapore” Discurso do Santo Padre

17:15 SANTA MISSA no Estádio Nacional de Singapura, no “Singapore Sports Hub” Homilia do Santo Padre

Sexta-feira, 13 setembro 2024

SINGAPURA – ROMA

09:15 VISITA A UM GRUPO DE IDOSOS E DOENTES na Casa “Santa Teresa”  

10:00 ENCONTRO INTER-RELIGIOSO COM OS JOVENS no “Catholic Junior College” Discurso do Santo Padre

11:20 CERIMÔNIA DE DESPEDIDA no Aeroporto Internacional de Singapura “Changi”  

11:50 Partida do Aeroporto Internacional di Singapura “Changi” para Roma  

18:25 Chegada no Aeroporto Internacional de Roma/Fiumicino

Fonte: Vatican News

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Viganò excomungado por cisma

Um comunicado do Dicastério para a Doutrina da Fé anuncia a excomunhão “latae sententiae” do ex-núncio nos EUA que não reconhece a legitimidade do Papa e do último concílio.

Vatican News

O arcebispo Carlo Maria Viganò, ex-núncio apostólico nos Estados Unidos da América, recebeu a excomunhão emitida pelo dicatério por ter desejado abandonar a comunhão com o Bispo de Roma e com a Igreja Católica.

«No dia 4 de julho de 2024 – lê-se no comunicado divulgado pelo Dicastério – o Congresso do Dicastério para a Doutrina da Fé reuniu-se para concluir o processo penal extrajudicial ex can. 1720 CIC contra» dom Carlo Maria Viganò, arcebispo titular de Ulpiana, «acusado do delito reservado de cisma (cânn. 751 e 1364 CIC; art. 2 SST)».

«São conhecidas as suas declarações públicas – continua o comunicado – da qual resulta a sua recusa em reconhecer e sujeitar-se ao Sumo Pontífice, da comunhão com os membros da Igreja a ele sujeitos e da legitimidade e da autoridade magisterial do Concílio Ecumênico Vaticano II». «No final do processo penall», Viganò «foi considerado culpado do delito reservado de cisma. O Dicastério declarou a excomunhão latae sententiae ex can. 1364 § 1 CIC. A remoção da censura nestes casos está reservada à Sé Apostólica». A decisão foi comunicada ao arcebispo em 5 de julho de 2024.

Como é de conhecimento, no passado dia 20 de junho foi o próprio prelado quem divulgou integralmente o decreto que o convocava a Roma para responder às acusações, dando-lhe a possibilidade até 28 de junho de nomear um advogado de defesa para o representar ou de enviar um escrito de defesa. Como isso não aconteceu, foi-lhe designado um defensor público que executou a defesa de Viganò de acordo com as normas da lei.

Em diversas ocasiões, nos últimos anos, o ex-núncio nos EUA declarou que não reconhecia a legitimidade do Papa e do último Concílio. Incorre-se na excomunhão latae sententiae pelo próprio fato de ter cometido o delito. Ao excomungado fica proibido de celebrar a Missa e os outros sacramentos; de receber os sacramentos; de administrar os sacramentais e de celebrar outras cerimônias de culto litúrgico; de tomar parte ativa nas celebrações acima mencionadas; de exercer cargos ou deveres ou ministérios ou funções eclesiásticas; de executar atos de governo. O significado da excomunhão, no entanto, é o de ser uma pena medicinal que convida ao arrependimento, por isso se permanece à espera de um retorno da pessoa à comunhão.

Fonte: Vatican News – na imagem, prédio do Dicastério da Doutrina da Fé

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Peña Parra em Londres: com Torzi numa armadilha

O subsecretário da Secretaria de Estado compareceu na tarde de quinta-feira, 05/7, ao Supremo Tribunal de Justiça da capital britânica como testemunha no processo civil movido pelo financeiro Mincione. Durante duas horas e meia, ele respondeu às perguntas do advogado de Mincione, Charles Samek, em inglês, nunca sobre transações com o financeiro, mas sempre sobre as relações com o corretor Torzi.

Salvatore Cernuzio - Londres

'Até o final, tudo era mentira e coisas enganosas. Estávamos numa armadilha...' É por isso que fomos 'forçados' a aceitar as exigências de Torzi e encerrar todas as relações com ele. Com essas palavras, pronunciadas durante um interrogatório de duas horas e meia em inglês no Supremo Tribunal de Justiça de Londres, o substituto dom Edgar Peña Parra descreveu a situação em que o corretor Gianluigi Torzi, condenado em primeira instância pelo Tribunal do Vaticano também por extorsão, havia jogado ele e à Secretaria de Estado com a venda do edifício de Londres. E explicou assim o motivo de como se chegou a pagar ao corretor, preso em 2020 no Vaticano e depois libertado, duas faturas de 5 milhões e 10 milhões de libras, em nome de suas empresas Sunset Enterprise e Lighthouse, para sair do negócio e ceder à Santa Sé o controle total do edifício londrino que possuía. "Eu me senti totalmente enganado", disse Peña Parra na única frase dita em italiano.

Interrogatório

O caso Sloane Avenue, com todas as transações que ocorreram a partir de 2018 (ano da chegada do arcebispo venezuelano à Secretaria de Estado), ocupou toda a audiência desta tarde de quinta-feira, 4 de julho, do processo judicial que se realizou na sala 19 da seção comercial do Supremo Tribunal. Uma pequena sala de audiências, ocupada por várias mesas de madeira cheias de computadores com pastas e caixas cheias de documentos ao redor.

O processo atual, que começou em 24 de junho, foi iniciado após uma ação civil movida há quatro anos pelo financeiro Raffaele Mincione. No entanto, o advogado Charles Samek não fez nenhuma referência, durante suas inúmeras perguntas ao substituto, às transações entre Mincione e a Secretaria de Estado, tema do julgamento em Londres. O único foco: as relações com Torzi, com o advogado chegando a citar partes do interrogatório feito por dom Peña Parra em Roma aos defensores do corretor.

"A nota"

O arcebispo, interrogado das 14h às 16h30, assistido por um intérprete, fez um relato do trabalho que havia feito nesse caso que, segundo os advogados da Santa Sé escreveram no relatório de defesa, revelou uma "triste história de corrupção" por parte de pessoas dentro e fora da Santa Sé. Peña Parra jurou sobre o Evangelho e, de um banco ao lado do banco do juiz Robin Knowles, submeteu-se às perguntas de Samek que começou com o "memorando", o relatório de aproximadamente 300 páginas arquivado com os documentos do julgamento do Vaticano em 2 de junho de 2020. O advogado perguntou ao substituto se o documento foi redigido por ele ou se contou com a ajuda de outras pessoas. "Esta é uma nota informativa", explicou o prelado, "preparada mais tarde, no ano de 2020, porque o Santo Padre me pediu para apresentar um documento ou relatório sobre como encontrei a Secretaria de Estado após minha chegada." A "nota" foi produzida com a ajuda do Escritório Administrativo, do qual monsenhor Alberto Perlasca não estava mais encarregado. O Escritório forneceu ao substituto documentos e informações úteis para a nota, que foi endereçada ao Papa. Peña Parra acrescentou que também colaborou o consultor Luciano Capaldo em algumas passagens relacionadas ao edifício de  Sloane Avenue 60.

As informações ao Papa

De fato, observou o advogado Samek, em uma parte da nota o substituto declarou o desejo de facilitar a compreensão de "um negócio complexo e multifacetado" que envolveu "um alto nível de conhecimentos financeiro, societário e imobiliário técnicos". O advogado sugeriu a hipótese de que o documento em questão serviu, na verdade, para informar o Papa sobre as transações que haviam ocorrido na venda em Londres, enquanto apenas informações parciais teriam vindo do substituto.

Por três vezes, dom Peña Parra repetiu que aquele documento era resultado de um pedido do Papa e alegou que "meu trabalho na Secretaria de Estado não diz respeito apenas ao Escritório Administrativo e coisas do gênero, eu tirei um tempo para preparar aquela nota que foi endereçada ao Santo Padre". "Desculpe-me, senhor, pode me dizer quais são as coisas que eu não fiz com o Santo Padre?", acrescentou o substituto. "Eu vejo o Santo Padre toda terça-feira... A informação, repito, era uma nota apenas para explicar ao Santo Padre o que aconteceu na Secretaria de Estado."

Faturas a Torzi

O advogado Samek lembrou que esse mesmo texto também havia sido enviado ao Escritório do Promotor de Justiça. Tanto nesse caso quanto no envio anterior ao Papa, segundo ele, foram omitidas informações relevantes. "Por que, nesse documento preparado com total transparência, o senhor não mencionou a fatura falsa para Torzi que havia enviado ao Credit Suisse?", perguntou ele. A referência é às duas faturas mencionadas acima para as transferências de 5 e 10 milhões enviadas a Torzi para obter a venda das mil ações com direito a voto que lhe deram controle total do Edifício. A operação, ou seja, que os juízes do Vaticano configuraram como "extorsão".

São faturas "falsas", disse o advogado Samek, que mandou abrir nos vários computadores da sala de audiências, conectados simultaneamente, cópias de cartas enviadas ao Credit Suisse indicando motivos diferentes dos reais. Como a de 5 milhões que indicava "atividades profissionais" prestadas por Torzi à SdS por imóveis em outras cidades. "Por quê?"

Respostas

O substituto respondeu reiterando, em primeiro lugar, que se tratava de uma "nota ampla" que não tratava apenas dos detalhes do caso de Londres. Do qual, como será lembrado, havia surgido no procedimento no Vaticano que dom Peña Parra já havia informado o Papa em uma nota em maio de 2019, na conclusão do caso.

"Eu não menti", repetiu o arcebispo duas vezes. E acrescentou: "A fatura era falsa, mas eu insisti, no objeto da transação, em colocar 'liquidação final, plena e definitiva' de todas as nossas obrigações contratuais. Isso estava em minha mente". A fatura, no entanto, tinha uma redação diferente e, segundo o advogado de Mincione, em todos os casos a assinatura do substituto.

'Na armadilha'

Peña Parra explicou que de muitos "detalhes técnicos" se ocupava o Escritório Administrativo da SdS. E ele voltou a reafirmar a sensação de se sentir numa armadilha com Torzi, que, por meio desses estratagemas, poderia ter continuado a pedir dinheiro à Santa Sé. "Como se poderia lidar com esse tipo de pessoa? Até o fim, tratou-se de mentira e coisas enganosas. Estávamos numa armadilha por causa da situação".

O interrogatório do substituto da Secretaria de Estado continuou nesta sexta-feira, 5 de julho, em uma sessão matutina e outra vespertina.

Fonte: Vatican News

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 No túmulo de Paulo, as origens do cristianismo romano

Uma laje romana com a inscrição “Paulo apostolo mart”; uma área de sepultamento de uma grande comunidade cristã; pesquisas científicas recentes indicam um homem vivido entre os séculos I e II; os restos mortais encontrados dentro de um sarcófago de mármore bruto. Estes são os dados materiais que atestam a presença do Apóstolo dos Gentios sob o altar da Basílica de São Paulo fora-dos-muros. Um local rico em fé, história e mistério.

Paolo Ondarza – Città del Vaticano

Início dos anos 2000. Surge um interesse renovado em torno da figura de Paulo de Tarso. Sensacionais descobertas trazem à luz o mais antigo retrato do Apóstolo dos Gentios nas Catacumbas Romanas de Santa Tecla, sucessivamente um sarcófago de mármore bruto sob o altar papal da Basílica que remonta ao autor das treze epístolas do Novo Testamento.

A confirmação foi dada com profunda emoção no dia 29 de junho de 2009, durante as Primeiras Vésperas de encerramento do Ano Paulino, por Bento XVI. Naquela ocasião, o então Pontífice comunicou os resultados da detalhada análise científica realizada no túmulo, dois mil anos depois do nascimento de Paulo: uma sonda especial introduzida no sarcófago revelou traços de um precioso tecido de linho de cor púrpura, laminado com ouro puro, de uma pano azul com filamentos de linho, grãos de incenso vermelho e de substâncias proteicas e calcárias. Também foram identificados pequenos fragmentos ósseos, submetidos a testes de carbono 14 realizados por especialistas, que desconhecem a sua origem, mas remontam a uma pessoa que viveu entre os séculos I e II. “Isto parece confirmar a tradição unânime e indiscutível de que estes são os restos mortais do apóstolo Paulo”, comentou Bento XVI.

Quinze anos depois desse anúncio, fomos ao túmulo acompanhados pelo padre Lodovico Torrisi, mestre de noviços da Abadia de São Paulo fora-dos-muros, dirigida desde o século VIII por monges beneditinos. “O túmulo nunca foi aberto - explica ele - porque as vibrações para retirar a tampa, o contato com a luz e o oxigênio poderiam destruir, desintegrar, o que restava do corpo de Paulo”.

Aos pés do altar, sob o maravilhoso tabernáculo criado em 1285 pelo famoso escultor Arnolfo di Cambio, são visíveis as pedras do sarcófago trazidas à luz em 2006 pelos pesquisadores. Uma pequena chama arde continuamente, dia e noite, para indicar a sacralidade do local. Ao lado, é claramente visível uma urna de bronze e vidro contendo a corrente da prisão romana do Apóstolo, presente na basílica desde o século IV e levada em procissão para o interior da Sala a cada 29 de junho, Solenidade dos Santos Pedro e Paulo.

Através de uma grade é possível ver, abaixo do nível do pavimento, uma laje de mármore composta por duas peças, medindo 2,12 x 1,27 metros. Nela se destaca a inscrição PAULO APOSTOLO MART e possui três orifícios: um redondo e dois quadrados. Remonta aos séculos IV-V e testemunha o culto que passou a existir no local desde as suas origens, antes ainda da construção de uma igreja. Os orifícios tinham a função de obter relíquias de contato, ou seja, tiras de tecido que eram inseridas até tocarem o túmulo.

Martírio fora dos muros 

“A decapitação de São Paulo - continua o padre Lodovico Torrisi - ocorreu muito perto do local da sepultura. A cerca de quatro quilômetros da Basílica, nas Acque Salvie, onde hoje está a Abazia delle Tre Fontane (Abadia das Três Fontes). Paulo foi conduzido até este local após ser retirado do Cárcere Marmetino, onde foi mantido prisioneiro. Os historiadores ainda não entenderam por que o martírio ocorreu ali." Foi decapitado fora das Muralhas Aurelianas, em um local caracterizado pelo ar insalubre, perto da Via Ostiense entre 65 e 67, sob o imperador Nero.

As Três Fontes 

Ao cair no chão, a cabeça saltou três vezes e, segundo a tradição, três fontes surgiram milagrosamente nesses três pontos: a primeira quente, a segunda morna, a terceira fria. No caminho que acompanha lateralmente a abadia trapista, foi reconstruído em tempos bastante recentes um pavimento semelhante aos da Roma Antiga, para recordar o caminho percorrido pelo Santo antes da sua execução.

Uma inscrição em mármore na fachada da Igreja de San Paolo al Martirio, construída no século V e renovada em 1599 pelo arquiteto Giacomo Della Porta, e parte do complexo da abadia, diz: “S. Pauli Apostoli martyrii locus ubi tres fontis mirabiliter eruperunt”. No interior do templo são claramente visíveis três edículas construídas sobre cada uma das fontes, alinhadas à mesma distância, mas em níveis diferentes. Desde 1950, na sequência da urbanização e da consequente poluição do aquífero, o fluxo de água foi interrompido, com o fim de sua distribuição aos fiéis.

A espada 

Tendo sido preso pelos judeus, Paulo chegou a Roma no ano 61 para ser julgado como cidadão romano. Nascido judeu com o nome de Saulo, gozava da cidadania romana como todos os habitantes de Tarso, sua cidade de origem, na Cilícia, ao sul da atual Turquia. Tendo se mudado para Jerusalém, tornou-se um homem de confiança do Sinédrio e mais tarde um feroz perseguidor dos cristãos. No caminho para Damasco, em 36, ocorreu sua conversão.

 “São Paulo – observa padre Ludovico – é representado com a espada para indicar como defendeu a Palavra de Deus. Por defender o Evangelho morreu então por uma espada, em uma morte atroz, como um valente lutador”.

As cabeças de Pedro e Paulo 

“Diz-se que depois da decapitação uma matrona romana cristã cuidou do corpo, colocou-o num sarcófago e foi sepultado na Via Ostiense”, acrescenta o padre Torrisi. Segundo narrativas que chegaram até nós, esta mulher chamava-se Lucina: a três quilômetros das Acque Salvie era proprietária de uma sepultura dentro de um cemitério pagão que tinha cerca de 5 mil túmulos. Escavações confirmaram a existência desta necrópole com nichos funerários e sepulturas para os pobres e escravos libertos. A cabeça de Paulo foi encontrada em um segundo momento e está preservada acima do tabernáculo da Basílica de São João de Latrão junto com a de Pedro, sepultado nas Grutas do Vaticano. Segundo o Martirológio Romano, os dois foram mortos no mesmo dia.

Os seus restos mortais também estão ligados porque durante as perseguições ambos estiveram abrigados nas Catacumbas de São Sebastião, como documentado por alguns grafites e ex-voto encontrados no sítio arqueológico da Via Appia. Posteriormente, os restos mortais dos dois santos padroeiros de Roma foram levados de volta aos seus cemitérios originais.

Às origens da Igreja de Roma 

O local da sepultura de Paulo tornou-se imediatamente um destino de peregrinação para os fiéis que aqui vinham rezar e em homenagem ao Santo construíram uma cella memoriae. Desde os primeiros anos, numerosos batizados decidiram ser sepultados nas redondezas e a necrópole pagã foi gradualmente transformada em cristã.

 “Muitos escolheram por colocar o próprio túmulo perto daquele do Apóstolo”, recorda o abade beneditino, mostrando-nos as numerosas epígrafes em latim, grego e hebraico afixadas nas paredes do claustro da Abadia de São Paulo fora-dos-muros, concebido e decorado por Pietro Vassalletto.

 “Durante os diversos trabalhos de reconstrução, escavação ou reforço das fundações, foram encontrados muitos artefatos arqueológicos, túmulos pagãos e cristãos. Provavelmente eram pessoas de certa posição social. O cristianismo romano nasceu precisamente nesta área." Entre os artefatos mais valiosos encontrados nesta zona em 1838 destaca-se o Sarcófago Dogmático, do século IV, hoje conservado nos Museus Vaticanos.

Sarcófago dogmático, mármore branco, 325-250, encontrado em 1838 nas fundações do baldaquino de S.Paolo fora-dos-muros.; na Basílica até 1854. © Museus do Vaticano

Sarcófago dogmático, mármore branco, 325-250, encontrado em 1838 nas fundações do baldaquino de S.Paolo fora-dos-muros.; na Basílica até 1854. © Museus do Vaticano

As três Basílicas 

Sancionada a liberdade de culto em 313 DC. com o Edito de Milão, o imperador Constantino quis honrar dignamente a memória do Apóstolo dos Gentios, monumentalizando o local da sua primeira sepultura com uma Basílica em 324, cuja base ainda hoje é visível aos pés do altar papal. O corpo do Santo foi primeiro fechado em um caixão de cobre. O templo, inicialmente não muito grande, foi posteriormente ampliado pelos imperadores Teodósio, Arcádio e Valentiniano II, tornando-se assim uma basílica de grandes dimensões, com cinco naves conhecida como "Teodósia" ou "dos três imperadores".

As obras-primas que sobreviveram ao incêndio 

Entre os séculos XII e XIII, ali trabalharam grandes personalidades artísticas como Pietro Cavallini, cujos afrescos infelizmente foram perdidos, e Arnolfo di Cambio, autor do cibório que sobreviveu, juntamente com o valioso candelabro para o Círio Pascal de Vassalletto, ao devastador incêndio que em julho de 1823, em uma única noite, destruiu a Basílica Teodósia.

O incêndio e a reconstrução 

As causas do incêndio são desconhecidas, alguns atribuem-no a uma tocha que talvez tenha sido deixada por descuido pelos operários que trabalhavam na reparação do telhado. No dia seguinte à catástrofe, os romanos foram em massa ver o que restava da igreja. O cenário era desolador e comovente. Testemunha excepcional, o escritor francês Stendhal descreveu-o como “um dos maiores espetáculos” já vistos: “Tive uma impressão de beleza severa, tão triste quanto a música de Mozart. Os dolorosos e terríveis vestígios do desastre ainda estavam vivos; a igreja ainda estava cheia de vigas fumegantes, meio queimadas; os fustes das colunas, fendidos em todo o seu comprimento, ameaçavam cair a qualquer momento.”

Em 25 de janeiro de 1825, com a Encíclica “Ad plurimas”, Leão XII lançou um apelo aos fiéis para a reconstrução do templo: será reconstruído de forma idêntica, reaproveitando as peças salvas do incêndio para preservar a tradição cristã do origens e, consagrada por Pio IX em 10 de dezembro de 1854. Em São Paulo fora-dos-muros ganhou corpo naqueles anos o mais impressionante canteiro de obras da Igreja de Roma do século XIX. A Basílica que resultou deste trabaho é exatamente aquela que se apresenta aos nossos olhos hoje.

São Paulo e os fiéis de todos os lugares

Não só os católicos, mas o mundo inteiro respondeu em massa ao apelo de Leão XII: blocos de malaquite e lápis-lazúli foram doados pelo czar Nicolau I, tal como colunas e janelas de alabastro muito fino vieram do rei Fouad I do Egito. Paulo de Tarso foi assim confirmou naquela ocasião como ponto de referência universal para crentes e gentios.

Evocativos da coralidade das pessoas reunidas em torno deste gigante do cristianismo são os painéis de mármore nas paredes da ábside onde estão gravados os nomes dos numerosos cardeais e bispos presentes no dia da consagração. Estavam em Roma para a proclamação do Dogma da Imaculada Conceição. Celebraram juntamente com o Sucessor de Pedro, simbolicamente sob o olhar de todos os Papas da história retratados em mosaicos nos grandes medalhões que decoram as naves da Sala.

O apóstolo da unidade cristã 

Como se sabe, o apostolado de Paulo estendeu-se dos judeus a todos os povos: na Arábia, na Ásia Menor, Macedônia, Chipre e Grécia, fundou numerosas comunidades cristãs. Emblemática das andanças do Apóstolo dos Gentios é a relíquia do cajado utilizado durante as suas viagens, conservada no Museu da Basílica Romana.

 “Paulo é venerado pela população mundial, tanto cristã como não-cristã - observa padre Lodovico Torrisi. Ele é uma figura fundamental para a unidade dos cristãos”.

Celebrações e eventos ecumênicos são realizados na Basílica. Episódios e objetos particularmente significativos deste ponto de vista estão ligados a este lugar. Ali, no apartamento do Abade, no dia 25 de Janeiro de 1959, João XXIII anunciou aos cardeais a sua intenção de convocar o Concílio Ecumênico Vaticano II.

Além disso, em 2006 Bento XVI realizou o desejo de São João Paulo II de doar dois elos das correntes do Apóstolo dos Gentios ao Patriarca de Atenas Christodoulos.

São Paulo e o Jubileu 

Finalmente, no caminho para a plena comunhão entre os cristãos, um lugar de destaque é ocupado pela Porta Santa da Basílica de São Paulo, que será aberta no dia 5 de janeiro:

 “Tem um valor muito importante. Foi construída em Constantinopla e doada em 1070. Originalmente foi colocada na entrada principal. O fogo danificou-a, reduzindo o seu tamanho. Foi assim transferida para uma entrada lateral. Em vista do Jubileu – conclui padre Ludovico – esperamos que fiéis, peregrinos e turistas de todo o mundo vivam aqui uma bela experiência de profunda conversão e fé, de união e de encontro com o Senhor por meio do testemunho do Apóstolo Paulo”.Fonte: Vatican News -  na imagem, nave central da basílica de São Paulo fora dos muros.

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"Estamos em pé, graças a Deus!", diz de missionário camiliano após passagem de furacão Beryl

O furacão Beryl deixou um rastro de destruição nas ilhas do Caribe. Em uma ilha do arquipélago das Granadinas, Union Island, 90% das casas foram severamente danificadas ou destruídas.

“Tivemos o primeiro furacão da temporada e apesar dos danos consideráveis nas colheitas e nas casas mais frágeis... estamos em pé, graças a Deus!”, afirmou à Agência Fides o missionário camiliano, padre Massimo Miraglio, ao comentar a passagem no Haiti do primeiro furacão de categoria 5 no Atlântico registrado neste mês. Devido à grave crise e aos conflitos que se perpetuam na ilha, o sacerdote só conseguiu regressar à remota cidade de Pourcine há algumas semanas, onde é pároco de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

De acordo com estimativas do UNICEF, ventos, chuvas torrenciais e inundações repentinas poderiam colocar pelo menos 3 milhões de crianças em risco nas ilhas do Caribe. Ventos fortes, tempestades e chuvas fortes danificaram espaços seguros para as crianças, incluindo casas e escolas.

A América Latina e as ilhas caribenhas são a segunda região mais propensa a catástrofes naturais do mundo – lê-se no estudo da organização das Nações Unidas. No Caribe, 1,9 milhões de pessoas, incluindo meio milhão de crianças e adolescentes, são afetadas por catástrofes todos os anos.

Os pequenos Estados insulares e em via de desenvolvimento das ilhas caribenhas são particularmente vulneráveis aos choques climáticos devido à sua pequena dimensão e à extrema exposição aos perigos naturais e aos efeitos das alterações climáticas.

Pourcine é um local montanhoso e de difícil acesso. O território é constituído por um vilarejo e 17 núcleos habitacionais, onde se situa a nova paróquia de Nostra Senhora do Socorro.

Fonte: Vatican News

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Expocatólica: um espaço de oportunidades e reencontros

A feira deste ano conta com mais de 200 expositores, 20 mil visitantes, 16 eventos simultâneos e mais de um milhão de pessoas alcançadas através das redes sociais. Este evento tem entrada gratuita e acontece até domingo 7 de julho.

Padre Pedro André, SDB - Vatican News

Iniciou-se na quinta-feira, 4 de julho, mais uma edição da Expocatólica. O evento que está sendo realizando no Pro Magno Centro de eventos, em São Paulo é, segundo os organizadores, “uma feira Internacional de produtos e serviços para a Igreja (…) a maior vitrine do segmento no Brasil e na América Latina, proporcionando o encontro de centenas de expositores com leigos, religiosos e clérigos de todo o mundo.” O tema da feira deste ano é “novos caminhos, o mesmo propósito: evangelizar.”

Carisma da unidade

O Vatican News entrevistou o Dunga, apresentador da Rede Vida. Segundo ele “a Expocatólica é um ambiente maravilhoso onde a gente convive com todos aqueles que estão escrevendo a história do evangelização no Brasil” onde se veem  "iniciativas que enchem o nosso coração de alegria, de paz” um local para  “reencontrar pessoas que a gente encontra em camarins, em palcos e em congressos. 

Pra mim é uma honra estar aqui e eu gostaria muito de fazer um convite a todos vocês, ainda dá tempo ao primeiro dia da feira, nós teremos aí sexta-feira, sábado e domingo, onde realmente vamos experimentar esse carisma maravilhoso que é o da unidade, onde nos tornamos admiradores uns dos outros, de tudo aquilo que Deus, na sua pluralidade, na sua imensa criatividade infinita, soprou no coração de cada um de nós.”

Pluralidade da Igreja

Andar pelos corredores da feira, visitar os stands, é fazer uma experiência de ver a pluralidade da Igreja: editoras, lojas de paramentos, empresas que fabricam sinos, incensos, imagens de santos, influenciadores católicos, padres famosos e até mesmos alguns estados brasileiros são representados ali, expondo o que possuem de turismo religioso.

Segundo Maristela Ciarocchi, da Editora Angelus, que participa desde a primeira edição “a feira tem tudo aquilo que é preciso para alimentar a fé” e de acordo com ela  “a Expocatólica é ver a unidade da Igreja de uma maneira prática, não somente dentro das portas da Igreja, mas aquilo que a gente precisa para abastecer a nossa Igreja tanto fisicamente como espiritualmente” e também um local de reencontro “para se encontrar, se abraçar, de pensar em novas ideias, novos projetos, novas missões” um momento para “pensar na Igreja como um todo e juntos.” Fonte: Vatican News

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Cabo Verde.Renovamento Carismático Católico reazila encontro anual

A capital cabo-verdiana acolhe este fim de semana 5, 6 e 7 de julho, o Encontro Anual do Renovamento Carismático Católico, que decorrerá sob o lema “Caminhai na caridade, crescei em santidade”.

Rádio Nova de Maria - Cabo Verde

O encontro que conta com Irmãos e Irmãs das ilhas de Santiago e de São Vicente conta ainda com as presenças do casal Paulo e Inês Pereirinha e do padre Pedro, animador espiritual da Comunidade.

Durante os três dias de encontro far-se-á a renovação de compromissos dos membros activos e de novos elementos segundo as regras desse movimento católico.

Os responsáveis esperam a participação de um grande número no encontro com uma vertente aberta e com várias dinâmicas para as pessoas que queiram conhecer a Comunidade Emanuel.

O encontro terá lugar nas instalações da Escola “Padre Usera”, da Congregação das Irmãs do Amor de Deus na cidade da Praia, ilha de Santiago.

Há 30 anos, o casal português Zé Victor Adragão e esposa Maria do Rosário iniciaram em Cabo Verde o Renovamento Carismático Católico.  Zé Victor faleceu em 30 de janeiro de 2022 em Portugal, deixou referências pela sua missão como professor na área da língua portuguesa e pela Comunidade Emanuel.

Fonte: Vatican News

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Dados sobre a vida de santa Maria Goretti

O nome de santa Maria Goretti está associado principalmente à virtude da castidade, entretanto, existem outros aspectos da sua vida que provavelmente não são muito conhecidos e que valem a pena imitar para crescer na fé.

A seguir, apresentamos onze coisas sobre esta “doce mártir da pureza”, como a chamou o papa Pio XII.

1. Trabalhou desde pequena

Uma biografia publicada em Vatican News indica que Maria nasceu em 16 de outubro de 1890 na Itália, em uma família pobre que se mudou da cidade de Ancona a Ferriere di Conca, na província de Lazio, para trabalhar nos campos do conde Mazzoleni.

Lá, a menina vendia ovos, preparava comida para os camponeses, consertava roupas e cuidava dos seus irmãos mais novos.

2. Foi uma filha exemplar

Vatican News assinala que depois da morte do seu pai Luigi Goretti, Maria “sentiu que tinha que apoiar a sua mãe, que ficou sozinha cuidando da família”.

Ela era responsável pelas tarefas domésticas e de cuidar dos irmãos. Inclusive, preferia comer o que sobrava das refeições para que todos pudessem se alimentar bem.

Devido às dificuldades financeiras, a sua família se associou aos Serenelli, que não tinham bom comportamento e eram autoritários.

Para tranquilizar a angústia de sua mãe Assunta, Maria dizia: “Coragem, mãe, não tenha medo, nós já estamos crescendo. Pediremos para o Senhor que nos dê saúde. A providência nos ajudará. Lutaremos e seguiremos lutando!”.

3. Preferia morrer a dizer uma palavra ruim

Um dia, Maria compartilhou com a sua mãe a indignação que sentiu quando ouviu uma conversa obscena entre um menino e uma de seus colegas.

Assunta lhe disse: “Pois, o que entre por um ouvido teu, deve sair pelo outro. Olha, minha filha, como te surpreendes com as coisas que os outros fazem, os outros podem se surpreender com as coisas que tu faças”.

Então a menina respondeu: “Se alguma vez eu tiver que falar assim, prefiro morrer antes”.

4. Não frequentou a escola

Em uma mensagem, são João Paulo II indicou que santa Maria Goretti não pôde frequentar a escola pelas “dificuldades da pobreza”.

Entretanto, ela e os seus cinco irmãos foram “educados pelos pais para respeitar a si mesmos e aos outros, assim como a fazer as coisas por amor a Deus”.

5. Com a ajuda dos vizinhos, fez a primeira comunhão

Santa Maria Goretti desejava receber a Eucaristia desde muito pequena e, quando manifestou esse desejo a sua mãe, esta lhe disse: “Como você vai receber a Comunhão, se não sabe o catecismo? Além disso, você não sabe ler, não temos dinheiro para comprar o teu vestido, os sapatos e o véu e não temos nenhum momento livre”.

A menina respondeu: “Então nunca poderei receber a comunhão, mãe! Mas não posso ficar sem Jesus!”.

Seus vizinhos a ajudaram na sua preparação para o sacramento e inclusive conseguiram as roupas que precisava para este grande dia.

Então, Maria fez a sua primeira comunhão em 29 de maio de 1902, aos onze anos de idade, um ano antes do que era costume na época.

6. Buscava consolo na oração nos momentos difíceis

Aos dez anos, Maria perdeu o pai, entretanto, procurou seu consolo na oração, especialmente na oração do terço.

A santa também buscou a proteção na Virgem frente às propostas indecentes de Alessandro Serenelli e às ameaças de morte que este lhe fazia devido aos rechaços de Maria.

7. Resistiu a uma tentativa de violação

Em 5 de julho de 1902, Alessandro aproveitou que Maria estava sozinha em casa e tentou violá-la. Mas ela resistiu gritando: “Não! É um pecado! Deus não quer isso!”. E advertiu-lhe que poderia ir para o inferno.

Cego pela raiva, o jovem a esfaqueou quatorze vezes. Feriu o seu coração, o seu pulmão esquerdo, o seu diafragma e os seus intestinos.

8. Ofereceu seus sofrimentos à Virgem Maria

Depois que a sua mãe e o pai de Alessandro a encontraram, Maria foi levada ao hospital mais próximo. Os médicos se surpreenderam pelo fato de que ela não estivesse morta depois dos graves ferimentos. Tentaram salvá-la através da operação, mas devido ao seu estado de saúde delicado, não conseguiram aplicar a anestesia.

Ela não reclamava das dores e ofereceu os seus sofrimentos à Mãe de Deus.

9. Perdoou o seu agressor antes de morrer

Antes de falecer, o sacerdote perguntou-lhe: “Maria, perdoas de coração o teu assassino?”. Ela respondeu: “Sim, eu o perdoo pelo amor de Jesus, e quero que ele também venha comigo ao Paraíso. Eu quero que ele esteja ao meu lado... Que Deus o perdoe, porque eu já o perdoei”.

São João Paulo II destacou esse gesto e afirmou que “o espírito do perdão incentivava as relações de toda a família Goretti e, por isso, pôde se expressar com tanta espontaneidade na mártir”.

10. Seu assassino se converteu

Alessandro Serenelli foi condenado a 30 anos de prisão e parecia que não tinha nenhum remorso pelo seu crime. Mas se arrependeu depois de ser visitado pelo então Bispo de Noto, Dom Giovanni Blandini, e após sonhar que Maria colocava em cima dele quatorze lírios, a mesma quantidade de vezes que a esfaqueou.

Quando Alessandro saiu da prisão, procurou a mãe de Maria para pedir-lhe perdão. Alguns anos depois, colaborou com o seu testemunho na causa da beatificação. Também foi admitido na Ordem Terceira de São Francisco.

“O assassino de Maria Goretti reconheceu o crime cometido, pediu perdão a Deus e à família da mártir, redimiu com convicção o seu crime e ao longo da sua vida manteve este estado de espírito. A mãe da santa, por sua parte, ofereceu-lhe o perdão da sua família”, destacou São João Paulo II.

11. Uma de suas irmãs se tornou religiosa

Segundo indica o site oficial do Santuário de Corinaldo, no dia do seu martírio, a santa estava cuidando da sua irmã de dois anos, Teresa Goretti, antes de Alessandro levar Maria para tentar violá-la.

Teresa acordou e começou a chorar quando ouviu os gritos de Maria. Esse choro fez com que Assunta e o pai de Alessandro voltassem para casa, pois estavam trabalhando no campo, e encontraram a santa ferida.

Em 23 de outubro de 1920, Teresa ingressou no instituto das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria e recebeu o nome de Irmã Maria de Santo Alfredo.

Encontrou-se em setembro de 1969 com são Paulo VI e, em 1979, com são João Paulo II.

Faleceu em 25 de fevereiro de 1981 em um convento do seu instituto na cidade italiana de Orvieto.

Fonte: ACIDigital

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Bispo de Itapeva (SP) presta solidariedade a romeiros mortos em acidente de ônibus rumo a Aparecida

Por Monasa Narjara 

O bispo de Itapeva (SP), dom Eduardo Malaspina, publicou nota em “solidariedade e apoio aos fiéis, e vítimas” do acidente de ônibus que matou dez romeiros e deixou outros 42 feridos em Itapeva a caminho de Aparecida.

Dom Malaspina disse que o acidente o fez “revisitar as palavras do evangelista Mateus: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11,28)”.

“Sustentados pela fé em Jesus Vivo e Ressuscitado entendemos que a vida é frágil”, disse o bispo. “Somos convidados a compartilhar e enxergar as nossas dores nas dores do Cristo, na certeza de que Ele nos dará descanso”.

Dom Malaspina pediu aos fiéis de Itapeva que “realizem orações e preces em sufrágio das pessoas vitimadas, e também que possam fortalecer as correntes de oração pelos que se encontram feridos neste acidente”.

 “Que Sant'Ana, padroeira de nossa diocese, interceda pelas famílias que hoje sofrem e rogamos que as bênçãos de Deus estejam com cada um neste tempo de dor e saudade”, rogou o bispo.

Os 51 romeiros de Ribeirão Branco (SP) viajavam todos os anos à Aparecida e frequentavam a paróquia Bom Jesus. O pároco, padre Josenildo Pires escreveu uma nota de pesar nas redes sociais da paróquia com “condolências às famílias dos romeiros do bairro da Palmeirinha e a todos os envolvidos neste momento tão difícil”.

“Lamentamos a perda e nos solidarizamos com as famílias neste momento”, disse o padre. “Que Deus possa confortar o coração de cada um”.

Fonte: ACIDigital

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