33° Domingo do Tempo Comum
Dom Carmo João Rhoden - Bispo Emérito de
Taubaté (SP)
Texto
iluminador: “o céu e passarão, mas minhas palavras não passarão.” O
conhecimento do fim é privativo do pai. Entre parênteses Marcos (13,31 32).
Do
fim do ano acadêmico há provas, ou exames. É preciso estudar bastante para não
rodar. Somos chamados a vencer na vida. No fim do ano comercial acontece o
balanço, para constatar se houve de fato lucros ou perdas. Uns ficarão felizes:
obtiveram seus superávits. Mas pode haver também os que decretaram falência:
que tristeza. Haverá então um processo ou até prisão. De nossa vida pessoal,
social e religiosa também devemos prestar contas.
Jesus
usa um linguajar apocalíptico, como era costume, naquela época, para falar dos
ganhos e perdas. Fala com aflição, choro e até ranger de dentes. Jesus não quer
incutir medo aos seus seguidores pois, Ele veio para dar vida, morrer por nós e
salvar-nos. Nosso Deus é amigo, salvador e misericordioso. Não quer perder
ninguém, dos que a Ele foram confiados.
A
Palavra de Deus não passará pois não falou em vão, Cristo veio ao nosso
encontro, para redimir-nos e não para incutir medo ou até pavor. Revelou-nos a
casa do Pai e o seu eterno amor. Deus é o Aba: o paizinho. Não carrasco ou deus
do inferno, do céu scheol. Ninguém precisará preocupar-se vir com “quando “ou o
“como “. Só o Pai sabe. Cabe-nos, isso sim, estar atentos, ouvindo a Palavra do
Pai, edificando seu Reino: ser amoroso, justos, fraternos e solidários. Tanto é
verdade que, o último domingo do ano eclesiástico, é o dia de Cristo Rei, do
universo, do rei que nos que nos veio servir e salvar. Sejamos, então, membros
do povo de Deus. Do povo da nova e definitiva aliança. Então não precisamos ter
medo de nada e de ninguém.