Quinto Dia, Terça-Feira, 07/10/2025 – A Virtude da Temperança em Maria e na vida da gente
Jubileu da Pessoa Idosa e dos Avós
Homilia da 5ª Noite da Novena de Fátima – Pe. Dirceu Dalla Rosa, Pároco da Paróquia Santa Teresinha, Estação – Área Pastoral de Getúlio Vargas

Queridos irmãos e irmãs, peregrinos de esperança! Com alegria nos reunimos nesta 5ª noite da nossa novena da Romaria de Nossa Senhora de Fátima. O lema que nos acompanha é uma prece cheia de confiança: “Esperança nossa, salve!” Vamos dizer juntos…
E como é bonito que hoje também seja dia jubilar dos avós e das pessoas idosas, e neste dia – 07 de outubro- dia de Nossa Senhora do Rosário.
O tema que nos guia nesta Romaria é este: “Com as virtudes de Maria, peregrinos de esperança.” Vamos dizer juntos…
Nesta noite, queremos então contemplar a virtude da temperança, olhando para Maria e para a nossa própria vida.
A temperança é a virtude que nos ajuda a encontrar o ponto certo das coisas, a viver com o coração em paz. Num mundo de tanta pressa, consumo e exageros, ser temperante é escolher o caminho da sobriedade, da medida certa, do essencial. A temperança torna o coração leve e a vida mais simples, porque nos ensina a alegria do “suficiente”.
Ser temperante é cuidar do que falamos, do que comemos, do que consumimos, do tempo que gastamos, das emoções que alimentamos. É viver com moderação, sem cair nos extremos. É saber usar bem as coisas criadas — e não ser usado por elas.
Na primeira leitura ouvimos São Paulo aconselhando Timóteo e hoje aconselhando a todos nós: “Não descuides do dom da graça que há em ti.” Viver bem exige cultivar os dons que Deus nos deu — e isso requer equilíbrio. Nem deixar-se dominar pelos excessos, nem cair na indiferença. A temperança é justamente isso: ordenar os desejos, colocar limites, escolher o essencial.
E no Evangelho vemos Jesus crescendo “em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens.” Esse crescimento acontece dentro de casa, em Nazaré, junto de Maria e José. Maria foi mestra da temperança: viveu a espera, a paciência e a serenidade diante dos mistérios de Deus. Guardava tudo no coração, mesmo sem entender tudo de imediato. E ao lado dela estava São José, homem justo e temperante, que nos ensina o equilíbrio das decisões e o silêncio confiante diante dos planos de Deus. Quando perderam o Menino no templo, não se desesperaram; procuraram com paciência, e viveram a virtude da temperança: amar sem prender, sofrer sem se desesperar, confiar sem exigir.
Hoje também olhamos com carinho para os nossos avós e pessoas idosas, celebrando com eles o seu Jubileu. Quantas vezes são eles que nos ensinam, com a vida, o valor da temperança! Queridos avós e queridas pessoas idosas, vocês são guardiões da memória e são testemunhas vivas da esperança, raízes firmes que sustentam as famílias e as comunidades com a força da fé e da oração. O mundo precisa do vosso testemunho sereno, da vossa palavra sábia, do vosso olhar cheio de ternura.
Celebrar hoje Nossa Senhora do Rosário é recordar que a temperança se aprende também na oração. O Rosário nos educa no ritmo da fé: repetindo as mesmas palavras, o coração se acalma, a alma se equilibra, a mente se purifica. Rezando o Rosário aprendemos a viver sem pressa, sem agitação, colocando tudo nas mãos de Deus. O Rosário é uma escola de paciência, serenidade e confiança — a verdadeira escola da temperança cristã.
Queridos irmãos e irmãs, que esta celebração fortaleça em nós a esperança e o desejo de viver como Maria — mulher temperante, confiante e serena diante dos mistérios de Deus. Que os nossos avós e pessoas idosas continuem sendo faróis de equilíbrio e sabedoria em nossas famílias, sustentando-nos com a luz da fé e o testemunho da esperança.
E que, com o Rosário nas mãos e a esperança no coração, possamos crescer — como Jesus — em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens.
➽ Senhora de Fátima, Esperança nossa, salve!
➽ Senhora do Rosário, rogai por nós!
➽ Santa Maria, modelo de temperança, ensinai-nos a viver com equilíbrio e confiança em Deus!